segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A vida sem sexo

23-08-2012
Quando falamos sobre sexo, já de princípio nos ajeitamos na cadeira porque sabemos que o tema desperta grandes e calorosasdiscussões. A curiosidade sobre o tema é instigante. A pessoa se permite romper com os tabus existentes, o que pressupõe recorrer aos instintos mais prazerosos. Evocamos os significados que possuímos sobre sexo, traduzidos por sensações e experiências vividas ou desejadas. Imaginar um cenário sexual não é difícil porque contamos com recursos internos como a excitação. O sexo nos permite fantasiar e aliado a isso, a ideia de transgressão.
 
Mas igualmente ao desejo de consumar uma relação sexual para alguns, existem pessoas que rompem com a necessidade e renunciam o envolvimento sexual. Muito embora pareça estranho alguém não ter relações sexuais, a assexualidade é um movimento social que desmistifica a notoriedade do sexo e está em plena ascensão no mundo. Talvez seja mais fácil pensarmos nas multiplicidades e possibilidades do sexo do que na falta dele.
 
A libido não está vinculada apenas ao ato sexual. O ato em si é uma consequência natural para extravasar a excitação acumulada.Para os assexuados, o prazer e a satisfação existem, mas não através do envolvimento carnal com outra pessoa. Não existe desejo sexual, mas existe excitação. E olha que embora pareça uma descrição do celibato, assexualidade está longe desta concepção. Os celibatários reprimem o desejo sexual em prol de uma causa e de preceitos religiosos. O assexuado não reprime nada, pois nãoexiste desejo a ser recalcado. A masturbação, por exemplo, é uma alternativa para a excitação, cuja ejaculação possui efeito aliviador e diminui o estresse. O autoerotismo dispensa a relação com o outro e a atuação da libido é presente, satisfazendo a excitação.
 
Assexualidade não é uma doença, mas uma escolha. O DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), catálogo de doenças mentais da associação americana de psiquiatria classifica este comportamento como “HSDD” ou Desordem do Desejo Sexual Hipoativo, considerada um desvio. Talvez, mediante a cultura da sexolatria, em que até para vendercerveja recorre-se aos estímulos sexuais, não transar é entendido como patológico. Mas se não transar não causa sofrimento para a pessoa, o uso de remédios ou tratamentos é dispensável. Problemas como o vaginismo, menopausa, deficiência hormonal e problemas de ereção são algumas causas que diminuem e até impossibilitam o envolvimento sexual e, portanto, devem ser tratados.
 
Nem tudo é assexualidade. Deve-se ter pelo menos num período de 6 meses, falta de desejo sem quadros de doenças. O assexual não é aquele que, necessariamente, tenha sofrido abusos sexuais ou possui uma orientação sexual não aceita. Ao contrário, a assexualidade é defendida pela Even (Asexual Visibility and Education Network), rede que luta pela visibilidade dos assexuados no mundo, como uma nova orientação sexual e assim deve ser compreendida.
 
Existem grupos na assexualidade como os românticos ou libidinosos que possuem atração romântica e por isso, conseguem se envolver com outras pessoas, namorar e até casar. Envolvem-se afetivamente. Sexo apenas com o intuito de procriar. Já os não românticos não possuem intimidade física ou troca de carícias. Não sentem desejo algum e o envolvimento amoroso não é permitido. De um modo geral, os assexuais sofrem muito preconceito e são discriminados por suas escolhas. O sentimento de culpa é atormentador e angustiante, imputado por uma sociedade carente de afeto. Nos dias de hoje, fazer sexo e ser libidinoso são obrigações e por isso, sofrem distorções. O prazer pode ser destinado àoutros setores da vida como o trabalho, exercícios físicos ou aos cuidados dos filhos, isso para ficar em alguns exemplos. É um erro restringir a libido ao sexo.
 
Os poucos estudos sobre o tema dão margem para especulações e conclusões precipitadas. As variedades sexuais não podem serdeterminadas ou quantificadas. A sexualidade viola qualquer padrão normativo, justamente porque não pode ser controlada. São estas ramificações sexuais que permitem ao conhecimento pessoal, e, portanto, a constituição de identidades sexuais.  Compreender estas identidades é respeitar os movimentos de uma sociedade que sofre uma verdadeira metamorfose em sua constituição. Desbravar nossa sexualidade deve ser libertador e não uma escravidão.
 
* Breno Rosostolato é professor de psicologia da Faculdade Santa Marcelina.
http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=opiniao&id=21330

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Milícias usam violência sexual como arma de guerra no Congo


Atualizado em  24 de agosto, 2012 - 05:12 (Brasília) 08:12 GMT
Vítima de violência sexual (Foto Christian Aid e Will Storr)
Vítima de estupro no Congo: abuso sexual é uma eficiente arma de guerra
Nos cinco minutos que você levará para terminar de ler esta reportagem, pelo menos três mulheres terão sido estupradas na República Democrática do Congo. A cada hora, 48 mulheres são violentadas no país, segundo um estudo publicado no American Journal of Public Health. Organizações de proteção aos direitos humanos também registram um número impressionante de vítimas masculinas.
No total, 22% dos homens e 30% das mulheres do Congo já foram vítimas de violência sexual em ataques relacionados ao conflito, segundo números de 2010. Tais estatísticas levaram a enviada da ONU ao país, Margot Wallström, a classificar o país como a "capital mundial do estupro" em um apelo para que o Conselho de Segurança tomasse uma atitude para interromper a barbárie.
Mas se os números já são chocantes, os depoimentos reunidos pelo jornalista Will Storr em uma investigação exclusiva para a BBC são um grito de socorro que a comunidade internacional não deveria ser capaz de ignorar.
Os relatos foram reunidos no documentário de rádio An Unspeakable Act (na tradução livre algo como "Um Ato Sobre o Qual não se Pode Falar").
O próprio Storr admite que é difícil ouvi-los até o final, mas diz que o objetivo das vítimas era justamente conseguir que seus dramas fossem divulgados, em uma tentativa de romper o imobilismo internacional sobre o tema.

Relatos

Uma das vítimas, por exemplo, conta como foi estuprada por quatro homens que mataram seu marido e seus seis filhos enquanto riam e pareciam se divertir. "Nunca vou conseguir esquecer. Desde então, tenho uma dor na cabeça constante por causa de todos esses pensamentos ruins. Ao lembrar tudo isso agora, parece que minha cabaça vai explodir", diz a vítima.
Outra mulher relata como os estupradores mutilaram sua genitália - algo frequente nos ataques, como explicam médicos que atendem as vítimas.
Um homem disse ter sido vítima de abusos sexuais cometidos por integrantes do Exército e descreve os ataques e suas sequelas físicas e psicológicas. "Na primeira vez eles me amarraram, me bateram, mataram minha mãe, meu pai e meus filhos na minha frente", diz. "Depois voltaram e me usaram por vários dias."
Um total de 6 milhões de pessoas já foram mortas no conflito na República Democrática do Congo desde 1996. Hoje, a média de mortos é de 54 mil por mês.
Os estupros são cometidos tanto por milícias quanto pelas forças oficiais. Especialistas explicam que, mais do que atos de violência em um ambiente socialmente degradado e sem lei, esses abusos são uma tática de guerra.

Arma de guerra

Vítima masculina (Foto Christian Aid e Will Storr)
Homens também são vítimas de abusos sexuais no Congo
"A violência sexual em conflitos armados é uma tática de uma eficiência incrível porque ela humilha, envergonha e traumatiza a vítima", explicou Lara Stemple, diretora do programa de Saúde e Direitos Humanos da Universidade da Califórnia.
"Em um conflito armado em que a violência está por toda parte, o estupro é um instrumento de dominação total, de subjugação completa."
Para Chris Dolan, diretor de um projeto que dá assistência legal a refugiados congoleses em Uganda, os abusos sexuais são uma arma de guerra mais eficiente do que as convencionais porque rompem a harmonia e o tecido social de uma comunidade.
"Todas as relações entre os integrantes de uma família, e dessa família com a vizinhança e com a sua comunidade podem ser afetadas por um estupro."
Desde 2009, Dolan dirige uma campanha para ampliar a conscientização sobre o fato que vítimas de violência sexual podem ser homens além de mulheres.
Sua organização também oferece ajuda às vítimas masculinas, que sofrem com graves sequelas físicas, além de serem estigmatizadas em sua comunidade.
"As sequelas psicológicas de um abuso desses também são terríveis. As pessoas descrevem essa situação como uma tortura interna", diz William Hopkins, psiquiatra da organização Freedom from Torture, explicando que a vítima passa a "odiar a si mesmo."

Responsabilidade

Vitima de estupro (Foto Christian Aid e Will Storr)
Vítimas descrevem as sequelas psicológicas dos estupros como uma "tortura interna"
Segundo Storr, uma das questões mais difíceis de se entender ao analisar o problema dos estupros endêmicos no Congo é como tantos congoleses - sejam eles integrantes de milícias ou do Exército do país - podem cometer tais atos de barbárie.
Especialistas explicam que a maioria dos estupros são coletivos e aqueles que cometem tais abusos não se sentem individualmente responsáveis por seus atos.
Muitos dos estupradores não têm problema em descrever os ataques e até se sentem "orgulhosos" de fazer parte dos grupos que cometem tais violências.
Um dos milicianos entrevistados no documentário, por exemplo, diz que fica "feliz" depois dos estupros e se torna mais violento quando as vítimas reclamam "mais do que deveriam".
Segundo informações apuradas pelo documentarista, a formação militar dos milicianos e militares, estruturada de modo a desprovê-los de sua "individualidade" e ""humanidade", também ajudaria a agravar o problema.

A síndrome do desempenho


07:00, 24/08/2012 
NATHALIA ZIEMKIEWICZ


Esse amigo brochou seguidas vezes e não sabia explicar o porquê. Estava diante da trepada de sua vida, com aquela mulher nua deitada diante dele, e o camarada dos países baixos resolveu tirar um cochilo. Perguntei se a moça era esteticamente desfavorecida ou cometeu alguma gafe na hora H. Vai que gritou o nome do time rival, lustrou o aparelho dentário antes de cair de boca ou revelou pelos pubianos claudia-ohanizados demais para o gosto dele… Nada disso. O problema não era com ela. Eu quis contemporizar, mas insisti: “Quem sabe um dia estressante no trabalho, conta bancária no vermelho, brigas familiares, álcool em excesso, diabetes?” Cinco vezes, ouvi “nãããão”.

Dias atrás, enquanto fazia entrevistas para uma matéria sobre prazer, deparei com um diagnóstico bem possível para esse amigo. Desconfio que ele sofra da Síndrome do Desempenho. No tempo do bisavô dele, bastava ter um pênis ereto (tudo bem, você vai dizer que nem isso ele conseguiu, mas deixe que eu conclua o raciocínio!). Sexo não era algo para satisfazer a mulher. Servia para aliviar o marido e procriar. Com raras exceções, não tinha preliminares nem o objetivo de ser prazeroso para ambos. Os homens levavam para casa aquilo que as prostitutas ensinavam. Quando surgiu a pílula anticoncepcional, que libertou a mulher para transar sem engravidar, passamos a nos divertir com o sexo. A querer mais do que abrir as pernas.
Algo que, para eles, era tão simples quanto enfiar a chave na fechadura… ficou complicado. Hoje é quase uma obrigação ter um sexo de extrema qualidade. Você vê na revista quais os segredos para alcançar orgasmos múltiplos. A indústria farmacêutica lança produtos que prometem manter a ereção por horas. Os sex shops vendem vibradores para encaixe simultâneo em dez orifícios e “velocidade cinco do créu”. O cinema e a televisão mostram coreografias pornográficas dignas do Cirque du Soleil. Há uma cobrança por um desempenho tão fenomenal que você tem vergonha de gostar do tradicional papai-mamãe.
“É um prazer idealizado que complica o sexo, nos torna máquinas”, afirma Alexandre Saadeh, psiquiatra do núcleo de sexualidade no Hospital das Clínicas da USP-SP. Essa angústia causada pelo temor do desempenho pode gerar disfunções eréteis, ejaculação precoce etc. Disfunções sexuais podem ser culpa de diversos fatores, de desemprego à colesterol alto. Mas, dizem os especialistas com quem conversei, o mais comum é que tenham fundo emocional. Claro que, quando meu amigo veio desabafar, primeiro descartei as demais possibilidades. Ou seja, provavelmente, não é a cabeça de baixo que ele precisa trabalhar.

Documentário abre debate sobre assédio sexual nas ruas europeias


Mário Camera
Atualizado em  14 de agosto, 2012 - 10:28 (Brasília) 13:28 GMT
Uma jovem belga de apenas 25 anos decidiu gravar o que ouvia dos homens enquanto caminhava pelas ruas de Bruxelas – e principalmente de sua vizinhança, em um bairro pobre da cidade. O resultado foi o documentárioFemme de la Rue (Mulher da Rua, em tradução livre).
Cena do documentário de Sofie Peeters (Foto Divulgação)
Cena do documentário: relato de outras mulheres mostra que problema de assédio é comum
Com uma câmera escondida, Sofie Peeters registrou o assédio sexual e os insultos que sofria enquanto caminhava pela capital belga.
nicialmente pensado como trabalho de conclusão de seu curso de cinema, o documentário acabou suscitando um debate sobre a violência sofrida por milhares de mulheres todos os dias e ultrapassou as fronteiras da Bélgica.
A maioria das imagens do assédio sofrido por Sofie foi gravada em Anneessens, um bairro pobre de Bruxelas, onde a jovem mora há dois anos. O bairro tem uma grande população do norte da África, de países árabes e muçulmanos – e a maior parte dos homens gravados realmente era de origem norte-africana. Por isso, Peeters foi acusada de racismo por alguns críticos.
As cenas mostram uma sucessão de homens abordando a jovem à medida que ela avança em seu caminho pelas calçadas e parques da capital belga. Um deles chega pelas suas costas, dizendo que ela é “linda”. Outro, simplesmente a cruza na calçada, vira o rosto em sua direção e a chama de "vadia".
Cena do documentário de Sofie Peeters (Foto Divulgação)
Homens fotografam Sofie em parque, em cena incluída em seu documentário
Em outra sequência, Sofie passa em frente a um bar, com mesas na calçada. Um homem diz que "se ninguém fizer um elogio, ela vai se sentir mal". Em outra cena, um rapaz a convida para beber algo em seu apartamento. Diante da recusa, ele insiste e diz que Sofie o deixa "com vontade", o que faz com que seja "normal" abordá-la daquela maneira.
"Acho que a primeira coisa que uma mulher se pergunta é: 'Sou eu? Foi algo que fiz? São as minhas roupas?'", contou a jovem, em uma entrevista à emissora de TV belga RTBF que já foi vista por mais de um milhão de pessoas no YouTube. O filme mostra, ainda, testemunhos de outras vítimas de assédio nas ruas da cidade.

Testemunho das francesas

As frases recheadas de vulgaridades e a violência com a qual alguns homens abordam a jovem no documentário, feito em plena capital da União Europeia, causaram indignação no resto do continente.
O assunto, que é raramente tratado pela imprensa, ganhou espaço em jornais, revistas e emissoras de TV na França, um dos berços do movimento feminista. O assédio sexual de rua, travestido de simples "cantada", também gerou debate nas redes sociais francesas.
Cena do Documentário de Sofie Peeters (Foto TV Brussel)
Mulher dá depoimento pessoal no vídeo de Sofie Peeters
Depois que um jornalista escreveu em seu Twitter que ainda não tinha visto "nenhuma menina reclamar de ter recebido o mesmo tratamento" na França, centenas de mulheres postaram na rede social alguns exemplos de comentários agressivos, repletos de conotações sexuais, que são obrigadas a escutar diariamente nas principais cidades do país.
Por coincidência, o Parlamento francês aprovou na última semana uma lei mais dura contra o assédio sexual, após um vazio jurídico ter sido criado pela anulação de uma lei anterior, considerada ambígua pelos magistrados.
A Bélgica também adotará medidas para diminuir a violência verbal sofrida pelas mulheres. Uma lei que deverá entrar em vigor em setembro prevê multas por assédio sexual na rua.
Sofie Peeters decidiu deixar Bruxelas e voltar a viver em uma cidade menor, no interior do país.

Médicos oferecem tratamento proibido


Presidente do CRM diz que vai apurar o caso e informa que a entidade condena o uso de hormônios ou qualquer outra substância sem necessidade


Profissional usa a Internet para captar novos clientes. Pela rede, ele também prescreve dietas que retardam envelhecimento
ALECY ALVES
Da Reportagem

Em Cuiabá, o emprego dos hormônios sintéticos em tratamento antienvelhimento, proibido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2010, é uma prática relativamente comum. A entidade ainda proíbe qualquer modalidade de tratamento que garanta o rejuvenescimento ou retardo do envelhecimento.

O acesso facilitado foi comprovado pela reportagem do Diário, que encontrou um médico que oferece o produto no consultório e ainda dá orientação sobre uma dieta antienvelhecimento pela Internet. É na rede que ele consegue captar mais pacientes.

Em um blog, o profissional dá a opção de enviar a receita por telefone, email ou messenger (via celular), para aqueles que não podem comparecer ao seu consultório. Intitulando o tratamento de “Dieta do tipo metabólico avançado” em um trecho do texto, o médico antecipa um dos supostos benefícios: “Pareça e sinta mais jovem”.

Ele ainda grifa o termo “evite o envelhecimento precoce”. Finalizando ele observa que “a dieta pode ser orientada pelo telefone, email ou messenger”, disponibilizando telefone e endereços eletrônicos.

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Dalva Alves das Neves, disse que o órgão desconhece a existência de profissionais que oferecem tratamento hormonal ou qualquer outra modalidade prometendo retardar ou rejuvenescer.

Dalva assinala que essa prática é proibida pelo CFM, previsto na resolução 1938/2012, e assume o compromisso de apurar a oferta de serviços via internet. A presidente lembra que é de total responsabilidade do profissional a receita do uso de hormônios sem necessidade comprovada por meio de exames.

Prescrever terapia hormonal, no caso dos homens a testosterona, prometendo a recuperação da massa muscular perdida com a idade, ou para acelerar o ganho de músculos no caso dos jovens, são práticas condenadas pela medicina porque pode levar ao desenvolvimento de doenças como o diabetes, além de tumores cancerígenos, diz Dalva Alves.

“O médico que faz isso tem que ter consciência de que é responsável por seus atos e podem ser cobrados”, alerta. Dalva Alves lembra que o paciente que se sentir prejudicado pode formalizar denúncia no CRM contra o médico.

Ela, que tem a Endocrinologia como especialidade, diz que jamais receita a ingestão ou qualquer outra forma de emprego dos hormônios se não tiver a carência comprovada em exames específicos.

No mês passado, em decorrência de reportagens veiculadas na mídia mostrando médicos indicando terapia hormonal para retardar o envelhecimento e até melhorar a potência sexual, o CFM estabeleceu novas normas.

No parecer 29/12, o órgão apresenta resultados de uma série de pesquisas científicas nas quais não ficou comprovado que os hormônios retardam o envelhecimento. Em seguida, reforça que não se deve utilizar hormônios como terapia antienvelhecimento com o objetivo de retardar, modular ou prevenir o processo de envelhecimento, pela falta de evidências científicas quanto a benefícios e pela evidência de riscos e malefícios para a saúde.

“O envelhecimento é uma fase do ciclo normal da vida, não devendo ser considerado doença que necessita intervenção medicamentosa”, sentencia o CFM. 

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=416140

Paraguay: Dictarán curso de sexología



El sábado arrancará el primer curso de Diplomado de Sexología Clínica organizado y certificado por la Sociedad Paraguaya de Estudios sobre Sexualidad Humana, la cual tendrá una duración de 18 meses, dirigido a psicólogos y médicos para el tratamiento de los diversos problemas sexuales de las personas y sus parejas.
Jueves, 23 AGO 2012 - 13:29 


“Este taller está coordinado por tres psicólogos sexólogos, contaremos además con docentes extranjeros. Con varios de ellos será en clases presenciales y otras por medio de las teleconferencias. Tendremos docentes de Brasil, Uruguay, Venezuela, Colombia, Chile además de docentes de nuestro medio”, explicó el Lic. Ariel González Galeano, coordinador del curso.

Para cualquier consulta sobre el curso, o inscripciones comunicarse al teléfono 021-230206, o bien a info@sexualidadhumana.org, o la página webwww.sexualidadhumana.org.

http://www.lanacion.com.py/articulo/87037-dictaran-curso-de-sexologia.html

Pai é condenado por abuso sexual em motel de Ribeirão


Quarta, 22 de Agosto de 2012 - 22h56 ( Atualizado em 22/08/2012 - 23h51 )

Homem levou a filha de 13 anos para motel, em 2004, e, segundo processo, teria tentado estuprá-la

Jucimara de Pauda
O Tribunal de Justiça manteve a sentença de primeiro grau e condenou um pai que tentou estuprar a filha a 3 anos de prisão. A pena inicial era de sete anos, mas como o estupro não se consumou a pena caiu pela metade. Ainda cabe recurso da sentença.
O caso ocorreu em 2004, em um motel de Ribeirão Preto. Segundo o processo, o pai levou a menina de 13 anos ao local e teria pedido para a garota tomar banho e depois tentado estuprá-la, alegando que iria ensinar a menina a fazer sexo.
Segundo a garota, o estupro não se concretizou porque ela entrou em pânico. Para acalmá-la, o pai teria levado a adolescente para a casa de uma irmã dele, em Jaboticabal.
Horas depois, a tia encontrou a menina caída no chão, chorando e dizendo que não queria ver o pai nunca mais e que não sabia por que ele havia tentado estuprá-la.
O boletim de ocorrência foi registrado e a menina chegou a fazer sessões com uma psicóloga, mas depois deixou de comparecer ao consultório. A mãe da garota não se separou do marido e alegou que não poderia fazê-lo porque tinha outros filhos. Ela não explicou por que a menina deixou de frequentar a terapia.
Segundo os desembargadores do TJ, não há como inocentar o pai porque não existem dúvidas sobre a veracidade dos fatos diante das palavras da vítima, que no primeiro depoimento confirmou o ocorrido e em juízo não respondeu todas as perguntas feitas pelo magistrado, o que, segundo o processo, "se mostrou uma tentativa frustrada de defender o acusado, pois, apesar de tudo ele é seu pai."
No entanto, parentes e a psicóloga que acompanharam o caso testemunharam sobre a confusão de sentimentos da vítima.
Já o pai, segundo o processo, informou que apenas levou a filha ao motel porque ela manifestou desejo de conhecer o lugar. Ele nega a tentativa de estuprar a menina.