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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Argentina pode aprovar Lei de Identidade de Gênero


SEXO AUTOPERCEBIDO

Por João Ozorio de Melo

A Argentina está a um passo de aprovar um projeto de lei que vai permitir a gays, travestis e transexuais mudar seus documentos para conformá-los ao "sexo autopercebido", sem necessidade de intervenção judicial. A "Lei de Identidade de Gênero", como foi nomeada, autoriza qualquer pessoa a retificar seu nome, sexo e imagem no "Documento Nacional de Identidade (DNI)" e outros documentos e registros públicos diretamente no "Registro Nacional de Pessoas", sem burocracia. As informações são do LaNacionLa Voz del Interior e Clarín.com.
A nova lei, que cria o "direito à identidade de gênero", não prevê requisitos específicos para a pessoa mudar seus documentos, a não ser o requerimento do próximo interessado. Ao contrário, esclarece que, em nenhum caso, será um requisito a apresentação de diagnósticos médicos, psiquiátricos, nem realização de cirurgia para mudança de sexo, tratamentos psicomédicos ou terapias hormonais.
A lei estabelece que a "identidade de gênero" é a vivência interna e individual da condição sexual da pessoa, "tal como ela sente profundamente, que pode corresponder ou não a sexo atribuído na hora do nascimento". Segundo os jornais argentinos, a nova lei também define identidade de gênero como "a vivência pessoal do corpo" de cada pessoa. Os menores de 18 anos precisam obter a permissão dos pais para mudar os dados de seu documento identidade.
O Estado deverá garantir o acesso a intervenções cirúrgicas e a tratamentos integrais com hormônios a todos os peticionários que precisarem adequar seu corpo, incluindo seus órgãos genitais, a sua identidade de gênero autopercebido, diz o texto da legislação. As cirurgias serão cobertas pelo sistema público de saúde da Argentina.
O projeto de lei foi aprovado pela Comissão de Legislação Geral e pela Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados da Argentina, por ampla maioria e com apoio multipartidário, dizem os jornais. Apenas um pequeno grupo de deputados da Câmara é contra a lei e prometeu apresentar uma moção de repúdio. A aprovação do projeto de lei pelas comissões parlamentares foi celebrada por diversas ONGs e associações argentinas, incluindo uma formada por um grupo de mães.
João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.
Revista Consultor Jurídico, 10 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Homens recorrem a prostitutas porque 'distinguem sexo e amor', diz estudo


07/11/2011 - 12h53

DA BBC BRASIL

Um estudo realizado na Espanha sugere que homens usam mais prostituição porque, ao contrário das mulheres, "sabem distinguir entre sexo e amor'.
Segundo a pesquisa de dois anos da Universidade de Vigo sobre o perfil dos homens que usam prostitutas, o que eles valorizam no serviço é não ter que conquistar a mulher, nem ter que conversar com ela depois.
Para a maioria dos entrevistados, seria uma sorte poder receber dinheiro por praticar sexo. Mais de 90% dos entrevistados consideram as relações sexuais pagas uma necessidade.
"Analisamos as mudanças sociais dos últimos 30 anos e vemos a substituição do modelo patriarcal, do pai protetor-provedor pela volta do modelo 'falocêntrico', o colecionador de mulheres", disse à BBC Brasil a socióloga Silvia Pérez Freire, uma das autoras do estudo.
"O que motiva (o homem) a consumir serviços de prostituição é o desejo de fortalecer seu papel dominante. Ele acaba identificando o hábito como uma necessidade social".
A maioria dos usuários, um total de 80%, tem entre 30 e 40 anos e declarou ter vida familiar estável (com esposa ou namorada). A maior parte dos homens diz escolher a que seja menos parecida com a sua própria mulher.
A prostituição é o terceiro negócio mais rentável do mundo, depois dos tráficos de armas e drogas, de acordo com estatísticas divulgadas pelas Nações Unidas.
ATO SOCIAL
O levantamento também concluiu que muitos homens entendem que ir em grupos aos prostíbulos é um ato social tão normal quanto um jantar de negócios.
Por isso muitos pagam as prostitutas com cartões de crédito das empresas para as quais trabalham.
"Essa cumplicidade faz com que a prostituição seja um sexo cômodo. Ninguém questiona nada e existe um pacto implícito sobre o que é feito dentro de um bordel. O que é dali, fica ali. Isso é um grande atrativo para políticos e pessoas influentes", disse à BBC Brasil a socióloga Águeda Gómez Suarez, co-autora do estudo.
"Diria até que se não houvesse este componente de aceitação social unido à conivência de cargos importantes de políticos a policiais, não haveria tantos bordéis."
ESTEREÓTIPOS
A pesquisa, feita pelo grupo Estudos Feministas da Universidade, foi transformada no livro Prostituição: clientes e outros homens, e tem três continuações previstas.
O estudo classificou os consumidores do sexo pago em quatro grupos básicos: o homo sexualis, o samaritano, o homo economicus e o homo politicus.
O primeiro se valoriza pela quantidade de sexo que pratica e pelo número de mulheres. O segundo procura uma prostituta que o escute e seja mais vulnerável que ele, abrindo espaço até mesmo para uma relação sentimental com ela.
O homo economicus busca emoções fortes e costumar misturar sexo com drogas. Já o homo politicus tem certo peso na consciência pelo que faz, mas não deixa de fazê-lo.
Os consumidores também classificaram as prostitutas em três categorias, que correspondem aos estereótipos mais requisitados: mulher fatal, mulher maternal e virgem.
A primeira, que corresponde a 70% da preferência dos homens, é alegre e está sempre disposta a realizar qualquer fantasia sexual. A maternal simula uma relação de casal mas, com a obrigação de consolar o homem pelos problemas que ele diz ter em casa.
Já a virgem é a confidente contratada até para relações sem sexo, onde o mais importante é ouvir e animar emocionalmente o cliente.
De acordo com o boletim da Associação de Proteção as Mulheres Prostituídas (Apramp), a Espanha lidera o ranking de consumo de prostituição na Europa: 39% dos homens já disseram usado pelo menos uma vez uma prostituta, seguida por Suíça, com 19%; Áustria, com 15% e Holanda, com 14%.
No relatório espanhol, os entrevistados responderam que são a favor de uma regulamentação do setor, mas apenas para que haja controle sanitário (a maioria requer realizar atos sexuais sem preservativos) e para que as prostitutas paguem impostos.
Segundo as estimativas oficiais, há cerca de 700 mil prostitutas na Espanha, a maioria imigrantes ilegais e com filhos.

domingo, 23 de outubro de 2011

Construção e expressão da masculinidade em homens homo hetero e transexuais


trabalho de iniciação científica (Mariana Ghetler em PUC-SP)

O objetivo deste estudo é compreender como se constroem,e expressam as masculinidades de homens hetero, homo e transexuais (sexo biológico feminino e gênero masculino), a partir da perspectiva de Gênero. Busca-se revelar se e como o ideal de masculinidade hegemônica permeia as masculinidades subordinadas, como definidas por Connell (2002). O modelo de pesquisa é o qualitativo-descritivo, com foco na construção de significados por parte dos colaboradores, suas vivências e como as percebem. Por meio de entrevista semi-dirigida foram colhidos o relato de 23 homens, sendo 8 heterossexuais, 8 homossexuais e 7 transexuais. Refletiu-se sobre suas narrativas, analisadas em profundidade, percebendo-se comunalidades e diferenças entre elas, a partir de uma perspectiva desenvolvimental e do conceito de Gênero.

Download: Parte 1Parte 2
http://ftmbrasil.blogspot.com/2011/04/construcao-e-expressao-da-masculinidade.html

domingo, 21 de agosto de 2011

¿Por qué es necesaria una ordenanza contra la discriminación por orientación sexual e identidad de género?

¿Por qué es necesaria una ordenanza contra la discriminación por orientación sexual e identidad de género?
Publicado por KAT en 11:43
12 AGO
Por: Verónica Ferrari

La discriminación es una realidad.
Todas nosotras, algunas más otras menos, hemos vivido algún tipo de discriminación por ser lesbianas o bisexuales. En nuestra casa, en el colegio, en el barrio, en la universidad, en las calles, en el carro. Nadie se ha librado de ella, y quizás por eso muchas de nosotras naturalizamos la discriminación, la consideramos normal en una sociedad que nos ha enseñado a avergonzarnos de nuestros deseos, a temer nuestros afectos y a culparnos por ser como somos. Nuestras vidas están expuestas diariamente al abuso, al maltrato, al chantaje, a la marginación, a la exclusión.

Esta naturalización de la discriminación origina que aceptemos que a nosotras se nos dé un trato distinto en todos los sitios en los que socializamos. Genera que creamos aceptable que nuestros padres nos restrinjan, nos limiten o nos desprecien. Que de los colegios nos expulsen para no “contagiar” el lesbianismo a nuestras compañeras o ser un mal ejemplo para ellas. Que callemos sobre una circunstancia importante en el desarrollo de nuestra personalidad y ocultemos lo que nos hace más felices: amar a otras mujeres.

Estas y otras situaciones solo consiguen que nuestra capacidad de indignación sea nula cuando nos tratan mal o nos insultan por caminar de la mano de nuestra novia, al besarla frente a todos o cuando decimos que somos lesbianas o bisexuales. Mutila una parte hermosa de nosotras mismas y nos obliga a mentir, disimular, engañar y vivir una doble vida. Nos imposibilita vivir una vida digna y nos condena a una especie de sobrevivencia.

Qué ganamos con la ordenanza
La ordenanza posibilita que en ningún lugar público en donde se brinde servicio al consumidor sea posible discriminar por orientación sexual e identidad de género. Que no se nos eche solo porque damos muestras de afecto a personas de nuestro mismo sexo. Que se nos impida entrar y consumir lo que en esos lugares se expende por nuestra forma de vestir o de hablar. Que se nos impida matricularnos en el colegio por ser lesbianas o bisexuales. Asimismo, que podamos transitar libremente por las calles sin temor a ser atacadas por personas ignorantes u homofóbicas que nos pueden agredir verbal o físicamente, y que si sucede algo así, un policía o un serenazgo van a tomar cartas en el asunto. Y si ocurre algún tipo de discriminación podamos denunciar y el establecimiento sea sancionado con todo el rigor de la ley.

Pero no solo eso, ya que la ordenanza es un compromiso de la Municipalidad de Lima hacia la población LGTBI de respetar nuestras diferencias y de tratarnos a todos como iguales. De esa forma, el municipio garantiza y promueve que nosotras podamos disfrutar de las más amplias libertades personales y colectivas; y se compromete a protegernos frente a todo acto o amenaza de violencia o daño corporal.

Además, la municipalidad deberá diseñar e implementar periódicamente “programas y campañas de sensibilización, y educación para contrarrestar el estigma y la discriminación por orientación sexual e identidad de género, así como para la disminución del odio” hacia nuestra población. También incorporará “en todas sus políticas, planes, programas y servicios a la diversidad sexual como eje transversal”.

Una vida digna
La ordenanza no solo posibilita que legalmente estemos protegidas frente a la discriminación en todas sus formas, que es generalmente lo único que pueden y deben hacer las autoridades en nuestro país. También posibilita cambios culturales. Genera que el debate sobre el respeto a la diferencia y a las distintas formas de vida sea reflexionado y discutido en las casas, en las escuelas y en las calles. Cuestiona la discriminación e interpela a las personas que aún creen que en pleno siglo XXI es válido creer en leyes “naturales” o en que la sexualidad es una categoría estanca, inmóvil, dada y eterna; y que por eso es posible considerar a los otros “diferentes” inferiores, anormales o enfermos, porque no se adaptan a las reglas sobrenaturales de la existencia humana según su propia y arcaica interpretación.

La ordenanza también nos da agencia, la capacidad de informar, enseñar y aprender sobre nosotras mismas y los demás. Nos señala la importancia de no soportar ningún tipo de exclusión ni ahora ni nunca. La posibilidad de que la homofobia vaya siendo desterrada o por lo menos controlada en la sociedad peruana. La esperanza de desarrollarnos en forma digna y tener una vida de calidad. La posibilidad de vivir orgullosas, con la frente en alto, sin miedos y felices.

(Verónica Ferrari es Linguista y activista del MHOL.)

Papéis invertidos: agora eles querem casar e ter filhos

18/08/2011 -- 10h01
Papéis invertidos: agora eles querem casar e ter filhos
Estudo com quase 20 mil solteiros descobre o que eles realmente buscam em um relacionamento afetivo


O que os homens realmente querem é casar, ter filhos e viver uma vida em família, abrindo mão até mesmo de sair com os amigos para beber. Difícil de acreditar? Pois é o que mostra o mais abrangente estudo já realizado no Brasil com 18.862 solteiros que utilizam o ParPerfeito (www.parperfeito.com.br), maior site de relacionamento do país. De acordo com a pesquisa, os papeis e anseios de homens e mulheres estão se invertendo.

Embora ambos tenham opiniões bem parecidas, as mulheres ficam levemente atrás deles no desejo de se casar um dia. Eles acreditam que o casamento seja para sempre e quando estão em um relacionamento não fazem tanta questão de atividades individuais quanto elas – por incrível que possa parecer. São apenas 35% das mulheres dispostas a abdicar do tempo para si contra 46% dos homens afirmando que abrem mão de programas mais masculinos para ficar com a amada.

Os homens levam fama de durões e pouco suscetíveis ao romance aparentemente injustamente, afinal sete em cada dez admitem já terem sido flechados pelo cupido no primeiro olhar. Além disso, na visão masculina a expressão "Eu te amo" quer dizer "Eu quero passar o resto da minha vida com você", enquanto para a maioria das mulheres, ela simplesmente demonstra que "Eu quero você na minha vida".






Maternidade x paternidade

Esta talvez seja uma das estatísticas mais interessantes deste estudo, que foi respondido de forma anônima e sigilosa pelos usuários. Enquanto quase dois de cada três homens querem ser pais, a proporção de aspirantes a mãe é bem menor: apenas 43% responderam ter esse desejo. E as discrepâncias não param por aí. As mulheres são mais decididas e os homens mais maleáveis: 32% delas deixam claro que não desejam ter filhos sob nenhuma circunstância, enquanto apenas 16% deles dizem o mesmo.

Já se sabe que elas tendem a ser mais exigentes na busca por um parceiro e esse comportamento não mudou. Enquanto apenas 11% deles se oporiam a namorar uma mulher desempregada, o índice de solteiras irredutíveis nesse assunto é bem mais alto: mais da metade não se relacionaria com quem não estivesse trabalhando no momento.

Preferência por 'gordinhos'

No que diz respeito aos atributos físicos, os solteiros parecem não ser assim tão exigentes quanto se pode imaginar. Quando questionados sobre as qualidades que gostariam de encontrar em seu par perfeito, os homens colocaram a beleza física em sétimo lugar e as mulheres em décimo. Muito mais bem colocados estão as pessoas fieis, sinceras, decididas, românticas, companheiras e idealistas, nesta ordem.

Ou seja, quem pensa que malhar alucinadamente é a solução para sair da solidão, pode ir baixando os halteres. Mulheres um pouco acima do peso são mais buscadas do que as musculosas e isso vale também para o sexo oposto: os machões sarados perdem pontos para os normais com quilinhos extras.

O curioso é que o perfil dos usuários de sites de relacionamento contradiz o estereótipo de pessoas tímidas e sem vida social. Homens e mulheres afirmam utilizar o site para encontrar parceiros com mais objetividade, afinal existe a possibilidade de filtrar os candidatos conforme seus gostos e características. Além disso, a grande maioria tem uma vida social ativa e movimentada e sai pelo menos de 1 a 2 vezes por semana.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--57-20110818-201108211-1-385366

Itinerarios de los géneros y las sexualidades

Voces polifónicas.
Itinerarios de los géneros y las sexualidades
De María Alicia Gutiérrez (Comp.)
Colección Crítica. Ediciones Godot, 2011

Voces polifónicas: itinerarios de los géneros y las sexualidades busca dar cuenta de innumerables cambios que se vienen produciendo en la sociedad argentina y latinoamericana desde los inicios de los 90, momento en que las diversidades toman la calle y los ámbitos de debate para demandar por derechos de ciudadanía que ponen el centro en la dimensión del cuerpo y en la libertad de decidir con autonomía. Cuerpos, géneros, sexualidades, territorios del poder fueron los conceptos guía que permitieron desarrollar variadas investigaciones que reflexionan sobre dichos cambios y cómo se plasman en acciones políticas de demandas de derechos.

La demanda por el aborto legal, el matrimonio igualitario, los derechos sexuales y reproductivos en el campo institucional, la desestructuración del género en contextos de crisis económicas, la historia de la lesbiandad, las comaternidades lésbicas, la representación de los cuerpos en publicidades e historietas y el cuestionamiento del carácter natural del dimorfismo sexual son los temas que recorren las páginas de este libro.

Los nueve textos que componen este trabajo [1] rescatan la particularidad de cada voz en la escritura y una cierta frescura que permite transitar una lectura amena y cordial. Sus voces polifónicas suenan como voces cruzadas, mezcladas y heterogéneas, que evocan recorridos y formaciones distintas, que posibilitan el diálogo y el intercambio. Si bien está inscripto dentro de los estudios académicos, la intención es, también, dirigirse a los diversos actores sociales y políticos que se formulan interrogaciones similares.

Voces polifónicas: itinerarios de los géneros y las sexualidades intenta develar los sujetos históricos que en la Argentina ocupan el campo hegemónico, y así demarcar las voces silenciadas y darles una presencia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

As cinco dimensões da identidade sexual

As cinco dimensões da identidade sexual

E-mail: oswrod@uol.com.br
Oswaldo M.Rodrigues Jr
Não é fácil definir identidade sexual. Muitos significados parecem se misturar. Muitas vezes podemos ouvir a frase "identidade sexual" querendo referir-se ao objeto do desejo sexual. O que estão tentando diferenciar é heterossexualidade da homossexualidade ou da bissexualidade. Esta é uma postura leiga que não inclui outras possibilidades de escolhas sexuais.

Assim, toda vez que pensarmos em "identidade sexual", vamos pensar em todas as dimensões:

As cinco dimensões da identidade sexual

1ª) Ter nascido homem ou mulher (sexo físico)
2ª) Sentimento de ser homem ou de ser mulher (identidade de gênero);
3ª) É ter papel social masculino ou feminino (papel de gênero);
4ª) Androginia psicológica (maior ou menor capacidade de expressar-se emocionalmente igual ao sexo oposto);
5ª) qual a preferência sexual desta pessoa: outra de mesmo sexo (homossexual), outra de sexo oposto (heterossexual), ou preferência indistinta (bissexual, ambissexual ou pansexual)

Bi-sexual ou ambisexual referem-se a pessoas que não destinam o desejo sexual apenas para um dos sexos, mas para ambos os sexos, não importando ser uma mulher ou ser um homem.

Muitas vezes o termo pansexual também tem sido usado também para designar o bissexual e o ambissexual, embora em alguns textos temos o termo aplicado indistintamente a objetos não humanos.

Segundo o dicionário Aurélio, o termo pansexual refere-se à sexualidade em todos os aspectos.

Os três termos (bissexual, ambissexual ou pansexual) possuem significado semelhante: desejo


Fone/fax 55 (11) 3666-5421
e-mai:l oswrod@uol.com.br
www.oswrod.psc.br

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/sexo04.htm

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty
07/07/2011 16h57
O cartunista Laerte, 60, participou nesta quinta-feira de um debate sobre cross-dressing e homofobia na Casa Folha, espaço do jornal Folha de S.Paulo na Flip, em Paraty (RJ).

A plateia lotada e as pessoas que se aglomeravam do lado de fora da Casa, na rua da Matriz, ouviram por mais de uma hora o depoimento de um dos maiores quadrinistas da atualidade sobre o impulso de se vestir de mulher, a reação da família e de amigos, orientação sexual, humor e preconceito.

"Eu mesmo, quando jovem, pratiquei bullying contra gays. Costumava hostilizar um primo meu que dizia 'Ave!' no lugar de 'porra!'", revelou, explicando como reprimia sua bissexualidade.

Para combater a homofobia, Laerte defendeu que os crimes contra homossexuais sejam classificados da mesma maneira que o crime de racismo e que o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) lute contra a guetificação. "Você tem que sair das trincheiras e lamber o pescoço. Tipo: 'Senta aqui, Bolsonaro!'", brincou, arrancando gargalhadas do público.

FOFURA

"O medo das pessoas de perder o emprego, de perder o amor da família e o respeito dos amigos as torna muito conservadoras e tímidas em relação a sua sexualidade. Eu não vou apenas a lugares GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Eu vou a qualquer lugar, a qualquer bar e a qualquer restaurante e sou sempre bem recebido."

Laerte admitiu, no entanto, que sua experiência como bissexual assumido e cross-dresser (prática em que homens se vestem de mulheres e vice-versa independentemente de sua orientação sexual) é muito "fofa".

"Tudo aconteceu de forma muito fofa comigo em relação ao fato de eu me vestir de mulher. Mas sei que existem crimes de ódio ocorrendo contra homossexuais no Brasil todo."

FAMÍLIA

O cartunista relatou a reação de seus filhos e pais à revelação de suas "montagens" femininas, com direito a brincos, maquiagem, unhas vermelhas e salto alto. "Meus filhos já haviam se chocado quando disse que era bissexual, e reagiram bem quando disse que estava me vestindo de mulher. Meus pais se acostumara porque são pessoas do caralho", disse.

"Minha mãe nunca foi muito de usar maquiagem e acessórios. Gosta de futebol, é torcedora fervorosa. Minha irmã é campeã brasileira de supino [levantamento de peso] e usou o esporte como forma de superar sua condição bipolar. Minha namorada me apoia. Então, a dondoca de casa sou eu!", riu, referindo-se a si próprio ora no masculino ora no feminino.

ESPELHO

Laerte falou também sobre sua passagem pelo Partido Comunista ("Homossexualidade não era uma questão ali. Estávamos mais preocupados com o proletariado") e sobre a HQ "Muchacha" (Companhia das Letras), que tem como personagem principal um ator que se traveste de cantora cubana: "Não ter que fazer piadas trouxe meu trabalho para uma relação mais íntima comigo mesmo, como se fosse um espelho. O humor muitas vezes funciona como escape e escamoteamento de questões mais profundas".

PIADA EM DEBATE

Questionado sobre o atual debate sobre os limites do humor e do politicamente correto, o cartunista disse que o humor deve ser livre, mas que nem por isso deve estar acima da crítica. "Quando o Rafinha Bastos tuíta que mulher feia tem de agradecer se for estuprada, não tem como ele não ser criticado. Ele falou merda sob qualquer ponto de vista", criticou.

"Dizer uma coisa dessas num país que ainda trata mal suas mulheres, muitas vezes com violência, especialmente aquelas que não estão no padrão das capas de revista, é de uma crueldade sem tamanho. O humor trabalha com o preconceito, mas ele extrapolou todos os limites com isso e é natural que haja reação."

O QUE É CROSS-DRESSING

Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.

(Com informações Folha.com)
http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=e279d9203d07183635eadb0f8546dcd6

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Montse Villacampa: “En las relaciones, la mujer sigue siendo más responsable y el hombre más inmaduro”

Montse Villacampa: “En las relaciones, la mujer sigue siendo más responsable y el hombre más inmaduro”
Charlamos con esta psicóloga sobre los problemas sexuales más recurrentes de los santboianos

Por: Corresponsal - Eva Murgui - Publicación: Martes, 12 de Julio de 2011 - 20:10

La psicóloga y sexóloga Montse Villacampa combina su trabajo en Planificación Familiar del CAP Montclar con su consulta privada en Sant Boi. La eyaculación precoz para el hombre y el vaginismo o la falta de orgasmo para la mujer, son las preocupaciones más frecuentes entre los ciudadanos de Sant Boi.

¿Como definirías tu día a día en el centro de Planificación Familiar de Sant Boi?

Montse: Recibo diariamente muchos pacientes, derivados por las ginecólogas, los médicos de atención primaria o las enfermeras. El motivo de la consulta es muy variado, va desde las disfunciones sexuales, problemas en las relaciones de pareja, problemas con la droga o trastornos de alimentación.

¿Qué es lo que más preocupa a los ciudadanos de Sant Boi?

M: Los hombres vienen a la consulta generalmente por duelos por separación. En cambio, por disfunciones sexuales preguntan poco. Más bien es la mujer quien abre el camino para curar este tipo de problemas. A muchas mujeres también les preocupa que su pareja sea infiel.

"Los hombres preocupados por el tamaño de
su pene tienen un problema de inmadurez"
¿Y a nivel sexual?

M: La consulta más frecuente entre los hombres es por eyaculación precoz o por el tamaño de su pene, especialmente entre los jóvenes. Por otro lado, el hombre vive los problemas de erección con mucha vergüenza y la mujer también, porque piensa que es "rara".

La mayoría de mujeres tienen problemas de vaginismo, que es psíquico y se cura con ejercicios conductuales. También vienen por falta de orgasmo (años atrás la mayoría lo tenían que fingir a menudo).

¿Por qué crees que estos son los problemas de hoy en día y no otros?

M: Por ejemplo, los hombres preocupados por el tamaño de su pene, es porque lo asocian a la parte de inmadurez que hay en ellos. El tamaño del pene está condicionado con su tamaño como "adulto". En este sentido, hay mujeres que les aterroriza la penetración, porque se sienten pequeñas o inmaduras, respecto al tamaño del pene del hombre.

¿El sexo es lo más importante en los problemas de pareja?

M: No, queda en un segundo plano. Las dificultades de convivencia y las distintas maneras de pensar o ver las cosas, son motivos más graves. La relación de pareja requiere un sacrificio y las personas creen que les resta libertad.

¿Podría ser la falta de comunicación la raíz de todos los problemas?

M: Es muy importante. También hay que tener en cuenta que cada uno carga con una mochila "cultural", que viene dada por la familia.

¿En qué se diferenciaría la mujer del hombre en las relaciones de pareja?

M: La mujer es más responsable y el hombre es más inmaduro en muchos sentidos.

"El sexo no es lo más importante en la relación. Lo es
más la convivencia o las diferentes formas de pensar"
¿Cuáles son los problemas de las parejas de larga duración?

M: Esas parejas no van al psicólogo ni al sexólogo. Antes, las mujeres tenían sexo porque les tocaba, no porque quisieran. Las pocas mujeres mayores de 65 años que vienen a mi consulta es porque creen que su marido es infiel, pero eso les hace activar su sexualidad.

¿Ha cambiado algo en la sexualidad en los últimos años?

M: Aún existen tabús y obstáculos, las fantasías por ejemplo se llevan ocultas, aunque las mujeres quieren compartirlas más ahora.

¿Los hombres aún no se atreven a ir al sexólogo/a?

M: Cada vez se atreven más pero cuando les ocurre algo, siguen pensando que es un problema físico y no psíquico. La mayoría de pacientes que tengo son mujeres.
http://santboi.kallejeo.com/adultos-en-sant-boi-de-llobregat/entrevista/montse-villacampa-en-las-relaciones-la-mujer-sigue-siendo-mas-responsable-y-el-ho

domingo, 3 de julho de 2011

Tania Navarro-Swain: A busca do feminino sem a maternidade

Tania Navarro-Swain: A busca do feminino sem a maternidade
QUI, 05 DE MAIO DE 2011 17:52 ESCRITO POR REDAÇÃO

A historiadora Tania Navarro-Swain acredita que a força das representações sociais incute nas mulheres a compulsão à maternidade e ao casamento como definição do feminino.

por Anelise Zanoni, no IHU On-Line



Com a chegada da revolução sexual feminina, principalmente com o lançamento da pílula anticoncepcional, começaram as grandes transformações nos cenários até então desenhados para as mulheres. O medicamento, mais seguro que os demais métodos existentes, permitiu a decisão sobre o próprio corpo. Entretanto, para a historiadora Tania Navarro-Swain algumas regras seguiram semelhantes: “O Estado, a medicina e a religião continuam a lutar por suas prerrogativas masculinas de decidir sobre os corpos das mulheres. A sociedade cobra das mulheres a reprodução e as que não têm uma consciência feminista sentem-se inferiorizadas, excluídas dos laços sociais”, afirma.

Em entrevista por e-mail para a IHU On-Line, a pesquisadora feminista considera que a maternidade é parte das possibilidades de uma mulher, não uma obrigação ou um elemento constitutivo como ser humano.

“Uma vez que as mulheres se desfaçam da obrigação incontornável de casar e ter filhos, como essência de ser-no-mundo, elas passam a decidir de seus afetos e de seus engajamentos”, diz. Além disso, para ela, a força das representações sociais que incute nas mulheres a compulsão à maternidade e ao casamento como definição do feminino é forte demais para que as estruturas familiares tradicionais sejam completamente rompidas e substituídas.

Pós-doutora em estudos femininos pela Universidade de Quebec, no Canadá, e em história na Universidade de Montreal, no mesmo país, Tania Navarro-Swain é professora da Universidade de Brasília – UnB e atua nas áreas de epistemologia feminista, sexualidade, gênero, história das mulheres, teoria e metodologia da história.

Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como podemos compreender os impactos da pílula anticoncepcional na liberação sexual das mulheres e, como consequência, na construção de uma mãe moderna?


Tânia Navarro-Swain – A pílula anticoncepcional foi um instrumento para que as mulheres se reapropriassem de seus corpos. De fato, na modernidade, as mulheres têm sido vinculadas a seus aparelhos genitais na definição do feminino. Desprovidas de razão, seu destino era o biológico, procriar e servir no domínio do privado, no âmbito do doméstico. A gravidez sucessiva é uma prática patriarcal para manter as mulheres fora do espaço público, um meio de mantê-las sob seu controle e determinar os limites de sua atuação. Neste sentido, a pílula permite às mulheres recuperar seus corpos sem renunciar à sexualidade ou sem sofrer as consequências do poder social conferido aos homens de exigir relações sexuais a seu bel prazer, com consentimento ou sem ele. Assim, este mesmo instrumento, mais seguro que outros existentes, permite que as mulheres decidam quando e se querem engravidar, quando e se querem ter e criar filhos. Mas se nos países ocidentais existe esta possibilidade, em muitíssimos países as mulheres só existem em função da reprodução e de preferência de meninos, como na China, na Índia e nos países muçulmanos.

De toda maneira, o acirramento patriarcal para impedir o aborto quando de uma gravidez indesejada – a pílula falhou ou não foi tomada – é a prova concreta de que a posse e o controle dos corpos das mulheres devem ficar em mãos masculinas. O Estado, a medicina e a religião continuam a lutar por suas prerrogativas masculinas de decidir sobre os corpos das mulheres.

IHU On-Line – Para algumas mulheres ser mãe ainda é uma obrigação social. Como você avalia esse pensamento?


Tânia Navarro-Swain - Como as mulheres foram definidas em relação à procriação, aquelas que não têm uma prole sentem-se fora do modelo da “verdadeira mulher”, esposa, mãe. Neste sentido, a sociedade cobra das mulheres a reprodução e as que não têm uma consciência feminista sentem-se inferiorizadas, excluídas dos laços sociais. Como feminista, considero que a maternidade é parte das possibilidades de uma mulher, não uma obrigação, nem um elemento constitutivo como ser humano.

IHU On-Line – Muitos pesquisadores afirmam que a falta de limites e a educação transgressora das crianças têm a ver com esse novo papel dos pais. Qual sua avaliação?


Tânia Navarro-Swain - Não vejo nenhum novo papel do pai. Ao contrário. Os pais, em grande número, estão ausentes da educação ou têm uma figura de punição e violência. Dos trabalhos domésticos, recusam-se a participar e dão um exemplo pernicioso aos meninos das famílias de uma divisão de trabalho desigual. Perpetuam assim, em casa, a hierarquia e a importância dada ao masculino. Se a educação das crianças tem sido considerada uma questão feminina – erroneamente –, hoje a mãe deve não só trabalhar fora, como assegurar um mínimo de higiene, alimentação e conforto nos lares.

De toda forma, esta tarefa deveria ser dividida igualmente, se as famílias fossem constituídas fora do esquema patriarcal de divisão de trabalho. Existe um sopro de violência que penetra em todas as esferas sociais: as escolas são um exemplo disto, a mídia, a TV, os filmes só falam de morte, sangue, drogas, polícia e bandidos. De fato, hoje, a escola e a mídia são os educadores e a permissividade é uma consequência disto.

Por outro lado, uma outra face da questão é que no Brasil há uma falta generalizada de educação das crianças para o convívio social: é permitido às crianças gritar, espernear, exigir, as famílias e a sociedade o aceitam; o convívio com crianças brasileiras é penoso, barulhento, quase incontrolável. Talvez a “nova atitude” dos pais (mãe e pai) seja a de uma permissividade, que faz crer às crianças que elas podem tudo, experimentar tudo, vivenciar tudo. Mas aí já estou saindo de minhas competências de análise.

IHU On-Line – As mudanças nos padrões de sexualidade são capazes de mudar a estrutura das famílias. E como fica a relação homem/mulher?


Tânia Navarro-Swain – Apenas mudanças nos padrões de sexualidade não mudam a estrutura das famílias se as representações sociais de feminino, demasculino, de hierarquia não forem transformadas igualmente. A relação homem/mulher ficou apenas um pouco mais livre. As teorias feministas apontam para uma “heterossexualidade compulsória” que obriga ou força a união entre mulheres e homens para que respondam às normas e às representações de feminino e masculino no sistema social. Ou seja, esta heterossexualidade institui os papéis sociais, de forma hierárquica, bem como as normas e comportamentos aceitáveis. É a base do patriarcado, com o controle e a apropriação social dos corpos e do trabalho das mulheres. Assim, uma vez que elas se desfaçam da obrigação incontornável de casar e ter filhos, como essência de ser-no-mundo, elas passam a decidir a respeito de seus afetos e de seus engajamentos; passam a decidir o que querem e pretendem fazer de seus corpos e suas vidas. A força das representações sociais que incute nas mulheres a compulsão à maternidade e casamento como definição do feminino é ainda forte demais para que as estruturas familiares tradicionais sejam completamente rompidas e substituídas por variáveis múltiplas. Entretanto, é cada vez maior o número de mulheres que formam famílias monoparentais. Isto é, mulheres que se recusam ou se ausentam de relações permanentes que se fundam em uma hierarquia familiar, onde o homem é depositário da autoridade. Assim, as relações passam a ter um caráter mais igualitário.
IHU On-Line – As constantes mudanças na estrutura social, principalmente dentro da família, podem influenciar atitudes de risco dos filhos, como o uso de drogas e o gosto por atividades perigosas?


Tânia Navarro-Swain – A incrível violência doméstica que se abate sobre as mulheres e crianças, e que hoje se torna cada vez mais visível – incita ao uso de drogas e à delinquência juvenil, a meu ver. A mudança mais significativa na estrutura familiar é a maior participação das mulheres no mercado formal do trabalho e sua independência econômica cada vez mais ampla. Os homens aceitam com dificuldade esta mudança e a violência contra as mulheres tem crescido de forma exponencial. É igualmente o crescente número de mulheres que são as provedoras únicas ou principais da sobrevivência familiar. Porém, no imaginário social o masculino é preponderante, e a representação social familiar básica é a ordem do pai. Assim, nada mudou, pois nas famílias os homens continuam a manter intacta a divisão de trabalho familiar, da qual se ausentam e cultivam seu papel de autoridade e poder, cujo eixo principal é a violência. De modo que há um desdobramento desta imagem, cada vez mais negativa entre a juventude, que sofre com a violência familiar e social e a reproduz.

Os discursos sociais que alegam uma desestruturação familiar por causa da crescente presença e participação das mulheres no mercado de trabalho não são mais uma artimanha do poder para culpá-las e trazê-las de volta ao “bom caminho” da “verdadeira mulher”: esposa e mãe. Esta é mais uma tentativa de fazer retroceder as conquistas das mulheres, pois a independência econômica é essencial para a autoestima, e sua afirmação enquanto sujeitos políticos.
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011050512963/Nosso-pais/tania-navarro-swain-a-busca-do-feminino-sem-a-maternidade.html

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sensibilização sobre gênero, sexualidade e saúde é discutida em oficina

Sensibilização sobre gênero, sexualidade e saúde é discutida em oficina
Evento é promovido pela Petrobras atendendo demanda das comunidades com as quais trabalha
Promovida pela Petrobras, a oficina ocorreu no CCMar

Discutir assuntos relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos e à promoção da igualdade entre homens e mulheres. Esta é a proposta da oficina de Sensibilização sobre Gênero, Sexualidade e Saúde iniciada hoje, 07, no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar), em uma promoção da Petrobras, através da Implementação de Empreendimentos para a P-55.

O curso, realizado das 8h às 17h, termina no final da tarde desta quarta-feira, e tem a participação de representantes das secretarias municipais de Saúde, de Cidadania e Ação Social e de Educação, do Conselho Tutelar, de escolas estaduais e municipais, da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São José do Norte e do Centro Educacional Fraternidade.

A oficina é realizada pelo Instituto Promundo, por meio de convênio com a Petrobras. O Promundo é uma organização não-governamental que tem como missão promover a equidade do gênero, saúde sexual e reprodutiva e prevenção de violência contra mulheres. Como parte de sua estratégia, o instituto desenvolve materiais educativos e campanhas que têm sido adaptadas e avaliadas em diversos países. A Petrobras está oferecendo essa atividade em 13 estados brasileiros, destinando-a a profissionais de diversas áreas, lideranças e moradores de comunidades que desejem trabalhar esses temas. A iniciativa também visa a proporcionar atividades educativas que criam um espaço participativo e de confiança e que possam ser utilizadas pelos participantes em suas ações.

A estatal diz que a intenção é, dessa forma, criar planos de ação nas comunidades em que atua, para serem desenvolvidos posteriormente, que contribuam para a promoção da equidade de gênero e para a reflexão sobre o tema, garantindo a proteção dos direitos das crianças, adolescentes e jovens e a promoção de ambientes mais saudáveis. Os participantes da oficina são todos pessoas que atuam em projetos para orientação de jovens sobre questões relacionadas ao tema. A Petrobras se dispôs a trabalhar esse assunto porque é uma demanda das comunidades em que desenvolve atividades sociais.

A instrutora do curso, Danielle Bittencourt, do Promundo, diz que o público reunido é composto de multiplicadores e está recebendo treinamento para depois passar os conhecimentos adquiridos às comunidades com as quais atua. A professora Janete Cardoso Pinto, diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alcides Barcelos, do bairro Getúlio Vargas, do Rio Grande, que está participando do curso, falou que a oficina dá subsídios para os participantes se instrumentalizarem para atuar em situações de conflito entre crianças e adolescentes quando estas ocorrerem. Conforme ela, as escolas têm que mostrar o caminho a seus estudantes e deve buscar experiências para isso, reunindo informações para lidar com o momento atual.

Durante a oficina, são distribuídos aos inscritos um manual de atividade educativa para sensibilização sobre Gênero, Sexualidade e Saúde, além de vídeos sobre masculinidade, feminilidade e homossexualidade.

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=12785

quarta-feira, 8 de junho de 2011

La OEA aprobó resolución sobre Derechos Humanos, Orientación Sexual e Identidad de Género en las Américas

La OEA aprobó resolución sobre Derechos Humanos, Orientación Sexual e Identidad de Género en las Américas.

Publicado el Sábado 12 de Junio de 2010 en las secciones .resaltado, Latinoamerica.
Se puede seguir cualquier respuesta a esta nota a través de RSS 2.0.

Lima – (DiariodeLimaGay)
La resolución es el resultado de actividades de incidencia y coordinación realizadas en los cuatro días anteriores por más de 20 grupos LGBT de 17 países que integran una Coalición de América Latina y el Caribe, que se reúne anualmente antes de la Asamblea General para coordinar sus trabajos de incidencia en el marco de la OEA.

Como de costumbre, la coalición organizó un evento paralelo de preparación para la Asamblea General con el fin de discutir estrategias de incidencia en la OEA, más específicamente en la 40 ° de la Asamblea General. Los participantes invitados a este evento incluyeron al Embajador Santiago Canto, Director Ejecutivo de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos quien expresó el compromiso de la Comisión en supervisar las violaciones de derechos humanos basados en la orientación sexual e identidad de género y proporcionando una visión de conjunto de acciones disponibles para las comunidades LGBT de la región; Dante Negro, Director del Departamento de Derecho Internacional de la OEA, que proporcionó un análisis jurídico detallado del proyecto de resolución “Derechos Humanos, Orientación Sexual e Identidad de Género” y tomó nota de los progresos realizados sobre este tema en la OEA; Irene Klinger, directora del Departamento de Relaciones Internacionales de la OEA, quien destacó la importancia de la participación de la sociedad civil LGBT en todos los procesos de la Organización, y particularmente en la 40° Asamblea General. Una delegación de ONUSIDA Perú también asistió al evento.

Durante el diálogo informal entre el Secretario General de la OEA y la sociedad civil en Lima, tres delegados de la coalición LGBT preguntaron al Secretario General José Miguel Insulza, sobre la violaciones de derechos humanos más relevantes que ocurren en el hemisferio, como la existencia de una legislación que penaliza las relaciones sexuales consentidas entre adultos del mismo sexo en el Caribe anglófono, y otras abusos a los derechos humanos relacionados con ellos, las violaciones de los derechos humanos contra las comunidades travesti, transexual y transgénero, así como la falta de reconocimiento legal de la identidad por la mayoría de Estados miembros, y las tendencias restrictivas que el Perú está teniendo sobre el tema, específicamente las que se refieren a la discriminació n por orientación sexual y las leyes de identidad de género en diferentes artículos. El Sr. Insulza, recientemente reelegido para un segundo mandato como Director de la Organización, confirmó y reiteró su compromiso y el compromiso de la Organización para mantener la responsabilidad de combatir la discriminació n por orientación sexual e identidad de género.

Al día siguiente, en un diálogo entre los jefes de delegación de los Estados miembros y la sociedad civil, Sherlina Nageer, activista y representante de la Sociedad de Guyana contra la Orientación Sexual Discriminació n, leyó, ante los Ministros de Relaciones Exteriores de la OEA una declaración representando a la coalición hecha por los activistas Chile, Argentina, Colombia, Perú, República Dominicana, Paraguay, Brasil, Ecuador, Haití, Guyana, Jamaica y Belice, donde se puso de relieve las situaciones propuestas en el día anterior, solicitando además, la revisión de las leyes sobre la violencia doméstica, incluida la cuestión de violencia que sufren las mujeres lesbianas y transexuales en sus familias.

El representante del Brasil en la Organización de Estados Americanos centró su intervención en la lucha contra la homofobia recordando la iniciativa que el presidente de Brasil, llevó a cabo recientemente estableciendo el 17 de mayo como Día Nacional Contra la Homofobia.

Brasil también recordó su patrocinio del proyecto de resolución “Derechos Humanos, Orientación Sexual e Identidad de Género”.

Durante la Asamblea, los delegados de la Coalición LGBT tuvieron la oportunidad de tener una reunión formal con Felipe González, el actual Presidente de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos para examinar las violaciones de derechos humanos por orientación sexual e identidad de género en el hemisferio.

El 8 de junio, durante la última sesión plenaria, se presentó el Informe Anual del Consejo Permanente a la Asamblea General (2009-2010) que contiene las resoluciones aprobadas por el Consejo Permanente. Entre las aprobabas se encuentra la resolución AG / RES. 2600 (XL-Ou/10) “Derechos Humanos, Orientación Sexual e Identidad de Género”, cuyo texto ratifica los avances de los años anteriores con las resoluciones AG/RÊS.2435 (XXXVIII-Ou/ 08) y AG / RES 2504 (XXXIX -0/09) tituladas “Derechos humanos, Orientación sexual e Identidad de género”.

La nueva resolución presentada por Brasil y copatrocinada por Bolivia, se destaca no sólo por condenar los actos de violencia y violaciones de derechos humanos cometidas contra las personas por razón de su orientación sexual e identidad de género y expresar su preocupación por la violencia que enfrentan los defensores de derechos humanos que trabajan en temas relacionados con tales violaciones, sino que, también, insta a los Estados miembros a adoptar todas las medidas necesarias para combatir las violaciones por orientación sexual e identidad de género, garantizando el pleno acceso a la justicia para sus víctimas. Y pide a la Comisión Interamericana de Derechos Humanos que considere la posibilidad de realizar un estudio temático.

Por primera vez, la resolución incluye la noción de discriminació n por orientación sexual e identidad de género, instando a los Estados a tomar medidas contra ella.

Como Coalición celebramos la aprobación de esta resolución que consideramos uno de los resultados tangibles del trabajo de incidencia que se inició en el año 2006 por Global Rights, Mulabi-Espacio Latinoamericano de Derechos y Sexualidades y IGLHRC LAC para coordinar la creación de esta coalición, que inicialmente centró su trabajo sobre la inclusión de orientación sexual, identidad y expresión de género en el proyecto de Convención Interamericana contra el Racismo y Toda Forma de Discriminació n e Intolerancia.

Damos las gracias a Astraea Lesbian Foundation for Justice, a la Comisión Internacional Internacional de Derechos Humanos para Gays y Lesbianas (IGLHRC) y a Global Rights para apoyar nuestra participación en esta Asamblea.

Participaron por la Coalición LGBT de Organizaciones de América Latina y el Caribe trabajando en el marco de la OEA:

AIREANA – Camila Zabala – Paraguay, COLECTIVA MUJER y SALUD, Julie Betances – República Dominicana, COLECTIVO “ANGEL AZUL”- REDLACTTRANS- Jana Villaizán – Perú, COLECTIVO CONTRANATURAS – Paúl Flores Arroyo – Perú, CORPORACIÓN PROMOCIÓN DE LA MUJER, Tatiana Cordero – Ecuador, IGLHRC-LAC – Fernando D’Elio – Argentina, ASOCIACIÓN LIDERES EN ACCION -Germán Rincón Perfetti – Colombia, Centro de Promoción y Defensa de los Derechos Sexuales y Reproductivos, PROMSEX- George Liendo- PERU, MOVIMIENTO HOMOSEXUAL DE LIMA- Giovanny Romero Infante – Peru, MOVIMIENTO MANUELA RAMOS – Eduardo Jesus Juarez Villafuerte – Perú, ORGANIZACIÓN DE TRANSEXUALES POR LA DIGNIDAD DE LA DIVERSIDAD – Franco Fuica – Chile, , REDE AFRO LGBT – Edmilson Medeiros BRASIL, J-FLAG – Maurice Tomilson – Jamaica, RED LACTRANS – Marcela Romero- Argentina, SENTIMOS DIVERSO – Zulma Quintero- Colombia, SEROvie – Steeve Laguerre – Haití, SOCIETY AGAINST SEXUAL ORIENTATION DIDSCRIMINATION- Sherlina Nageer – Guyana, UNIBAM – Devon Gabourel – Belice.

Como afiliado de la Coalición: Stefano Fabeni – Global Rights
http://www.sentidog.com/lat/2010/06/12/la-oea-aprobo-resolucion-sobre-derechos-humanos-orientacion-sexual-e-identidad-de-genero-en-las-americas/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ideologia de Gênero: saiba mais e conheça riscos para a sociedade

Quinta-feira, 02 de junho de 2011, 09h07 | Atualizada, 10h20

Ideologia de Gênero: saiba mais e conheça riscos para a sociedade

Leonardo Meira
Da Redação


Montagem sobre imagens / ArquivoIdeologia de gênero busca deixar à liberdade de cada um o tipo de ''gênero'' a que quer pertencer, todos igualmente válidos
"Gênero" e "sexo" são sinônimos ou dizem respeito a realidades diferentes? Não é muito difícil encontrar os dois termos sendo usados de modo correlato, embora possuam sentidos completamente distintos. E é exatamente aí que se encontram os perigos da assim chamada Ideologia de Gênero (IG), em que a sexualidade humana é vista como "papel socialmente construído", pois o ser humano nasceria sexualmente "neutro".

"A Ideologia de Gênero começou com a revolução sexual, onde houve clara separação entre o corpo e o sexo ligado à procriação. Na desvinculação dessas questões, a pessoa vê o corpo não mais como algo que lhe é dado em seus caracteres biológicos e pessoais, mas como uma construção, adquirida a partir da sociedade e da cultura em que se vive", esclarece o doutorando em Teologia da Família pelo Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, padre Raimundo Mário Santana.


O que é Ideologia de Gênero?

"Os proponentes desta ideologia querem afirmar que as diferenças entre o homem e a mulher, fora as óbvias diferenças anatômicas, não correspondem a uma natureza fixa que torne alguns seres humanos homens e, a outros, mulheres. Pensam, além disso, que as diferenças de pensar, agir e valorizar a si mesmos são produto da cultura de um país e de uma época determinadas, que atribui a cada grupo de pessoas uma série de características que se explicam pelas conveniências das estruturas sociais de certa sociedade. Querem se rebelar contra isto e deixar à liberdade de cada um o tipo de 'gênero' a que quer pertencer, todos igualmente válidos. Isto faz com que homens e mulheres heterossexuais, homossexuais, lésbicas e bissexuais sejam apenas modos de comportamento sexual produto da escolha de cada pessoa, liberdade que todos os demais devem respeitar", explica o documento A ideologia de gênero: seus perigos e alcances, publicado em 1998 pela Conferência Episcopal Peruana, um dos mais completos textos sobre o assunto.

Acesse
.: A ideologia de gênero: seus perigos e alcances
.: Igreja e sexualidade: conheça a doutrina sobre o assunto

Essa tendência de diferenciação entre "sexo biológico" e "sexo social", enquanto construção das condutas e normas da sociedade, é bastante complexa e pouco estudada devido aos próprios empecilhos criados pelos adeptos da IG. "Não se permitem estudos mais aprofundados na área, pelo temor de que se leve a algum tipo de preconceito ou algo nessa linha. Acredito que é preciso ter em conta os aspectos corporais, fisiológicos. A estrutura social também tem suas influências, mas cada um de nós nasce com características que são próprias, seja de homem ou de mulher, que são inatas e não existe como modificar isso devido a uma questão social", salienta a doutora em Microbiologia e Imunologia com atuação na área de Bioética e professora da Universidade de Brasília (UnB), Lenise Garcia.

No aspecto religioso, o pensamento da IG acaba por defender a ideia de que Deus criou o homem, a mulher e mais todo o tipo de "gêneros" possíveis, ao bel-prazer de cada um. "São divisões que agridem a moral católica. Alguns vanguardistas da ideologia de gênero dizem que a Igreja está rejeitando algumas pessoas. Contudo, na verdade, não se pode afirmar tendenciosamente que Deus faz as coisas segundo o nosso querer. Aquilo que é o elã, a inspiração – Deus nos fez homem e mulher para partilharmos Sua obra criadora – transforma-se em elemento divisor", explica o doutor em Teologia Moral, coordenador nacional do grupo de reflexão sobre problemas morais da CNBB e padre da Arquidiocese de Londrina, Rafael Solano Durán.




Montagem sobre fotos / Arquivo PessoalDoutor em Teologia Moral e coordenador nacional do grupo de reflexão sobre problemas morais da CNBB, padre Rafael Durán, e doutora em Microbiologia e Imunologia com atuação na área de Bioética e professora da Universidade de Brasília, Lenise GarciaSubjetivismo e relativismo

Os adeptos da IG não apenas alimentam sua visão em discussões acadêmicas, mas organizam movimentos que tentam impor esse entendimento como o que deve ser aceito pelas legislações e direito civil (nos casos, por exemplo, do "casamento" homossexual ou da permissão de adoção por esses, para citar alguns). Aí surgem riscos para a estrutura da sociedade ocidental, baseada nos princípios cristãos e grandes valores humanos, como a família fundada no matrimônio entre o homem e a mulher.

Um dos maiores perigos da IG é o imenso espaço que se abre para o subjetivismo moral e sexual. Se ninguém nasce, mas se "faz" homem e mulher ao longo da vida, alguém poderia passar de um lado sexual para o outro a qualquer momento. "Seria uma esfera total do relativismo, da mudança de caráter, bem como daquele caráter absoluto de Deus Criador. Se eliminássemos a possibilidade de que Deus nos faz homem e mulher, diríamos que Deus é completamente ambivalente, que cria e recria de modo diferente", complementa padre Rafael.

Ele recorda que hoje já se vive um grande relativismo em questões sexuais, mas a situação moral e ética poderia se tornar ainda pior. "Cada um decide qual deve ser seu comportamento, sem nenhum tipo de referência objetiva. Isso leva não somente a uma crise de identidade, mas também a uma experiência verdadeiramente escravizante. Chega-se a um ponto tal em que cada um torna-se dono de suas próprias decisões, de suas próprias opções, mesmo se estiverem completamente erradas. A Ideologia de Gênero abre essa brecha para dizer que tudo é completamente permitido e completamente moral. Perderíamos o valor essencial e maravilhoso da nossa identidade: Deus nos criou seres únicos", justifica.


Reprodução e unidade

A questão da reprodução é outro item muito preocupante. "Diga-se o que se diga, só pode acontecer reprodução entre homem e mulher, e isso é algo fundamental para a continuidade da humanidade", sublinha a doutora Lenise Garcia. Ela também indica a influência dessa ideologia na educação das crianças. "Em uma sociedade em que não seja bem esclarecida a questão da sexualidade, uma criança pode interpretar que a amizade com outra do mesmo sexo tem alguma coisa a mais – ela poderia interpretar desse modo se na educação não for colocada de forma adequada essa questão", diz.

Já padre Raimundo aponta outro dano: "perde-se a unidade substancial do homem, pensado como um todo. Ele deixa de ser uma unidade entre corpo e alma e o sexo passa a ser visto como algo meramente físico, que se pode usar, manipular, ligado quase que somente à genitalidade. Esse movimento é perigoso justamente porque usa de técnicas que apresentam às pessoas a sexualidade apenas em vista de um prazer que se possa ter em benefício próprio, sem se dar conta de que a sexualidade caracteriza e forma a pessoa inteira", afirma.

Quando o homem perde sua identidade como macho e fêmea, como homem e mulher, quebra-se o vínculo que esse caráter tem para todos os âmbitos da vida. "Quebrando essa unidade, quebra-se também todos os outros valores que da sexualidade dependem: o matrimônio, a família, os vínculos sociais, pois se banalizam elementos essenciais para a constituição da pessoa e da sociedade. Colocando em dúvida a diferença sexual, coloca-se em risco todos os outros valores da vida humana que estão intimamente ligados a essa diferença", ressalta o sacerdote.




Montagem sobre fotos / Arquivo PessoalDiácono permanente e formador de casais da Comunidade Canção Nova, teólogo Paulo Lourenço, e o doutorando em Teologia da Família pelo Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, padre Raimundo Mário SantanaDiferenças

A doutora Lenise Garcia indica que deve ser feita uma distinção muito clara entre o respeito que cada pessoa humana merece – independente de toda e qualquer escolha que faça, devido à dignidade humana a qual todos têm direito – e a realidade de não se poder colocar em posição crítica em relação a determinados comportamentos. "Muitas vezes, não se faz essa distinção, como se a crítica ao comportamento fosse uma crítica à pessoa. É preciso se entender bem isso para não se fazer confusão nessa área".

O formador de casais da Comunidade Canção Nova, teólogo e diácono permanente, Paulo Roberto Oliveira Lourenço, lembra que as questões ligadas à sexualidade humana nunca podem estar desvinculadas das emoções e afetos humanos, que são próprios do sexo masculino e feminino.

"A mulher tem a sua afetividade aflorada por emoções e o seu comportamento sexual sempre estará ligado à busca de um vínculo amoroso, o que não acontece com o homem, que tem características humanas mais voltadas ao prazer e as suas emoções são reservadas. Qualquer mudança que se queira fazer, com o argumento de que a sociedade pode construir um 'gênero' diferente, estará fadada ao fracasso da própria pessoa humana, pois os seus afetos não mudam. Podem se distorcer, o que acontece muito, gerando pessoas infelizes, emocionalmente desequilibradas, feridas na sua afetividade", sublinha.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281960

sábado, 4 de junho de 2011

'Sentir-se excluído será motivo de sofrimento', diz psicoterapeuta sexual


04/06/2011 06h02 - Atualizado em 04/06/2011 06h44
'Sentir-se excluído será motivo de sofrimento', diz psicoterapeuta sexual
Oswaldo M. Rodrigues Jr. fala sobre a formação sexual do ser humano e os impactos do preconceito contra crianças e adolescentes homossexuais
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Oswaldo M. Rodrigues Jr, psicólogo e diretor do InPaSex (Foto: Divulgação)
Alguns passam a ter desejo sexual por pessoas de outro sexo na fase da puberdade. Outros descobrem esse sentimento na adolescência. Há ainda aqueles que nunca conseguirão se classificar. Muitos são vítimas de preconceito e de exclusão. De acordo com o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (InPaSex), Oswaldo M. Rodrigues Jr., uma das necessidades mais importantes na vida de uma pessoa é o sentimento de pertencer a um grupo que o acolha e lhe dê proteção.
“Sentir-se excluído por qualquer razão será um motivo de sofrimento”, diz o psicólogo e psicoterapeuta sexual, que segue abordagem psicológica comportamental-cognitiva.
O InPaSex atua em questões relacionadas a disfunções sexuais e queixas relativas à sexualidade do ponto de vista da psicologia, fornecendo psicoterapia a indivíduos e casais que buscam superar problemas que vivenciam nestas áreas. O diretor Oswaldo Rodrigues fala sobre a formação sexual do ser humano e os impactos do preconceito contra crianças e adolescentes homossexuais.
Com qual idade é comum uma pessoa descobrir sua sexualidade?
Existem várias partes do que se tem sido chamado de “sexualidade”. A sexualidade é composta de vários graus de identidades que se sobrepõe. A “identidade de gênero”, que significa descobrir se pertence ao grupo dos homens ou das mulheres, ocorre nos dois primeiros anos de vida e se confirma aos 7 anos. A maioria das pessoas desenvolve uma identidade de gênero de acordo com o sexo genital. A “identidade sexual social” é percebida com expressões e formas de fazer as coisas como masculino ou feminino. Estas características são aprendidas e assimiladas desde o nascimento e firmadas por volta dos 7 anos, quando a criança passa a exercitar o “ser homem” ou “ser mulher” a partir das expressões sociais e externas.
As designações “objeto sexual”, “opção sexual” e “orientação sexual” implicam gramaticalmente em qual deverá ser o objeto da satisfação sexual da pessoa. Precisamos observar um contínuo entre dois extremos, para começar: da heterossexualidade à homossexualidade, com vários graus de bissexualidade intermediários. Ainda existe a assexualidade e a preferência por objetos/partes do corpo. Estas formas são estados de ser que podem dominar a vida toda ou serem fases com durações mais ou menos prolongadas gerando identidades sociais diferenciadas. Algumas destas identidades são pronunciadas e visíveis de acordo com momento histórico, valores e mecanismos de tolerância à frustração por parte dos indivíduos de uma cultura.
Há 500 anos se ateava fogo a uma pessoa de genitália ambígua ou transexual. Há 100 anos se mandava para a prisão quem fosse homossexual. Ainda hoje há quem não acredite que bissexuais existam e se ridicularizam assexuados e parafílicos como pervertidos. Esta fase objetal implica em designar o outro como fonte de satisfação sexual ou de satisfação afetiva. Ambas as formas são consideradas sexualidade em nosso momento cultural, embora sejam qualitativamente diferentes. Algumas pessoas iniciarão esta fase ao redor da puberdade, outras na adolescência, e outras após os 18-20 anos de idade. Muitas passarão por momentos de variação ao longo de 5 ou 6 décadas de vida. De toda forma, não se pode dizer se uma criança terá orientação sexual hetero, homo, bi, assexual ou objetal. Muitos sequer conseguirão classificar-se mesmo sendo adultos (por mais que possam ser classificados pelo mundo externo).
Quando a criança descobre que é minoria entre os seus colegas, como ela se sente?
Uma das necessidades de importância na vida de uma pessoa será o sentimento de pertencer a um grupo que o acolha e lhe dê proteção. Sentir-se excluído por qualquer razão será um motivo de sofrimento. Este sofrimento poderá produzir uma capacidade de administrar as frustrações que ocorrerão ao longo de toda a vida, sendo um produto positivo de uma condição negativa. Porém, a maioria das pessoas reage de modo negativo, desenvolvendo o que se denomina de baixa autoestima, autoidentidades negativas e passa a associar-se adjetivos negativos que o conduzirão a comportamentos e atitudes negativas e contraproducentes sobre si e sobre o mundo. As pessoas que poderão aprender a administrar as frustrações destas exclusões, vivendo como minoria, serão os mais ilustres e mais bem-sucedidos daquele mesmo grupo. Assim, em determinado momento, sentir-se mal não é exatamente apenas negativo. Se a criança tem acolhimento em outras áreas, provavelmente ela se perceberá diferente, e não excluída, mesma que assim o seja.
A exclusão pode se dar não por ela ser diferente, mas pelo grupo necessitar de um bode expiatório, para os indivíduos do grupo sentirem-se bem. Assim são as histórias de crianças chamadas de “bicha”, que recebem toda a carga negativa que os colegas têm, não por ser homossexual, mas para servir de expiação dos problemas do grupo. O mesmo ocorre na família, onde pais e irmãos usam palavras negativas para sentirem-se bem e superiores. A criança assume a identidade homossexual não por desejar outro de mesmo sexo, mas para cumprir um papel de carregar as dificuldades da família. Mais provavelmente esta criança desenvolverá preferências homossexuais, pois o mundo já participa com determinantes coerentes ao epíteto designador.
É comum adolescentes tirarem sarro, implicarem e até praticarem bullying com os colegas. Como esse comportamento é visto dentro da psicologia?
A competição é um dos mecanismos para produzir características úteis na sociedade adulta. A competição entre crianças é moldada nos adultos que as cercam. Entre a idea de competição e uma agressão existe grande diferença que precisa de ponderação. Por isso o termo bullying. Uma criança hostil vem de lares hostis ou ela é perturbada em termos de personalidade. O mais comum é a criança copiar comportamentos que assiste em casa: violência de gênero. A criança repete o que vivencia, pois é assim que compreende que deve ser o mundo.
Quais cuidados as escolas devem tomar para que alunos homossexuais não sejam vítimas de bullying?
A discussão sobre as possibilidades de identidades de gênero, expressões sexuais sociais, formas e preferências sexuais deveria ser compreendida pelos professores, pois eles é que passarão esta compreensão para os alunos. Isto exige atuação cotidiana, não apenas em uma ou outra aula especial (como em muitas escolas ainda chamam inadequadamente de “educação sexual”). Isto ainda é e ainda será muito complicado, pois envolve discussões de valores pessoais e grupais para os adultos. O mundo se encontra em constante mudança. Parodiando Henry Havelock Ellis no começo do século XX: “se tudo no universo se encontra em constante movimento, porque o ser humano seria estático?”
Crenças e valores de adultos não são modificados com facilidade. Por isso existe a psicoterapia, um processo que permite mudanças e não é baseado em apenas informações e conhecimentos. A informação permite o debate, mas não muda crenças. Na maior parte das vezes as informações são utilizadas para manter crenças e não modificá-las. A construção das crenças estereotipadas socialmente é feita de modo pedagógico. Isto se diferencia do método psicológico, focado no indivíduo e não na informação. Assim, muitos dos professores que têm dificuldades em administrar o “diferente” precisariam aprender a mudar suas crenças para que convivessem com os diferentes. As crianças só copiam e seguem os modelos dos adultos.
Um estudo da Universidade de Columbia (EUA) mostrou que adolescentes gays têm até cinco vezes mais chances de se matar do que os heterossexuais. Existe alguma pesquisa como essa no Brasil que o senhor possa destacar?
Várias pesquisas brasileiras têm sido feitas e várias conclusões são tiradas há 30 anos. Grupos de apoio a adolescentes homossexuais têm sido tentados. Problemas legais de pais não aceitarem seus filhos não os permitindo sequer discutirem e compreenderem se realmente são ou não homossexuais apenas facilitaram o aumento destas estatísticas. Psicólogos que atendem adolescentes sabem disso ao verem seus pacientes trazerem estas discussões. Eles levam muitas semanas para confiarem no terapeuta, pois o mecanismo mais degradado é o da confiança em outros superiores.
Qual é o impacto que o preconceito pode ter na vida da criança e/ou do adolescente homossexual?
Isto sempre dependerá das características de personalidade que a criança e o adolescente estão desenvolvendo. Assimilar-se negativo ou positivo frente as adversidades será determinante para produzir um impacto e de que tipo.


http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2011/06/sentir-se-excluido-sera-motivo-de-sofrimento-diz-psicoterapeuta-sexual.html

domingo, 22 de maio de 2011

Homens utilizam agressividade como forma de reforçar masculinidade

18/05/2011
Homens utilizam agressividade como forma de reforçar masculinidade
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A masculinidade é social, não biológica. Isto é o que afirma um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida, nos EUA. Segundo os autores, a masculinidade é um status “precário” difícil de conquistar e fácil de perder. E quando os homens se sentem ameaçados em sua masculinidade, eles veem a agressão como a melhor maneira de defendê-la.


Segundo os autores Jennifer K. Bosson e Joseph A. Vandello, a identidade sexual normalmente incluída nas “questões de gênero” é algo determinado socialmente. “E os homens sabem disso. Eles se preocupam muito sobre como outras pessoas os veem”, diz Bosson. “E, quanto mais preocupados com o assunto, mais eles irão sofrer psicologicamente quando sentirem que sua masculinidade foi violada”.

Para chegar a estas conclusões, Bosson e Vandello realizaram uma série de estudos onde os participantes – todos homens – foram incitados a se comportarem de forma feminina. Enquanto alguns trançaram os cabelos, outros fizeram tarefas mais masculinas ou neutras.

A seguir, foram dadas opções para que eles escolhessem a próxima tarefa. Todos aqueles que trançaram o cabelo preferiram a tarefa de dar socos em um saco de treinamento de boxe do que montar um quebra-cabeça, por exemplo. E, quando todos foram esmurrar o saco, aqueles que trançaram os cabelos deram socos com muito mais força do que os outros.

Em um teste posterior, quando os que trançaram o cabelo não tiveram a oportunidade de dar socos, todos mostraram um maior nível de ansiedade. Segundo os autores, a agressão é uma “tática de restauração da masculinidade”. “Quando os homens usam esta tática da agressão, ou a levam em consideração, eles tendem a sentir que foram obrigados por forças externas a fazê-lo”.

Em outro teste, os pesquisadores entregaram a homens e mulheres um relatório policial simulado, no qual um homem ou uma mulher batia em alguém do mesmo sexo, depois de a pessoa tê-la provocado, insultando sua masculinidade ou sua feminilidade. A seguir, perguntaram: por que esta pessoa se tornou violenta?

Quando o protagonista era uma mulher, ambos os sexos atribuíram o ato a traços de caráter, tais como a imaturidade. As mulheres também afirmaram isso sobre os agressores do sexo masculino. Mas quando o agressor era um homem, os homens creditaram em peso a reação ao fato de que ele teria sido provocado – a humilhação forçou-o a defender a sua masculinidade.

“Curiosamente, as pessoas tendem a sentir que a masculinidade é definida por realizações, e não pela biologia. A feminilidade, por outro lado, é vista principalmente como um estado biológico”. Segundo os autores, por este motivo, a masculinidade pode ser “perdida” por transgressões sociais, ao passo que a feminilidade é “perdida” apenas por mudanças físicas, como a menopausa.

E quem julga a masculinidade tão rigorosamente? “As mulheres não são as principais punidoras das violações do papel de gênero”, diz Bosson. “São os outros homens.”

Bosson acredita que o estudo dá provas psicológicas a teorias sociológicas e políticas que afirmam que o gênero é um fenômeno social, não um fenômeno biológico. “E isso começa a transparecer sobre os efeitos negativos que a questão de gênero exerce sobre os homens, incluindo a depressão, ansiedade, baixa autoestima e violência”, conclui.

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com informações da Association for Psychological Science
Fonte: O que eu tenho?
http://www.enfermagemesaude.com.br/noticia/noticias/3607/homens-utilizam-agressividade-como-forma-de-reforcar-masculinidade

Sexualidade não é igual a gênero

Sexualidade não é igual a gênero
Joel Baum, diretor do Gender Spectrum, uma rede de apoio e educação norte-americana para famílias, crianças e adolescentes, fala sobre a necessidade de criarem um ambiente inclusivo para todos os gêneros

Publicação: 25/02/2011 20:12 Atualização: 26/02/2011 20:35
A formação da identidade de gênero é um processo que, na maioria dos casos, é natural. Entretanto, a sociedade ainda define os gêneros de forma bipolar: masculino ou feminino, o que causa transtornos aos pais com crianças que não se encaixam nas restritivas definições atuais. Joel Baum é diretor do Gender Spectrum, uma rede de apoio e educação norte-americana para famílias, crianças e adolescentes criarem um ambiente inclusivo para todos os gêneros. A Revista conversou com o especialista para esclarescer ainda mais sobre a necessidade de dar liberdade para as crianças descobrirem o que elas realmente são, e como os pais devem agir para aceitar os próprios filhos.

É sabido que as crianças desenvolvem a sexualidade desde que são bebês. Quando eles começam a entender o significado de gênero?
Sexualidade não é igual a gênero. A compreensão de uma criança das expectativas sociais atribuídas ao gênero começa muito cedo e é reforçada em muitas maneiras sutis - e não tão sutis - em toda a sua infância. Da maneira que os adultos tratam bebês do sexo masculino e feminino de forma bastante diferente. Esse processo continua à medida que crescem e inclui expectativas sobre as coisas que gostam de fazer, roupas que vestem, jogos, interesses e assim por diante. Essas expectativas são muitas vezes bastante estreitas, especialmente para uma criança com atributos do sexo masculino."Meninos não choram", "Aja como um homem" e muitas outras mensagens são entregues constantemente para os garotos. Mesmo os bem resolvidos em sua identidade como homens são levados a sentir que eles não são "suficientemente masculinos." Para as crianças que não têm o sentido de alinhamento entre o seu corpo e a sua identidade de gênero, essa diferença se torna muito clara desde muito cedo na vida. Em nosso trabalho com centenas de famílias em todo o mundo, ouvimos temas familiares e histórias:
• Quando pequeno, meu filho sempre preferiu brincar com as meninas.
• Minha filha gostava apenas dos personagens masculinos dos programas que assistia.
• Todos os bichos de pelúcia dele eram de meninas.
• Ela sempre pergunta quando é que vai ter um pênis.
• Por que Deus deu-me o corpo errado? • Posso pedir para ser um menino no Natal? Muitas famílias informam esses e muitos outros indicadores das primeiras lembranças de seus filhos enquanto cresciam. Para muitas crianças, desde o começo, é possível articular isso. Essa sensação de estar no corpo errado é bastante aguda. Combinado com as mensagens que estão recebendo constantemente sobre como deveriam ser, eles rapidamente enfrentam uma desconexão entre a forma como todos querem que eles ajam e como eles mesmos querem agir.
No caso do pequeno Dyson Kilodavis, você acha que os pais estão fazendo a coisa certa? Por quê?
Os pais de Dyson estão fazendo a coisa absolutamente certa. Eles estão guiando a criança enquanto ele expande sua própria compreensão de si mesmo. Novamente, temos que voltar para a dimensão de gênero. Com o quê Dyson gosta de brincar, ou como ele gosta de se vestir, não implica, automaticamente, qualquer coisa, exceto que ele gosta de brincar com certos brinquedos ou que ele gosta de vestir certas roupas. Seus pais permitindo que ele tenha espaço para ver o que ele gosta é um presente para ele. Enquanto muitos usam o argumento de que eles estão "encorajando-o a ser uma menina", isso pressupõe que ser uma menina significa gostar apenas de determinados brinquedos ou roupas. Isso simplesmente não é verdade. E se aplicarmos regras ainda mais restritivas? Permitir que as meninas usem calças significa que estamos incentivando-as a serem meninos? Permitir que um menino toque flauta o encoraja a ser uma menina? Naturalmente, essas declarações são ridículas. Contudo, muitas pessoas aplicam a mesma lógica no caso de Dyson. Nós não temos nenhuma evidência que sugere que incentivar interesses particulares, roupas ou brinquedos terão impacto na forma como a criança vê a si mesma. Se enquanto crescia você fosse obrigado a vestir roupas do sexo oposto, você sentiria que faz parte desse outro gênero? Eu afirmo que você não sentiria. Enquanto você poderia ter ficado confuso por seus pais pedirem para você usar, ou fazer, ou gostar de coisas que o "outro sexo" usava, fazia ou gostava, você não se sentiria diferente sobre quem você era. No entanto, temos ampla evidência de que obrigar uma criança a se vestir, brincar ou agir de uma maneira que é dita ser errada para elas causa depressão, e leva a um risco significativamente maior de coisas como o uso de drogas, ser vítima de violência, abandono da escola, infectar-se pelo HIV, tornar-se sem-teto e suicida. Nós não podemos fazer alguém sentir-se como algo que não é, mas podemos fazê-lo se sentir deprimido, confuso e angustiado.
Você acha que é mais difícil para os pais ou a criança aceitar que a sociedade tem definições restritivas de gêneros? E como você faz a consulta, treinamentos e eventos para ajudá-los?
Nossa experiência na realização de treinamentos nos Estados Unidos e no mundo é que os adultos têm muito mais dificuldade em entender as questões da diversidade de gênero que as crianças. Ou, dito de outro modo, os adultos aceitam mais as restrições da sociedade em torno do gênero do que as crianças. Os adultos são mais temerosos, mais rígidos e mais desconfortáveis com o gênero que não está de acordo com as expectativas sociais. Vez após vez, nós achamos que o trabalho que fazemos nos treinamentos em escolas é de longe mais difícil com os pais e os professores do que com as crianças. Quanto mais velhas as crianças ficam, mais rígidas se tornam, mas até estudantes do ensino médio, quando dados à chance de entender o gênero como um espectro de múltiplas dimensões, normalmente entendem. Quem entende mais do que uma criança ou adolescente o desejo de simplesmente poder ser você mesmo? O nosso trabalho de formação é projetado para iniciar com o entendimento de gênero como um espectro complexo e, em seguida, fornecendo exemplos de crianças, famílias e sistemas que aceitam sexo de maneiras mais aceitáveis. Nós, então, trabalhamos para ajudar as famílias e as crianças a ver que eles não estão sozinhos, que há outras crianças e famílias na mesma situação, e que isso não tem que ser uma coisa negativa. Trabalhamos para ajudar as escolas a se tornarem mais inclusivas sobre a diversidade de gênero para todas as crianças. Deve ser permitido a qualquer um jogar futebol, ou usar rosa, ou gostar de cozinhar, e não tem que ter a ver com o fato de usar cueca!
É normal ver meninos que usam algumas roupas da mãe ou meninas que gostam de futebol. Então, como podemos saber que a criança tem transtorno de gênero? E quando os pais têm que começar a se preocupar com eles?
Muitas crianças passam por fases de todos os tipos. Minha filha achou que era um cão por vários dias! Ao olhar para ver se o sexo de uma criança é, de fato, fora dos padrões típicos, pedimos aos pais para pensar sobre persistência e consistência. Isso é algo que vem acontecendo há muito tempo, durante um período de meses e meses? É algo que está constantemente ocorrendo, ou seja, a criança afirma constantemente um senso de gênero contrário ao que nasceu? O "isso é uma fase?" é uma questão muito comum. Os pais devem ficar preocupados quando veem seus filhos tornando-se deprimidos, retraídos, com raiva ou infelizes. No entanto, quando eles veem essas coisas, a questão não deve ser "o que há de errado com meu filho?", mas sim "o que está acontecendo para que meu filho se sinta dessa maneira?" Em outras palavras, a tristeza da criança é por causa do desejo de vestir roupas diferentes da maioria das pessoas do mesmo sexo, ou, mais provavelmente, pela forma como está sendo tratada por causa desse desejo? A criança está preocupada em se sentir "outra" ou porque sabe que seus pais, amigos ou a comunidade pode não aceitá-la? Essas são questões muito complicadas e se uma criança que está apresentando gênero de maneiras não tradicionais mostra quaisquer sinais de sofrimento mental, nós encorajamos os pais a procurar apoio profissional para ajudar a compreender as raízes dessa angústia. Mas é fundamental que eles procurem ajuda para entender melhor seus filhos e ajudar a criança a compreender a si mesma, e não simplesmente para ajudar seu filho a começar a "agir da forma que deveriam."
O entendimento da própria sexualidade desde a infância pode ser uma oportunidade para começar a vida sexual mais cedo?
Novamente, o próprio senso de gênero não significa automaticamente sua atividade sexual ou atrações. Não existem estudos que mostram que ajudar uma criança a compreender o seu próprio gênero aumentará sua atividade sexual. Saber como complexo e interessante é o gênero não cria um desejo de se tornarem sexualmente ativas.
Há muitos artistas que hoje exploram a androginia, como Lady Gaga e Justin Bieber. Eles podem confundir o entendimento dos jovens e crianças sobre sexo ou são apenas comportamentos atuais?
Em vez de confundir os jovens sobre sexo, artistas que empurram esses limites criam espaço para todas as pessoas serem elas mesmas. Os artistas são frequentemente as primeiras pessoas a explorarem temas que acabarão por tornar-se mais aceitáveis para todas as pessoas, e assim também com o gênero. O importante é que nós separamos os comportamentos, os olhares e as ações desses artistas, e qualquer pessoa dessa maneira, a partir de seu gênero. Torna-se problemático quando olhamos para um artista e falamos que eles "não estão agindo como um menino (ou menina) deveria", porque então começaremos a tomar um curso que só pode se tornar cada vez mais estreito.
Em vez disso, precisamos nos tornar mais confortáveis com a ideia de que existem muitas maneiras de ser meninos ou meninas, ou ambos, ou nenhum. O que importa é quem somos e como nós tratamos os outros. A história é marcada por níveis cada vez maiores de aceitação e celebração das diferenças, e assim também é com o gênero. Não é muito mais interessante desse jeito?

Para mais informações, acesse: http://www.genderspectrum.org/
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2011/02/25/interna_revista_correio,239922/sexualidade-nao-e-igual-a-genero.shtml

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Qual é o sexo do seu cérebro?

25/03/2009 - 09:32 - ATUALIZADO EM 17/02/2011 - 16:03
Qual é o sexo do seu cérebro?
O cérebro humano pode ser feminino ou masculino independentemente do sexo biológico de uma pessoa. Faça o teste e saiba se o seu cérebro tem o mesmo sexo que seu corpo
THAÍS FERREIRA

PESQUISA
O cérebro do homem pode ser feminino
As diferenças no corpo de homens e mulheres estão além da aparência e dos órgãos sexuais. A ciência detectou que até o cérebro apresenta características femininas ou masculinas. Essa diferença neurológica gera diferenças de comportamentos, sentimentos e modos de pensar entre homens e mulheres.

Você consegue saber se seu amigo está triste ou irritado só de olhar para ele? Essa é uma característica de um cérebro feminino. Mas um homem também pode ter essa sensibilidade e outros comportamentos geralmente ligados a um cérebro feminino. Isso porque a sexualidade cerebral não está ligada diretamente ao sexo do corpo. “O sexo do cérebro é determinado pela quantidade de testosterona [hormônio masculino] a que o feto fica exposto no útero. Em geral, homens recebem doses maiores do que as mulheres. Mas isso varia e nós ainda não sabemos exatamente por quê”, diz a ÉPOCA a neuropsicologista Anne Moir, da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

A diferença entre o cérebro dos dois gêneros tem raízes evolutivas. Segundo Moir, durante o desenvolvimento dos seres humanos, como o homem era o caçador, desenvolveu um cérebro com habilidades manuais, visuais e coordenação para construir ferramentas. Por isso, um cérebro masculino tem mais habilidades funcionais. Já as mulheres preparavam os alimentos e cuidavam dos mais novos. Elas tinham que entender os bebês, ler sua linguagem corporal e ajudá-los a sobreviver. Elas também tinham que se relacionar com as outras mulheres do grupo e dependiam disso para sobreviver na comunidade e, por isso, desenvolveram um cérebro mais social. Os homens, por sua vez, lidavam com um grupo de caçadores, não precisavam tanto um do outro e se comunicavam menos, apenas com sinais.

Moir acredita que a diferença de sexo entre cérebro e corpo pode estar ligada às causas do homossexualismo. “Se a concentração de testosterona no útero está mais baixa do que o padrão para os homens, então o 'centro sexual' do cérebro será feminino e esse homem sentirá atração por outros homens. Se a concentração desse hormônio estiver alta, o 'centro sexual' será masculino e ele sentirá atração por mulheres”, diz Moir.

Faça o teste

Moir está desenvolvendo uma linha de pesquisa para entender melhor as diferenças neurológicas entre homens e mulheres e, para isso, desenvolveu um teste que mostra numa escala de 1 a 20 qual é o sexo do cérebro. O número 1 representa o cérebro mais masculino possível e o 20, o mais feminino. Quem se aproxima do 10 tem um cérebro misto. Segundo Moir, esse último caso é muito comum em suas pesquisas.

Além do teste, outro fator que pode mostrar o sexo do cérebro de uma pessoa, segundo os estudos de Moir, é a medida dos dedos das mãos. Segundo os estudos da inglesa, geralmente, quem tem cérebro masculino tem o dedo indicador menor que o anelar (olhando para a mão de frente para a palma). Já cérebros femininos são associados a dedos indicadores do mesmo comprimento que os anelares. Mas isso não é uma regra sem exceção, como praticamente tudo na biologia. A pesquisadora diz que, às vezes, uma mesma pessoa tem uma mão nos padrões do cérebro masculino e outra do feminino e isso exige mais estudos para entender a organização do cérebro.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI65446-15224,00-QUAL+E+O+SEXO+DO+SEU+CEREBRO.html

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Identidades Sexuais e o combate da homofobia


Identidades Sexuais e o combate da homofobia
Muito se fala de identidades sexuais e de homofobia. Até mesmo um kit anti-homofobia será distribuído nas escolas brasileiras de ensino médio. Mas todos entendem o que são as identidades sexuais?
As identidades sociais que não sejam da heterossexualidade e de papéis masculinos e femininos extremados tem sido tratados em nossa sociedade como algo errado e nocivo. Trazer esta discussão para adolescentes de ensino médio e na formação de professores é um primeiro passo para a compreensão e distinção entre identidade de gênero, papel social de gênero e orientação/preferência sexual. O fato de nossa sociedade não discutir o assunto produz aumento de preconceitos, reiterando o caráter infantil do pensamento, sem desenvolvimento para a adolescência e par a vida adulta. O pensamento dicotômico homem-mulher, macho-fêmea, hetero-homo é relacionado a uma fase de desenvolvimento cerebral infantil e nossa cultura não produziu formas de compreensão para as fases evolutivas cerebrais posteriores, quer dizer: adolescência e vida adulta.
Isto faz com que o kit contra a homofobia traga a discussão sobre as alternativas, ao menos algumas delas, pois outras discussões ainda precisarão ocorrer futuramente…
Mas também devemos compreender que esse passo é apenas o primeiro para que exista a tolerância e convívio compreensivo entre as pessoas diferentes.
Devemos compreender que os próximos 20 anos ainda rodarão sobre esta discussão antes de nova geração poder desenvolver os novos mecanismos cognitivos socialmente. Isto significa que teremos os filhos desta geração que receberá o kit para discutir sendo capacitados para compreender estas diferenças e como lidar com elas sem se sentir retirado de suas identidades pessoais.
Hoje não existe outra forma melhor de abordar a questão do preconceito contra homossexualidade. O kit servirá para os alunos e professores. O trabalho individualizado com os pais ao longo de muitos meses seria um caminho, equivalente à psicoterapia, mas é inviável num país de quase duzentos milhões de pessoas…
O kit proposto trará novas explicações sobre o mundo, e isto é equivalente a regras para crianças, púberes e adolescentes. Ao longo do tempo esta forma de compreender o mundo permitirá superar modelos de relacionamento interpessoal que hoje se apresentam de modo hostil entre os adolescentes e produzem mais problemas nas escolas.
Se os adultos podem mostrar que estas formas são normais, são variações possíveis, o adolescente tem no que se basear para não sentir-se mal com a identificação que ele faz de si mesmo e do outro. A proposta do kit implica em reconhecimento de direito, ao contrário do que um adolescente que produz o bullying, que acredita que existe alguém que será superior, desde que se imponha com a força.
Primeiramente os professores precisarão ser capacitados para o uso do kit. Aqui teremos um passo muito importante, pois os conflitos surgirão e os professores precisarão administrar consigo mesmos estes conflitos. Então será a vez de poderem assistir aos alunos com as mesmas discussões que eles mesmo enfrentaram internamente. Os pais também precisam ter acesso a estas informações para aprenderem a administrar estas mesmas questões.
Ainda precisamos de uma maior abrangência desta discussão sobre como podemos conviver com o diferente e sem se sentir destituído da própria identidade pessoal. Sempre precisamos dos grupos para trazer-nos satisfações de pertencer, poder identificar-nos com outros. A crença de que existem apenas dois grupos de pessoas: homens e mulheres, produz uma série de consequências. Uma delas será a obrigatoriedade de nos colocar em um dos grupos e seguir as regras associadas a esta classificação. O mundo sempre teve na história exemplos assim. Primeiramente os que eram diferentes eram chamados de bárbaros, e com eles se podia fazer qualquer coisa, em especial escravizá-los. Tivemos o tempo em que acreditar em outro deus era uma heresia, e justificávamo-nos por queimá-los vivos… então vieram épocas em que os de outra nacionalidade específica eram os errados, e podíamos matá-los, incluindo tortura-los antes… e sempre existe alguém que é diferente… e justificamos que por assim o serem, devemos sobrepor-nos a eles de alguma forma.
Virá a época em que, ao menos um grupo de pessoas conseguirá conviver com o diferente e mostrar esse nova caminho. Este é um momento em que estamos produzindo uma forma racional, mediada pela ciência e não apenas pela moral.
Fonte: Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr. (CRP 06/20610), psicoterapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade (www.inpasex.com.br); organizador do livro “Aprimorando a Saúde Sexual” (Summus Ed). Instituto Paulista de Sexualidade: Clinica de Psicologia em Sexualidade. Diretor e psicoterapeuta sexual Rua Atalaia, 195 – Perdizes 01251-050 – São Paulo – SP Brasil

http://semeandooconhecimento.net/combate-da-homofobia/