Sexualidade após o cãncer de mama
Um número crescente de mulheres sobrevivem ao câncer de mama. Um estudo internacional avalia o impacto do diagnóstico e tratamento do câncer invasivo sobre a sexualidade da mulher.
Na sua opinião, qual o fator mais importante para obter vida sexual satisfatória após o tratamento do câncer mamário? Clique aqui para votar
O câncer de mama continua a ser um grave problema mundial, mas, felizmente, graças aos avanços no diagnóstico e tratamento, existe um número crescente de mulheres que sobrevivem à doença. Mas como elas se sentem?. E mais especificamente, qual é o impacto sobre a sexualidade?. Um estudo avaliou o impacto do primeiro diagnóstico de câncer de mama invasivo e seu tratamento sobre a função sexual. Trata-se de um estudo prospectivo que seguiu mais de 1.600 mulheres que acabaram de receber o primeiro diagnóstico de câncer de mama invasivo.
Todas as participantes preencheram um questionário de inscrição no incío do estudo e 12 meses após. Cerca de 1000 mulheres completaram a avaliação, sendo que 70% delas apresentaram queixas sexuais. Os autores observaram forte associação entre queixas sexuais e sintomas da menopausa. Por exemplo, mulheres com sintomas vasomotores foram duas vezes mais propensas a ter problemas na função sexual. Outro aspecto associado à função sexual foi a imagem corporal que, muitas vezes, é afetada nos tratamentos do câncer mamário. Mulheres com problemas de imagem corporal foram 2,5 mais propenasa a apresentarem problemas sexuais.
Finalmente, alguns, mas não todos os tipos de tratamentos clínicos para o câncer estiveram associados à queixas sexuais. E uma das explicações é que eles agravam os sintomas menopáusicos. O estudo aborda um tema que é cada vez mais relevante para estas mulheres que não lutam apenas contra a morte, mas lutam também pela qualidade de vida. (Panjari M, Bell RJ, and Davis SR. Sexual function after breast cancer. J Sex Med 2011;8:294–302.)
http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br/arch2011-05-08_2011-05-14.html#2011_05-10_15_24_49-134743630-0
terça-feira, 24 de maio de 2011
14/05/2011 - Será que existe mesmo vício em sexo?
14/05/2011 -
Será que existe mesmo vício em sexo?
Frank Thadeusz
Charlie Sheen durante apresentação de seu "Violent Torpedo of Truth" em Nova York; ator seria viciado em sexo
O vício em sexo é cada vez mais visto como uma doença das massas como o alcoolismo, que exige tratamento, especialmente nos EUA. Grupos de auto-ajuda também estão começando a se formar na Alemanha. Muitos psicólogos, contudo, acham que é uma condição inventada por conservadores moralizantes.
Crystal Renaud começou a se masturbar com regularidade aos 10 anos de idade, depois de encontrar uma revista pornográfica no quarto do irmão mais velho. Como diz Renaud, ela passou os seguintes oito anos da vida buscando material saliente na Internet.
O resgate veio na forma de um campo de férias cristão descoberto pela mãe. “Descobri Jesus e entendi que ele estava me mostrando um caminho diferente”, diz Renaud.
A jovem norte-americana, com mechas cor de rosa no cabelo e esmalte preto, está se tornando uma espécie de símbolo –em dois aspectos. Suas fãs adoram Renaud porque ela ousou chamar para si algo que antes era reservado aos homens como o ex-presidente Bill Clinton, o astro do golfe Tiger Woods e o ator Charlie Sheen: o direito de ser viciada em sexo.
Desde sua conversão, porém, Renaud parece uma dessas donas de casa que faz cruzadas para banir até os Beatles das prateleiras das casas. Ela levou sua cruzada moral para palestras e campus universitários. Sua mensagem lembra as tiradas de ultraconservadores e fundamentalistas cristãos enquanto reúnem tropas para combater a última batalha no Monte de Vênus.
O número crescente de grupos de auto-ajuda para vício em sexo é um indicador de quanta influência a direita religiosa tem sobre os EUA. Organizações como Addicts Anonymous e Sex and Love Addicts Anonymous que agora tem uma filial na Alemanha, são permeadas de ideias profundamente conservadoras e veem as atitudes liberais em relação ao sexo e aos relacionamentos como nada além de doença.
Os pioneiros do Sexaholics Anonymous advertem: “O desejo sexual é um sentimento desgovernado que nos leva a abusar de nós mesmos, dos outros ou dos objetos para propósitos destrutivos e egoístas.”
O Sexaholics Anonymous defende um programa de 12 passos com base no programa dos Alcoólatras Anônimos.
Crystal Renaud diz que hoje está “limpa”, levando uma vida abstinente e dividindo o apartamento apenas com seu cão.
Especialistas, porém, montaram uma oposição à nova geração de cruzados anti-sexo. Será que o “vício em sexo” realmente é uma doença que requer tratamento, como o alcoolismo? Tal doença existe?
“Missionários”
“Eles fazem algo que muitas vezes está dentro dos limites razoáveis do comportamento sexual se tornar uma doença”, diz o psicoterapeuta Marty Klein. Em seu livro recentemente publicado “America’s War on Sex” (em tradução livre: a guerra ao sexo nos EUA), Klein ataca os guardiões da moralidade.
“A agressão, o desejo de poder e demandas ávidas por prazer fazem parte da sexualidade normal”, diz Klein. Referindo-se aos seus adversários pudicos, ele diz desmerecedoramente: “Essas pessoas são missionárias que querem colocar todos na posição de papai e mamãe”.
Como os radicais não têm outra solução além da abstinência para os supostamente viciados em sexo de suas congregações, alguns cientistas também estão começando a se revoltar. Eles argumentam que o desejo sexual faz parte de um ser humano saudável e que não há nada de patológico nisso, nem mesmo em sua forma exagerada.
Mais de um século atrás, o psiquiatra Richard Von Krafft-Ebing descreveu os sintomas de uma libido hiperativa em termos relativamente drásticos em seu trabalho “Aberrações da Vida Sexual”. O acadêmico escreveu que a “sexualidade patológica é uma praga terrível para sua vítima, que vive em perigo constante de violar as leis e a moralidade, ou de perder a honra e a até a vida”.
Para sua coleção de “perversões e anomalias”, Krafft-Ebing aparentemente teve fontes ilimitadas. Por exemplo, falando do caso de “P., zelador, 53 anos”, o psiquiatra escreveu: “Durante o coito, ele era ‘animalesco, completamente selvagem, tremia e rosnava’, de forma que sua parceira meio frígida ficava enojada e entendia o ato como um dever conjugal e um martírio”.
Krafft-Ebing tinha explicações miraculosas para os motivos das pessoas com distúrbios sexuais: “A influência da raça, estações e até do tempo têm tanto papel aqui quanto o uso de estimulantes”.
Critérios vagos
As visões de especialistas no campo não melhoraram muito desde os tempos do austro-germânico Krafft-Ebing. A maior parte dos alemães vê a suposta agonia do vício sexual como um distúrbio inventado. “Mesmo entre os terapeutas que se especializam no tratamento de problemas sexuais, não há quase consenso sobre como diagnosticar o vício em sexo”, diz Peer Briken, diretor do Instituto de Pesquisa Sexual e Psiquiatria Forense do Hospital da Universidade de Hamburgo.
Como os critérios diagnósticos são vagos, ou totalmente ausentes, os especialistas alemães se recusam a adotar a mais recente diagnose americana. Dos 43 especialistas que Briken reuniu para o estudo, 36 estão convencidos que o vício em sexo não é um distúrbio independente.
Para os psicólogos, o dilema começa com a definição de um nível crítico. Isso não é difícil com o álcool. Uma pessoa que bebe uma garrafa de bebida destilada por dia provavelmente deve sofrer sérias consequências à saúde com o tempo.
Será que sexo demais é nocivo à saúde?
Mas será que sexo em demasia também é nocivo? O corpo humano pode lidar com uma dose de meia dúzia de orgasmos por dia sem sofrer efeitos negativos.
Ainda assim, os apologistas do conceito de vício em sexo ainda tentam definir um número específico de orgasmos como indicador do desejo sexual patológico –um limite arbitrário, em geral definido inteiramente em comparação com valores médios.
Em 1948, o pesquisador do sexo Alfred Kinsey, ainda livre de preconceitos morais, determinou o número total de orgasmos dos cidadãos norte-americanos alcançados em uma semana por masturbação ou ato sexual. O número médio ficou entre um e três vezes por semana. Os valores mais altos foram entre os homens com menos de 30 anos, que atingiam o clímax pelo menos sete vezes por semana, em geral pela masturbação.
De acordo com estudos mais recentes, que corroboram os resultados de Kinsey, entre 5 a 10% dos homens americanos atingem o clímax sete vezes ou mais por semana.
“Se falam qualquer coisa acima de seis, meus ouvidos ficam atentos”, diz Martin Kafka, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard. Com precisão aparentemente científica, Kafka define um viciado em sexo como alguém que tem ao menos sete orgasmos por semana por um período de seis meses e passa “uma ou duas horas por dia em tais atividades”.
Kafka acrescentou mais alguns critérios à sua lista. Ele agora classifica como patológicos os indivíduos cujas fantasias sexuais e comportamentos são: tão trabalhosos que mal conseguem encontrar tempo para outras atividades e obrigações não sexuais; ocorrem como reação à ansiedade, mau humor e tédio ou repetidamente em resposta a eventos irritantes.
Kafka, ao menos, acrescenta a seguinte advertência: “O comportamento hiper-sexual excessivo sem sofrimento pessoal não pode ser caracterizado como patológico”. O fator crítico, de acordo com Kafka, é a pressão psicológica associada com o desejo sexual excessivo.
“Isso não forma um quadro clínico”
“A questão da tensão psicológica é um argumento bastante fraco”, diz o pesquisador de sexo Briken. “Imagine que você seja uma pessoa sexualmente aberta, mas está com alguém cheio de pudores. Então, é claro que você rapidamente fica tenso psicologicamente. Mas isso não forma um quadro clínico”.
O conceito do vício em sexo também é visto com grande ceticismo entre especialistas nos EUA. A Associação Psiquiátrica Americana está atualmente desenvolvendo uma nova versão de seu “Manual estatístico e diagnóstico de distúrbios mentais”. Até agora, a APA recusou-se consistentemente a incluir a suposta aflição do vício em sexo como categoria diagnóstica em seu manual.
O tratamento dos adictos em sexo está principalmente nas mãos de não profissionais, diz o autor Marty Klein. Em muitos casos, eles são ex-viciados em drogas e álcool que escolheram a recuperação da adição como seu princípio de vida.
O voto que os viciados devem recitar ao entrar para a Sex Addicts Anonymous exemplifica suas atitudes algumas vezes questionáveis: “Admitimos estarmos impotentes diante de nosso comportamento sexual adicto –que nossas vidas se tornaram impossíveis de administrar. Acreditamos que existe uma Força maior que nós mesmos pode nos restaurar a sanidade”.
Para os viciados em sexo anônimos, o que soa como um trecho de um romance religioso de terceira qualidade é um primeiro passo vital em uma vida sem o sexo perturbador e a masturbação vexatória.
Pesquisadores sérios do sexo não têm nada além de escárnio para as declarações para chamar a atenção de pessoas como a atriz Lindsay Lohan, cujas tendências ninfomaníacas foram descritas ao vivo para a câmara por um antigo amante: “Fazíamos sexo como coelhos”.
Outra fonte de diversão entre os especialistas no caso é o jogador de golfe multimilionário Tiger Woods, que se internou no Centro Comportamental Pine Grove em Hattiesburg, Mississipi, para tratamento de sua propensão desastrosa de ter dezenas de casos extra-maritais com várias mulheres.
A clínica para tratamento de vícios, com jardins que parecem parques, dá a sensação de um hotel cinco estrelas, onde um grupo seleto de pacientes degusta aperitivos na piscina e se reúne em chalés para sessões em grupo.
Os pacientes que necessitam de terapia em geral passam seis semanas na clínica. Os viciados em sexo praticam ioga ou formam “grupos espirituais”. Banhos de lama presumivelmente alcançariam o mesmo resultado –ou seja, nenhum.
Há um tratamento para isso
Apesar dos curandeiros nefastos da cura do vício em sexo, a crença neste suposto distúrbio e em seu tratamento espalhou-se para os mais altos escalões políticos nos EUA.
Em vários eventos públicos, o ex-presidente dos EUA Gerald Ford atacou seu sucessor Bill Clinton. “Ele não perdia uma saia bonitinha em nenhuma ocasião social”, disse mais tarde o republicano a um jornalista, e prontamente deu seu diagnóstico: “Ele é doente –ele tem um vício.”
A mulher de Ford, Betty, que fundou sua própria clínica para alcoolismo em 1982 após uma batalha contra o álcool, ofereceu seu conselho: “Você sabe, existe tratamento para esse tipo de vício”, disse ela.
Os defensores do modelo da clínica estimam que entre 3 e 6% da população sofre do vício compulsivo em sexo. Só na Alemanha, isso significaria que até cinco milhões de pessoas passam o dia todo, da manhã à noite, pensando em uma única coisa: sexo.
Seria ruim para a economia?
Em palestras e mesas redondas, Crystal Renaud também insiste que ela é “uma em milhões”. Em seu site ela vende camisetas com a imagem de uma mulher com a boca fechada com fita adesiva e as palavras: “Quebre o silêncio”. A ativista acredita falar em nome de um futuro movimento quando diz: “A pornografia não é boa!”
Reanud não tem o apoio da maior parte do sexo feminino, segundo os estudiosos. De acordo com o pesquisador Briken, “as mulheres agora podem obter o tipo de pornografia no mercado que também as excita e que certamente é gratificante”.
Tradução: Deborah Weinberg
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2011/05/14/sera-que-existe-mesmo-vicio-em-sexo.jhtm
Será que existe mesmo vício em sexo?
Frank Thadeusz
Charlie Sheen durante apresentação de seu "Violent Torpedo of Truth" em Nova York; ator seria viciado em sexo
O vício em sexo é cada vez mais visto como uma doença das massas como o alcoolismo, que exige tratamento, especialmente nos EUA. Grupos de auto-ajuda também estão começando a se formar na Alemanha. Muitos psicólogos, contudo, acham que é uma condição inventada por conservadores moralizantes.
Crystal Renaud começou a se masturbar com regularidade aos 10 anos de idade, depois de encontrar uma revista pornográfica no quarto do irmão mais velho. Como diz Renaud, ela passou os seguintes oito anos da vida buscando material saliente na Internet.
O resgate veio na forma de um campo de férias cristão descoberto pela mãe. “Descobri Jesus e entendi que ele estava me mostrando um caminho diferente”, diz Renaud.
A jovem norte-americana, com mechas cor de rosa no cabelo e esmalte preto, está se tornando uma espécie de símbolo –em dois aspectos. Suas fãs adoram Renaud porque ela ousou chamar para si algo que antes era reservado aos homens como o ex-presidente Bill Clinton, o astro do golfe Tiger Woods e o ator Charlie Sheen: o direito de ser viciada em sexo.
Desde sua conversão, porém, Renaud parece uma dessas donas de casa que faz cruzadas para banir até os Beatles das prateleiras das casas. Ela levou sua cruzada moral para palestras e campus universitários. Sua mensagem lembra as tiradas de ultraconservadores e fundamentalistas cristãos enquanto reúnem tropas para combater a última batalha no Monte de Vênus.
O número crescente de grupos de auto-ajuda para vício em sexo é um indicador de quanta influência a direita religiosa tem sobre os EUA. Organizações como Addicts Anonymous e Sex and Love Addicts Anonymous que agora tem uma filial na Alemanha, são permeadas de ideias profundamente conservadoras e veem as atitudes liberais em relação ao sexo e aos relacionamentos como nada além de doença.
Os pioneiros do Sexaholics Anonymous advertem: “O desejo sexual é um sentimento desgovernado que nos leva a abusar de nós mesmos, dos outros ou dos objetos para propósitos destrutivos e egoístas.”
O Sexaholics Anonymous defende um programa de 12 passos com base no programa dos Alcoólatras Anônimos.
Crystal Renaud diz que hoje está “limpa”, levando uma vida abstinente e dividindo o apartamento apenas com seu cão.
Especialistas, porém, montaram uma oposição à nova geração de cruzados anti-sexo. Será que o “vício em sexo” realmente é uma doença que requer tratamento, como o alcoolismo? Tal doença existe?
“Missionários”
“Eles fazem algo que muitas vezes está dentro dos limites razoáveis do comportamento sexual se tornar uma doença”, diz o psicoterapeuta Marty Klein. Em seu livro recentemente publicado “America’s War on Sex” (em tradução livre: a guerra ao sexo nos EUA), Klein ataca os guardiões da moralidade.
“A agressão, o desejo de poder e demandas ávidas por prazer fazem parte da sexualidade normal”, diz Klein. Referindo-se aos seus adversários pudicos, ele diz desmerecedoramente: “Essas pessoas são missionárias que querem colocar todos na posição de papai e mamãe”.
Como os radicais não têm outra solução além da abstinência para os supostamente viciados em sexo de suas congregações, alguns cientistas também estão começando a se revoltar. Eles argumentam que o desejo sexual faz parte de um ser humano saudável e que não há nada de patológico nisso, nem mesmo em sua forma exagerada.
Mais de um século atrás, o psiquiatra Richard Von Krafft-Ebing descreveu os sintomas de uma libido hiperativa em termos relativamente drásticos em seu trabalho “Aberrações da Vida Sexual”. O acadêmico escreveu que a “sexualidade patológica é uma praga terrível para sua vítima, que vive em perigo constante de violar as leis e a moralidade, ou de perder a honra e a até a vida”.
Para sua coleção de “perversões e anomalias”, Krafft-Ebing aparentemente teve fontes ilimitadas. Por exemplo, falando do caso de “P., zelador, 53 anos”, o psiquiatra escreveu: “Durante o coito, ele era ‘animalesco, completamente selvagem, tremia e rosnava’, de forma que sua parceira meio frígida ficava enojada e entendia o ato como um dever conjugal e um martírio”.
Krafft-Ebing tinha explicações miraculosas para os motivos das pessoas com distúrbios sexuais: “A influência da raça, estações e até do tempo têm tanto papel aqui quanto o uso de estimulantes”.
Critérios vagos
As visões de especialistas no campo não melhoraram muito desde os tempos do austro-germânico Krafft-Ebing. A maior parte dos alemães vê a suposta agonia do vício sexual como um distúrbio inventado. “Mesmo entre os terapeutas que se especializam no tratamento de problemas sexuais, não há quase consenso sobre como diagnosticar o vício em sexo”, diz Peer Briken, diretor do Instituto de Pesquisa Sexual e Psiquiatria Forense do Hospital da Universidade de Hamburgo.
Como os critérios diagnósticos são vagos, ou totalmente ausentes, os especialistas alemães se recusam a adotar a mais recente diagnose americana. Dos 43 especialistas que Briken reuniu para o estudo, 36 estão convencidos que o vício em sexo não é um distúrbio independente.
Para os psicólogos, o dilema começa com a definição de um nível crítico. Isso não é difícil com o álcool. Uma pessoa que bebe uma garrafa de bebida destilada por dia provavelmente deve sofrer sérias consequências à saúde com o tempo.
Será que sexo demais é nocivo à saúde?
Mas será que sexo em demasia também é nocivo? O corpo humano pode lidar com uma dose de meia dúzia de orgasmos por dia sem sofrer efeitos negativos.
Ainda assim, os apologistas do conceito de vício em sexo ainda tentam definir um número específico de orgasmos como indicador do desejo sexual patológico –um limite arbitrário, em geral definido inteiramente em comparação com valores médios.
Em 1948, o pesquisador do sexo Alfred Kinsey, ainda livre de preconceitos morais, determinou o número total de orgasmos dos cidadãos norte-americanos alcançados em uma semana por masturbação ou ato sexual. O número médio ficou entre um e três vezes por semana. Os valores mais altos foram entre os homens com menos de 30 anos, que atingiam o clímax pelo menos sete vezes por semana, em geral pela masturbação.
De acordo com estudos mais recentes, que corroboram os resultados de Kinsey, entre 5 a 10% dos homens americanos atingem o clímax sete vezes ou mais por semana.
“Se falam qualquer coisa acima de seis, meus ouvidos ficam atentos”, diz Martin Kafka, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard. Com precisão aparentemente científica, Kafka define um viciado em sexo como alguém que tem ao menos sete orgasmos por semana por um período de seis meses e passa “uma ou duas horas por dia em tais atividades”.
Kafka acrescentou mais alguns critérios à sua lista. Ele agora classifica como patológicos os indivíduos cujas fantasias sexuais e comportamentos são: tão trabalhosos que mal conseguem encontrar tempo para outras atividades e obrigações não sexuais; ocorrem como reação à ansiedade, mau humor e tédio ou repetidamente em resposta a eventos irritantes.
Kafka, ao menos, acrescenta a seguinte advertência: “O comportamento hiper-sexual excessivo sem sofrimento pessoal não pode ser caracterizado como patológico”. O fator crítico, de acordo com Kafka, é a pressão psicológica associada com o desejo sexual excessivo.
“Isso não forma um quadro clínico”
“A questão da tensão psicológica é um argumento bastante fraco”, diz o pesquisador de sexo Briken. “Imagine que você seja uma pessoa sexualmente aberta, mas está com alguém cheio de pudores. Então, é claro que você rapidamente fica tenso psicologicamente. Mas isso não forma um quadro clínico”.
O conceito do vício em sexo também é visto com grande ceticismo entre especialistas nos EUA. A Associação Psiquiátrica Americana está atualmente desenvolvendo uma nova versão de seu “Manual estatístico e diagnóstico de distúrbios mentais”. Até agora, a APA recusou-se consistentemente a incluir a suposta aflição do vício em sexo como categoria diagnóstica em seu manual.
O tratamento dos adictos em sexo está principalmente nas mãos de não profissionais, diz o autor Marty Klein. Em muitos casos, eles são ex-viciados em drogas e álcool que escolheram a recuperação da adição como seu princípio de vida.
O voto que os viciados devem recitar ao entrar para a Sex Addicts Anonymous exemplifica suas atitudes algumas vezes questionáveis: “Admitimos estarmos impotentes diante de nosso comportamento sexual adicto –que nossas vidas se tornaram impossíveis de administrar. Acreditamos que existe uma Força maior que nós mesmos pode nos restaurar a sanidade”.
Para os viciados em sexo anônimos, o que soa como um trecho de um romance religioso de terceira qualidade é um primeiro passo vital em uma vida sem o sexo perturbador e a masturbação vexatória.
Pesquisadores sérios do sexo não têm nada além de escárnio para as declarações para chamar a atenção de pessoas como a atriz Lindsay Lohan, cujas tendências ninfomaníacas foram descritas ao vivo para a câmara por um antigo amante: “Fazíamos sexo como coelhos”.
Outra fonte de diversão entre os especialistas no caso é o jogador de golfe multimilionário Tiger Woods, que se internou no Centro Comportamental Pine Grove em Hattiesburg, Mississipi, para tratamento de sua propensão desastrosa de ter dezenas de casos extra-maritais com várias mulheres.
A clínica para tratamento de vícios, com jardins que parecem parques, dá a sensação de um hotel cinco estrelas, onde um grupo seleto de pacientes degusta aperitivos na piscina e se reúne em chalés para sessões em grupo.
Os pacientes que necessitam de terapia em geral passam seis semanas na clínica. Os viciados em sexo praticam ioga ou formam “grupos espirituais”. Banhos de lama presumivelmente alcançariam o mesmo resultado –ou seja, nenhum.
Há um tratamento para isso
Apesar dos curandeiros nefastos da cura do vício em sexo, a crença neste suposto distúrbio e em seu tratamento espalhou-se para os mais altos escalões políticos nos EUA.
Em vários eventos públicos, o ex-presidente dos EUA Gerald Ford atacou seu sucessor Bill Clinton. “Ele não perdia uma saia bonitinha em nenhuma ocasião social”, disse mais tarde o republicano a um jornalista, e prontamente deu seu diagnóstico: “Ele é doente –ele tem um vício.”
A mulher de Ford, Betty, que fundou sua própria clínica para alcoolismo em 1982 após uma batalha contra o álcool, ofereceu seu conselho: “Você sabe, existe tratamento para esse tipo de vício”, disse ela.
Os defensores do modelo da clínica estimam que entre 3 e 6% da população sofre do vício compulsivo em sexo. Só na Alemanha, isso significaria que até cinco milhões de pessoas passam o dia todo, da manhã à noite, pensando em uma única coisa: sexo.
Seria ruim para a economia?
Em palestras e mesas redondas, Crystal Renaud também insiste que ela é “uma em milhões”. Em seu site ela vende camisetas com a imagem de uma mulher com a boca fechada com fita adesiva e as palavras: “Quebre o silêncio”. A ativista acredita falar em nome de um futuro movimento quando diz: “A pornografia não é boa!”
Reanud não tem o apoio da maior parte do sexo feminino, segundo os estudiosos. De acordo com o pesquisador Briken, “as mulheres agora podem obter o tipo de pornografia no mercado que também as excita e que certamente é gratificante”.
Tradução: Deborah Weinberg
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2011/05/14/sera-que-existe-mesmo-vicio-em-sexo.jhtm
Escola é criticada por oferecer "pole dance" a crianças
20/05/2011 - 12h13
Escola é criticada por oferecer "pole dance" a crianças
Da Redação*
São Paulo
Pole dance pode ser usado para entrar em forma
Na Inglaterra, uma escola de dança está recebendo críticas por oferecer “pole dance” a crianças de 12 anos. A dança, caracterizada por movimentos sensuais ao redor de um poste, costuma ser utilizada em casas noturnas por stripers.
Um membro do parlamento britânico e um grupo cristão atestam que as crianças não deveriam estar agindo como se “estivessem num clube de striptease”. A escola, chamada A Arte da Dança, defende a atividade dizendo que existe uma “grande diferença” entre pole dance como exercício físico e sua vertente erótica. E afirma que pode incrementar a força e a auto-confiança dos pequenos.
Gary Streeter, um membro da ala conservadora do parlamento, diz que é preciso “ter muito cuidado” com as aulas. “Nós temos um problema real no nosso país com o aumento da sexualidade das crianças pela mídia, propaganda e produtos. Uma atividade dessas pode ser um passo em direção ao caminho errado”, diz.
*Com informações do jornal Daily Mail
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/05/20/escola-oferece-pole-dance-a-criancas-e-e-criticada.jhtm
Escola é criticada por oferecer "pole dance" a crianças
Da Redação*
São Paulo
Pole dance pode ser usado para entrar em forma
Na Inglaterra, uma escola de dança está recebendo críticas por oferecer “pole dance” a crianças de 12 anos. A dança, caracterizada por movimentos sensuais ao redor de um poste, costuma ser utilizada em casas noturnas por stripers.
Um membro do parlamento britânico e um grupo cristão atestam que as crianças não deveriam estar agindo como se “estivessem num clube de striptease”. A escola, chamada A Arte da Dança, defende a atividade dizendo que existe uma “grande diferença” entre pole dance como exercício físico e sua vertente erótica. E afirma que pode incrementar a força e a auto-confiança dos pequenos.
Gary Streeter, um membro da ala conservadora do parlamento, diz que é preciso “ter muito cuidado” com as aulas. “Nós temos um problema real no nosso país com o aumento da sexualidade das crianças pela mídia, propaganda e produtos. Uma atividade dessas pode ser um passo em direção ao caminho errado”, diz.
*Com informações do jornal Daily Mail
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/05/20/escola-oferece-pole-dance-a-criancas-e-e-criticada.jhtm
Cansado da mesmice? Veja seis sugestões de programas picantes para os casais
23/05/2011 - 18h11
Cansado da mesmice? Veja seis sugestões de programas picantes para os casais
RENATA RODE
Colaboração para o UOL
"O casal pode ir a uma sex shop com a missão de escolher um brinquedo erótico junto", sugere sexóloga
PSICÓLOGOS ENSINAM COMO TER MAIS PRAZER E MELHORAR A VIDA SEXUAL
Sua vida sexual anda morna e sem novidades? Calma. Você não é o único brasileiro insatisfeito. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto AmbSex, ambulatório especializado em sexualidade humana coordenado pela presidente da Associação Brasileira de Sexualidade Carla Cecarello, de São Paulo (SP), 68% dos entrevistados não se sentem felizes sexualmente. “As queixas que recebo em consultório são diferentes: homens reclamam que não há variação de posições e/ou atitude feminina. Eles querem verdadeiramente que a mulher seja uma ‘safada’ na cama, quase como uma profissional. Já elas, reclamam da falta de pegada dos namorados ou maridos, que chegam para o sexo já no ponto de bala, ou seja, sendo objetivos demais, sem grandes surpresas”, explica a sexóloga.
Essa reclamação é ilustrada por outro dado da mesma pesquisa: a maioria dos casais gosta do improviso, portanto, sair da rotina é fundamental para evitar o tédio. “Um dos grandes problemas é que ambos precisam entender que a preparação para o sexo, como uma massagem, um carinho ou um banho a dois, pode fazer milagres. Assim como grandes fantasias que incluem uma rapidinha na hora do almoço aguçam a libido”, explica Carla.
Para o sexólogo João Borzino, de São Paulo (SP), os casais precisam entender que o prazer também depende de outros fatores, afinal, quando há problemas financeiros, familiares ou pressão no trabalho, as brigas ou o afastamento começam a acontecer, e isso prejudica a vida sexual do casal. “Sexo não tem regra, tudo é válido. O que acontece com a maioria dos casais é que a mulher enxerga o sexo como uma consequência e o homem como um objetivo. Daí ambos se ressentem sem parar para pensar que o relacionamento precisa estar saudável para que o sexo prazeroso aconteça”, defende.
Com exclusividade para o UOL, o sexólogo Jõao Borzino cita seis sugestões de programas para apimentar o relacionamento e fugir do marasmo sexual.
SEIS PROGRAMAS PICANTES PARA O CASAL
1. Se vocês têm filhos, agendem um dia para que os pequenos fiquem com os avós ou com a babá e se permitam uma balada diferente no motel. O importante não é ir com o intuito de transar e pronto. É interessante fazer desse momento algo mais prazeroso possível. Comprem um bom vinho, levem uma seleção de músicas, dancem, relaxem na banheira, façam uma sauna, aproveitem cada minuto.
2. O casal pode ir a uma sex shop com a missão de escolher um brinquedo erótico. Isso promove cumplicidade, já que vão conhecer novidades e aguçar os sentidos. Ou então, um dos dois pode ir sozinho, comprar algo diferente e fazer uma surpresa ao outro. Esse mistério cria tesão.
3. Ir a uma casa de swing segue o mesmo princípio da dica acima. Vocês não precisam participar de nada. Só o fato de se arrumarem para visitar um local que respira sexo já os deixará com a libido em alta.
4. Assistir a um show erótico é interessante, mas as mulheres precisam estar atentas a uma regra básica: o homem é um ser visual. O fato dele olhar uma mulher no palco e se excitar não quer dizer que ele está gostando dela ou quer transar com ela. Quer dizer que ele está pronto para transar com você. Não confunda as coisas. É importante separar o que acontece ao nosso redor do que ocorre entre quatro paredes, senão, nenhum programa desses dará certo.
5. Se ambos tiverem curiosidade e muito diálogo para combinar limites, uma transa a três é bem estimulante. Sugiro sempre no consultório que o casal contrate uma profissional do sexo para evitar todo e qualquer envolvimento afetivo após o encontro. Na verdade, a experiência deve ser algo que fica entre os dois e serve de estímulo constante. Na maioria das vezes, o homem se contenta apenas em ver a mulher com outra, pois ele é visual.
6. Criem o hábito de assistir a filmes pornôs ou eróticos. O casal deve escolher junto algo que goste e assistir numa boa, sem preconceitos. O fato de o homem sentir desejo pelo que está vendo não quer dizer que ele está traindo a mulher. Ele apenas se excita, e esse é um exercício bom para que os dois aproveitem.
A sexóloga Carla Cecarello dá oito dicas para mudar alguns hábitos e apimentar o sexo.
OITO DICAS PARA APIMENTAR O SEXO
1. Incentivem-se a pensar em sexo, seja por meio de um filme erótico ou por meio de uma leitura picante. O ato de imaginar uma situação sexual entre os dois faz com que o casal acorde para o sexo e revitalize essa energia.
Seja vaidosa: passe cremes e esteja sempre perfumada
2. Exale feminilidade para o parceiro. Não adianta a mulher chegar cansada do trabalho, tomar banho e colocar o mesmo pijama de sempre. Sugiro que passem cremes corporais, perfume, escovem os cabelos, mostrem-se vaidosas ao parceiro. Uma mulher bem cuidada excita qualquer homem, não tem jeito.
3. Prepare o ambiente para o sexo, assim você dá sinais ao parceiro de que algo pode rolar naquela noite. Um quarto a meia luz, um perfume diferente na cama, um lençol especial, velas... Tudo vale! E o homem adora notar que a mulher se preocupou com isso.
4. Lingerie é uma tática infalível, sempre! Invista em surpresas, mas evite conjuntos de peças grandes ou de cores como o bege. Já que é para surpreender, escolha peças pequenas, sensuais, bem sedutoras mesmo. Eles adoram calcinhas de fiozinho nas laterais, e o eterno fio-dental deixa qualquer um literalmente de quatro.
Na cama, troque olhares e demonstre carinho pelo outro
5. Homens: transmitam segurança. A mulher quer estar ao lado de um macho que as acolha na hora certa, portanto, nada de brincadeiras infantis. Na hora do sexo, o que elas mais querem é ‘pegada’. Mostrem quem manda, com carinho.
6. Trabalhem o olhar. Acreditem: a maioria dos casais que recebo em consultório mal se beija ou se olha! Nesses casos, passo um exercício para fazerem em casa: fiquem na cama, um de frente para o outro, e trabalhem o olhar. Comecem se olhando e observem cada detalhe do corpo do outro. Mostrem no olhar o carinho que sentem pelo seu par. Isso recupera a paixão que, por vezes, ficou escondida. Depois, passem para a parte sensorial, do toque, mas sem penetração. É como voltar a namorar novamente.
7. Inclua na vida a dois brinquedinhos inocentes, como velas que viram óleo de massagem, lingerie comestível, óleos sensoriais (que esquentam ou esfriam a pele), cremes afrodisíacos. Em princípio, seu parceiro pode se assustar, mas você comandando o jogo mostra para ele que o sexo pode estar repleto de sensações gostosas!
8. Se entregue ao sexo anal. Explique ao parceiro que o ideal é que ele massageie a região antes com um creme lubrificante, que estimule seu clitóris ao mesmo tempo e, principalmente, que você deve estar muito excitada para que essa experiência seja boa para os dois. O grande erro dos homens é achar que a mulher está pronta para fazer isso em segundos, e não é verdade.
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/05/23/cansado-da-mesmice-veja-seis-sugestoes-de-programas-picantes-para-os-casais.htm
Cansado da mesmice? Veja seis sugestões de programas picantes para os casais
RENATA RODE
Colaboração para o UOL
"O casal pode ir a uma sex shop com a missão de escolher um brinquedo erótico junto", sugere sexóloga
PSICÓLOGOS ENSINAM COMO TER MAIS PRAZER E MELHORAR A VIDA SEXUAL
Sua vida sexual anda morna e sem novidades? Calma. Você não é o único brasileiro insatisfeito. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto AmbSex, ambulatório especializado em sexualidade humana coordenado pela presidente da Associação Brasileira de Sexualidade Carla Cecarello, de São Paulo (SP), 68% dos entrevistados não se sentem felizes sexualmente. “As queixas que recebo em consultório são diferentes: homens reclamam que não há variação de posições e/ou atitude feminina. Eles querem verdadeiramente que a mulher seja uma ‘safada’ na cama, quase como uma profissional. Já elas, reclamam da falta de pegada dos namorados ou maridos, que chegam para o sexo já no ponto de bala, ou seja, sendo objetivos demais, sem grandes surpresas”, explica a sexóloga.
Essa reclamação é ilustrada por outro dado da mesma pesquisa: a maioria dos casais gosta do improviso, portanto, sair da rotina é fundamental para evitar o tédio. “Um dos grandes problemas é que ambos precisam entender que a preparação para o sexo, como uma massagem, um carinho ou um banho a dois, pode fazer milagres. Assim como grandes fantasias que incluem uma rapidinha na hora do almoço aguçam a libido”, explica Carla.
Para o sexólogo João Borzino, de São Paulo (SP), os casais precisam entender que o prazer também depende de outros fatores, afinal, quando há problemas financeiros, familiares ou pressão no trabalho, as brigas ou o afastamento começam a acontecer, e isso prejudica a vida sexual do casal. “Sexo não tem regra, tudo é válido. O que acontece com a maioria dos casais é que a mulher enxerga o sexo como uma consequência e o homem como um objetivo. Daí ambos se ressentem sem parar para pensar que o relacionamento precisa estar saudável para que o sexo prazeroso aconteça”, defende.
Com exclusividade para o UOL, o sexólogo Jõao Borzino cita seis sugestões de programas para apimentar o relacionamento e fugir do marasmo sexual.
SEIS PROGRAMAS PICANTES PARA O CASAL
1. Se vocês têm filhos, agendem um dia para que os pequenos fiquem com os avós ou com a babá e se permitam uma balada diferente no motel. O importante não é ir com o intuito de transar e pronto. É interessante fazer desse momento algo mais prazeroso possível. Comprem um bom vinho, levem uma seleção de músicas, dancem, relaxem na banheira, façam uma sauna, aproveitem cada minuto.
2. O casal pode ir a uma sex shop com a missão de escolher um brinquedo erótico. Isso promove cumplicidade, já que vão conhecer novidades e aguçar os sentidos. Ou então, um dos dois pode ir sozinho, comprar algo diferente e fazer uma surpresa ao outro. Esse mistério cria tesão.
3. Ir a uma casa de swing segue o mesmo princípio da dica acima. Vocês não precisam participar de nada. Só o fato de se arrumarem para visitar um local que respira sexo já os deixará com a libido em alta.
4. Assistir a um show erótico é interessante, mas as mulheres precisam estar atentas a uma regra básica: o homem é um ser visual. O fato dele olhar uma mulher no palco e se excitar não quer dizer que ele está gostando dela ou quer transar com ela. Quer dizer que ele está pronto para transar com você. Não confunda as coisas. É importante separar o que acontece ao nosso redor do que ocorre entre quatro paredes, senão, nenhum programa desses dará certo.
5. Se ambos tiverem curiosidade e muito diálogo para combinar limites, uma transa a três é bem estimulante. Sugiro sempre no consultório que o casal contrate uma profissional do sexo para evitar todo e qualquer envolvimento afetivo após o encontro. Na verdade, a experiência deve ser algo que fica entre os dois e serve de estímulo constante. Na maioria das vezes, o homem se contenta apenas em ver a mulher com outra, pois ele é visual.
6. Criem o hábito de assistir a filmes pornôs ou eróticos. O casal deve escolher junto algo que goste e assistir numa boa, sem preconceitos. O fato de o homem sentir desejo pelo que está vendo não quer dizer que ele está traindo a mulher. Ele apenas se excita, e esse é um exercício bom para que os dois aproveitem.
A sexóloga Carla Cecarello dá oito dicas para mudar alguns hábitos e apimentar o sexo.
OITO DICAS PARA APIMENTAR O SEXO
1. Incentivem-se a pensar em sexo, seja por meio de um filme erótico ou por meio de uma leitura picante. O ato de imaginar uma situação sexual entre os dois faz com que o casal acorde para o sexo e revitalize essa energia.
Seja vaidosa: passe cremes e esteja sempre perfumada
2. Exale feminilidade para o parceiro. Não adianta a mulher chegar cansada do trabalho, tomar banho e colocar o mesmo pijama de sempre. Sugiro que passem cremes corporais, perfume, escovem os cabelos, mostrem-se vaidosas ao parceiro. Uma mulher bem cuidada excita qualquer homem, não tem jeito.
3. Prepare o ambiente para o sexo, assim você dá sinais ao parceiro de que algo pode rolar naquela noite. Um quarto a meia luz, um perfume diferente na cama, um lençol especial, velas... Tudo vale! E o homem adora notar que a mulher se preocupou com isso.
4. Lingerie é uma tática infalível, sempre! Invista em surpresas, mas evite conjuntos de peças grandes ou de cores como o bege. Já que é para surpreender, escolha peças pequenas, sensuais, bem sedutoras mesmo. Eles adoram calcinhas de fiozinho nas laterais, e o eterno fio-dental deixa qualquer um literalmente de quatro.
Na cama, troque olhares e demonstre carinho pelo outro
5. Homens: transmitam segurança. A mulher quer estar ao lado de um macho que as acolha na hora certa, portanto, nada de brincadeiras infantis. Na hora do sexo, o que elas mais querem é ‘pegada’. Mostrem quem manda, com carinho.
6. Trabalhem o olhar. Acreditem: a maioria dos casais que recebo em consultório mal se beija ou se olha! Nesses casos, passo um exercício para fazerem em casa: fiquem na cama, um de frente para o outro, e trabalhem o olhar. Comecem se olhando e observem cada detalhe do corpo do outro. Mostrem no olhar o carinho que sentem pelo seu par. Isso recupera a paixão que, por vezes, ficou escondida. Depois, passem para a parte sensorial, do toque, mas sem penetração. É como voltar a namorar novamente.
7. Inclua na vida a dois brinquedinhos inocentes, como velas que viram óleo de massagem, lingerie comestível, óleos sensoriais (que esquentam ou esfriam a pele), cremes afrodisíacos. Em princípio, seu parceiro pode se assustar, mas você comandando o jogo mostra para ele que o sexo pode estar repleto de sensações gostosas!
8. Se entregue ao sexo anal. Explique ao parceiro que o ideal é que ele massageie a região antes com um creme lubrificante, que estimule seu clitóris ao mesmo tempo e, principalmente, que você deve estar muito excitada para que essa experiência seja boa para os dois. O grande erro dos homens é achar que a mulher está pronta para fazer isso em segundos, e não é verdade.
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/05/23/cansado-da-mesmice-veja-seis-sugestoes-de-programas-picantes-para-os-casais.htm
Sente muita dor na hora da penetração durante o sexo? Nossa expert ajuda você a identificar a causa do problema
Sente muita dor na hora da penetração durante o sexo? Nossa expert ajuda você a identificar a causa do problema
Por Redação Marie Claire
Durante a transa, não consigo deixar que meu namorado me penetre, pois dói muito. O que posso fazer para amenizar este problema? - Julia Santini, São Paulo (SP)
Muitas vezes, quando acontece a impossibilidade da penetração, é porque a mulher não está relaxada o suficiente para a relação sexual. Isso pode provocar a contração involuntária dos músculos da vagina (problema conhecido como vaginismo), o que impede a entrada do pênis, de um dedo ou até mesmo do espéculo ginecológico, chegando inclusive a preocupar casais que querem ter filhos.
Leia mais: intimidade verbal para pedir o que quer no sexo: você tem?
Já vi mulheres queixarem-se disso e voltarem de uma consulta profissional, com médicos não ligados diretamente à questão da sexualidade, com indicações de anestésicos e até de cirurgias para que a musculatura vaginal se abra com mais facilidade.
No entanto, existem muitos aspectos a serem observados quando isso acontece, que vão além da abertura vaginal. Um dica de leitura que ajuda nesse entendimento é o livro "Vaginismo, Quem Cala Nem Sempre Consente", dos autores Fátima Protti e Oswaldo Rodrigues Jr.
O processo de restabelecimento das funções sexuais dessas mulheres deve se dar por meio da compreensão da erotização: elas devem saber o que realmente sentem e pensam sobre o que é sexo. O processo de psicoterapia tende a ser rápido. Algumas pesquisas afirmam que 85% das mulheres que buscam atendimento psicoterápico com esse foco voltam aos consultórios contando que seus bebês nasceram de maneira saudável e que sua sexualidade foi erotizada com a ajuda e participação do parceiro ou parceira.
Cuide-se: não existe necessidade de tanto sofrimento. Lembre-se que o tratamento deve ser tranquilo e sem dor.
Carla Zeglio integra o time exclusivo de GURUS de Marie Claire que responderão às dúvidas das internautas aqui no site
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI223050-17614,00-SENTE+MUITA+DOR+NA+HORA+DA+PENETRACAO+DURANTE+O+SEXO+NOSSA+EXPERT+AJUDA+VOC.html
Por Redação Marie Claire
Durante a transa, não consigo deixar que meu namorado me penetre, pois dói muito. O que posso fazer para amenizar este problema? - Julia Santini, São Paulo (SP)
Muitas vezes, quando acontece a impossibilidade da penetração, é porque a mulher não está relaxada o suficiente para a relação sexual. Isso pode provocar a contração involuntária dos músculos da vagina (problema conhecido como vaginismo), o que impede a entrada do pênis, de um dedo ou até mesmo do espéculo ginecológico, chegando inclusive a preocupar casais que querem ter filhos.
Leia mais: intimidade verbal para pedir o que quer no sexo: você tem?
Já vi mulheres queixarem-se disso e voltarem de uma consulta profissional, com médicos não ligados diretamente à questão da sexualidade, com indicações de anestésicos e até de cirurgias para que a musculatura vaginal se abra com mais facilidade.
No entanto, existem muitos aspectos a serem observados quando isso acontece, que vão além da abertura vaginal. Um dica de leitura que ajuda nesse entendimento é o livro "Vaginismo, Quem Cala Nem Sempre Consente", dos autores Fátima Protti e Oswaldo Rodrigues Jr.
O processo de restabelecimento das funções sexuais dessas mulheres deve se dar por meio da compreensão da erotização: elas devem saber o que realmente sentem e pensam sobre o que é sexo. O processo de psicoterapia tende a ser rápido. Algumas pesquisas afirmam que 85% das mulheres que buscam atendimento psicoterápico com esse foco voltam aos consultórios contando que seus bebês nasceram de maneira saudável e que sua sexualidade foi erotizada com a ajuda e participação do parceiro ou parceira.
Cuide-se: não existe necessidade de tanto sofrimento. Lembre-se que o tratamento deve ser tranquilo e sem dor.
Carla Zeglio integra o time exclusivo de GURUS de Marie Claire que responderão às dúvidas das internautas aqui no site
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI223050-17614,00-SENTE+MUITA+DOR+NA+HORA+DA+PENETRACAO+DURANTE+O+SEXO+NOSSA+EXPERT+AJUDA+VOC.html
Homens em terapia
Homens em terapia
ELES GERALMENTE LEVAM UM CERTO TEMPO PARA ADMITIR QUE TÊM PROBLEMAS —MAS, DEPOIS DISSO, A MAIORIA PROCURA AJUDA, FAZ TRATAMENTO. E VOLTA A SENTIR E DAR PRAZER.
POR LAURA KNAPP
Por medo de magoar ou por não saber como abordar a questão, muitas mulheres convivem com a insatisfação quando o desempenho sexual de seus parceiros deixa a desejar. Segundo os especialistas, elas ficam inseguras e imaginam que o companheiro está desinteressado porque deixaram de ser atraentes. Os homens, por sua vez, raramente tocam no assunto quando percebem que podem ter algum problema. 'É como se a discussão sobre relacionamento sexual ainda estivesse na era vitoriana', diz Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Felizmente, porém, muitos desses homens buscam um especialista quando se convencem de que precisam de ajuda para voltar a ter e dar prazer. 'Isso acontece, na média, depois de cinco anos de problemas. Em geral, chegam ao consultório sozinhos e por conta própria; além disso, cerca de 80% desses pacientes dizem ter a intenção de manter o relacionamento com suas companheiras atuais. O paciente que se enquadra no perfil típico admite que a mulher sabe que algo está errado, mas, ainda assim, acredita que isso não precisa ser discutido a dois', explica o psicólogo.
Cerca de 30% dos homens com idade entre 40 e 49 anos têm alguma queixa sobre a própria performance. A ejaculação precoce e a falta de controle sobre a ejaculação é um problema recorrente, principalmente entre os mais jovens. Como as mulheres, os homens reclamam de não sentir o orgasmo, apesar da ejaculação; dizem sofrer com a falta de libido e também têm dores durante a relação. Mas é a disfunção erétil -dificuldade de obter ou manter a ereção por tempo suficiente- que leva quase 90% desses homens ao divã. Antigamente conhecida como impotência sexual, essa disfunção atinge de 14% a 25% dos pacientes com idade entre 20 e 60 anos.
EFEITO PSICOLÓGICO
O primeiro passo é checar se a causa é física -a falta de libido, por exemplo, pode ser um efeito colateral típico de medicações antidepressivas. 'Os psicólogos geralmente encaminham os pacientes para o consultório do urologista, o profissional que vai pedir exames para medir a taxa hormonal e avaliar as condições gerais de saúde do paciente', explica o andrologista e urologista Wagner De Ávila, de São Paulo. Não é incomum que os médicos receitem as modernas drogas contra a impotência mesmo quando detectam que a dificuldade não é só física. 'O medo de falhar na hora H provoca inibição e constrangimento; só de saber que está contando com a medicação o homem vai mais tranqüilo para a relação -nesses casos, o remédio funciona como uma muleta. Apesar disso, sempre orientamos esse paciente a conversar também com um psicólogo', diz Ávila.
Como acontece em todas as terapias, o tratamento psicológico se adapta a cada caso. Mas, quando o principal assunto é sexo, o psicólogo sempre aplica um teste-padrão de 'auto-eficiência sexual'. A idéia, segundo Rodrigues, é diagnosticar a quantas anda a auto-estima do paciente. 'A condição psicológica desse homem está na base de tudo. Não basta apenas ensinar técnicas e repetir exercícios mecanicamente; muitas vezes, é necessário detectar e transformar certas associações equivocadas que o paciente fez, por algum motivo, entre sexo e emoção. São idéias negativas que estão incorporadas e comprometem a vida sexual', explica o psicólogo.
DESEJOS NO DIVÃ
Além de seguir os mesmos preceitos de uma terapia tradicional, com o diálogo entre terapeuta e paciente, esse tratamento conta com o apoio de uma série de exercícios que duram, em média, 16 semanas. O objetivo desse conteúdo é orientar o homem no sentido de cumprir o ritual de desempenho com prazer. Para isso, o terapeuta ensina técnicas de masturbação, sugere novas posições e propõe os mais diversos exercícios de auto-erotismo: o homem aprende a se acariciar, a se excitar com imagens e a fantasiar. 'Esses exercícios variam; é preciso considerar a ansiedade, os conflitos e as inseguranças que mudam de pessoa para pessoa', diz Rodrigues. Às vezes, a estratégia do especialista é suspender a prática sexual do paciente por determinado prazo; em outros casos, o caminho é estimular a tentativa de determinadas experiências. Segundo o psicólogo, tudo sempre vai depender da causa: um homem às vezes não consegue manter uma ereção porque está estressado, mas o motivo também pode ter uma origem bem mais complexa. 'Muitos nunca imaginaram que o fato de chegar ao clímax depois de dois minutos de penetração pudesse se transformar num problema -e isso ocorre porque, quando jovens, esses homens tinham sucessivas ereções e, assim, satisfaziam suas parceiras. Durante o tratamento, os pacientes se surpreendem ao descobrir que é possível manter a ereção, com penetração, por até 30 minutos', conta Rodrigues.
Quando a pessoa não tem nenhum problema físico grave, a terapia individual chega a um final feliz depois de seis a oito meses. Mas esse tempo costuma encurtar quando o tratamento é feito com a participação da parceira: em geral, ela ajuda a esclarecer os problemas e sinaliza a evolução do caso para o médico. Na opinião do especialista, apesar de ser mais delicado, trabalhar com o casal traz resultados objetivos mais rapidamente. 'Às vezes, um comentário que parece não ter importância dá uma pista valiosa sobre o comportamento do homem ou sobre uma técnica que precisa ser ajustada', explica o psicólogo.
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML557925-1744,00.html
ELES GERALMENTE LEVAM UM CERTO TEMPO PARA ADMITIR QUE TÊM PROBLEMAS —MAS, DEPOIS DISSO, A MAIORIA PROCURA AJUDA, FAZ TRATAMENTO. E VOLTA A SENTIR E DAR PRAZER.
POR LAURA KNAPP
Por medo de magoar ou por não saber como abordar a questão, muitas mulheres convivem com a insatisfação quando o desempenho sexual de seus parceiros deixa a desejar. Segundo os especialistas, elas ficam inseguras e imaginam que o companheiro está desinteressado porque deixaram de ser atraentes. Os homens, por sua vez, raramente tocam no assunto quando percebem que podem ter algum problema. 'É como se a discussão sobre relacionamento sexual ainda estivesse na era vitoriana', diz Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Felizmente, porém, muitos desses homens buscam um especialista quando se convencem de que precisam de ajuda para voltar a ter e dar prazer. 'Isso acontece, na média, depois de cinco anos de problemas. Em geral, chegam ao consultório sozinhos e por conta própria; além disso, cerca de 80% desses pacientes dizem ter a intenção de manter o relacionamento com suas companheiras atuais. O paciente que se enquadra no perfil típico admite que a mulher sabe que algo está errado, mas, ainda assim, acredita que isso não precisa ser discutido a dois', explica o psicólogo.
Cerca de 30% dos homens com idade entre 40 e 49 anos têm alguma queixa sobre a própria performance. A ejaculação precoce e a falta de controle sobre a ejaculação é um problema recorrente, principalmente entre os mais jovens. Como as mulheres, os homens reclamam de não sentir o orgasmo, apesar da ejaculação; dizem sofrer com a falta de libido e também têm dores durante a relação. Mas é a disfunção erétil -dificuldade de obter ou manter a ereção por tempo suficiente- que leva quase 90% desses homens ao divã. Antigamente conhecida como impotência sexual, essa disfunção atinge de 14% a 25% dos pacientes com idade entre 20 e 60 anos.
EFEITO PSICOLÓGICO
O primeiro passo é checar se a causa é física -a falta de libido, por exemplo, pode ser um efeito colateral típico de medicações antidepressivas. 'Os psicólogos geralmente encaminham os pacientes para o consultório do urologista, o profissional que vai pedir exames para medir a taxa hormonal e avaliar as condições gerais de saúde do paciente', explica o andrologista e urologista Wagner De Ávila, de São Paulo. Não é incomum que os médicos receitem as modernas drogas contra a impotência mesmo quando detectam que a dificuldade não é só física. 'O medo de falhar na hora H provoca inibição e constrangimento; só de saber que está contando com a medicação o homem vai mais tranqüilo para a relação -nesses casos, o remédio funciona como uma muleta. Apesar disso, sempre orientamos esse paciente a conversar também com um psicólogo', diz Ávila.
Como acontece em todas as terapias, o tratamento psicológico se adapta a cada caso. Mas, quando o principal assunto é sexo, o psicólogo sempre aplica um teste-padrão de 'auto-eficiência sexual'. A idéia, segundo Rodrigues, é diagnosticar a quantas anda a auto-estima do paciente. 'A condição psicológica desse homem está na base de tudo. Não basta apenas ensinar técnicas e repetir exercícios mecanicamente; muitas vezes, é necessário detectar e transformar certas associações equivocadas que o paciente fez, por algum motivo, entre sexo e emoção. São idéias negativas que estão incorporadas e comprometem a vida sexual', explica o psicólogo.
DESEJOS NO DIVÃ
Além de seguir os mesmos preceitos de uma terapia tradicional, com o diálogo entre terapeuta e paciente, esse tratamento conta com o apoio de uma série de exercícios que duram, em média, 16 semanas. O objetivo desse conteúdo é orientar o homem no sentido de cumprir o ritual de desempenho com prazer. Para isso, o terapeuta ensina técnicas de masturbação, sugere novas posições e propõe os mais diversos exercícios de auto-erotismo: o homem aprende a se acariciar, a se excitar com imagens e a fantasiar. 'Esses exercícios variam; é preciso considerar a ansiedade, os conflitos e as inseguranças que mudam de pessoa para pessoa', diz Rodrigues. Às vezes, a estratégia do especialista é suspender a prática sexual do paciente por determinado prazo; em outros casos, o caminho é estimular a tentativa de determinadas experiências. Segundo o psicólogo, tudo sempre vai depender da causa: um homem às vezes não consegue manter uma ereção porque está estressado, mas o motivo também pode ter uma origem bem mais complexa. 'Muitos nunca imaginaram que o fato de chegar ao clímax depois de dois minutos de penetração pudesse se transformar num problema -e isso ocorre porque, quando jovens, esses homens tinham sucessivas ereções e, assim, satisfaziam suas parceiras. Durante o tratamento, os pacientes se surpreendem ao descobrir que é possível manter a ereção, com penetração, por até 30 minutos', conta Rodrigues.
Quando a pessoa não tem nenhum problema físico grave, a terapia individual chega a um final feliz depois de seis a oito meses. Mas esse tempo costuma encurtar quando o tratamento é feito com a participação da parceira: em geral, ela ajuda a esclarecer os problemas e sinaliza a evolução do caso para o médico. Na opinião do especialista, apesar de ser mais delicado, trabalhar com o casal traz resultados objetivos mais rapidamente. 'Às vezes, um comentário que parece não ter importância dá uma pista valiosa sobre o comportamento do homem ou sobre uma técnica que precisa ser ajustada', explica o psicólogo.
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML557925-1744,00.html
O que fazer quando eles falham
O que fazer quando eles falham
Expectativa e ansiedade, excesso de álcool ou depressão. Muitas vezes, um desses motivos explica por que o homem perde a excitação na hora H
Por Silvana Tavano
Uma relação sexual pode começar e continuar mesmo que a mulher não esteja suficientemente excitada. Mas, se o homem não consegue ter uma ereção, nada acontece. Ou melhor, acontece: na maior parte das vezes, eles ficam constrangidos e inseguros; já as mulheres se sentem frustradas e fantasiam que o problema tem a ver com elas. Em alguns casos, pode ser verdade que não exista mais interesse. Mas o inverso é possível, porque o problema também acontece justamente quando o parceiro sente uma forte atração.
Homens que nunca tiveram qualquer dificuldade funcional às vezes perdem a ereção inesperadamente, e por inúmeras razões. "Não há dúvida de que o lado emocional compromete o desempenho físico", diz a terapeuta sexual Carla Zeglio, do Instituto Paulista de Sexualidade. Na prática, o homem fica com a responsabilidade de fazer a relação sexual dar certo -e esse fardo pesa mais ainda se ele estiver sob forte ansiedade ou com muitas expectativas. Nessas situações, falhar na hora do sexo abala a auto-estima e a imagem de sua própria virilidade. "Existe uma crença de que o homem está sempre pronto para satisfazer a parceira com um pênis ereto, em qualquer circunstância. Como se a ereção fosse um atributo natural, dispensando clima e estímulos, e também não tivesse ligação com outros aspectos da vida desse homem", explica Oswaldo Rodrigues Júnior, psicólogo e terapeuta sexual, autor de "Disfunção Erétil - Esclarecimentos Sobre a Impotência Sexual" (Expressão e Arte Ed., 105 págs., R$ 10). Além da frustração, muitos passam a temer problemas mais sérios. "Mas perder a ereção eventualmente é uma coisa, ser impotente, é outra. A chamada difunção erétil situacional é uma dificuldade passageira, quase sempre ligada a questões do momento", explica Carla Zeglio.
Os médicos relacionam algumas das causas mais comuns dessas falhas ocasionais:
CAMISINHA Para muitos, ter de usar preservativo durante a relação sexual ainda é um grande problema. "A idéia de que a camisinha prejudica a sensibilidade acaba interrompendo a excitação", explica a especialista. Segundo ela, é comum ouvir dos pacientes que esse tipo de exigência de certa forma põe em dúvida as suas escolhas sexuais. "Muitos concluem que a parceira não está segura a respeito de sua masculinidade", diz Carla.
INIBIÇÃO Também há quem fique inibido ou inseguro num primeiro encontro. "Fazer sexo com uma mulher muito bonita pode intimidar. A cobrança com relação ao próprio desempenho dispara a produção de adrenalina, que, por sua vez, interfere no trajeto do sangue até o pênis", explica Carla.
ANSIEDADE O excesso de expectativa costuma ter esse mesmo efeito. "Às vezes, o homem fica ansioso porque está muito envolvido (e vê naquela mulher uma possível companheira) ou porque vai fazer sexo com uma mulher que deseja há muito tempo", diz a terapeuta. Segundo ela, até determinado ponto, a ansiedade é positiva, pois mobiliza e ajuda a agir; mas, ultrapassado o limite, o efeito se inverte -a pessoa fica paralisada por sentimentos de medo e insegurança. "O homem tem desejo, fica excitado e, muitas vezes, até consegue uma ereção, que logo cede a um fluxo de pensamentos negativos, como o de não ser capaz de dar prazer à mulher", explica Oswaldo Rodrigues. Segundo os médicos, existem alguns procedimentos básicos: quem está muito ansioso não precisa nem deve fazer sexo na primeira noite -nesses casos, a abstinência sexual só ajuda.
BEBIDAS ALCOÓLICAS Um ou dois copos de vinho no jantar ajudam a esquentar o clima, mas o consumo excessivo de álcool é contra-indicado. "Se o homem bebeu demais, o melhor a fazer é deixar o sexo para depois", diz a terapeuta.
ESTRESSE E DEPRESSÃO Uma demissão ou a morte de um ente querido afetam a vida em todos os níveis, inclusive o sexual. Mesmo quem vive um relacionamento estável não escapa do risco de falhar nessas circunstâncias -muitas vezes a tristeza afeta o próprio desejo, que é um estágio anterior à ereção. "Mas essas situações normalmente duram um tempo, prazo que varia de pessoa para pessoa. Já os estados depressivos tendem a se prolongar e, aqui, sim, uma das conseqüências pode ser a impotência", explica Rodrigues. Se as falhas se tornam freqüentes e atrapalham a vida sexual é preciso buscar ajuda médica ou terapêutica.
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML625942-1744,00.html
Expectativa e ansiedade, excesso de álcool ou depressão. Muitas vezes, um desses motivos explica por que o homem perde a excitação na hora H
Por Silvana Tavano
Uma relação sexual pode começar e continuar mesmo que a mulher não esteja suficientemente excitada. Mas, se o homem não consegue ter uma ereção, nada acontece. Ou melhor, acontece: na maior parte das vezes, eles ficam constrangidos e inseguros; já as mulheres se sentem frustradas e fantasiam que o problema tem a ver com elas. Em alguns casos, pode ser verdade que não exista mais interesse. Mas o inverso é possível, porque o problema também acontece justamente quando o parceiro sente uma forte atração.
Homens que nunca tiveram qualquer dificuldade funcional às vezes perdem a ereção inesperadamente, e por inúmeras razões. "Não há dúvida de que o lado emocional compromete o desempenho físico", diz a terapeuta sexual Carla Zeglio, do Instituto Paulista de Sexualidade. Na prática, o homem fica com a responsabilidade de fazer a relação sexual dar certo -e esse fardo pesa mais ainda se ele estiver sob forte ansiedade ou com muitas expectativas. Nessas situações, falhar na hora do sexo abala a auto-estima e a imagem de sua própria virilidade. "Existe uma crença de que o homem está sempre pronto para satisfazer a parceira com um pênis ereto, em qualquer circunstância. Como se a ereção fosse um atributo natural, dispensando clima e estímulos, e também não tivesse ligação com outros aspectos da vida desse homem", explica Oswaldo Rodrigues Júnior, psicólogo e terapeuta sexual, autor de "Disfunção Erétil - Esclarecimentos Sobre a Impotência Sexual" (Expressão e Arte Ed., 105 págs., R$ 10). Além da frustração, muitos passam a temer problemas mais sérios. "Mas perder a ereção eventualmente é uma coisa, ser impotente, é outra. A chamada difunção erétil situacional é uma dificuldade passageira, quase sempre ligada a questões do momento", explica Carla Zeglio.
Os médicos relacionam algumas das causas mais comuns dessas falhas ocasionais:
CAMISINHA Para muitos, ter de usar preservativo durante a relação sexual ainda é um grande problema. "A idéia de que a camisinha prejudica a sensibilidade acaba interrompendo a excitação", explica a especialista. Segundo ela, é comum ouvir dos pacientes que esse tipo de exigência de certa forma põe em dúvida as suas escolhas sexuais. "Muitos concluem que a parceira não está segura a respeito de sua masculinidade", diz Carla.
INIBIÇÃO Também há quem fique inibido ou inseguro num primeiro encontro. "Fazer sexo com uma mulher muito bonita pode intimidar. A cobrança com relação ao próprio desempenho dispara a produção de adrenalina, que, por sua vez, interfere no trajeto do sangue até o pênis", explica Carla.
ANSIEDADE O excesso de expectativa costuma ter esse mesmo efeito. "Às vezes, o homem fica ansioso porque está muito envolvido (e vê naquela mulher uma possível companheira) ou porque vai fazer sexo com uma mulher que deseja há muito tempo", diz a terapeuta. Segundo ela, até determinado ponto, a ansiedade é positiva, pois mobiliza e ajuda a agir; mas, ultrapassado o limite, o efeito se inverte -a pessoa fica paralisada por sentimentos de medo e insegurança. "O homem tem desejo, fica excitado e, muitas vezes, até consegue uma ereção, que logo cede a um fluxo de pensamentos negativos, como o de não ser capaz de dar prazer à mulher", explica Oswaldo Rodrigues. Segundo os médicos, existem alguns procedimentos básicos: quem está muito ansioso não precisa nem deve fazer sexo na primeira noite -nesses casos, a abstinência sexual só ajuda.
BEBIDAS ALCOÓLICAS Um ou dois copos de vinho no jantar ajudam a esquentar o clima, mas o consumo excessivo de álcool é contra-indicado. "Se o homem bebeu demais, o melhor a fazer é deixar o sexo para depois", diz a terapeuta.
ESTRESSE E DEPRESSÃO Uma demissão ou a morte de um ente querido afetam a vida em todos os níveis, inclusive o sexual. Mesmo quem vive um relacionamento estável não escapa do risco de falhar nessas circunstâncias -muitas vezes a tristeza afeta o próprio desejo, que é um estágio anterior à ereção. "Mas essas situações normalmente duram um tempo, prazo que varia de pessoa para pessoa. Já os estados depressivos tendem a se prolongar e, aqui, sim, uma das conseqüências pode ser a impotência", explica Rodrigues. Se as falhas se tornam freqüentes e atrapalham a vida sexual é preciso buscar ajuda médica ou terapêutica.
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