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domingo, 7 de agosto de 2011

Quando acaba o desejo pelo companheiro

Quando acaba o desejo pelo companheiro
O que fazer quando a relação se desgasta e o casal não sente mais vontade de se relacionar sexualmente com o parceiro?

Lia Lehrfale com a redação

Um problema bastante comum nos relacionamentos e que tem levado com mais freqüência os casais para a terapia é a falta de desejo sexual. Seja pela rotina, estresse do dia-a-dia, preocupações com filhos e contas para pagar, muitos casais tem se queixado cada vez de falta de libido. Mas por que isso acontece? Não deveria ser ao contrário, já que são pessoas que estão juntas há um certo tempo, conhecem muito bem o companheiro e tem total intimidade?

De acordo com Cláudya Toledo, terapeuta de casais, especialista em relacionamentos e autora do livro “Sexo”, isso é mais comum de acontecer do que se imagina.

“Quando você vê uma pessoa pela primeira vez, ocorre um impacto energético e mental. Depois de muito tempo, quando se está habituado ao casamento, a energia do casal é tão misturada que não se enxerga nem observa mais o outro. Tudo está dentro da possibilidade (“por que vou fazer sexo agora se posso fazer depois?”), tudo está previsto”, diz Cláudya.

Ela conta também que homens e mulheres veem o sexo de maneiras diferentes.

“Para a mulher, o sexo está relacionado a admiração, surpresa e também tem a questão mental. Se ela pensa o dia inteiro que o marido é chato, que não gosta mais dele e que não sente atração, é claro que ela não vai sentir desejo.Com o homem é diferente. Para ele ser ativado, basta a mulher colocar um música e uma roupa atraente”.

Está na hora de fazer terapia de casal?
Ioga a dois
Meu marido não quer ter filhos. E agora?
A especialista explica que para reverter a situação, a mulher deve fazer uma “limpeza emocional”: parar de falar mal do companheiro e voltar a admirá-lo. Em alguns casos de perda de desejo, é aconselhável também ajuda terapêutica”. Outro motivo que os casais usam para culpar a perda de libido é a rotina. É preciso encarar a situação de outra maneira.

“Todo mundo vive uma rotina. O importante é que haja uma rotina positiva. Ela tem que ser maravilhosa. Agora, se a rotina do casamento é ruim, é possível que o casal esteja com um problema. É importante destacar que a rotina deve ser favorável e saudável. Quando sentir que a rotina está chata, deve-se mudar. O problema é pedir comida por telefone e se jogar na frente da TV. A boa rotina é aquela em que há um bom papo, namoro e conversas”, conta a terapeuta.

Uma forma que muitos casais utilizam para tentar melhorar a relação é fazer uma viagem a dois. Claúdya alerta que isso nem sempre trará resultado. “O relacionamento exige muito investimento, muita conversa. São as pequenas coisas do dia-a-dia que fazem a diferença e não viagens”.

Em casos mais graves, quando nada mais parece funcionar, a terapeuta é enfática: “às vezes, é preciso se afastar por um tempo. A mulher tem muita dificuldade para perceber isso e fica muito abalada. Ela fica insistindo mais para chamar a atenção. Nesse caso, o melhor a fazer é que um dos dois se retire para o outro sentir falta e para as coisas voltarem a acontecer naturalmente. Separar é bom porque dá saudade. E se houver amor, eles voltarão a ficar juntos”, finaliza Cláudya.
http://www.chrisflores.net/portal2/site/materia.php?cod_categoria=7&cod_materia=341

Separação durante a gravidez?

Separação durante a gravidez?
Alguns casamentos acabam quando o casal está prestes a ter um bebê. Entenda por que isso acontece e se é possível reverter a situação
Lia Lehrfale com a redação
iStockphotos / Thinkstock / Gettyimages
A gravidez deveria ser um momento especial para os casais e de maior aproximação entre o homem e a mulher. Afinal de contas, eles geraram uma nova vida, que em poucos meses estará vivendo com eles. Infelizmente, não é assim para todos os casais. Algumas relações terminam justamente quando a mulher está grávida. Mas, por que isso acontece?

O fato de a mulher estar com os hormônios à flor da pele pode afetar a relação? Qual o impacto de uma separação durante a gravidez? A mulher pode sofrer depressão após o nascimento do filho? Para Oswaldo Martins Rodrigues Junior, psicoterapeuta sexual e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, falta de planejamento em comum da relação e imaturidade emocional são os motivos que levam um casal a se separar justamente nesta fase. Confira a entrevista com o especialista.
A separação costuma ser um processo muito doloroso. Na gravidez pode ser pior, já que a mulher está mais sensível, até mesmo pela influência dos hormônios?
“Uma separação de casal implica em mais do que duas pessoas deixarem de conviver. A primeira perda percebida é a perda de um futuro planejado. Aliás, se havia um futuro planejado, racional e verbalizadamente, combinado e organizado, a perda é sentida, mas o fato de se ter participado do planejamento permite uma superação em algumas semanas. Se a separação ocorreu de um casal que seguiu planos de vida involuntariamente decidido, um projeto de vida assumido a partir e desde a infância, sem uma coerência voluntária, o sofrimento será maior e mais difícil de superar até que esta compreensão ocorra.
Um casal que se separa em meio a uma gravidez não tem planos nem organização de vida futura. Seguem decisões a partir de emoções e não a partir de um projeto de vida que conduza e resolva situações de vida para ambos. A separação baseada em emoções ocorre num relacionamento baseado em emoções. Termina da mesma forma que começou: sem planos, baseado em insegurança.
Assim, a mulher terá menos no que se apoiar após reconhecer-se grávida. Uma gravidez exige um plano de vida ou trará outras situações problemas no futuro. A gravidez não inserida num plano de futuro traria consequências sobre o casal e sobre o filho. A sensibilidade desta mulher já está planejada na cultura em que se insere: ela deve sofrer e assim aprendeu, não tendo saídas e a obrigação de ter o filho, ou incorrer em mais uma circunstância envolvida em difíceis emoções negativas na busca de interromper a gravidez. O homem, por outro lado, já foi ensinado de que, ao sair fora do relacionamento acabariam os problemas... tendo que retomar caminhos de novas procuras... e estas aparências não produzem efeitos positivos e de longo prazo. Também não foram planos pensados".
A mudança hormonal pode fazer com que a mulher "surte" e queira se separar, mas depois volte atrás?
“As mudanças hormonais durante uma gravidez não são tudo nesta fase de vida, e não são tão simples ou efetivas de modo a abranger todas ou a maioria das mulheres. Mudanças hormonais existem e se associam a emoções, mas também podem ser apenas um coadjuvante em uma pessoa que já tem padrões de reações emocionais devido às características de personalidade desenvolvidas nas primeiras duas décadas de vida”.
Muitos casais veem a gravidez como uma salvação quando o casamento já vem desgastado. O que é melhor: enfrentar a crise e separar ainda na gravidez até para que a mulher sinta-se mais segura para cuidar sozinha do bebê ou tentar a reconciliação?
“Relacionamentos que são percebidos como impossíveis de satisfazer as necessidades de um indivíduo ou ambos do casal muitas vezes são permeados de mais ações involuntárias e irracionais, e uma delas é produzir uma gravidez na tentativa de resolver o casamento. Esta ideia é baseada num mito de nossa cultura. Este mito de que um filho segura um casamento apenas produz mais sofrimento aos dois e causará no filho que nascerá e carregará a difícil missão de manter juntos os pais.
Uma separação precisa ser compreendida, debatida para ocorrer de modo racional. Compreender os prós e os contras, como será se ficarem juntos e como será se houver a separação, é que permitirá uma tomada de decisão adequada.
Se a gravidez já ocorreu sem um planejamento, já foi o primeiro erro. A separação precisa ser pensada e organizada. Um filho exigirá mais esforços e planejamento de ambos. Caso um dos dois ou os dois reconheçam que não desejam mais o relacionamento, também, merece atenção e pensamento. Será um erro tomar a decisão a partir da emoção. Separar-se por emoções e mais tarde voltar e desejar o relacionamento, será um exemplo de agir sem pensar, sem planejar... Será um novo erro que provocará mais sofrimentos ao longo dos meses. Com ou sem a ação de hormônios sejam de que tipo forem.
Separar durante a gravidez pode desencadear em depressão pós-parto?
“A depressão pós parto varia desde um estado de tristeza na primeira semana pós nascimento do filho, até uma condição psicótica que não ocorrerá com qualquer pessoa. Apenas com pessoas que tenham predisposição à psicose ocorrerão este risco de estado, que se pode chamar de psicose puerperal. As causas do estado depressivo pós parto são consideradas psicológicas em até 80% dos casos. A situação de abandono pensada pela mulher será um fator forte para o deprimir-se, mas se a mulher considerar-se capaz de resolver a vida sem a participação do marido que se foi, a separação não será um fator que produzirá depressão.
O parto é uma condição que se encontra entre os eventos de maior importância e dos mais estressantes na vida de uma pessoa. É a condição ao redor do parto o evento desencadeante de uma depressão pós parto. A situação psicótica durará até mais que três meses e exigirá cuidados maiores incluindo internações.
Chorar, sentir-se confusa, não conseguir dormir, variações de humor serão comum na condição de estado depressivo. Em ambos os casos, é necessário que a mulher seja cuidada. O processo psicoterápico anterior ao parto preparará a mulher para que enfrente a situação sem maiores problemas, aliviando os sintomas”.
http://www.chrisflores.net/portal2/site/materia.php?cod_categoria=7&cod_materia=777

Casamento em crise: existe dar um tempo?

Casamento em crise: existe dar um tempo?
Algumas pessoas não conseguem lidar com a rotina nem com as mudanças no relacionamento após a chegada dos filhos e pedem um “tempo” para refletir. Mas será que isso dá certo?
Lia Lehrfale com a redação
iStockphotos / Thinkstock / Gettyimages
A aliança sela o casamento. Uma união que, a princípio, os dois queriam, mas que, aos poucos, vai mudando e nem sempre para melhor. A rotina passa a pesar na falta de comunicação, um distanciamento involuntário. De quem é a culpa? Difícil dizer. Daí, um belo dia, ele pede “um tempo” para a mulher. O que fazer? Como agir diante desta quebra no acordo selado com as palavras “na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?'
Para o psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Filho, do Instituto Paulista de Sexualidade, um relacionamento de casal implica em uma condição de acordo mútuo, um contrato de longo prazo legalizado por meio do casamento. "O compromisso de casamento deveria ser algo muito importante e é, mas nem sempre as duas pessoas se dão conta disso", diz. Segundo o doutor Oswaldo, é possível que um deles esteja se comprometendo apenas externamente, mas, no íntimo, sabe que não cumprirá o combinado. "Óbvio que esse descumprir o combinado implica em características de personalidade que permitem a quebra de regras, o de se colocar acima do bem e do mal e do compromisso social, além de não compreender a importância do compromisso que esteja assumindo”, fala o psicólogo.
Em nossa cultura, o namoro virou uma fase de descobertas e do conhecimento, uma forma de pré-compromisso no qual as pessoas se conhecem para saber se podem cumprir o compromisso mútuo. "O namoro serve para permitir a desistência caso um dos dois ou os dois compreendam que não servem para o compromisso. O namoro permite a ambos saberem se podem suportar frustrações que ocorrem neste relacionamento específico, estabelecerem-se os limites, treinarem e investirem nas habilidades necessárias para o convívio a dois", explica o psicólogo.
Mas, superada essa fase, ainda assim, há homens que se casam e não entendem que o compromisso foi efetuado. São pessoas que querem um afastamento momentâneo. "Com este pedido, eles estão disfarçando alguma característica com a qual não sabem lidar, esvaindo-se do compromisso. Alguns o farão na tentativa de “não magoar”, considerando que indo devagar com a separação será melhor para a outra pessoa não sofrer, o que raramente será verdadeiro. Mas pressupostos e crenças semelhantes poderão ser ouvidos com frequência", alerta o especialista.
O doutor Oswaldo diz que alguns homens, por suas características, usarão este subterfúgio para ter oportunidades de vivenciar outras situações e, assim, ter como tomar decisões a partir do conhecimento de como satisfazer as próprias necessidades individuais. Isso, segundo ele, apenas reforça a ideia de que ele não se conhecia o suficiente naquele momento em que assumiu o compromisso e de que não pretendia manter-se no compromisso individual, conjugal e social do casamento.
O que fazer então quando o homem pede um tempo ou fica indeciso? Geralmente eles alegam que a relação se modificou com o passar dos anos por causa da rotina e do nascimento dos filhos. “Existem rotinas más e rotinas boas. As rotinas boas não são inimigas dos relacionamentos. Os relacionamentos precisam de rotinas para enfrentar o cotidiano.

Nem sempre os casais estão preparados para administrar a vida após o nascimento de um filho. A maior parte dos casais nem sabe o que precisará viver com o nascimento de um filho. Eles apenas deixam acontecer e sairão da rotina que permitia o sexo, para entrar numa rotina sem controle e sob o controle de um cotidiano que precisa seguir a manutenção de uma terceira vida, que os manterá acordados, atrapalhará o bem estar até que encontrem outro equilíbrio”, diz o doutor Oswaldo.

O especialista lembra que, se o homem não suporta a nova necessidade sob a criação de um filho e vem com história de dar um tempo, ele está tentando se livrar de um peso que não suporta e não consegue administrar, o que significa que estava planejando um destino diferente do presente com o filho. “Em verdade o grande motivador é um projeto de vida que implica em não conviver com um filho. Na maior parte das vezes o que ocorre é encontrar outra mulher que lhe possa satisfazer
sexualmente, sem dar nenhum tempo, sem sair de casa, mantendo o papel social do pai que trabalha fora enquanto a esposa e mãe de seu filho ficam em
casa. Ainda assim, existe uma compreensão do que deseja no mundo e para o futuro”, conta.

Mas afinal, existe dar um tempo na relação?

“Não existe dar um tempo num relacionamento afetivo. O que a pessoa procura é um esquema através do qual ela sai do relacionamento sem fazer a outra pessoa sentir-se culpada e tentando não viver uma culpa para destinar os desejos e satisfação de necessidades em outros relacionamentos”.

Além disso, lembra o psicólogo não existem conseqüências boas quando o casal resolve dar um tempo na relação. “O mal estar não será eliminado de todo, o estabelecimento de um padrão de não enfrentamento do mundo real para lidar com momentos difíceis. Se este comportamento ocorrer na adolescência, ao redor da faixa de 15 a 20 anos, será mais viável se estabelecer e haverá a tentativa de sempre dar um tempo para fugir dos relacionamentos que estão terminando e este homem não sabe como lidar com este término”, fala o doutor Oswaldo.
Curiosamente, as mulheres também costumam pedir um tempo com freqüência aos homens. E tem uma razão: “O padrão maternal de não querer produzir mal estar, achar-se responsável pelo relacionamento”. Quando o casamento está em crise, é recomendado buscar ajuda terapêutica. “A terapia de casais é recomendada para que ambos possam compreender o que fazer e o que pretendem. É importante lembrar que nestes casos a terapia de casal conduzirá a ambos
compreenderem que devem se separar”, finaliza o terapeuta.
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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristas

Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristas
Rafael Spuldar
Da BBC Brasil em São Paulo

Atualizado em 28 de junho, 2011 - 16:33 (Brasília) 19:33 GMT
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Celebração ocorreu em SP; para especialistas, caso ainda pode ser contestado na Justiça
O primeiro casamento gay do Brasil, realizado nesta terça-feira em Jacareí (SP), pode ser contestado na Justiça e acabar sendo considerado nulo, segundo afirmaram juristas ouvidos pela BBC Brasil.

O casamento ocorreu de acordo com decisão do juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões de Jacareí, Fernando Henrique Pinto, após um parecer favorável do Ministério Público de São Paulo.

Notícias relacionadasCidade do interior de SP realiza nesta terça 1º casamento gay do BrasilAmericanos juntos há 61 anos esperam mudança de lei para se casar em NYTópicos relacionadosBrasil Os noivos, Luiz André de Rezende Moresi e José Sérgio Santos de Sousa, estão juntos há oito anos e viviam em regime de união estável. A conversão da união estável em casamento ocorreu no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Jacareí.

No entendimento do jurista Ives Gandra Martins, o casamento homossexual, nos termos atuais, fere o parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal, que, segundo ele, prevê que apenas casais heterossexuais podem se casar.

Para Gandra, qualquer pessoa ou entidade - como o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo - pode entrar na Justiça com uma ação de inconstitucionalidade e contestar a união.

O jurista afirmou que, se o caso for para o Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação do casamento gay é uma possibilidade concreta, de acordo com a tendência de decisões recentes tomadas pelos ministros.

Em 5 de maio, o Supremo decidiu, por unanimidade, reconhecer a união estável para casais do mesmo sexo, ao julgar ações ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

"Do ponto de vista constitucional, o STF teria de dizer que não pode (haver casamento gay)", disse Gandra. "Mas com essa nova visão dos ministros, de agir com um certo ativismo judicial, acredito que isto possa ser aprovado".

Isonomia

Já para o professor de Direito Constitucional da PUC Minas Fernando Horta Tavares, a Constituição, embora se refira a gênero no que diz respeito ao casamento, também defende o princípio de isonomia, que garante que todos são iguais perante a lei.

"Esta parece ser a linha mais indicada (para avaliar o casamento gay), mais universalista", disse o professor.

Tavares afirmou que, ao reconhecer a união estável de casais gays, o STF deu um "passo importante" no sentido de conceder isonomia aos homossexuais e abrir espaço para a liberação do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No entanto, o jurista e professor de Direito da Faap Álvaro Villaça Azevedo disse que só será possível afirmar que o STF reconheceu a união estável gay quando sair o acórdão da decisão do tribunal, o que ainda não ocorreu.

No entendimento do jurista, os ministros do Supremo apenas reconheceram que os casais gays têm, por analogia, os mesmos direitos das pessoas que vivem em união estável.

"Uma coisa é aplicar analogicamente as regras da união estável, outra é admitir a união gay como estável", disse Villaça.

Na opinião do jurista, ao dar à união gay a proteção enquanto família, o STF não afronta o artigo 226 da Constituição, que, segundo ele, "não esgota a matéria". No entanto, Villaça entende como inconstitucional a concessão do status de união estável aos casais homossexuais.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/06/110628_casamento_gay_juristas_rp.shtml

Ideais de casamento burguês são metas inalcançáveis, diz filósofo

Ideais de casamento burguês são metas inalcançáveis, diz filósofo
Alain de Botton

Atualizado em 2 de agosto, 2011 - 11:29 (Brasília) 14:29 GMT
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Ambições múltiplas do casamento burguês são quase impossíveis, afirma Botton
Esperar do casamento amor, desejo e uma família feliz é praticamente pedir o impossível.

Eu odiaria lançar calúnias sobre o casamento no mesmo ano de um encantador casamento real e quando o primeiro-ministro desperdiça poucas oportunidades para se pronunciar a favor desta nobre e antiga instituição. No entanto, vale a pena pensarmos sobre o que esperamos que o casamento nos propicie nos dias de hoje.

Notícias relacionadasBritânico garimpa ouro para aliança em rio em que conheceu a noivaCom show, Mônaco começa casamento de dois dias de príncipe Primeiro casamento gay do Brasil pode ser anulado, dizem juristasTópicos relacionadosCultura, Comportamento Nenhuma das emoções que esperamos encontrar em um bom casamento moderno é incomum por si só. Nós as encontramos na arte e na literatura em todas as culturas e épocas. O que faz do casamento moderno extraordinário em suas ambições é a expectativa de que essas emoções sejam mantidas ao longo de toda uma vida com a mesma pessoa.

Os trovadores da Provença do século 12 tinham uma apreciação complexa do amor romântico: a dor gerada pela visão da figura graciosa, a insônia provocada pela perspectiva do encontro, o poder de algumas poucas palavras ou olhares para determinar o estado de espírito de alguém. Mas estes cortesãos não expressavam qualquer desejo de mesclar suas valorizadas emoções com intenções paralelas de criar uma família ou mesmo de dormir com aquelas a quem eles amavam ardentemente.

Emoção subversiva

Os libertinos da Paris do século 18 estavam, em temos comparativos, bem familiarizados com o repertório emocional do sexo: o prazer de desabotoar a peça de roupa de alguém pela primeira vez, a excitação de explorar um ao outro à luz de velas, a emoção subversiva de seduzir alguém secretamente durante a missa. Mas estas aventuras eróticas também compreendiam que seus prazeres tinham muito pouco a ver com preparar a cena para a amizade de companheirismo ou a criação de um berçário cheio de crianças.

Quanto ao impulso em se agrupar em pequenos grupos familiares dentro dos quais a próxima geração pode se propagar com segurança, esse projeto é do conhecimento da maior parte da humanidade desde os dias em que começamos a andar eretos no Vale do Rift, no Leste da África. E no entanto este impulso raramente induziu pessoas a acreditar que ele pode estar incompleto sem um desejo sexual ardente ou frequentes sensações de desejo diante da visão da companheira.


Casamentos como o do príncipe William e Kate Middleton despertam fascinação
A crença na incompatibilidade, ou ao menos na independência, dos aspectos romântico, sexual e familiar da vida eram tomadas como sendo aspectos universais e pouco relevantes da vida adulta até meados do século 18, nos países mais prósperos da Europa, um incrível novo ideal começou a se formar em uma área em especial da socieade.

Este ideal propôs que as pessoas casadas daí para a frente deveriam não apenas tolerar um ao outro para o bem das crianças, como extraordinariamente deveriam também se esforçar para amar e desejar um ao outro profundamente ao mesmo tempo.

Elas deveriam manifestar nos seus relacionamentos o mesmo tipo de energia romântica que os trovadores mostravam em relação às damas que cortejavam e o mesmo entusiasmo sexual que havia sido explorado pelos entusiastas do erotismo da França aristocrática.

O novo ideal propagou pelo mundo a convincente noção de que uma pessoa poderia suprir suas necessidades mais prementes de uma só vez com a ajuda de apenas uma outra pessoa.

Não foi coincidência que o novo ideal de casamento tenha sido criado e apoiado fortemente por uma classe econômica específica, a burguesia, cujo equilíbrio de liberdade e repressão ela sinistramente espelhava.

Trabalho = escravidão


Em uma economia expandindo rapidamente graças aos desenvolvimentos técnicos e comercias, esta nova classe ascendente não precisava mais aceitar as expectativas restritivas das camadas inferiores. Com um pouco de dinheiro sobrando para propiciar distração, advogados burgueses e comerciantes podiam elevar suas expectativas e esperar mais de uma parceira do que meramente alguém ao lado, com quem se poderia enfrentar a passagem do próximo inverno.

Ao mesmo tempo, os recursos deles não eram ilimitados. Eles não tinham o tempo ocioso ilimitado dos trovadores, cuja riqueza herdada significava que eles poderiam passar três semanas sem maiores dificuldades exaltando a testa da mulher amada. Havia negócios para administrar e armazéns para fiscalizar.

A burguesia tampouco poderia se permitir a arrogância social dos aristocráticos libertinos, cujo poder e status havia lhes concedido uma confiança em relação a partir o coração alheio e destruir suas famílias - bem como os meios de ocultar quaisquer consequências desagradáveis de suas travessuras.

O casamento burguês"O novo ideal propagou pelo mundo a convincente noção de que uma pessoa poderia suprir suas necessidades mais prementes de uma só vez com a ajuda de apenas uma outra pessoa."

Alain de Botton
A burguesia, portanto, não estava nem tão pressionada a ponto de não acreditar no amor romântico e nem tão libertada da necessidade de buscar envolvimentos eróticos sem limite. O desejo de encontrar a realização por meio do investimento em um única pessoa com a qual se firmou um contrato legal e eterno representava uma solução frágil para o equilíbrio específico de necessidades emocionais e restrições de ordem prática.

Não pode ser coincidência que uma união muito semelhante ente a necessidade e a liberdade tenha se tornado aparente na mesma época em relação àquele segundo pilar da felicidade moderna - o trabalho.

Durante séculos, a ideia de que o trabalho não seria outra coisa que não sofrimento pareceria totalmente implausível. Aristóteles havia dito que todo o trabalho remunerado era escravidão, uma avaliação sombria à qual o cristianismo acrescentou a crença de que os esforços do trabalho foram uma penitência ditada pelos pecados de Adão.

Mas ao mesmo tempo que o casamento estava sendo repensado, muitos começaram a argumentar que o trabalho poderia ser mais do que um vale de lágrimas em que se entrava para sobreviver - ele poderia ser um caminho para a auto-realização e a criatividade. Poderia ser tão divertido como algo que alguém fazia sem referências a dinheiro.

As virtudes que a aristocracia havia associado anteriormente a ocupações não-remuneradas passaram a estar disponíveis em certos tipos de empregos remunerados também, uma pessoa poderia transformar um hobby em um emprego. Uma pessoa poderia fazer por dinheiro o que ela pretendia fazer de qualquer maneira.

O ideal burguês de trabalho, como sua contrapartida marital, foi a representação de uma posição intermediária. Era necessário trabalhar para ganhar dinheiro, mas o trabalho poderia ser prazeroso - assim como o casamento não poderia fugir aos encargos normalmente associados à criação de filhos - e ainda assim ele não estaria desprovido de alguns dos prazeres de um relacionamento amoroso e de uma obsessão sexual.

A visão romanceada

A visão burguesa do casamento gerou uma série de comportamentos tabu que anteriormente haviam sido tolerados ou ao menos não haviam sido vistos como a causa da destruição de si mesmo ou de uma família - uma mera tórrida amizade com a esposa ou esposo de alguém, um fracasso sexual, adultério ou impotência. A ideia de que uma família poderia ser destruída porque alguém havia feito sexo com outra pessoa seria tão ridícula para um libertino como seria para um burguês a ideia de que ele poderia se casar com alguém que ele não adorava passionalmente.

O progresso da burguesia romântica pode ser traçado na ficção. Os romances de Jane Austen ainda soam modernos porque as aspirações que seus personagens espelham - e ajudaram a moldar - as aspirações mantidas por nós. Assim como Elizabeth Bennett em Orgulho e Preconceito ou Fanny Price, em Mansfield Park, nós também ansiamos em reconciliar nosso desejo em ter uma família segura com sentimentos sinceros por nossos parceiros.


Libertinos prezavam o prazer de desabotoar um corpete
Mas a história do romance também aponta para ideais sombrios do ideal romântico. Os dois maiores romances da Europa do século 19, Madame Bovary e Anna Karenina, nos confrontam com mulheres que, como era típico em suas épocas e em suas posições sociais, almejam uma série de qualidades em seus parceiros. Elas querem que eles sejam maridos, trovadores e libertinos.

Mas tanto no caso de Emma como no de Anna, a vida só lhes oferece o primeiro entre os três. Elas ficam aprisionadas em um casamento economicamente seguro e sem amor, que em eras passadas poderia ser a causa de inveja e celebração - e que agora parece intolerável. Ao mesmo tempo, elas habitam um mundo burguês que não pode permitir suas tentativas de manter relacionamentos amorosos fora do casamento. Seus suicídios ao final ilustram a natureza irreconciliável do novo modelo de amor.

O ideal burguês claramente não é uma ilusão. Existem é claro casamentos que fundem perfeitamente bem os três ideias de ouro da realização - romântico, erótico e familiar.

Nós não podemos dizer, como os cínicos por vezes tentaram, que o casamento feliz é um mito. É infinitamente mais aflitivo que isso. É uma possibilidade - apenas uma possibilidade rara. Não há uma razão metafísica pela qual o casamento não vá honrar nossas expectativas - mas as possibilidades estão contra nós.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110802_casamento_botton_bg.shtml

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Como renovar o seu casamento

Como renovar o seu casamento

Relação duradoura sem desgaste não existe. A vida a dois exige imaginação e renovação diária. Três mulheres revelam como refizeram o casamento depois daquele momento em que parecia que tudo iria acabar

Claudia Ramos

Renovar, investir, acreditar. Quem vive uma relação a dois sabe quanto essas palavras são fundamentais no dia a dia. A vida muda e o natural seria que o casamento seguisse o mesmo processo. Mas, de modo geral, as transformações só ocorrem sob a pressão de uma crise. “Toda relação afetiva passa por conflitos, uns maiores, outros menores. O jeito de encará-los define se haverá uma separação ou uma reinvenção”, diz a terapeuta de casais e palestrante Maria Luiza Cruvinel, de São Paulo. É verdade que o amor é o fiel da balança – quando existe um sentimento mais profundo, o casal se vê estimulado a renovar a união. No entanto, muitos se divorciam sem avaliar os próprios sentimentos. “A maioria prefere a separação porque não suporta a angústia da indefinição – aquele período difícil em que a crise foi deflagrada, mas ainda não se vislumbra a solução. Nessa hora, o afastamento imediato traz uma falsa sensação de melhora”, afirma Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade.

Para reinventar um casamento, é preciso se abrir para as adaptações e concessões. E preparar-se para encarar tanto os benefícios quanto os riscos embutidos no processo de mudança. “Viver junto é um aprendizado desde que você reconheça as próprias limitações e compreenda as do outro”, define Maria Luiza. Para Rodrigues Jr., os relacionamentos nascem de um contrato baseado na interação inicial da dupla. “É quando são colocados os limites, o que cada um suporta e de que necessita. A questão é que, na maioria das vezes, não há diálogos reais. Cada um tenta convencer o outro a satisfazer suas demandas”, alerta o especialista. “Então, quando surge um problema sério, o mais comum é acusar, jogar a responsabilidade e aguardar que o par se sinta culpado.” Ou seja, a expectativa é que o outro mude e nunca você.

Aprender a lidar com frustrações e transformações demora mesmo. Exige uma boa dose de maturidade dos parceiros e, às vezes, terapia pessoal ou de casal. Até para aceitar o fato de que a paixão não é eterna. “O casal pode ter a consciência de que não está mais apaixonado e de que enfrenta problemas, mas prefere resolvê-los e seguir juntos porque os aspectos positivos dessa relação são superiores aos negativos”, diz Maria Luiza. Segundo ela, quem parte para a renovação de uma antiga relação são os que ainda se amam, tornaram-se amigos, têm filhos ou projetos em comum. Seja como for, os motivos da crise e o modo como cada um vai reinventar a vida amorosa é sempre particular, como se pode notar nos depoimentos desta reportagem.

VEJA NESTA REPORTAGEM
Como renovar o seu casamento
Casas separadas
Vencendo a mágoa
Laços refeitos
Casas separadas


Patricia Norbin Pereira, 46 anos, pedagoga e empresária, casada há 16 anos com Gilberto Pereira Filho, 54 anos, engenheiro civil. O casal é de São Paulo

Depois de tanto tempo de casamento, eu ainda estremeço quando ele me pergunta: “Hoje você vai dormir aqui?” Sei que naquela noite vamos tomar um vinhozinho e caprichar na sedução. Temos ainda nosso dia sagrado, a quarta- feira, quando saímos para explorar a cidade e novos lugares. Desde cedo já fico na expectativa. Nem sempre foi assim. A decisão de morarmos em casas separadas nos trouxe mais leveza, mas foi o modo que encontrei para contornar uma crise. Tenho dois filhos do primeiro casamento, e a relação do Gilberto com o meu mais velho era ruim. Apesar de saber que meu marido sempre foi bem-intencionado, eu não concordava com a forma dura como ele educava. Isso provocava muitas discussões. Moramos dez anos na mesma casa, e nossa relação se desgastava por causa desses conflitos. Depois de uma briga mais séria, pelo motivo de sempre, quase nos separamos. Eu me via sem saída, como se tivesse de escolher entre meu filho e meu marido. Foi quando pensamos em casas separadas. Nós dois sofremos, cheios de dúvidas sobre se daria certo. Ele sentia que estava perdendo um pouco de mim. Procurei, então, mostrar como seria bacana voltar a ter uma vida de namorados. Usei a tática da meiguice, pois o Gilberto detesta ser intimado. Fui com meus filhos para um flat até amadurecer a ideia. Logo depois, compramos outro apartamento. Há seis anos, moramos perto. Eu almoço com meus filhos e janto com meu marido. Para dormir, revezamos. Tem seu lado cansativo, pois são duas empregadas, dois supermercados... Mas, cá para nós, a novidade apimentou o sexo. Aliás, eu não relaxo nesse quesito. Faço ginástica e invisto em lingeries provocantes. Nossa relação ganhou em qualidade. Gilberto continua me ajudando a cuidar dos meninos. A diferença é que agora ele não está na linha de frente como antes. As brigas acabaram. Ficamos com o melhor. Nosso casamento é um exercício diário de amor.
Vencendo a mágoa
Perdoar uma traição do marido não é fácil, mas o pior foi conviver com a mágoa. Eu já estava com o Fernando fazia muitos anos quando, em 2000, ele me contou da amante, poucos dias depois de saber da minha segunda gravidez. Tentei ser racional e esperar a empolgação terminar. Após dois meses, percebi que Fernando continuava perdido e dei um basta. Deixei Uberlândia, no interior de Minas Gerais, onde morávamos, e voltei para o Rio, cidade da minha família. Ele chorou na despedida. Nossa separação durou pouco. Dois dias depois, ele viajou para nos ver. Tinha terminado o caso e me pediu para voltar. Concordei, pois queria muito que minhas filhas pudessem conviver com ele. No entanto, eu ainda não o tinha perdoado nessa época. Quando a caçula completou 1 ano, pensei em me separar. Só que, a essa altura, Fernando era um paizão e um marido carinhoso. Ele havia mudado, eu é que ainda jogava a traição na cara dele. Em 2006, tive um câncer de mama. Depois de uma mastectomia radical, engordei e perdi todo o cabelo e os pelos do corpo por causa da quimioterapia. Fernando foi maravilhoso. Parecíamos namorados, sempre juntos, no maior carinho. Percebi ali o tamanho do nosso amor. No ano passado, descobri uma metástase no pulmão. Mais do que nunca, senti que tinha de deixar as tristezas para trás e seguir em frente. Precisei ficar mal para dar importância ao meu relacionamento e a mim mesma. Hoje, estou curada e ótima, segundo os médicos. Emagreci e passei a me cuidar. Fiz terapia individual e também de casal por dois anos. Aprendi a ouvir meu marido e a expressar o que me desagrada. Sei que posso viver bem sem o Fernando, mas vivo muito melhor com ele. Preferia ter feito meus aprendizados sem ter que conhecer a dor da traição, mas hoje só penso no presente. Nós dois cuidamos do casamento. Gostamos de tirar férias a sós, e eu também melhorei na parte sexual. Me envolvo mais, ando mais safada. Até quando não estou com tanta vontade, eu topo porque sei que vou gostar depois, a frequência aumentou. No dia a dia, cuido das pequenas coisas. Eu me arrumo, faço uma mesa bonita para jantarmos em casa. Não é preciso motivo especial, o que importa é trazer alegria para a relação.
Laços refeitos

Divanir Marquezi, fonoaudióloga, 51 anos, casada há 27 anos com Claudio Odri, empresário e jornalista, 52 anos. Moram em São

Casamos em 1983, completamente apaixonados. Em 1988, nasceram nossos filhos, um casal de gêmeos. Parei de trabalhar uns tempos para cuidar das crianças. Em 1990, meu pai morreu e eu me apeguei muito a minha mãe. Com tudo isso, meu papel de mulher ficou em último plano. Claudio trabalhava demais nessa época, e eu andava ocupada com a família. Às vezes, ele chegava tarde e eu já estava dormindo. Resultado: paramos de namorar. Ele reclamou, mas eu não me dei conta da gravidade da situação. Por isso, quando Claudio disse que não dava mais, foi um choque. Nós nos separamos em 1993 e, por três longos meses, morei com minha mãe. Chegamos até a consultar um advogado. O período difícil me obrigou a refletir. E, como tínhamos que nos encontrar para tomar decisões sobre o divórcio, voltamos a conversar. Aí ficou claro que nossa história não tinha terminado: nós nos amávamos demais. Às vezes, os preparativos da separação terminavam na cama. Depois de muitas ponderações, resolvemos voltar, mas o recomeço foi estranho. Eu pisava em ovos, sem saber bem o que fazer. Queríamos retomar nossa intimidade, só que filhos pequenos exigem atenção integral. Nesse momento, a família toda ajudou. Tios e avós se mobilizaram para ficar com as crianças – assim conseguíamos fugir para um cineminha, um motel, pequenas viagens. A crise nos ensinou a cuidar mais da nossa história. Até hoje somos muito carinhosos um com o outro e não deixamos o sexo esfriar. O tempo traz não só desgastes mas também vantagens: nós conhecemos bem as fantasias um do outro. Além disso, mantemos nossa independência, com programas e amigos diferentes, respeitando o espaço de cada um. Uma lição fundamental: nunca deixar os problemas se acumularem. Um casal precisa se renovar todos os dias. E isso você só faz quando sabe que, apesar de todas as dificuldades, vale a pena estar junto dele.

Fotos abertura, Chris Parente/Realização Noris Martinelli/Produção Juliana Monteiro/Cabelo e maquiagem Giuliano Rezende, First/Modelos Claudia Albertotti e Bruno Pacheco, ambos da L’Equipe/Vestido, Emannuelle Junqueira; acessórios, Marco Apollonio; terno, Ricardo Almeida; camisa e gravata, Black Tie/casais, Marta Santos/Produção Mônica Tagliapietra/Cabelo e maquiagem Paulo Renso
http://claudia.abril.com.br/materias/4536/?pagina1&sh=26&cnl=11&sc=

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Metade dos homens terminaria com parceira que ganhasse peso

27/07/2011 - 19h58
Metade dos homens terminaria com parceira que ganhasse peso

Por Chris Michaud

Quase metade dos homens disse que terminariam com uma parceira que ganhasse peso
NOVA YORK, 27 de julho (Reuters Life!) - Os homens se preocupam mais com o tipo de corpo de sua parceira do que as mulheres com o corpo de seu parceiro, mas também parecem valorizar mais a vida familiar, revelou uma pesquisa divulgada na terça-feira.

Quase metade dos homens entrevistados na pesquisa, conduzida com 70 mil pessoas, disse que terminariam com uma parceira que ganhasse peso, contra apenas 20 por cento das mulheres que fariam o mesmo.

Dois terços dos homens disseram já ter tido fantasias com as amigas de suas parceiras. Apenas um terço das mulheres já fez o mesmo.

"Ao mesmo tempo em que os homens ficam mais à vontade em encontrar suas namoradas online e menos ansiosos por saber com quem ela está fazendo amizade online, seus outros comportamentos românticos mostraram ser atemporais: para eles, o cavalheirismo não morreu, o tamanho do corpo tem importância e as mulheres perdoam, enquanto os homens esquecem", disse James Bassil, editor-chefe da AskMen, que fez a pesquisa em conjunto com a Cosmopolitan.com.

Embora apenas 18 por cento das mulheres disseram que gostariam que seu parceiro fosse mais bem dotado, mais de 51 por cento dos homens entrevistados revelam que gostariam de sê-lo.

Mas a pesquisa também revelou que 39 por cento dos homens apontam a família como sua primeira opção em matéria de símbolo máximo de status. Já entre as mulheres, 43 por cento citaram uma casa bonita, contra apenas 6,5 por cento dos homens. Um quarto das mulheres citou um parceiro bem sucedido como seu símbolo máximo de status.

Mas os homens demonstraram mais tendência a mentir sobre o número de parceiras sexuais que já tiveram (50 por cento) que as mulheres (35 por cento).

Uma coisa sobre a qual homens e mulheres se mostraram de acordo foi a pílula anticoncepcional masculina, ainda não desenvolvida mas que mostrou ser popular entre todos.

Mais de metade das mulheres gostaria que seu parceiro a tomasse e mais de dois terços dos homens disseram estar dispostos a aderir à contracepção masculina.

Homens e mulheres divergiram quanto a pagar a conta em seus encontros, pelo menos na fase inicial de um relacionamento.

Mais mulheres -- 38 por cento -- acham que devem pagar por suas próprias despesas, contra 33 por cento para quem é o homem quem deve pagar a conta. Mas 59 por cento dos homens acham que devem pagar a conta, pelo menos enquanto o relacionamento não estiver consolidado.

Quase 80 por cento dos homens disseram sentir-se prejudicados nos processos de divórcio. Porém mais mulheres acham que os dois sexos recebem tratamento igual do que o número de mulheres que concordam que os homens são prejudicados.

As mulheres se mostram muito menos à vontade com a ideia de seus parceiros continuarem a manter contato com sua ex. Mais de dois terços dos homens não se importam se sua parceira é amiga do ex dela no Facebook, contra 38 por cento das mulheres.

Mas três quartos dos homens entrevistados disseram que, para eles, enviar mensagens de texto de teor sexual equivale a trair.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/reuters/2011/07/27/metade-dos-homens-terminaria-com-parceira-que-ganhasse-peso.jhtm

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O casamento acabou. Viva a amizade!

O casamento acabou. Viva a amizade!
Leia o depoimento de um ex-marido que mantém laços estreitos de amizade com as ex-mulheres. Será possível deixar de lado a frustração pelo casamento que não deu certo e transformar o vínculo amoroso em amizade?

Depoimento escrito por Miguel Soares.

Um casamento que deu certo não é só o que dura para sempre, mas também o que acaba e vira amizade. Ou acaba virando.

Tive três casamentos e meio. Todas as minhas ex-mulheres viraram minhas amigas. Inclusive aquela do “meio” casamento.

Chamo-o assim pela curta duração e pelo fato de não ter tido todos os ingredientes que caracterizam um casamento. Mas, o casamento é que foi pela metade, ela era inteira.

Pensando bem, se poderia também chamar de meio o atual, pois ainda não acabou e – madeira! – espero que nunca acabe.

O mais interessante não é terem se tornado minhas amigas, mas terem se tornado amigas entre si. Numa foto que guardo como um troféu, lá estou eu, feito um paxá, abraçado com três belas mulheres, em pleno exercício da “poligamia da amizade” ou de uma coisa ainda sem nome, a ser inventado. “Polifilia” é um horror. Mas, é por aí.

Naquela foto só falta uma, a do “meio” casamento, a única que mora em outra cidade. Mas já combinamos que na sua próxima vinda ao Rio, bateremos a foto completa.

As pessoas sempre estranharam essa situação e eu sempre estranhei que o fizessem. Estranho para mim é duas pessoas que dormiram juntos tantas vezes virarem inimigas pelo simples fato de terem parado de dormir juntas, morar juntas e dividir tarefas.

E o velho carinho? E as necessárias afinidades? E todo um período de suas histórias compartilhado? E as lembranças comuns? E até um certo dialeto que só os dois falam? Jogar esse patrimônio fora? Tô fora. Tudo bem, confesso que me excedi quando aceitei o convite da primeira ex e do marido dela, para juntos os três fazermos uma viagem de duas semanas ao exterior e – acreditem! – dividirmos um quarto de hotel, para ficar mais em conta.

O marido, a essa altura, já era um companheiro meu de cerveja e papos amenos. Apesar dos meus alertas de “isso-não-vai-dar-certo” , eles insistiam e eu, confesso, aceitei. Não deu certo. As razões não têm nada a ver com fato de dividir um quarto com a ex-mulher e o marido dela, mas com o próprio fato de dividir um quarto com alguém que não a sua mulher. Nem com pais e irmãos costuma dar certo.

Perdi alguns prazeres da viagem e o amigo. Isso prejudicou a relação com a primeira ex, mas não a ponto de ela deixar de ser ainda uma candidata forte para madrinha do meu filho de 10 anos, do terceiro e atual . (O segundo e o segundo e meio não renderam filhos).

A filha de 22 também é pagã e um dia cogitamos em fazer uma grande festa de batizado dos dois. Tirando o pequeno arranhão da tal viagem, continuamos amigos quase íntimos, eu e minha mulher, de todas as três.

A experiência me autoriza a dar vários conselhos para quem quer ficar amigo da ex-mulher ou do ex-marido. Mas fico em um só: o de ter cuidado com a reprodução involuntária de maus-hábitos do tempo do casamento. Amigos sim, mas não tão íntimos. Como disse Jânio Quadros para uma jornalista que o tratou por você: "Sra. jornalista, a intimidade gera filhos e aborrecimentos. E eu não quero ter nenhuma das duas coisas com a senhora!"

Filhos já tenho e tê-los tido foi uma dessas coisas que dão sentido à vida. Aborrecimentos, no momento estou dispensando. Viva o amor e viva amizade.
http://www.vaidarcerto.com.br/site/artigo.php?id=107

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ele não quer casar - vale a pena insistir na relação?

Ele não quer casar - vale a pena insistir na relação?
Qui, 14/07/2011 - 05h00 - Amor e Sexo
São poucas as pessoas que iniciam um relacionamento sem pensar no futuro, sem acreditar que depois de muito investimento ele pode terminar no altar. Mas e quando o parceiro deixa bem claro que não tem a menor vontade de trocar alianças, é aconselhável investir na relação?
Segundo a consultora de relacionamentos Cláudya Toledo, dona da agência A2 Encontros e conhecida como o maior cupido do Brasil, não é comum o homem falar que quer casar.

"Normalmente, quando a mulher é atraente o suficiente, passa confiança e é amorosa, o homem acaba querendo se casar com ela, ‘prendê-la’ para sempre", afirma. "Essas parceiras costumam ter um ‘mundo’ diferente, cheio de hábitos criativos. E como só se ama o que se admira, os rapazes passam a ter uma atração alucinada por esses perfis de mulheres", explica.

Cláudya garante que quando o homem vem com a desculpinha de que não está preparado, não é porque não quer casar, mas sim porque não quer se casar com determinada pessoa. "Aqui mesmo na agência eu vejo um monte de mulheres que saem com um cara e chegam aqui reclamando que ele não quer nada sério. Então quer dizer que ele se cadastrou aqui e não quer casar? Não é isso, ele não gostou foi das moças, mas nem sempre elas percebem isso", diz.

Se o homem não encontrar numa mulher ingredientes como atração, confiança, amor (nascido a partir da admiração) e um modo diferente de vida, a consultora garante que ele não vai se casar. "Sabe quando o rapaz começa a namorar e muda alimentação, para de beber, passa a se cuidar mais? Então, ele não vai querer perder a mulher que lhe apresenta um mundo novo, um modo diferente de vida", afirma.

Diferente do que se pensa, a independência feminina não assusta os homens. Na realidade, o medo de casar e de não dar certo acomete os dois sexos. E a nova posição da mulher, pelo menos para os pretendentes das classes A e B, é ótima, uma vez que eles não precisam se preocupar mais em sustentar as parceiras. "O que mudou com o tempo é que agora a oferta de mulheres está bem maior. Só que mesmo assim, os homens não se cansaram de procurar alguém que passe confiança e que combine com eles", ressalta Cláudya.

A consultora discorda quando se diz que as mulheres são capazes de fazer a cabeça de um homem que não pensa em trocar alianças. Para ela, o parceiro vai mudar de opinião a partir de uma vivência, de um relacionamento que cresce com o tempo. É o tipo de envolvimento que mistura a loucura da paixão com a confiança do amor. "Esse acontecimento muda a vida de alguém, esse encaixe cósmico que começa no corpo e termina na alma é que faz a pessoa se transformar. É algo divino, é o big ben entre duas pessoas".

Cláudya também deixa um conselho: as mulheres que se tornaram "homens" só vão afugentar os pretendentes. "Elas são fortes, poderosas e ganham muito dinheiro. Mas se não deixarem em evidência seus ingredientes femininos - atração, meiguice, acolhimento, receptividade e cuidados com a beleza - não vão atrair o sexo oposto". Fica a dica!

Por Juliana Falcão (MBPress)
http://vilamulher.terra.com.br/ele-nao-quer-casar-vale-a-pena-insistir-na-relacao-3-1-30-921.html

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Dez perguntas respondidas sobre o sexo no casamento

14.07.11 | 22h00
Dez perguntas respondidas sobre o sexo no casamento
Quantas vezes por mês é normal fazer sexo?
IG

A rotina, os problemas, a intimidade, os filhos. Tudo isso pode atrapalhar a vida sexual dos casais. A convite do Delas, a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), a psicoterapeuta Marilandes Ribeiro Braga, membro do CEPCoS - (Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade) e a terapeuta sexual Luciane Secco respondem perguntas de leitores sobre sexo no casamento.

1. É normal fazer sexo só uma vez por mês? Quantas vezes por mês um casal normal faz sexo?
Essa história de “normal” é muito relativa. O que é normal para uma pessoa pode não ser para outra. Algumas pessoas praticam sexo uma vez por mês com muita qualidade e se sentem completamente satisfeitas. Outras fazem todos os dias, mas é como se fosse uma academia de ginástica, aquela obrigação que precisa ser cumprida, sem qualidade alguma. A frequência é determinada por cada casal e ela pode variar de acordo com o momento de vida. Estresse no trabalho e dificuldade financeira, por exemplo, costumam diminuir a quantidade de relações. O que os casais devem se perguntar é se estão satisfeitos, e não se estão fazendo sexo quantas vezes deveriam.2. Enquanto namorada, minha mulher adorava sexo. Agora, casada, não quer mais saber de nada. Meus amigos também reclamam. Isso é comum entre as mulheres?
Antes de acusar a esposa de não ter mais libido, os homens deveriam comparar o que eles faziam enquanto estavam solteiros e o que fazem agora. Algumas mudanças de comportamento do parceiro podem alterar o desejo de qualquer mulher. Necessariamente a culpa não é só da mulher, mas sim do casal. É preciso avaliar a vida sentimental e sexual da dupla, pensar nas mudanças que ocorreram após o casamento e retomar o romantismo, as surpresas e o namoro.3. Nós temos uma vida sexual ativa, mas meu marido ainda se masturba na minha ausência. Por quê?
Cada pessoa tem um ritmo sexual próprio. É normal que, em alguns casos, o homem deseje fazer mais sexo que a mulher – e resolva essa necessidade se masturbando. Ou pode ser simplesmente um prazer solitário que ele quer manter. A melhor estratégia é aceitar a masturbação como parte integrante da vida sexual dele e participar disso. Quem sabe você não passa a se interessar também pela masturbação?4. Meu marido costuma acessar sites de sacanagem, mas não admite nunca quando eu pergunto sobre isso. Por qual motivo os homens têm esse costume?
Obviamente eles acessam sites de pornografia em busca de novidades excitantes. As mulheres não fazem o mesmo porque não foram educadas para isso. A sexualidade feminina é reprimida desde criança, já a masculina é estimula, os homens são “programados” para vivenciar o sexo desde cedo. Mas se isso realmente te incomoda, tente embelecer um diálogo com ele para que vocês possam melhorar a intimidade e encontrar, juntos, uma saída.. Depois que meu filho nasceu, o tesão entre meu marido e eu diminuiu. Não sei mais como resgatar o sexo no casamento e tenho um pouco de preguiça de falar sobre isso, confesso. Por onde eu começo?
Você precisa falar sobre sexo com ele, só assim poderá resgatar um papel tão importante na sua vida, que é o de amante. Para muitas mulheres que viram mãe o sexo passa a ter menor importância no dia a dia, mas sem isso seu casamento não estará completo e, mais cedo ou mais tarde, você também vai perceber que não está completa. Tem que se esforçar lançando mão de fantasias, novas propostas, acrescentando energia na sua vida como mulher – e não só como mãe. 6. Diminuição na frequência sexual pode ser indício de traição?
Não necessariamente. O mais provável é que a diminuição de relações reflita estresse, descontentamento conjugal, patologia física ou depressão. Quem trai geralmente não deixa de ter relações com o parceiro, até porque quanto mais sexo se faz, mais vontade de fazer sexo se tem. As pessoas costumam deixar de fazer sexo com o cônjuge por traição quando se apaixonam por outra pessoa, mas mesmo assim não é certo e matemático.7. Meu marido não quer mais transar comigo e diz que é “a idade”. Mas nós temos cinquenta e poucos anos. Será que isso é só uma desculpa ou o desejo do homem sofre queda com o tempo?
Os homens podem apresentar queda do desejo sexual nessa faixa de idade porque sofrem alteração hormonal. É necessário buscar ajuda médica para investigar se existe algum problema nesse sentido – se for necessário é possível fazer reposição hormonal. Descartada essa possibilidade, deve-se descobrir o que está acontecendo com o psicológico dele e a vida conjugal do casal para que o desejo tenha diminuído. Salvo os problemas físicos, a vontade de fazer sexo é muito pessoal. Tem homens de 50 anos que relatam ter mais desejo sexual hoje do que quando tinham 20 anos. E homens de 20 anos com pouco desejo.8. Meu filho está com três anos e fico muito preocupada de ele ouvir ou ver eu e meu marido fazendo sexo. O que faço se isso acontecer? Devemos ser cuidadosos?
É preciso ter bastante cuidado. Em primeiro lugar, a criança não pode dormir no quarto dos pais, desde bebê ela deve ter seu próprio quarto. Deixe a porta do quarto de vocês trancada ao praticar sexo. Caso a criança precise de ajuda ou tenha algum problema, ela vai chamar. Por último, se por algum contratempo o pequeno vir ou ouvir algo, explique de forma bem simplista que papai e mamãe estavam namorando, mas não dê muita importância para isso, pois nessa idade não é possível entender muita coisa. E o mais importante: não fiquem neuróticos.9. Confesso que depois de um tempo de casada ando preferindo dormir cedo a fazer sexo. O que faço pra deixar a preguiça de lado?
Mais do que preguiça, isso é falta de motivação. Muito provavelmente a parceria não está sendo tão interessante. É preciso conversar de forma franca e objetiva e detectar os pontos que não estão dando certo na relação. Só então vocês poderão propor saídas e transformar o que não está bom. Livros, filmes e contos eróticos podem dar uma injeção de motivação no relacionamento. Proponha também atividades prazerosas e que não necessariamente tenham relação com sexo, como sair pra jantar, ir ao cinema ou teatro.10. No começo do casamento meu marido me respeitava mais, nunca olhava para o lado. Mas hoje ele nem disfarça o olhar quando passa uma mulher bonita. Será que isso é sinal de que ele perdeu totalmente o respeito e pode estar me traindo?
Não sei se é indício de traição, mas que ele perdeu o respeito há muito tempo, perdeu. E a única pessoa que pode recuperar esse respeito é você mesma. O fato é que existe alguma coisa bastante errada com o relacionamento e você não pode e nem deve ficar quieta, guardando a mágoa. Provavelmente ele não aceitaria que você ficasse olhando para outros homens, então que tal fazê-lo provar de seu próprio veneno para ver se ele entende?
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=3&idnot=57047

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Afrodisíacos e criatividade não revertem falta de desejo no casamento, diz sexóloga

Afrodisíacos e criatividade não revertem falta de desejo no casamento, diz sexóloga
21 de agosto de 2009 • 09h08

Segundo sexóloga, intimidade excessiva e rotina são os principais vilões da libido
Patricia Zwipp

Ouvir que o casal perdeu o desejo sexual, principalmente em relacionamentos longos, tornou-se algo comum. Nesses casos, os conselhos costumam não passar de "invista na criatividade para uma noite diferente" ou "apele para alguns alimentos afrodisíacos". Mas o resultado normalmente não é o esperado.

» Conheça 14 alimentos e bebidas que podem aumentar a libido
» Carne de coruja e pó de cérebro humano já foram usados para atrair o parceiro
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De acordo com a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, autora de O Livro de Ouro do Sexo, a solução do problema não é tão simples assim. "Quem fala para ser criativo não sabe o que é a situação. Quem vive o fato de não sentir tesão sabe que não adianta inventar nada. Criatividade existe quando há muito tesão."

A especialista declara que é raro alguém sofrer da disfunção chamada de inibição do desejo, já que a maior parte da perda da libido está relacionada apenas ao parceiro atual e não aos outros. Além da intimidade excessiva e da rotina, apontada como principal vilão a exigência de exclusividade. "Só porque está casado tem de transar com essa pessoa a vida toda? Não deve ser feito um pacto desse. Mal estabelece o namoro e já começa a regra de não desejar outro. É por isso que 90% dos casamentos são muito ruins. As pessoas transam com outras porque é bom variar e todo mundo gosta, e não porque não ama o parceiro."

A relação que estabelece entre tesão e exclusividade é que o primeiro depende de um mínimo de insegurança e conquista. Quando se sabe que o marido, por exemplo, é dependente emocionalmente de você e não há o jogo constante de conquista, acaba se transformando em um irmão, afastando o desejo.

A dica da sexóloga é rever o modelo de casamento. "O importante é sentir-se amado, desejado e a relação favorecer seu desenvolvimento. Mas todo mundo quer saber se o outro transou ou não com mais alguém, e isso passa a ser o mais importante, prejudicando a união." Na prática, pode não ser tão simples assim. Disposto a tentar?
http://mulher.terra.com.br/noticias/0,,OI3932322-EI1377,00-Afrodisiacos+e+criatividade+nao+revertem+falta+de+desejo+no+casamento+diz+sexologa.html

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Justiça converte união de mulheres em casamento

13/07/2011

Justiça converte união de mulheres em casamento

MP-SP se manifestou contrariamente ao pedido

O juízo da Comarca de São Bernardo do Campo homologou a conversão de união estável em casamento entre duas mulheres, no último dia 7. Segundo informa a assessoria de imprensa do TJ-SP, essa é a segunda vez que ocorre a conversão de união estável em casamento homoafetivo no Estado de São Paulo e a primeira relacionada à união de pessoas do sexo feminino.

As requerentes protocolaram a solicitação em que afirmavam viver em união estável há sete anos. O Ministério Público se manifestou contrariamente ao pedido.

O pedido foi instruído com escritura pública de união estável, lavrada em 20/6 perante o 1º Tabelião de Notas de São Bernardo do Campo, onde declararam viver em união estável desde julho de 2003.

Segundo a justiça, ”...verifica-se que um dos efeitos e consequências da união estável entre pessoas de sexos distintos é precisamente a possibilidade de conversão em casamento. Nesse sentir, anoto que a própria Constituição Federal determina que a lei deverá facilitar a conversão da união estável em casamento”.

A decisão afirma que o artigo 1.514 do Código Civil expressamente prevê que “o casamento se realizará no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vinculo conjugal”, mas que a própria Constituição não faz tal exigência. “Por derradeiro, repita-se que o comando emanado pelo E. Supremo Federal é claro: à união estável entre as pessoas do mesmo sexo devem ser aplicadas as mesmas regras e consequencias da união estável heteroafetiva.”

Por vontade das partes elas continuarão a utilizar os seus nomes de solteira. O regime é de comunhão parcial de bens.
http://blogdofred.folha.blog.uol.com.br/arch2011-07-01_2011-07-31.html#2011_07-13_14_20_22-126390611-0

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Brigas e sexo sem vontade são bons para o casamento

Brigas e sexo sem vontade são bons para o casamento
Livro “Felizes para Sempre” traz novidades sobre relacionamentos. Especialistas falam ao Delas sobre as mais polêmicas

Ricardo Donisete, especial para o iG São Paulo | 18/05/2011 11:11A+A-
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Livro dá fórmulas para felicidade no casamento
Depois do “sim” no altar e da lua-de-mel entram em cena os sabotadores. As diferenças de temperamentos, as contas no fim do mês e as divisões de tarefas domésticas tendem a desandar o tempero do casamento. Mas como evitar que tudo fique salgado ou amargo demais? Com ciência. Pelo menos, é o que promete o livro “Felizes Para Sempre – A Ciência Para Um Casamento Perfeito!”, lançado no final de 2010 no Brasil pela editora Universo dos Livros e que ainda figura nas prateleiras de destaque das livrarias.

Nele, a autora Tara Parker-Pope, jornalista especializada em bem-estar e dona de uma das colunas mais populares do New York Times, apresenta as mais novas conclusões da psicologia, neurociência e biologia sobre relacionamentos. Polêmica, a obra mostra, por exemplo, que brigas e sexo sem vontade podem sim fazer bem para o casamento.

Brigar é bom, mas tem que brigar direito
Um das questões mais surpreendentes da obra é a desmistificação do senso comum de que as brigas são sempre ruins para o casal. Pelo contrário, os pesquisadores de relacionamentos da universidade americana de Berkeley, Philip e Carolyn Cowan, defendem no livro a ideia oposta: os conflitos devem ser mais tolerados nas relações e até é preciso separar algum tempo para discordar do outro. Essa informação surpreendeu a autora. “Passei meu casamento inteiro tentando evitar o conflito”, confessou Tara, divorciada.

Os pesquisadores não defendem que os casais vivam em pé de guerra, mas que utilizem o conflito para desfazer os problemas que, se não forem resolvidos, certamente voltarão em médio ou longo prazo. “Quando eu discuto algo que não vai bem, eu informo ao outro sobre o que está me incomodando, podendo assim buscar um solução em conjunto”, afirma a psicóloga Margarete Volpi, que escreveu o prefácio da edição brasileira do livro e também estuda relacionamentos.

FAÇA O TESTE:
Qual erro você comete durante uma briga?
Mas isso não quer dizer que o bate boca indiscriminado está liberado. Há regras a seguir para se ter uma “boa” briga. A primeira coisa que os pesquisados recomendam é evitar o tom acusador das críticas, prefira reivindicar as questões sem agressividade. Nada de cruzar os braços ou revirar os olhos quando o parceiro estiver falando, isso vai indicar desprezo para o outro. Por fim, é importante diminuir a intensidade da discussão caso as coisas caminhem para a emoção exacerbada. Nesse caso, uma pausa é importante para acalmar os ânimos – dê uma volta no quarteirão, por exemplo. Depois retome.

Faça sexo, mesmo sem vontade
Quando o clima está tenso entre o casal, a vida sexual é geralmente uma das primeiras coisas a ser afetada. Mas não é isso que devia acontecer na opinião dos cientistas. Na verdade, eles recomendam que os cônjuges façam sexo mesmo sem estar com vontade. A explicação é que essa relação desencadeia no cérebro a liberação de hormônios vasopressina e ocitocina, que fortalecem os vínculos entre as pessoas.

“Infelizmente, por uma questão cultural, o sexo funciona como uma “moeda de troca” entre os casais. Quando um dos dois está insatisfeito, sinaliza seu desconforto parando de fazer sexo. Mas não devia acontecer dessa forma, porque o sexo ajuda a aliviar a tensão”, explica Margarete.
Mesmo com ideia dos especialistas de que o sexo é capaz resolver questões que uma conversa não pode, é preciso entender que ele não faz milagres. “Conflitos que aparecem devem ser conversados e resolvidos devidamente, e não colocados embaixo do tapete só porque o casal teve um sexo delicioso”, pondera Mariana Vasconcellos, psicóloga e terapeuta de casais.

Matemática do casamento
No livro, os cientistas contam ainda que o casamento possui uma curiosa matemática, que apresenta a seguinte conta: quando um parceiro comete um erro, o outro cônjuge só vai perdoá-lo quando receber, em média, cinco ações positivas – seja do marido ou da mulher. Então, se você, por exemplo, esqueceu uma data importante para o casal, vai ter que fazer muito mais do que comprar um buquê de flores para resolver o problema.

“Quando acontece um erro, o parceiro precisa se esmerar para repará-lo. Além de pedir desculpas, é sempre bom acrescentar mais alguma coisa, como um beijo bem romântico, um abraço mais demorado de corpo inteiro ou uma flor”, opina Mariana.

Há muitas outras teorias reunidas por Tara no livro. Ela também disponibiliza uma série de testes usados em estudos científicos que permitem ao leitor avaliar a saúde do casamento. Mas o traço mais interessante da obra é mesmo a ideia de que os casamentos só são saudáveis quando os casais estão prestando atenção no que está acontecendo na relação, sem fingimentos.
“Felizes para Sempre”
Autora: Tara Parker-Pope
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 368
Preço: R$ 39,90
http://delas.ig.com.br/amoresexo/brigas+e+sexo+sem+vontade+sao+bons+para+o+casamento/n1596962076983.html

O casamento semifeliz e outros tipos de relacionamentos

O casamento semifeliz e outros tipos de relacionamentos
A pesquisadora americana Pamela Haag fala sobre novos modelos de casamento

Julia Reis, iG São Paulo | 27/06/2011 14:33
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"Um dia a parte menos feliz diz: não quero mais”, diz Pamela Haag sobre a dinâmica semifeliz
Foi-se o tempo em que os casamentos estavam em crise ou estavam bem. Hoje é possível dizer que a união está “semifeliz” – um tipo de banho-maria em que um dos lados manifesta dúvidas de tempos em tempos. O relacionamento pode ser também um “casamento dos pais” ou ainda vítima da “síndrome de McMahon”, no qual um dos parceiros evita conflitos de opinião. Todos esses novos conceitos estão no livro “Marriage Confidential”, da pesquisadora Pamela Haag, ainda sem previsão de lançamento no Brasil.

Com base em conversas e pesquisas, Pamela identificou novas dinâmicas que se distanciam dos estereótipos de casais “felizes para sempre” ou que “brigam sem parar”. Em entrevista exclusiva ao iG, a autora explica as suas conclusões e afirma que as uniões estão ficando mais customizadas.

iG: Você explora no livro o conceito de casamento semifeliz. É possível mesmo viver assim ao lado de alguém?
Pamela Haag: É bom ter em mente que semifeliz é melhor que infeliz ou miserável. Esses não são os relacionamentos estragados, mas aqueles acinzentados, em que um dos parceiros está confuso sobre o que fazer. É um casamento com vícios e virtudes, também são calmos e rotineiros. Às vezes um dos lados fica viciado nessa estabilidade e não quer agitar a maré. Essas uniões são mais viáveis quando a pessoa insatisfeita procura as paixões que precisa em outras coisas como trabalho, amigos ou com um hobby. Todos os casamentos passam por altos e baixos. É inevitável. Então é possível que ele passe por fases semifelizes. Mas alguns casamentos estão empacados na semifelicidade.

iG: Como identificar se você está em uma relação semifeliz?
Pamela Haag: Você sabe que está em uma relação semifeliz se em um minuto não se imagina ficando nela e no seguinte não se imagina terminando tudo. Outro sinal é acordar no meio da noite pensando em divórcio, passar muito tempo se preocupando com a relação, racionalizando tudo. É possível que um dos parceiros apresente melancolia e o outro não faça ideia do fato ou do motivo, até que um dia a parte menos feliz diz: “não quero mais”. Pode parecer que isso surgiu do nada, mas a sensação de estranhamento já estava lá. Os relacionamentos semifelizes costumam parecer perfeitos do lado de fora e, quando acabam, os amigos dizem que não imaginavam que isso poderia acontecer.


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iG: Essa parcela de infelicidade teria relação com expectativas muito altas em relação ao casamento?
Pamela Haag: A maioria dos divórcios acontece nos primeiros sete anos de casamento e muitos especialistas dizem que isso ocorre em função de ideais de perfeição, como o “felizes para sempre”. Mas eu não percebo isso, as expectativas não estão altas demais. Nas minhas entrevistas muitos diziam valorizar a base familiar, estabilidade e companheirismo que o casamento traz. Metade das pessoas concordou que o casamento hoje é mais uma relação de amizade do que qualquer outra coisa. Essas não parecem expectativas altas demais pra mim. Na verdade, em tempos que 50% dos americanos acreditam que o casamento está ficando obsoleto, o problema não parece ser as expectativas altas, mas sim as novas opiniões e expectativas baixas demais.


Foto: Divulgação
Autora de "Marriage Confidential", Haag diz que os casamentos se beneficiam de cuidado, atenção e imaginação
iG: Você fala sobre o “casamento dos pais”, quando os cônjuges vivem em função dos filhos. De que forma os filhos mudam o casamento?
Pamela Haag: Os filhos marcam um grande ponto de transição no casamento. Hoje, porém, eles têm um papel paradoxal. De um lado as crianças são menos centrais na relação – há mais casamentos sem filhos e filhos de pais que não estão casados. Por outro lado, quando um casal resolve ter filhos, eles podem rapidamente transformar a união em um “casamento dos pais”, uma relação que é definida pelo volume de tarefas e energia emocional empregados na criação. Os cuidados paternais e maternais hoje são exagerados. Nos Estados Unidos, os pais são superenvolvidos e ansiosos, ao contrario de 50 anos atrás, quando eram um pouco mais indiferentes. Não fica claro se esse estilo atual é válido. Talvez esteja machucando mais o relacionamento do que ajudando aos filhos.

iG: Mulheres e homens estão mudando a postura como pais, mas também como parceiros. Partindo desse novo contexto, qual a principal tendência para relacionamentos no futuro?
Pamela Haag: Acho que os casais agora terão conversas mais esclarecedoras antecipadamente sobre suas expectativas. Assim eles poderão decidir se a monogamia é realmente estrutural para a relação ou se faz sentido apenas para um período do casamento. Segundo a minha pesquisa, 22% das pessoas dizem que um acerto não monogâmico poderia funcionar, mas desde que seja acordado entre os dois.

iG: E depois de tanto pesquisar, você indicaria um segredo para ter um casamento feliz – e não semifeliz?
Pamela Haag: Geralmente Nas minhas conversas percebi que a peculiaridade dos relacionamentos duradouros não é tanto a compatibilidade, mas a capacidade do casal se adaptar e evoluir junto. No futuro também é mais provável que os casais adaptem o casamento aos seus valores do que adequem suas personalidades aos relacionamentos. O casamento está ficando mais customizado para cada casal.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/o+casamento+semifeliz+e+outros+tipos+de+relacionamentos/n1597046810407.html

domingo, 10 de julho de 2011

Igrejas têm cada vez mais exigências para oficializar o 'sim'

10/07/2011 - 13h30
Igrejas têm cada vez mais exigências para oficializar o 'sim'

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Para se casar hoje em uma Igreja Católica, não basta dizer o "sim". Há casos em que é preciso ir a 12 missas ou pagar multa por atraso. Por respeito à religião ou para coibir excessos, padres das igrejas mais procuradas para casamentos criaram restrições na cerimônia.

A Folha consultou 16 paróquias de SP, RJ e MG. Constatou que as normas incluem medidas contra atrasos, decotes e músicas. Ao menos três igrejas exigem dinheiro dos noivos. Caso sejam pontuais, o valor é devolvido.

É o caso do Mosteiro de São Bento, no centro da capital, e, em Ribeirão Preto (SP), da catedral e da paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Há regras também para preservar prédios históricos. "Tivemos decorador que usou pregos nos bancos centenários para fixar arranjos", diz Alessandra Paciullo, cerimonialista do mosteiro.

Na Cruz Torta, no Alto de Pinheiros, o padre Renato Cangianelli proibiu a canção "Also Sprach Zarathustra", do filme "2001: Uma Odisseia no Espaço". "Sempre coloco a música aos noivos e pergunto do que se lembram. Todos dizem: macacos. Isso não condiz com a celebração."

Na Nossa Senhora do Brasil, a cruzada do padre Michelino Roberto é contra os decotes. Para cobrir as mais ousadas, ele tem xales para emprestar. Gabriela Chodravi, 25, que vai casar ali, deu o recado do padre às madrinhas.

O banho de arroz foi vetado em várias igrejas. "Além de superstição, é jogar alimento no chão", disse André de Oliveira, padre do Mosteiro de Nossa Senhora do Divino Espírito Santo, em Claraval (MG). Na Candelária, no Rio, o arroz foi proibido após uma funcionária escorregar e se ferir.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/941570-igrejas-tem-cada-vez-mais-exigencias-para-oficializar-o-sim.shtml

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Homens são mais felizes em casamentos longos

05 JULY 2011

Homens são mais felizes em casamentos longos
SEXUALMENTE, QUANTO MAIS PARCEIRAS, MENOS SATISFAÇÃO.
JAPONESES SÃO OS QUE SE DIZEM MAIS SATISFEITOS NA CAMA.


Homens são mais felizes que mulheres em relacionamentos longos
Apesar do estereótipo de que são as mulheres que preferem relacionamentos longos e estáveis, os homens são quem, na prática, se dizem mais satisfeitos quando estão casados há mais de 20 anos, afirma um estudo feito com casais do Brasil, dos Estados Unidos, da Alemanha, do Japão e da Espanha.
De acordo com a pesquisa, as pequenas demonstrações de carinho, como abraços, também são mais importantes para eles do que para elas.
Um estereótipo permanece, no entanto. Entre os cinco países, os homens latinos, do Brasil e da Espanha, foram os que disseram estarem menos felizes no casamento, em comparação com alemães, americanos e japoneses.
Ainda assim, eles apresentaram taxas maiores de satisfação do que as mulheres dos mesmos países.
O trabalho, feito sob encomenda do Instituto Kinsey de Sexualidade Humana, nos Estados Unidos, entrevistou 207 casais americanos, outros 207 do Japão, 198 do Brasil, outros 198 da Alemanha e 199 da Espanha. O objetivo era comparar a felicidades nos relacionamentos heterossexuais de longo prazo dos homens americanos com os de outros países.
Os entrevistadores procuraram homens entre 40 e 70 anos de idade em relacionamentos estáveis, casados ou morando com uma parceira por um mínimo de um ano.
A idade média dos entrevistados homens foi de 55 anos. As idade das mulheres variou de 25 a 76 anos, com uma média de 52. E 90% dos entrevistados tinham filhos.
SexoSe os homens estão mais felizes no relacionamento, as mulheres estão mais felizes na cama. Segundo a pesquisa, elas se declararam mais satisfeitas sexualmente que eles – principalmente as japonesas e as brasileiras. Entre os homens, os japoneses foram os que reportaram maiores taxas de satisfação sexual.
Curiosamente, os homens que tiveram mais parceiras sexuais ao longo da vida foram os que declararam menor felicidade na cama.
http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com/2011/07/homens-sao-mais-felizes-em-casamentos.html

Como resgatar a sexualidade no casamento

07 JULY 2011

Como resgatar a sexualidade no casamento

Se ambos estão dispostos, algumas dicas podem aprofundar a intimidade

O tempo passou e a vida sexual já não é mais satisfatória? Não desista, porque é possível reverter a situação. De acordo com Victoria Costello, autora do livro The Everything Guide to a Happy Marriage (em tradução livre, O Guia de Tudo para um Casamento Feliz), se ambos estão dispostos, algumas dicas podem aprofundar a intimidade. A especialista listou algumas sugestões no site Your Tango; confira abaixo:
Use a intimidade que acumulou
Em vez de tentar voltar a um estágio anterior, quando tudo era novo e excitante, aprofunde a intimidade que já têm. Dê flores, faça massagens nos pés, elogie.
Comece por você
Se quiser trazer de volta a sexualidade à vida do casal, comece por você. É difícil se sentir sexualmente atraído pelo parceiro se não se sente bem. Trabalhe a autoestima. Uma dica é relaxar. Sente-se ou deite-se no chão, na cama ou na banheira. Preste atenção em cada parte do seu corpo, uma por vez, e dê comandos para que relaxem. Vá da cabeça aos dedos dos pés, levando de 10 a 15 minutos para eliminar a tensão. Vale fazer caminhadas, dançar sua música preferida. Use afirmações positivas, como "sou uma mulher sexy". Tranque a porta, pegue um espelho e use o vibrador. Deixe o quarto mais sensual, com velas e música.
As redescobertas da sua própria vontade se estendem naturalmente para a relação. O objetivo é dar a cada um a oportunidade de conhecer o corpo, a mente e o coração do outro de novo, como se fosse a primeira vez. Um dos desafios da familiaridade conjugal é remover a sensação de que sabe tudo sobre o companheiro.
Desperte a sexualidade do casal
Reviver a sexualidade exige a participação dos dois. Se você é o que pede por uma renovação, fale positivamente. Por exemplo: "gostaria de me esforçar mais para tornar nossa vida sexual melhor". Nem pense em dizer algo deste tipo: "nosso sexo é chato, não aguento mais." Se o parceiro ou responde provisoriamente ou negativamente, tente não reagir. Antes de interpretar a falta de entusiasmo dele como sendo algo relacionado a você e seu corpo, considere se ele está estressado no trabalho, passou por alguma perda recente, está doente, preocupado. Faça com que saiba que está pronta para tentar quando estiver pronto.
Depois de desfrutar algum tempo sensual juntos, você pode querer aproveitar a oportunidade para conversar. Não atribua culpas, mas expresse seu desejo. Enquanto fala, toque nele. Tenha calma! A melhor maneira de começar é pela sensualidade e não sexualidade. Brinquem, beijem, troquem carícias. Visualize o que aconteceria se pudesse voltar ao primeiro encontro e tente recapturar os sentimentos iniciais.
Fuja do que não funciona
Algumas atitudes podem parecer boas apostas, mas só atrapalham. Confira abaixo o que definitivamente não funciona:
1 - Ignorar os problemas. Se eles não forem "tratados", só pioram;
2 - Buscar a felicidade conjugal na ideia de se tornarem grandes amigos sem sexo. É claro que há períodos em que um dos parceiros pode ficar menos interessado em relação sexual (menopausa, desemprego), mas eliminar o ato para sempre pode enfraquecer o relacionamento, a menos que seja uma decisão tomada pelos dois por motivo de doença ou outra razão mutuamente aceitável;
3 - Ter um caso. Pode agravar os sentimentos de abandono ou de desconfiança, que já devem estar presentes se a sexualidade estiver ausente ou pouco presente;
4 - Apenas adicionar um pouco de variedade ou novidade. Comprar lingerie sexy, brinquedos sexuais ou tentar novas posições pode proporcionar diversão e alívio passageiro, mas pode agravar o marasmo sexual a seguir, especialmente se um se sentir pressionado pelo outro
Patricia Zwipp
Vida e Estilo
http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com/2011/07/como-resgatar-sexualidade-no-casamento.html

Homem "machista" segura casamento?

Homem "machista" segura casamento?
Qua, 25/08/2010 - 05h00 -
Uma pesquisa em vias de conclusão, realizada em Nova Jersey, nos Estados Unidos, levantou uma bandeira que muita gente pode torcer o nariz. Segundo Jessica Good e Diana Sanchez, autoras do estudo, homens que consideram a mulher como ser mais fraco são mais cuidadosos justamente porque acham que o sexo frágil precisa da proteção masculina.

Depois de entrevistar mais de 100 homens, elas chegaram à conclusão que os "machistas" investem mais na família, se esforçam para deixar a esposa satisfeita e se empenham mais na relação.

Tudo porque vivem sob o ímpeto de proteger as princesas indefesas. Parece história de conto de fadas, não fosse o fundo de verdade que realmente essa descoberta pode ter. "Meu namorado é desse tipo machista, à moda antiga. Não deixa eu carregar mala ou sacola pesada, mesmo que eu levante mais peso que ele na academia", concorda Patrícia Melo, de 28 anos. Segundo garante ela, o amado não é preconceituoso, mas acha mesmo que as mulheres precisam mesmo de mais cuidado e proteção.

Outra pesquisa, já finalizada pelas duas amigas americanas, talvez explique um pouco essa lógica. No estudo que fizeram, onde entrevistaram 155 estudantes universitários, de 18 a 35 anos, Jessica e Diana descobriram que os homens que se sentem "desvalorizados" dentro do seu grupo são mais compreensivos com as mulheres. Isso acontece porque esse tipo de homem se coloca mais facilmente no lugar da mulher e assim, entende com mais clareza como ela se sente. Seriam os "machistas desvalorizados" e, portanto, mais conscientes da perspectiva do outro na mesma situação.

A explicação de Diana e Jessica é que as pessoas entendem mais e melhor o ponto de vista do outro quando vê similaridades nele do que quando vive uma experiência social completamente diferente. Para ficar mais claro, as mulheres que responderam à pesquisa, por exemplo, comentaram que sentem maiores níveis de simpatia e menor preconceito vindos de gays e lésbicas do que de heterossexuais.

A existência de um estereótipo masculino - forte, frio, arrogante, prepotente, insensível - faz com que muitos homens acreditem que seu gênero não é assim tão bem visto pela sociedade. Aí, esses mesmos se sentem parte de uma "minoria". E como muitos são vistos pela sociedade como nada sensíveis e menos talentosos quando o assunto é gerenciar a relação, eles se sentem desvalorizados.

A intenção das pesquisadoras é mostrar o quanto o conceito de identidade e a maneira como cada um se enxerga pode interferir nas relações amorosas. Vale então ficar de olho nas atitudes do parceiro (e nas suas)!

Por Sabrina Passos (MBPress)
http://vilamulher.terra.com.br/homem-machista-segura-casamento-3-1-30-658.html

terça-feira, 5 de julho de 2011

Juiz federal escreve sobre a união homoafetiva e vê na decisão do STF ´´O Fim da Monogamia``

29.06.2011

Juiz federal escreve sobre a união homoafetiva e vê na decisão do STF ´´O Fim da Monogamia``

O juiz federal Marcos Mairton, da comarca de Quixadá/Ce, conhecido por suas incursões na literatura e na música popular, escreve hoje sobre Direito, com exclusividade para o portal Direitoce. E enfoca a sempre discutida decisão do STF que sobre a união homoafetiva. O título define para o magistrado a sua tese. Trata-se, para ele, na prática, de uma decisão que decreta “O Fim da Monogamia”. Leia aqui, na íntegra:

O fim da monogamia
Marcos Mairton

"Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal tem ocupado lugar de destaque nos noticiários e nas conversas dos brasileiros. Não é para menos. Nossa Corte Suprema tem enfrentado temas novos e complexos, tais como aborto, pesquisas com células tronco, inelegibilidades e tantas outras, envolvendo discussões que facilmente desbordam do jurídico para o político, o moral e o religioso.

Aqui, atenho-me à decisão que reconheceu a validade jurídica da união estável entre pessoas do mesmo sexo, ultimamente chamada com mais frequência de união homoafetiva.

Nesse sentido, registro inicialmente que, embora não seja minha pretensão avaliar se foi acertada ou não a decisão do Supremo Tribunal Federal, quanto ao seu mérito, reconheço que o STF foi extremamente inovador e criativo em relação a essa questão, além do que se posicionou de forma a regularizar um incontável número de situações de fato que precisavam de solução jurídica.

A verdade é que, no mundo dos fatos, as uniões homoafetivas já existiam, mas sobre elas pairava grande insegurança jurídica, o que não faz bem à estabilidade social. O STF fixou o rumo que deve ser tomado em relação ao assunto, favorecendo essa estabilidade.

Dito isto, concentro-me nos efeitos dessa tomada de posição do STF, ou, pelo menos, em um desses efeitos, qual seja, verificar se outros modelos de uniões destinadas à formação de uma família estariam albergados pela decisão do Supremo.

Afinal, até antes de tal decisão, sabia-se que a união estável, assim como o casamento, era resultante de uma relação duradoura entre um homem e uma mulher, com o objetivo de constituir uma família. Agora, fixado esse entendimento inovador do STF, ficou estabelecido que essa relação – duradoura e com o intuito de constituir família – também pode ser entre dois homens ou entre duas mulheres.

Nessa linha de raciocínio, chamou-me a atenção o argumento do Ministro-Relator, Carlos Ayres Britto, no sentido de que “a Constituição Federal não dispõe, por modo expresso, acerca das três clássicas modalidades do concreto emprego do aparelho sexual humano. Não se refere explicitamente à subjetividade das pessoas para optar pelo não-uso puro e simples do seu aparelho genital (absenteísmo sexual ou voto de castidade), para usá-lo solitariamente (onanismo), ou, por fim, para utilizá-lo por modo emparceirado.

Logo, a Constituição entrega o empírico desempenho de tais funções sexuais ao livre arbítrio de cada pessoa, pois o silêncio normativo, aqui, atua como absoluto respeito a algo que, nos animais em geral e nos seres humanos em particular, se define como instintivo ou da própria natureza das coisas. Embutida nesse modo instintivo de ser a “preferência” ou “orientação” de cada qual das pessoas naturais”.

Noutras palavras - não tão belas quanto as do Ministro, mas tentando ser mais simples - a natureza proporcionaria ao ser humano três formas de exercício de sua sexualidade: a abstinência, o sexo solitário e o sexo com a participação de outrem, sendo que a Constituição não aponta quais dessas seriam legalmente aceitas ou repudiadas.

Não ficou dito expressamente no voto se o sexo com a participação de outrem, ali chamado de “emparceirado”, inclui o sexo em grupo, mas este não é um ponto muito relevante nesta análise. O que importa aqui é perceber que, ainda segundo o Ministro-Relator, a Constituição Federal deixa ao arbítrio de cada indivíduo o exercício de qualquer dessa formas de uso da sexualidade, conforme a sua preferência ou orientação.

Isto significaria que, ao dispor pelo reconhecimento da “união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar” (art. 226, § 3º), silenciando em relação às demais possibilidades - tais como uniões somente entre homens ou somente entre mulheres - a Constituição não estaria afastando essas outras possibilidades, mas, ao contrário, respeitando-as.

Um dos fundamentos apresentados pelo Ministro para sustentar esse ponto de vista estaria na obra de um dos maiores teóricos do Direito de todos os tempos, Hans Kelsen, uma vez que esse raciocínio seria já "um modo de atuar mediante o saque da kelseniana norma geral negativa, segundo a qual 'tudo que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido'".

O outro fundamento seria a própria vedação ao preconceito e à discriminação, impostos pela nossa Constituição Federal, a qual relaciona dentre os objetivos fundamentais da República a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º, IV).

Apoiado nesse dispositivo constitucional é que o Ministro-Relator afirma que é explícita a “vedação de tratamento discriminatório ou preconceituoso em razão do sexo dos seres humanos. Tratamento discriminatório ou desigualitário sem causa que, se intentado pelo comum das pessoas ou pelo próprio Estado, passa a colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o bem de todos’”.

Diante desses fundamentos, que conduziram ao reconhecimento jurídico da união estável homoafetiva, penso que são também acolhidas pela Constituição Federal do Brasil as relações poligâmicas. Ou, para usar uma linguagem mais simples: as uniões entre um homem e duas mulheres, ou entre uma mulher e dois homens, ou outras combinações possíveis.

Afinal, se a Constituição veda o tratamento discriminatório em razão do sexo dos seres humanos, aí incluído o uso dado às faculdades sexuais desses mesmos seres humanos, é fácil concluir que não é admitida em nosso sistema jurídico a discriminação contra pessoas que se sentem felizes e realizadas em uma relação entre mais de duas pessoas, como aquela que ocorre no filme “Eu, tu, eles”, cujo enredo, baseado em fatos reais, conta a história da vida conjugal de Darlene com Ozias, Zezinho e Ciro.

O mesmo se diga da aplicação ao caso da máxima kelseniana, segundo a qual “tudo que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Pois, se a Constituição se refere a homem e mulher, sem dizer quantos de cada gênero, é de se concluir, seguindo o raciocínio exposto no multireferido voto do Ministro-Relator, que o silêncio constitucional labora em favor do respeito às relações conjugais multilaterais.

É dizer: se do dispositivo constitucional no qual está escrito “o homem e a mulher”, é possível deduzir que a norma se refere a “um homem e outro homem” e a “uma mulher e outra mulher”, com muito mais facilidade se extrai que também alcança a expressão “homens e mulheres”.

É bem verdade, que há um ponto no qual o Ministro-Relator defende que algumas uniões fundamentadas na sexualidade estariam fora do abrigo constitucional, e dá o critério para isso: "quando a sexualidade de uma pessoa é manejada para negar a sexualidade da outra, como sucede, por exemplo, com essa ignominiosa violência a que o Direito apõe o rótulo de estupro. Ou com o desvario ético-social da pedofilia e do incesto. Ou quando resvalar para a zona legalmente proibida do concubinato".

À primeira vista, o argumento seria capaz de afastar a possibilidade da poligamia, notadamente se considerarmos que uma das formas de concubinato é a relação mantida entre uma pessoa já casada e outra, também casada ou não. Mas, não é bem assim.

Primeiro, é preciso reconhecer que não é possível por o concubinato na mesma prateleira do estupro, do incesto e da pedofilia. No estupro e na pedofilia, há flagrante violação de direitos fundamentais das vítimas e dos menores. No incesto, a própria natureza se encarrega de aumentar as chances de relações consanguíneas gerarem filhos defeituosos. No concubinato viola-se apenas o dever de fidelidade do casamento, violação já nem tão repudiada pela sociedade, tanto que o adultério deixou de ser crime desde 2005, com a entrada em vigor da Lei 11.106.

Mas o verdadeiro motivo pelo qual a exceção apontada no voto não exclui a poligamia, é que esta não se confunde com o concubinato. Na poligamia, cada um dos participantes tem consciência da relação multilateral da qual está participando, não havendo, portanto, quebra de confiança. Sendo a participação consentida, também não se pode falar de supressão de vontade. Trata-se apenas, portanto, de uma das possibilidades de união entre seres humanos, na qual o sexo é um de seus elementos, como o é o casamento monogâmico.

Em vista disso, o que se poderia apontar como justificador da intromissão do Direito, proibindo esse tipo de relação, se não a nossa tradição cultural monogâmica? A resposta é: nada. Não há nada que impeça a união conjugal entre mais de duas pessoas, a não ser a nossa cultura monogâmica.

Tanto é assim que em outros países - e outros grupos sociais mais restritos - a poligamia é aceita. Friedrich Engels, em sua clássica obra “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, chega mesmo a apontar como forma mais antiga e primitiva da família o casamento entre grupos inteiros de homens e mulheres.

O fato é que a família monogâmica é produto cultural da nossa sociedade. Nessa mesma sociedade formou-se a tradição de as uniões conjugais se formarem entre pessoas de sexos opostos, não obstante, isso mudou. E mudou porque as nossas tradições e estruturas culturais não podem se opor a princípios constitucionais e direitos fundamentais garantidos em nossa Constituição. Isto, aliás, não é nenhuma novidade. Decisões judiciais sobre tradições como a “farra do boi” e as “rinhas de galo” mostram isso.

Dessa forma, seguindo o raciocínio proposto no voto que conduziu o julgamento do processo relativo às uniões estáveis homoafetivas, o qual foi corroborado pelos demais Ministros, concluo que a monogamia está abolida no Brasil, revogadas tacitamente pela Constituição Federal de 1988 as normas infraconstitucionais que a proíbem.

A união estável, portanto, reconhecida constitucionalmente como entidade familiar, para fins de proteção do Estado, é possível não apenas entre um homem e uma mulher, como faz crer a literalidade do texto do art. 226, § 3º. Ela também pode ocorrer entre dois homens ou entre duas mulheres, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal, ou ainda entre mais de duas pessoas, conclusão à qual se chega aplicando ao número de participantes da relação conjugal o mesmo raciocínio adotado pela Suprema Corte em relação ao gênero desses participantes."
http://www.direitoce.com.br/noticias/50164/.html

sábado, 11 de junho de 2011

Indianas se submetem à escravidão para pagar dote do casamento

- Indianas se submetem à escravidão para pagar dote do casamento
10/06/2011 - 17:51 - Atualizado em 10/06/2011 - 17:51
Jovens enfrentam jornadas de trabalho intermináveis e condições precárias na indústria têxtil para ganhar entre € 400 e € 800 após 3 anos. De 10% a 20% dessas meninas têm entre 12 e 14 anos quando são contratadas pelas fábricas
Redação ÉPOCA, com Agência EFE
O dote no casamento indiano tem levado milhares de jovens indianas a se submeterem a regimes de escravidão em empresas têxteis, aponta um relatório elaborado pelo Centro de Pesquisa de Empresas Multinacionais (Somo, na sigla em holandês) em colaboração com o Comitê da Holanda para a Índia (ICN). A promessa de que, ao término de três anos de trabalho, as jovens receberão o equivalente a cerca de € 500 atrai cada vez mais garotas.
Na Índia, o casamento é uma tradição cultural bastante forte, e o costume do dote diz que é a mulher quem deve pagá-lo ao marido. A maioria das jovens da pesquisa pertence à casta dos dalits, a mais baixa e pobre, e são recrutadas sob um sistema conhecido como “Sumangali” - palavra tâmil para se referir a uma mulher feliz no casamento e que vive com seu marido uma vida abençoada e plena, algo que está relacionado com o pagamento do dote.
O relatório “Presas pelo algodão” aponta que os fabricantes indianos vêm produzindo artigos têxteis no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, para importantes marcas estrangeiras como Bestseller, Diesel, Gap, Inditex (Zara), El Corte Inglés e Cortefiel. Embora algumas destas companhias tenham tomado "uma atitude no assunto", um grande número de "práticas abusivas continuam sendo adotadas", aponta o estudo.
As meninas 'sumangali' são recrutadas com a promessa de um salário decente e um alojamento confortável, além do incentivo de receberem uma soma de dinheiro após a finalização do período de trabalho que varia entre € 400 e € 800.
Mais de 120 mil mulheres teriam sido empregadas desta forma nos últimos dez anos, segundo a Somo. Para “evitar que se organizem e queiram lutar por seus direitos”, os postos de trabalho costumam ser temporários, e entre 10% e 20% dessas mulheres têm entre 12 e 14 anos quando são contratadas.
"As mulheres recebem a promessa de que terão boas condições de trabalho e alojamento, algo que não acontece porque trabalham demais e são confinadas durante o tempo restante em um centro de hospedagem", afirmou a ativista indiana Pallvi Mansingh.
Monika, uma dessas jovens, tinha 13 anos quando começou a trabalhar. "Ninguém vai trabalhar lá porque quer, algumas fazem porque os pais obrigam e outras pelas necessidades familiares", disse à Somo.
"Nas raras ocasiões em que têm permissão para sair, sempre vão acompanhadas, sem poder falar com ninguém de fora da empresa", disse Mansingh, que é também diretora do Centro para a Educação e a Comunicação em Nova Délhi. "Seu único contato verbal com o exterior são as visitas, esporádicas, de seus pais".
Outra jovem, Prithi, de 19 anos, também denunciou as condições deploráveis à organização holandesa. "Completei os três anos e me deram 30 mil rúpias (aproximadamente € 450). Quando terminei, estava muito doente e ao descobrir que tinha uma bola de algodão no estômago - por inalá-lo durante o trabalho - tive que ser operada", afirmou. "Gastei todo o dinheiro que tinha nas despesas médicas e meus pais tiveram que cancelar meu casamento por não poderem pagar o dote"
LH
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