Você tem fome de amor?
Sexóloga explica o que que está por trás da carência afetiva e mostra os caminhos da superação
05/01/2010
Por Maria Helena Matarazzo*
Fome significa ausência, falta, privação - pode ser tanto de alimento como de amor. Em termos de alimento, existem vários tipos de fome. A fome pura e simples, fome oca, por falta de ter o que comer. A fome oculta, bastante generalizada na sociedade do fast food. O que significa que as refeições são cada vez mais fast menos food, oferecem cada vez menos substâncias nutritivas. E existe ainda a fome insípida, que é causada pela monotonia - sempre arroz e feijão.
Carência, por sua vez, é fome de amor. É um estado passageiro ou crônico de subalimentação emocional. As sensações são tanto psicológicas como físicas: dor no peito e na boca do estômago, sensação de vazio, de frio. Pode haver motivos profundamente arraigados em cada um de nós para essa fome. Em geral, está ligada a falta, a perda. Perder significa ser privado de, cessar de ter. Se sofremos uma perda de um ser querido por morte, divórcio ou rejeição, a fome vai crescendo e ficamos desnutridos emocionalmente. Às vezes, chegamos a acreditar que vamos morrer de fome.
Provavelmente não morremos, porque nosso coração tem "sete vidas". Entretanto, muitas vezes essa fome crônica é capaz de gerar uma reação extremada. Para não senti-la, podemos amortecer em nós mesmos essa necessidade de amar e de sermos amados, e então ficar como um peixe frio. Se congelarmos uma parte do nosso corpo ou do nosso coração, não vamos sentir nem o bom nem o ruim. Nada. Mas não nascemos para ser icebergs, e sim para ser humanos. Somos vulneráveis tanto ao amor como à falta dele.
O coração humano só se tornaria perfeito se virasse inquebrável. Como isso nunca vai acontecer, é melhor deixá-lo pulsar - assumindo o risco de amar, de ir em busca do amor.
Reaquecer o próprio corpo, o coração, dói, mas vale a pena. Às vezes, é preciso ter ajuda de um especialista. Se congelarmos nossas emoções, nossos sentimento, nos sentiremos protegidos ("Nada me atinge, portanto não posso ser ferido"). O medo da rejeição, do abandono é tão grande que para evitar o sofrimento criamos uma dupla proteção. Só que isso é um mecanismo de defesa contra a dor. Na vida é assim: aparecem ameaças, perigos de todos os tipos e aprendemos a enfrentá-los. Só que exageramos na dose, aprendemos "bem demais". Criamos proteção exagerada. Então, o que acontece é uma over reaction, ou seja, uma reação exagerada ao contrário. Aí não vamos sentir nem a dor nem o prazer. Mas essa é uma falsa sensação de invulnerabilidade.
Não existe imunidade contra o sofrimento. Todos carregam as cicatrizes de mil ferimentos. Os da infância, os da adolescência, que às vezes ainda sangram, os da idade adulta, dos sonhos não vividos. Como fazer com que todos desapareçam?
A resposta não é se fechar, não é se bloquear, não é se trancar a sete chaves para se defender da vida. A resposta está em se fortalecer para ter a coragem de viver e esperar da vida aquilo que ela pode nos dar. No seu livro "Faça as pazes com a vida - Aprendendo a conviver com as perdas", Ana Stearns explica que uma das conquistas mais difíceis é nos liberarmos das expectativas irreais sobre o que sentimos que a vida deveria ser. Ela deveria ser mais justa em sua distribuição de dor e sofrimento. Deveria proporcionar mais oportunidades de crescimento pela via da felicidade que do sofrimento. As pessoas de quem gostamos não deveriam ter problemas nos momentos em que mais precisamos delas. O fato de termos aprendido tanto com o sofrimento deveria poupar-nos de qualquer dor no futuro. Mas cada uma dessas idéias é uma expectativa irreal.
A vida é o que é. Todos somos vulneráveis e carentes. Ana Stearns conclui dizendo que à medida que nos libertamos das expectativas irreais em relação à vida, começamos a recriar nós mesmos, nossos objetivos, nossas relações com os outros. Como nossas expectativas quanto a nós mesmos e aos outros se tornam aos poucos mais realistas, fica mais difícil nos iludirmos e mais fácil nos satisfazermos.
Não existe seguro contra o risco de amar. Há muita dor no amor e, claro, sempre existem riscos. Não podem nos impedir de pensar se não existiria um jeito melhor de viver em que a dor não viesse sempre misturada ao prazer. Mas na vida é assim: ou você pega os dois ou fica sem nada. Dor e prazer são o pão cotidiano dos homens. Talvez o mais importante seja amar e aprender.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de "Amar é preciso" e "Nós dois".
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7671
terça-feira, 19 de abril de 2011
A reinvenção do sexo
A reinvenção do sexo
As alternativas para quem quer exercer - ou não - a sexualidade em plena maturidade
Por Maria Fernanda Schardong
27/04/2010
Existem muitas coisas sem as quais não poderíamos viver. O sexo seria uma delas? Há controvérsias. No embate de opiniões, a falta que o sexo faz pode ser tão relativa quanto as razões que levam algumas mulheres a dispensar – ou não - a relação sexual na maturidade.
Para a especialista em Sexualidade Humana Sandra Baptista, a abstinência pode ser um fato para muita gente. E a escolha do que fazer entre quatro paredes é totalmente individual. “É mais do que compreensível que algumas mulheres vivam felizes e realizadas, independentemente do fato de fazerem sexo ou não. Assim como do ritmo sexual que elas levam, pois a necessidade sexual tem que ser uma questão percebida de maneira individual, respeitando as singularidades de cada uma. Dessa forma, há mulheres que deixam de fazer sexo por inúmeras razões, entre elas o fato de nunca terem gostado. O que pode ser uma dificuldade para umas, não é para outras”, explica ela.
Segundo a psicóloga e estudiosa do tema, Teresa Creusa Negreiros, se existem mulheres que vivem bem sem sexo, ainda há outras tantas que sofrem com a falta dele. “Muitas optam pela masturbação para alívio e prazer; outras mulheres, com determinação e boa capacidade de sublimação, optam pela exclusão definitiva da atividade sexual; e algumas se tornam ansiosas e com tendência à angústia e depressão. Mas, em geral, são pessoas que não atingem, nesta fase madura, uma elaboração de conflitos ao longo da vida. E estas, podem se sentir rejeitadas, carentes, percebendo a solidão, não como uma etapa de reflexão e integração, e sim como o abandono”, afirma a psicóloga.
As mulheres já ultrapassaram a barreira do preconceito sobre a continuidade da vida sexual. Vieram outros impasses. “Nenhuma mulher deve se sentir obrigada e/ou pressionada a ter mais relações sexuais do que deseja porque "alguém" disse que isso é que o normal, que isto é o esperado. Provavelmente, se assim fizer, poderá por acabar de se distanciando do que é realmente primordial, que é o prazer dela mesma. Para se ter uma boa relação sexual é preciso se entregar, se sentir à vontade e estar com vontade de ter a relação. Pois nada é mais distante da satisfação, do prazer, do que a obrigatoriedade”, explica Baptista.
Se o sexo não pode ser mais o mesmo, é preciso reinventá-lo, na maturidade, defende Negreiros. Com uma boa dose de carícias e calor humano é possível ter uma vida sexual prazerosa, ainda que sem o sexo propriamente dito. “A vida erótica pode continuar prazerosa para os mais velhos, como em outras etapas da vida, reaprendendo-se a arte das carícias, o brinquedo dos aconchegos e dos contatos corporais, sem criar expectativas para desempenhar as chamadas “relações completas”, visando o orgasmo como finalidade última. E nem para obter a mesma quantidade de relações da juventude, pois o ciclo erótico, com o avançar da idade, pode até aumentar na duração e profundidade, mas diminui em sua frequência”, finaliza a psicóloga.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7839
As alternativas para quem quer exercer - ou não - a sexualidade em plena maturidade
Por Maria Fernanda Schardong
27/04/2010
Existem muitas coisas sem as quais não poderíamos viver. O sexo seria uma delas? Há controvérsias. No embate de opiniões, a falta que o sexo faz pode ser tão relativa quanto as razões que levam algumas mulheres a dispensar – ou não - a relação sexual na maturidade.
Para a especialista em Sexualidade Humana Sandra Baptista, a abstinência pode ser um fato para muita gente. E a escolha do que fazer entre quatro paredes é totalmente individual. “É mais do que compreensível que algumas mulheres vivam felizes e realizadas, independentemente do fato de fazerem sexo ou não. Assim como do ritmo sexual que elas levam, pois a necessidade sexual tem que ser uma questão percebida de maneira individual, respeitando as singularidades de cada uma. Dessa forma, há mulheres que deixam de fazer sexo por inúmeras razões, entre elas o fato de nunca terem gostado. O que pode ser uma dificuldade para umas, não é para outras”, explica ela.
Segundo a psicóloga e estudiosa do tema, Teresa Creusa Negreiros, se existem mulheres que vivem bem sem sexo, ainda há outras tantas que sofrem com a falta dele. “Muitas optam pela masturbação para alívio e prazer; outras mulheres, com determinação e boa capacidade de sublimação, optam pela exclusão definitiva da atividade sexual; e algumas se tornam ansiosas e com tendência à angústia e depressão. Mas, em geral, são pessoas que não atingem, nesta fase madura, uma elaboração de conflitos ao longo da vida. E estas, podem se sentir rejeitadas, carentes, percebendo a solidão, não como uma etapa de reflexão e integração, e sim como o abandono”, afirma a psicóloga.
As mulheres já ultrapassaram a barreira do preconceito sobre a continuidade da vida sexual. Vieram outros impasses. “Nenhuma mulher deve se sentir obrigada e/ou pressionada a ter mais relações sexuais do que deseja porque "alguém" disse que isso é que o normal, que isto é o esperado. Provavelmente, se assim fizer, poderá por acabar de se distanciando do que é realmente primordial, que é o prazer dela mesma. Para se ter uma boa relação sexual é preciso se entregar, se sentir à vontade e estar com vontade de ter a relação. Pois nada é mais distante da satisfação, do prazer, do que a obrigatoriedade”, explica Baptista.
Se o sexo não pode ser mais o mesmo, é preciso reinventá-lo, na maturidade, defende Negreiros. Com uma boa dose de carícias e calor humano é possível ter uma vida sexual prazerosa, ainda que sem o sexo propriamente dito. “A vida erótica pode continuar prazerosa para os mais velhos, como em outras etapas da vida, reaprendendo-se a arte das carícias, o brinquedo dos aconchegos e dos contatos corporais, sem criar expectativas para desempenhar as chamadas “relações completas”, visando o orgasmo como finalidade última. E nem para obter a mesma quantidade de relações da juventude, pois o ciclo erótico, com o avançar da idade, pode até aumentar na duração e profundidade, mas diminui em sua frequência”, finaliza a psicóloga.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7839
Você fala a verdade sobre sexo?
Você fala a verdade sobre sexo?
Sexóloga explica por que a mentira faz parte do repertório sexual de homens e mulheres
10/11/2009
*Por Maria Helena Matarazzo
Quem tem coragem de ignorar os estereótipos e escolher as opções "nunca" ou "raramente" ao responder a pesquisas sobre freqüência das relações sexuais e orgasmos? Sem ouvir e revelar as insatisfações da vida real, essas enquetes acabam reforçando os mesmos estereótipos e estimulando respostas fantasiosas.
As pesquisas sobre sexualidade que tentam descobrir com que freqüência as pessoas fazem amor ou têm orgasmos costumam perguntar: "Você diria que está tendo tantas relações quanto deseja – mais ou menos?". Essas pesquisas levam à obtenção de resultados irreais, como se todo mundo estivesse vivendo numa espécie de "divinópolis sexual".
Quem vai se dispor a responder que dificilmente ou nunca tem relações sexuais ou orgasmos? Então, se você não faz, você finge que faz e mente loucamente. Mas, bem lá no fundo, continua se comparando, se cobrando e se perguntando: "Quantas vezes eu fiz, quantas eu deveria ter feito?" Aqui aparece o problema dos estereótipos, dos clichês: "Todo mundo está sempre disponível, a fim, com qualquer um e a qualquer hora".
Na vida real, a maioria das pessoas se queixa de quantas vezes está tendo relações sexuais por semana, por mês, por ano: "Todo dia, mas mesmo assim é pouco. Uma vez por semana, duas vezes por semana, três, quatro, mas mesmo assim é pouco".
A sociedade de consumo reforça essa loucura. Sempre é pouco. Você está em um lugar, com uma pessoa, mas pensando que deveria estar em outro, com outra, e, quando chega lá, nunca está bom e você fica só pensando "o próximo", "a próxima",, "o próximo"... Na verdade, todos nós temos um reservatório de cenas de sexo e de amor não vividas. Por outro lado, existem muitas divisões dentro de nós.
Às vezes, percebemos a nossa cabeça indo em uma direção, o coração na outra e o instinto em uma terceira. Nessas horas, estamos todos divididos. Por isso, muitas vezes nós falamos uma coisa, sentimos outra e fazemos uma terceira. O que significa que a nossa cabeça não está ligada, acoplada nos sentimentos, que por sua vez também não estão conectados nos impulsos, nos desejos, nas nossas forças instintivas. É difícil essa interligação.
É por isso que às vezes o encontro acontece da cintura para baixo ou da cintura para cima. Se as pessoas ficarem embriagadas por esse delírio numérico –quantos parceiros têm, quantas vezes por semana fazem amor -, elas vão ficar cronometrando seus próprios orgasmos. Isso deixa uma sensação estranha, indefinida, de que alguma coisa está errada. Cada pessoa fica se perguntando por que não teve nenhuma relação sexual na última semana, quinzena ou mês. E para não transar por transar, meio às cegas, fica pensando ou se perguntando qual será o seu "limite de tolerância para a fome sexual".
Quando uma pessoa fica assim com muita fome sexual contida, às vezes come qualquer coisa, nem sabe direito o que está comendo. Aliás, nem sente o gosto. Nessa hora, é bom tentar perceber a diferença entre a necessidade, desejo e uma coisa que as pessoas normalmente chamam de capricho. Ou seja, perceber a diferença entre aquilo de que se precisa, aquilo que se quer e aquilo que se acha que tem direito.
De modo genérico, necessidade é aquilo que constrange, compele ou obriga a fazer de modo absoluto. Quer dizer, eu tenho que comer, beber, dormir, senão eu morro. Entretanto, se uma pessoa não tiver um relação sexual, ela não morre. Pode até ficar meio esganada, meio morta de fome, mas morrer, não morre.
Já desejo é querer algo ou a alguém. É ter vontade, vontade de possuir ou de gozar, de comer ou de beber, de experimentar ou de sentir. É muito difícil separar necessidade de desejo, diferenciar quando se precisa de quando se quer. Se formos fazer o paralelo com comida, é a mesma coisa que tentear diferenciar fome de apetite. Mas é fundamental ser capaz de distinguir necessidade ou desejo de capricho. Mas o que é capricho?
Capricho é o comportamento das pessoas que acreditam ter o direito de nascença ou adquirido a todo tipo de prazer, de aventura, de gozo, sem precisar fazer qualquer esforço para alcançar isso, ou seja, "quero porque quero, de preferência, tudo ao mesmo tempo e agora".
Capricho também significa só fazer aquilo que se tem vontade, sem levar em consideração as necessidades nem os desejos do outro. Trata-se do famoso "não estou nem aí". Conclusão: as necessidades, é claro, precisam ser satisfeitas. Os desejos, sempre que possível. E os caprichos, quando? Às vezes, nunca.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Nós Dois.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=7568
Sexóloga explica por que a mentira faz parte do repertório sexual de homens e mulheres
10/11/2009
*Por Maria Helena Matarazzo
Quem tem coragem de ignorar os estereótipos e escolher as opções "nunca" ou "raramente" ao responder a pesquisas sobre freqüência das relações sexuais e orgasmos? Sem ouvir e revelar as insatisfações da vida real, essas enquetes acabam reforçando os mesmos estereótipos e estimulando respostas fantasiosas.
As pesquisas sobre sexualidade que tentam descobrir com que freqüência as pessoas fazem amor ou têm orgasmos costumam perguntar: "Você diria que está tendo tantas relações quanto deseja – mais ou menos?". Essas pesquisas levam à obtenção de resultados irreais, como se todo mundo estivesse vivendo numa espécie de "divinópolis sexual".
Quem vai se dispor a responder que dificilmente ou nunca tem relações sexuais ou orgasmos? Então, se você não faz, você finge que faz e mente loucamente. Mas, bem lá no fundo, continua se comparando, se cobrando e se perguntando: "Quantas vezes eu fiz, quantas eu deveria ter feito?" Aqui aparece o problema dos estereótipos, dos clichês: "Todo mundo está sempre disponível, a fim, com qualquer um e a qualquer hora".
Na vida real, a maioria das pessoas se queixa de quantas vezes está tendo relações sexuais por semana, por mês, por ano: "Todo dia, mas mesmo assim é pouco. Uma vez por semana, duas vezes por semana, três, quatro, mas mesmo assim é pouco".
A sociedade de consumo reforça essa loucura. Sempre é pouco. Você está em um lugar, com uma pessoa, mas pensando que deveria estar em outro, com outra, e, quando chega lá, nunca está bom e você fica só pensando "o próximo", "a próxima",, "o próximo"... Na verdade, todos nós temos um reservatório de cenas de sexo e de amor não vividas. Por outro lado, existem muitas divisões dentro de nós.
Às vezes, percebemos a nossa cabeça indo em uma direção, o coração na outra e o instinto em uma terceira. Nessas horas, estamos todos divididos. Por isso, muitas vezes nós falamos uma coisa, sentimos outra e fazemos uma terceira. O que significa que a nossa cabeça não está ligada, acoplada nos sentimentos, que por sua vez também não estão conectados nos impulsos, nos desejos, nas nossas forças instintivas. É difícil essa interligação.
É por isso que às vezes o encontro acontece da cintura para baixo ou da cintura para cima. Se as pessoas ficarem embriagadas por esse delírio numérico –quantos parceiros têm, quantas vezes por semana fazem amor -, elas vão ficar cronometrando seus próprios orgasmos. Isso deixa uma sensação estranha, indefinida, de que alguma coisa está errada. Cada pessoa fica se perguntando por que não teve nenhuma relação sexual na última semana, quinzena ou mês. E para não transar por transar, meio às cegas, fica pensando ou se perguntando qual será o seu "limite de tolerância para a fome sexual".
Quando uma pessoa fica assim com muita fome sexual contida, às vezes come qualquer coisa, nem sabe direito o que está comendo. Aliás, nem sente o gosto. Nessa hora, é bom tentar perceber a diferença entre a necessidade, desejo e uma coisa que as pessoas normalmente chamam de capricho. Ou seja, perceber a diferença entre aquilo de que se precisa, aquilo que se quer e aquilo que se acha que tem direito.
De modo genérico, necessidade é aquilo que constrange, compele ou obriga a fazer de modo absoluto. Quer dizer, eu tenho que comer, beber, dormir, senão eu morro. Entretanto, se uma pessoa não tiver um relação sexual, ela não morre. Pode até ficar meio esganada, meio morta de fome, mas morrer, não morre.
Já desejo é querer algo ou a alguém. É ter vontade, vontade de possuir ou de gozar, de comer ou de beber, de experimentar ou de sentir. É muito difícil separar necessidade de desejo, diferenciar quando se precisa de quando se quer. Se formos fazer o paralelo com comida, é a mesma coisa que tentear diferenciar fome de apetite. Mas é fundamental ser capaz de distinguir necessidade ou desejo de capricho. Mas o que é capricho?
Capricho é o comportamento das pessoas que acreditam ter o direito de nascença ou adquirido a todo tipo de prazer, de aventura, de gozo, sem precisar fazer qualquer esforço para alcançar isso, ou seja, "quero porque quero, de preferência, tudo ao mesmo tempo e agora".
Capricho também significa só fazer aquilo que se tem vontade, sem levar em consideração as necessidades nem os desejos do outro. Trata-se do famoso "não estou nem aí". Conclusão: as necessidades, é claro, precisam ser satisfeitas. Os desejos, sempre que possível. E os caprichos, quando? Às vezes, nunca.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Nós Dois.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=7568
Fidelidade à prova
Fidelidade à prova
Homens sexualmente ativos, desde que fiéis, vivem mais, afirma pesquisa italiana
Por Filipe de Paiva
02/12/2010
Uma parceira só basta. Para a saúde do sexo masculino, pelo menos, segundo cientistas da Sociedade Italiana de Medicina Sexual. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Florença que envolveu 4.000 homens constatou que o sexo ajuda a prevenir problemas cardiovasculares, a espantar a depressão, a combater a diabetes, a evitar o envelhecimento da pele e até mesmo a perder aqueles quilos a mais. Mas para colher todos os benefícios e viver mais, defende o estudo, é preciso ser fiel.
A coordenadora da pesquisa, a médica Emmanuele Jannini, explicou que os homens com vidas sexuais ativas e fiéis a suas mulheres tinham menos reclamações de problemas cardiovasculares e viviam mais tempo. A justificativa está na grande produção de testosterona, principal hormônio masculino, que acontece quando a frequência de atividade sexual é alta. Mais testosterona, menos risco de depressão, melhoro desempenho do sistema circulatório, metabolismo fortalecido.
“Manter a atividade sexual garante mais qualidade de vida”, garante Laura Meyer, especialista da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). “As atividades sexuais, não apenas o coito, são especialmente associadas com o bem estar físico e mental, melhorando as funções vitais físicas e o humor”, explica Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX).
Tal como outros exercícios físicos, a prática sexual melhora o desempenho do sistema circulatório, mas com uma vantagem: por ser uma atividade de baixo impacto e maior abrangência, a vasodilatação periférica é abundante, e isso faz com que o sangue flua melhor pelo corpo, segundo a explicação de Rodrigues.
A pesquisa italiana ainda apontou que a performance cardiovascular dos homens infiéis deixava a desejar, pois eles também enfrentavam um aumento no nível de estresse causado pela infidelidade. No entanto, isso depende de como se encara a traição. “Se a pessoa considera a infidelidade um problema, ela terá respostas emocionais negativas e que se mantidas colaboram com piora de qualidade de saúde física e mental”, explica Rodrigues. Segundo ele, uma vez que não se saiba lidar com a infidelidade e isto gere estresse, o estado ansioso fará os vasos sangüíneos se contraírem. Como conseqüência, a circulação do sangue encontrará dificuldade, levando a um aumento da pressão arterial, ao envelhecimento da pele devido ao baixo abastecimento de oxigênio (transportado para as células do corpo pelo sangue), além de facilitar o surgimento de outros problemas, como a formação de placas de gordura nas paredes das artérias e veias. “Isto força o coração a trabalhar mais e pode prejudicar o funcionamento deste órgão”, diz o diretor do INPASEX.
“Algumas pessoas sentem-se culpadas, ansiosas, estressadas e com isso podem se deprimir”, diz Meyer. A depressão faz a imunidade do organismo diminuir e, com isso, além de prejudicar o coração, abre as portas para outras doenças. Um dos fatores que podem levar à depressão é uma vida sexual pobre e inativa. “Uma vida sexual fraca, pouco ativa e desprazerosa provoca a baixa auto estima. A pessoa se sente fracassada, pouco amada”, afirma Meyer. A infidelidade também aumenta o risco de se contrair uma doença sexualmente transmissível (DST).
Por outro lado, se o homem é fiel, ele só tem a ganhar. “A fidelidade garante um sentimento de segurança que é essencial para viver bem, em paz, feliz”, explica a sexóloga. Ao contrário da depressão, a felicidade fortalece as defesas do organismo.
Sexo emagrece. Tanto para homens quanto para mulheres. “Fazer sexo ajuda a queimar calorias”, explica Meyer. Ela ainda ressalta a importância de se movimentar bastante durante o ato. “Quanto mais, melhor, mais queima calorias, além de ser um meio divertido e prazeroso”, diz.
O processo biológico por trás da produção da testosterona é complexo, mas o diretor do INPASEX simplifica. “Quanto mais ejacular um homem, possivelmente mantenha maiores níveis de testosterona”, diz. Segundo a pesquisa italiana, os altos níveis de testosterona produzidos durante o sexo são saudáveis para os homens porque queimam o excesso de açúcares e reduzem o risco de doenças do coração.
Uma vida sexual ativa e saudável, segundo a coordenadora da pesquisa italiana, traz benefícios também para pessoas que sofrem de diabetes. “O sexo é um aliado no combate ao diabetes”, concorda Rodrigues, mas ele ressalta que a prática sexual tem, para a doença, o mesmo valor de outras atividades físicas. “Ajuda, mas não substitui a dieta dos diabéticos”, atenta.
A pesquisa ainda apontou que o sexo pode ajudar na prevenção do câncer de próstata e da osteoporose, mas Rodrigues explica que esta ajuda não significa que as doenças não vão se desenvolver. “Uma tendência genética talvez possa ser retardada, mas não será o sexo que impedirá o organismo de reagir como programado”, diz.
“A atividade sexual produz substâncias que promovem o bem estar da mesma forma que todas as atividades físicas, porém em maior concentração e em menor tempo”, diz o diretor do INPASEX. “O importante é cuidar da alimentação, se exercitar e procurar amar e fazer muito sexo”, conclui Meyer.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8076
Homens sexualmente ativos, desde que fiéis, vivem mais, afirma pesquisa italiana
Por Filipe de Paiva
02/12/2010
Uma parceira só basta. Para a saúde do sexo masculino, pelo menos, segundo cientistas da Sociedade Italiana de Medicina Sexual. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Florença que envolveu 4.000 homens constatou que o sexo ajuda a prevenir problemas cardiovasculares, a espantar a depressão, a combater a diabetes, a evitar o envelhecimento da pele e até mesmo a perder aqueles quilos a mais. Mas para colher todos os benefícios e viver mais, defende o estudo, é preciso ser fiel.
A coordenadora da pesquisa, a médica Emmanuele Jannini, explicou que os homens com vidas sexuais ativas e fiéis a suas mulheres tinham menos reclamações de problemas cardiovasculares e viviam mais tempo. A justificativa está na grande produção de testosterona, principal hormônio masculino, que acontece quando a frequência de atividade sexual é alta. Mais testosterona, menos risco de depressão, melhoro desempenho do sistema circulatório, metabolismo fortalecido.
“Manter a atividade sexual garante mais qualidade de vida”, garante Laura Meyer, especialista da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). “As atividades sexuais, não apenas o coito, são especialmente associadas com o bem estar físico e mental, melhorando as funções vitais físicas e o humor”, explica Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX).
Tal como outros exercícios físicos, a prática sexual melhora o desempenho do sistema circulatório, mas com uma vantagem: por ser uma atividade de baixo impacto e maior abrangência, a vasodilatação periférica é abundante, e isso faz com que o sangue flua melhor pelo corpo, segundo a explicação de Rodrigues.
A pesquisa italiana ainda apontou que a performance cardiovascular dos homens infiéis deixava a desejar, pois eles também enfrentavam um aumento no nível de estresse causado pela infidelidade. No entanto, isso depende de como se encara a traição. “Se a pessoa considera a infidelidade um problema, ela terá respostas emocionais negativas e que se mantidas colaboram com piora de qualidade de saúde física e mental”, explica Rodrigues. Segundo ele, uma vez que não se saiba lidar com a infidelidade e isto gere estresse, o estado ansioso fará os vasos sangüíneos se contraírem. Como conseqüência, a circulação do sangue encontrará dificuldade, levando a um aumento da pressão arterial, ao envelhecimento da pele devido ao baixo abastecimento de oxigênio (transportado para as células do corpo pelo sangue), além de facilitar o surgimento de outros problemas, como a formação de placas de gordura nas paredes das artérias e veias. “Isto força o coração a trabalhar mais e pode prejudicar o funcionamento deste órgão”, diz o diretor do INPASEX.
“Algumas pessoas sentem-se culpadas, ansiosas, estressadas e com isso podem se deprimir”, diz Meyer. A depressão faz a imunidade do organismo diminuir e, com isso, além de prejudicar o coração, abre as portas para outras doenças. Um dos fatores que podem levar à depressão é uma vida sexual pobre e inativa. “Uma vida sexual fraca, pouco ativa e desprazerosa provoca a baixa auto estima. A pessoa se sente fracassada, pouco amada”, afirma Meyer. A infidelidade também aumenta o risco de se contrair uma doença sexualmente transmissível (DST).
Por outro lado, se o homem é fiel, ele só tem a ganhar. “A fidelidade garante um sentimento de segurança que é essencial para viver bem, em paz, feliz”, explica a sexóloga. Ao contrário da depressão, a felicidade fortalece as defesas do organismo.
Sexo emagrece. Tanto para homens quanto para mulheres. “Fazer sexo ajuda a queimar calorias”, explica Meyer. Ela ainda ressalta a importância de se movimentar bastante durante o ato. “Quanto mais, melhor, mais queima calorias, além de ser um meio divertido e prazeroso”, diz.
O processo biológico por trás da produção da testosterona é complexo, mas o diretor do INPASEX simplifica. “Quanto mais ejacular um homem, possivelmente mantenha maiores níveis de testosterona”, diz. Segundo a pesquisa italiana, os altos níveis de testosterona produzidos durante o sexo são saudáveis para os homens porque queimam o excesso de açúcares e reduzem o risco de doenças do coração.
Uma vida sexual ativa e saudável, segundo a coordenadora da pesquisa italiana, traz benefícios também para pessoas que sofrem de diabetes. “O sexo é um aliado no combate ao diabetes”, concorda Rodrigues, mas ele ressalta que a prática sexual tem, para a doença, o mesmo valor de outras atividades físicas. “Ajuda, mas não substitui a dieta dos diabéticos”, atenta.
A pesquisa ainda apontou que o sexo pode ajudar na prevenção do câncer de próstata e da osteoporose, mas Rodrigues explica que esta ajuda não significa que as doenças não vão se desenvolver. “Uma tendência genética talvez possa ser retardada, mas não será o sexo que impedirá o organismo de reagir como programado”, diz.
“A atividade sexual produz substâncias que promovem o bem estar da mesma forma que todas as atividades físicas, porém em maior concentração e em menor tempo”, diz o diretor do INPASEX. “O importante é cuidar da alimentação, se exercitar e procurar amar e fazer muito sexo”, conclui Meyer.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8076
Estudo mostra que homens de 75 a 95 anos consideram sexo importante
A idade da libido
Estudo mostra que homens de 75 a 95 anos consideram sexo importante
da redação
26/01/2011
Velhos demais para o prazer? Nada. Para o sexo, idade não conta tanto como se ouve por aí. Segundo estudo realizado na Austrália e publicado no Annals of Internal Medicine (Anais de Medicina Interna), homens com mais de 70 anos se mostraram dispostos e desejosos e ainda afirmaram querer ir para a cama com mais frequência. Os pesquisadores concluíram, com base nos depoimentos, que problemas de saúde e efeitos colaterais de alguns medicamentos podem ser uma barreira, mas assistência médica pode ajudar a resolver esta questão.
O estudo acompanhou cerca de 2.800 homens com idades que variavam entre 75 e 95 anos por um período que se estendeu de 1996 até 2009. Todos os homens viviam na Austrália ocidental e três quartos eram casados ou moravam com uma companheira estável – nenhum estava em hospitais geriátricos ou em casas para idosos. Durante o processo, cada um foi entrevistado três vezes. As perguntas envolviam questões de saúde e atividade sexual.
O sexo foi considerado uma parte importante para 49% dos entrevistados. Aproximadamente um terço disse ter tido ao menos uma relação sexual por ano durante o período do estudo, e mais de 40% dos sexualmente ativos diziam querer fazer sexo com mais frequência.
A líder da pesquisa, Zoë Hyde, do Western Australian Centre for Health and Ageing (Centro do Oeste Australiano para Saúde e Envelhecimento) diz na publicação que falar sobre sexo na terceira idade pode causar certo desconforto. Ela ressalta que o senso comum tende a enxergar as pessoas mais velhas como incapazes de fazer sexo ou simplesmente desinteressadas.
Na prática, acontece o contrário. Uma vida sexual ativa e saudável não é privilégio dos mais jovens. Hyde ainda defende que é necessário um maior conhecimento sobre a satisfação sexual e sua importância na qualidade de vida de muitos idosos.
A pesquisa também descobriu que problemas de saúde são uma barreira freqüente para aqueles que desejam permanecer sexualmente ativos apesar do envelhecimento. Doenças como diabetes ou câncer de próstata, assim como limitações físicas ou falta de interesse da parceira, estavam entre os principais motivos apresentados pelos homens para terem cessado sua vida sexual.
Efeitos colaterais de remédios como antidepressivos também tiveram seu papel na diminuição da atividade sexual. Daí a importãncia de discutir e avaliar, juntamente com o médico, a prescrição de quaisquer medicações, mesmo as consideradas banais, como analgésicos, por exemplo. Segundo Hyde, o médico deve avaliar e considerar os possíveis impactos no desempenho e no desejo sexual do paciente, o que pode representar consequências diretas na qualidade de vida. Sexo faz bem, sentencia Hyde.
E a sua vida sexual, como está? Faça este teste e avalie seus conhecimentos sobre o sexo e os benefícios que ele trás para a saúde.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8149
Estudo mostra que homens de 75 a 95 anos consideram sexo importante
da redação
26/01/2011
Velhos demais para o prazer? Nada. Para o sexo, idade não conta tanto como se ouve por aí. Segundo estudo realizado na Austrália e publicado no Annals of Internal Medicine (Anais de Medicina Interna), homens com mais de 70 anos se mostraram dispostos e desejosos e ainda afirmaram querer ir para a cama com mais frequência. Os pesquisadores concluíram, com base nos depoimentos, que problemas de saúde e efeitos colaterais de alguns medicamentos podem ser uma barreira, mas assistência médica pode ajudar a resolver esta questão.
O estudo acompanhou cerca de 2.800 homens com idades que variavam entre 75 e 95 anos por um período que se estendeu de 1996 até 2009. Todos os homens viviam na Austrália ocidental e três quartos eram casados ou moravam com uma companheira estável – nenhum estava em hospitais geriátricos ou em casas para idosos. Durante o processo, cada um foi entrevistado três vezes. As perguntas envolviam questões de saúde e atividade sexual.
O sexo foi considerado uma parte importante para 49% dos entrevistados. Aproximadamente um terço disse ter tido ao menos uma relação sexual por ano durante o período do estudo, e mais de 40% dos sexualmente ativos diziam querer fazer sexo com mais frequência.
A líder da pesquisa, Zoë Hyde, do Western Australian Centre for Health and Ageing (Centro do Oeste Australiano para Saúde e Envelhecimento) diz na publicação que falar sobre sexo na terceira idade pode causar certo desconforto. Ela ressalta que o senso comum tende a enxergar as pessoas mais velhas como incapazes de fazer sexo ou simplesmente desinteressadas.
Na prática, acontece o contrário. Uma vida sexual ativa e saudável não é privilégio dos mais jovens. Hyde ainda defende que é necessário um maior conhecimento sobre a satisfação sexual e sua importância na qualidade de vida de muitos idosos.
A pesquisa também descobriu que problemas de saúde são uma barreira freqüente para aqueles que desejam permanecer sexualmente ativos apesar do envelhecimento. Doenças como diabetes ou câncer de próstata, assim como limitações físicas ou falta de interesse da parceira, estavam entre os principais motivos apresentados pelos homens para terem cessado sua vida sexual.
Efeitos colaterais de remédios como antidepressivos também tiveram seu papel na diminuição da atividade sexual. Daí a importãncia de discutir e avaliar, juntamente com o médico, a prescrição de quaisquer medicações, mesmo as consideradas banais, como analgésicos, por exemplo. Segundo Hyde, o médico deve avaliar e considerar os possíveis impactos no desempenho e no desejo sexual do paciente, o que pode representar consequências diretas na qualidade de vida. Sexo faz bem, sentencia Hyde.
E a sua vida sexual, como está? Faça este teste e avalie seus conhecimentos sobre o sexo e os benefícios que ele trás para a saúde.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8149
Qué es el fetichismo
Qué es el fetichismo
El fetichismo sexual es entendido por los psicólogos como la excitación erótica o la facilitación del orgasmo a través de un objeto-fetiche, sustancia o parte del cuerpo en particular. Este término es utilizado para clasificar a las personas que incrementan su deseo sexual o su excitación a partir del fetiche en cuestión, que suele estar relacionado con lo prohibido o lo oculto. El fetichismo sexual es considerado como una práctica completamente inofensiva, a menos que llegue causar algún malestar físico a quien lo practica o a terceros, en ese caso se habla de un desorden patológico propiamente dicho.
Según el Manual diagnóstico y estadístico de los trastornos mentales (DSM por sus siglas en inglés) de la Asociación Psiquiátrica de Estados Unidos (American Psychiatric Association), considera el fetichismo como una expresión de la sexualidad de los individuos, no es diagnosticado como un trastorno a menos que las fantasías, impulsos o comportamientos que el fetiche ocasionan causen algún daño o deterioro del individuo o tengan un funcionamiento diario.
Es preciso hacer una distinción entre fetichismo y parafilia, especificando que esta última es un comportamiento sexual en el que la fuente predominante de placer no proviene de la cópula, sino de alguna otra cosa que lo acompaña; es decir, en la parafilia el objeto-fetiche es indispensable para lograr tener excitación o una relación sexual, en el fetichismo el objeto es una especie de catalizador.
Aprendiendo del fetiche
En el ámbito del fetiche no hay reglas porque todo puede ser objeto de atracción. Una vez hayas abierto tu mente a la posibilidad de explorar tus gustos, descubrirás cuán divertido puede ser dejar volar la imaginación y comenzar a hacer realidad las fantasías mutuas; eso sí, un paso fundamental es no negarse a la propuesta antes de probar cómo funciona.
Según Sigmund Freud, el fetichismo se manifiesta en el sexo masculino como manera de defensa al complejo de castración, una teoría expuesta en 1927 que ha sido ampliamente estudiada en el psicoanálisis y tratada en detalle en los ensayos de sexualidad de Freud. Lo cierto es que el gusto por los fetiches es más común en los hombres y tú puedes sacar provecho de ello porque hasta lo más inesperado puede ser origen de fascinación, deseo o placer por parte de tu pareja.
Cómo se hace
Igual que en el caso de las fantasías, el truco para que el fetiche funcione está en permitir dar rienda suelta a las ideas de la pareja y no juzgar prematuramente lo que el otro tiene para proponer, una vez le hayas lanzado tu mirada acusadora será más difícil que se vuelva a abrir para exponer sus gustos. Dale gusto si te pide que le frotes tus panties mientras haces un blow-job, si notas que se pone feliz cuando estás usando esos tacones altísimos y más aún cuando te los dejas puestos durante la relación sexual, si parece quedarse extasiado contemplando tu ropa interior de encaje.
Dale cuerda a cualquier mínima insinuación de placer que tu hombre pueda encontrar en ti, puedes probar para decidir si te gusta, a lo mejor te puedas sorprender con más gustos en común en la cama de los que te imaginas. De lo contrario, si descubres o sientes que algunos fetiches no van contigo porque los encuentras desagradables o carentes de placer, no te preocupes, la buena noticia es que ya sabes a ciencia cierta qué te gusta y qué no.
Tipos de fetiches
Recuerda que no todo puede ser llamado fetiche, un escote o una mini falda no son fetiches en sí mismos, estos trucos al vestir responden al erotismo y a la insinuación. De igual manera, los dispositivos o juguetes desarrollados específicamente para generar estimulación no son considerados fetiches porque fueron creados con ese propósito puntual. A continuación algunos ejemplos de fetichismos sexuales:
Excitación por el color negro
Excitación por las botas y el calzado de mujer
Excitación por el contorsionismo
Excitación por la ropa interior o las pantimedias
Excitación por la ropa de cuero o de látex
Excitación por el vello corporal
Excitación por las cosquillas
Excitación por las esposas o grilletes
Excitación por las mujeres en estado de embarazo
Excitación por la ropa formal
Excitación por los disfraces (como enfermera, policía o payaso)
http://www.revistafucsia.com/noticias-parejas/sacandole-jugo-fetiche/4755.aspx
El fetichismo sexual es entendido por los psicólogos como la excitación erótica o la facilitación del orgasmo a través de un objeto-fetiche, sustancia o parte del cuerpo en particular. Este término es utilizado para clasificar a las personas que incrementan su deseo sexual o su excitación a partir del fetiche en cuestión, que suele estar relacionado con lo prohibido o lo oculto. El fetichismo sexual es considerado como una práctica completamente inofensiva, a menos que llegue causar algún malestar físico a quien lo practica o a terceros, en ese caso se habla de un desorden patológico propiamente dicho.
Según el Manual diagnóstico y estadístico de los trastornos mentales (DSM por sus siglas en inglés) de la Asociación Psiquiátrica de Estados Unidos (American Psychiatric Association), considera el fetichismo como una expresión de la sexualidad de los individuos, no es diagnosticado como un trastorno a menos que las fantasías, impulsos o comportamientos que el fetiche ocasionan causen algún daño o deterioro del individuo o tengan un funcionamiento diario.
Es preciso hacer una distinción entre fetichismo y parafilia, especificando que esta última es un comportamiento sexual en el que la fuente predominante de placer no proviene de la cópula, sino de alguna otra cosa que lo acompaña; es decir, en la parafilia el objeto-fetiche es indispensable para lograr tener excitación o una relación sexual, en el fetichismo el objeto es una especie de catalizador.
Aprendiendo del fetiche
En el ámbito del fetiche no hay reglas porque todo puede ser objeto de atracción. Una vez hayas abierto tu mente a la posibilidad de explorar tus gustos, descubrirás cuán divertido puede ser dejar volar la imaginación y comenzar a hacer realidad las fantasías mutuas; eso sí, un paso fundamental es no negarse a la propuesta antes de probar cómo funciona.
Según Sigmund Freud, el fetichismo se manifiesta en el sexo masculino como manera de defensa al complejo de castración, una teoría expuesta en 1927 que ha sido ampliamente estudiada en el psicoanálisis y tratada en detalle en los ensayos de sexualidad de Freud. Lo cierto es que el gusto por los fetiches es más común en los hombres y tú puedes sacar provecho de ello porque hasta lo más inesperado puede ser origen de fascinación, deseo o placer por parte de tu pareja.
Cómo se hace
Igual que en el caso de las fantasías, el truco para que el fetiche funcione está en permitir dar rienda suelta a las ideas de la pareja y no juzgar prematuramente lo que el otro tiene para proponer, una vez le hayas lanzado tu mirada acusadora será más difícil que se vuelva a abrir para exponer sus gustos. Dale gusto si te pide que le frotes tus panties mientras haces un blow-job, si notas que se pone feliz cuando estás usando esos tacones altísimos y más aún cuando te los dejas puestos durante la relación sexual, si parece quedarse extasiado contemplando tu ropa interior de encaje.
Dale cuerda a cualquier mínima insinuación de placer que tu hombre pueda encontrar en ti, puedes probar para decidir si te gusta, a lo mejor te puedas sorprender con más gustos en común en la cama de los que te imaginas. De lo contrario, si descubres o sientes que algunos fetiches no van contigo porque los encuentras desagradables o carentes de placer, no te preocupes, la buena noticia es que ya sabes a ciencia cierta qué te gusta y qué no.
Tipos de fetiches
Recuerda que no todo puede ser llamado fetiche, un escote o una mini falda no son fetiches en sí mismos, estos trucos al vestir responden al erotismo y a la insinuación. De igual manera, los dispositivos o juguetes desarrollados específicamente para generar estimulación no son considerados fetiches porque fueron creados con ese propósito puntual. A continuación algunos ejemplos de fetichismos sexuales:
Excitación por el color negro
Excitación por las botas y el calzado de mujer
Excitación por el contorsionismo
Excitación por la ropa interior o las pantimedias
Excitación por la ropa de cuero o de látex
Excitación por el vello corporal
Excitación por las cosquillas
Excitación por las esposas o grilletes
Excitación por las mujeres en estado de embarazo
Excitación por la ropa formal
Excitación por los disfraces (como enfermera, policía o payaso)
http://www.revistafucsia.com/noticias-parejas/sacandole-jugo-fetiche/4755.aspx
Sobre vaginismo
Sobre vaginismo
Anna Gil Wittke, psicóloga experta en sexualidad Anna Gil Wittke
Anna Gil contestará el viernes 15 a partir de las 11.00 horas a las consultas de los internautas. Envía tu pregunta
La mayoría de mujeres que lo padecen con la penetración pueden no presentar problema alguno para el goce sexual
ANNA GIL WITTKE Se trata de la dificultad para relajar los músculos de la entrada de la vagina impidiendo así la introducción del pene. Ante el intento de penetración se produce un espasmo muscular en la vagina que hace que se tense en vez de dilatarse. Es como una "protección" física de la vulva ante una alarma de origen psíquico que indica "peligro". Recodemos que el sexo no es algo superficial que te quitas o te pones, éste se entiende vinculado, no sólo a lo físico, también a las emociones y pensamientos. Por eso pensar en que la penetración va a ser dolorosa, o algo por el estilo, produce emociones tales como miedo, angustia, tristeza, etc. Estas emociones, pongamos por ejemplo la de miedo, puede dar lugar a un nivel de ansiedad tan elevado que provoque la respuesta física de la contracción vaginal. En este estado cualquier intento de penetración resulta doloroso, con lo que se confirma el miedo precedido por la idea del dolor. El "aprendizaje" se refuerza de este modo y la próxima vez es probable que el nivel de ansiedad se intensifique.
Lo cierto es que hay muchas causas que pueden provocar esta disfunción, no sólo los pensamientos, ideas, creencias, etc. Experiencias traumáticas de abusos, violaciones, maltrato o simplemente haber practicado el sexo en un ambiente no deseado, con alguien en quien no se confiaba o bajo cierta presión. Estos recuerdos median a la hora de una futura relación sexual que, si se asocia a las anteriores, pueden experimentarse sentimientos parecidos o simplemente tensión muscular y angustia.
La mayoría de mujeres que padecen este sufrimiento con la penetración pueden no presentar problema alguno para el goce sexual, siempre y cuando se tenga la certeza de que no se va a producir ningún intento de penetración repentino.
Hay ocasiones en las que la pareja se adapta a esta limitación, a cambio de realizar otra serie de actividades sexuales placenteras como el sexo oral, la masturbación mutua y otro tipo de prácticas. Otras veces la pareja no comprende esta dificultad, se frustra y presiona a la mujer para que haga algo al respecto, llegando a plantear un ultimátum. Hay algunos que antes de pedir ayuda, abandonan la relación. En otras ocasiones, no presentan grandes problemas hasta el momento en el que quieren tener hijos. A veces el miedo es tal, que unido a la poca esperanza en poder superar este problema, lleva a un matrimonio a tratar de ingeniárselas para tener hijos sin tener que realizar la penetración. Una práctica que plantean a veces es depositar el semen lo más próximo a la entrada de la vagina.
Lo cierto es que la metodología para superar esta disfunción es muy efectiva. En palabras de Kaplan "la respuesta sexual al tratamiento es excelente". Según Master y Johnson "la parte más simple de éste es la premisa del descondicionamiento de un comportamiento a un estímulo". Es algo así como separar la reacción de la contracción de los músculos perineales, en especial el músculo constrictor de la vulva, del intento de penetración. Esta parte, que parece ser sencilla se complica si no se ha reducido el nivel de ansiedad. Para ello hay que trabajar en los recuerdos traumáticos que se puedan tener de relaciones anteriores, o bien, en las ideas y pensamientos que se han generado respecto a la sexualidad en general y la penetración en concreto.
Antes de llevar a la práctica el tratamiento conviene descartar cualquier afección física como por ejemplo el himen perforado, la doble vagina, atresia vaginal, etc. Esto requiere de una exploración ginecológica.
http://www.diarioinformacion.com/sociedad/2011/04/12/vaginismo/1115625.html
Anna Gil Wittke, psicóloga experta en sexualidad Anna Gil Wittke
Anna Gil contestará el viernes 15 a partir de las 11.00 horas a las consultas de los internautas. Envía tu pregunta
La mayoría de mujeres que lo padecen con la penetración pueden no presentar problema alguno para el goce sexual
ANNA GIL WITTKE Se trata de la dificultad para relajar los músculos de la entrada de la vagina impidiendo así la introducción del pene. Ante el intento de penetración se produce un espasmo muscular en la vagina que hace que se tense en vez de dilatarse. Es como una "protección" física de la vulva ante una alarma de origen psíquico que indica "peligro". Recodemos que el sexo no es algo superficial que te quitas o te pones, éste se entiende vinculado, no sólo a lo físico, también a las emociones y pensamientos. Por eso pensar en que la penetración va a ser dolorosa, o algo por el estilo, produce emociones tales como miedo, angustia, tristeza, etc. Estas emociones, pongamos por ejemplo la de miedo, puede dar lugar a un nivel de ansiedad tan elevado que provoque la respuesta física de la contracción vaginal. En este estado cualquier intento de penetración resulta doloroso, con lo que se confirma el miedo precedido por la idea del dolor. El "aprendizaje" se refuerza de este modo y la próxima vez es probable que el nivel de ansiedad se intensifique.
Lo cierto es que hay muchas causas que pueden provocar esta disfunción, no sólo los pensamientos, ideas, creencias, etc. Experiencias traumáticas de abusos, violaciones, maltrato o simplemente haber practicado el sexo en un ambiente no deseado, con alguien en quien no se confiaba o bajo cierta presión. Estos recuerdos median a la hora de una futura relación sexual que, si se asocia a las anteriores, pueden experimentarse sentimientos parecidos o simplemente tensión muscular y angustia.
La mayoría de mujeres que padecen este sufrimiento con la penetración pueden no presentar problema alguno para el goce sexual, siempre y cuando se tenga la certeza de que no se va a producir ningún intento de penetración repentino.
Hay ocasiones en las que la pareja se adapta a esta limitación, a cambio de realizar otra serie de actividades sexuales placenteras como el sexo oral, la masturbación mutua y otro tipo de prácticas. Otras veces la pareja no comprende esta dificultad, se frustra y presiona a la mujer para que haga algo al respecto, llegando a plantear un ultimátum. Hay algunos que antes de pedir ayuda, abandonan la relación. En otras ocasiones, no presentan grandes problemas hasta el momento en el que quieren tener hijos. A veces el miedo es tal, que unido a la poca esperanza en poder superar este problema, lleva a un matrimonio a tratar de ingeniárselas para tener hijos sin tener que realizar la penetración. Una práctica que plantean a veces es depositar el semen lo más próximo a la entrada de la vagina.
Lo cierto es que la metodología para superar esta disfunción es muy efectiva. En palabras de Kaplan "la respuesta sexual al tratamiento es excelente". Según Master y Johnson "la parte más simple de éste es la premisa del descondicionamiento de un comportamiento a un estímulo". Es algo así como separar la reacción de la contracción de los músculos perineales, en especial el músculo constrictor de la vulva, del intento de penetración. Esta parte, que parece ser sencilla se complica si no se ha reducido el nivel de ansiedad. Para ello hay que trabajar en los recuerdos traumáticos que se puedan tener de relaciones anteriores, o bien, en las ideas y pensamientos que se han generado respecto a la sexualidad en general y la penetración en concreto.
Antes de llevar a la práctica el tratamiento conviene descartar cualquier afección física como por ejemplo el himen perforado, la doble vagina, atresia vaginal, etc. Esto requiere de una exploración ginecológica.
http://www.diarioinformacion.com/sociedad/2011/04/12/vaginismo/1115625.html
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