segunda-feira, 14 de maio de 2012

Livro foca as diversidades sexuais



10/5/2012
Impressão

A professora doutora Tereza Rodrigues Vieira da Universidade Paranaense - Unipar e integrantes do projeto ‘Diversidade Sexual e a tutela jurídica dos cidadãos LGBTs’, Heverton Garcia Oliveira, Rogério Amador Melo e Alan de Lazari, participaram nos dias 11 a 13 de abril do 1º Congresso sobre Diversidade Sexual, organizado pelo Instituto de Direito e Bioética, em Maringá.

Na oportunidade, a professora, que leciona na graduação de Direito e no mestrado em Direito Processual e Cidadania da Unipar, e o trio lançaram o livro ‘Minorias Sexuais’. Abordando temáticas relacionadas à diversidade sexual, gênero e sexualidade, a obra conta com a colaboração de outros pesquisadores, estudiosos e profissionais de renome nacional e internacional.

“O prefácio foi escrito pela ex-prefeita de São Paulo e hoje senadora, Marta Suplicy; mais de mil pessoas assistiram ao lançamento”, conta Tereza Vieira. ”É uma honra lançar um livro e participar de um grande evento como esse”, exalta.

Durante o Congresso, a professora foi lembrada como uma das mais destacadas figuras paranaenses no cenário jurídico atual, sendo agraciada com placa que destaca ‘O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre’. A homenagem foi prestada pelo Instituto de Bioética e Direito de Maringá, presidido por Valéria Galdino Cardin, e pelo Centro Acadêmico de Direito Horácio Raccanelo Filho, representado pelo acadêmico Samuel Hübler.

“Tudo o que fazemos é pensando nos outros. Nossa função é construir e socializar conhecimento. Ser tida como exemplo a ser seguido é muito gratificante. Procuro sempre incentivar os alunos a acreditar que, com muita dedicação e seriedade, poderão um dia alcançar projeção”, diz a professora, autora de um vasto trabalho com expressivo reconhecimento, também, no exterior.

A obra coletiva é dedicada à jurista Maria Berenice Dias, ex-desembargadora e presidente da Comissão Nacional da Diversidade Sexual da OAB Federal.

Um dos colaboradores do livro, o estudante de Psicologia Rogério Melo, participou no capítulo ‘A heteronormatividade das representações midiáticas: símbolos presentes na construção da subjetividade homoafetiva’, que aborda as questões das representações da mídia sobre a figura do homossexual. “É uma problematização crítica a respeito da visibilidade das minorias sexuais, onde se tem a heterossexualidade como hegemônica e natural”, explica.

“Participar desta obra foi uma conquista, uma oportunidade gratificante! Vejo também como uma resposta à minha dedicação, já que, desde que entrei na graduação, sempre estive ligado a projetos de pesquisa”, diz o estudante, que é membro de dois diretórios há cinco anos.
http://www.ilustrado.com.br/2011/ExibeNoticia.aspx?Not=Livro%20foca%20as%20diversidades%20sexuais&NotID=23443

Brasileiros identificam gene que causa câncer de pênis mais grave



14/05/2012 08h00 - Atualizado em 14/05/2012 08h00


Ausência da proteína 'guardiã' do DNA explica os tumores mais agressivos.
Descoberta deve levar a tratamentos médicos mais precisos.


Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo
Uma pesquisa brasileira identificou uma mutação genética que está ligada aos casos mais graves e agressivos do câncer de pênis. A descoberta deve levar a tratamentos mais precisos, com menor risco de reaparecimento dos tumores.
O câncer de pênis é relativamente raro, principalmente nos países mais desenvolvidos. Em geral, está relacionado a infecções causadas por agentes como o vírus do papiloma humano (HPV) e a bactéria causadora da sífilis. Em uma pesquisa recente do próprio Hospital do Câncer A.C. Camargo, o surgimento desse câncer em alguns casos foi ligado à zoofilia – a prática de sexo com animais.
O objetivo de Rafael Malagoli, pesquisador do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, era identificar proteínas que, quando alteradas, mostrassem alguma relação com o surgimento do câncer de pênis. A mais importante foi uma proteína chamada "p53", que desaparecia nos casos mais agressivos de câncer.
Em um organismo saudável, a p53 atua como uma “guardiã” do DNA celular, nas palavras de Malagoli. Se houver qualquer alteração nesse material, cabe a essa proteína identificar o problema e fazer com que a célula morra.
Essa função é fundamental na defesa do corpo contra o câncer, pois as alterações do DNA podem levar ao surgimento de tumores. Se a célula cancerosa não morrer logo, o câncer pode se espalhar.
“Alguns cânceres estão ligados à deficiência dessa proteína”, afirmou o pesquisador, que citou o câncer de mama, além do de pênis, entre os provocados pela ausência da p53.
Para que essa proteína funcione normalmente, ela depende de um gene, o TP53. A ausência é explicada, portanto, por um problema desse gene. “O gene que expressa essa proteína sofre uma mutação e passa a produzir uma proteína alterada, que não desempenha sua função de vigiar o DNA”, explicou Malagoli.
Uso na prática
Quando um paciente é identificado com o câncer de pênis, a primeira providência do médico é fazer uma biópsia. Esse exame do tumor permite dizer se existe ou não deficiência da proteína por trás do surgimento do câncer.
Caso haja, significa que o tumor será mais agressivo. No entanto, a constatação não serve apenas para apavorar o paciente. Ela também orienta o médico na hora de tratar o câncer. Sabendo que o câncer é de um tipo mais agressivo, ele precisará retirar uma maior parte do órgão na cirurgia. Além disso, a quimioterapia tem que ser mais forte.
Malagoli argumentou que esse é um ponto positivo, porque quando o médico e o paciente se preparam para um tratamento mais intenso, diminui a chance de que o câncer retorne.
O objetivo do pesquisador em seus próximos estudos é “investigar proteínas que estejam relacionadas ao movimento da célula”. Em outras palavras, ele quer descobrir que mecanismos fazem com que o câncer se espalhe pelo corpo, provocando a metástase, que é o que leva à morte.
O estudo foi publicado pela revista científica "Human Pathology".

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/brasileiros-identificam-gene-que-causa-cancer-de-penis-mais-grave.html

Câmara sediará nesta terça-feira 9º Seminário Nacional LGBT


14/05/2012 13:40

Encontro terá como temas sexualidade na infância e adolescência, papel de gênero e bullying.

A Câmara sediará nesta terça-feira (15) o 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que já acontece há oito anos. O seminário será realizado durante todo o dia. O tema será sexualidade na infância e na adolescência, papel de gênero e bullying e o lema do encontro é “Respeito à diversidade se aprende na infância”.

Segundo os organizadores, o evento discutirá amplamente a questão do bullying na adolescência, ouvindo especialistas das áreas de direito, psicologia e educação, com o objetivo de recuperar a discussão iniciada pela apresentação do projeto “Escola Sem Homofobia”.

Organizado pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Educação e Cultura, o seminário este ano também conta, pela primeira vez, com o apoio e organização de duas Frentes Parlamentares Mistas: pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente. O evento será transmitido ao vivo pelo site da Câmara dos Deputados.

Segundo o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), coautor do requerimento do seminário ao lado da deputada Erika Kokay (PT-DF), abrir esse debate para a sociedade como um todo, mas principalmente aos agentes do setor da educação, “é imprescindível nesse momento, principalmente dado o impacto negativo que o bullying tem na escola e no acesso ao direito à educação de qualidade”.

Participarão dos debates Maria Berenice Dias, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM); Lena Franco, do Instituto Ecos – Comunicação e Sexualidade e Coordenadora do Projeto Escola Sem Homofobia; e Miriam Abramovay – Coordenadora do projeto Violência e convivência nas escolas brasileiras (parceria entre FLACSO, MEC e OEI), além de representantes do governo e de organizações internacionais como Unesco e Unicef.

Também participarão do evento relatando experiências pessoais e representando o movimento, João W Nery, primeiro transhomem brasileiro e autor do livro “Viagem Solitária”, que vai descrever sua experiência sobre a influência da questão do papel de gênero em seu processo de educação; e Angélica Ivo, mãe do jovem Alexandre Ivo, torturado e morto aos 14 anos por crime de homofobia em São Gonçalo (RJ).

Com três eixos temáticos, a programação do seminário terá as seguintes mesas: “Subjetividades e papéis de gênero (É possível falar em uma infância e adolescência gay?)”; “Educação, sexualidade e gêneros (O que os papéis de gênero têm a ver com a prática do bullying nas escolas?)”; e “Infância, adolescência e estado de direitos (Como estender as redes de proteção da infância e da adolescência aos meninos e meninas que fogem dos papéis de gênero?)”.

O seminário será realizado no Plenário 9 a partir das 9 horas.
Da Redação/MM

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/DIREITOS-HUMANOS/417139-CAMARA-SEDIARA-NESTA-TERCA-FEIRA-9%C2%BA-SEMINARIO-NACIONAL-LGBT.html

Sexualidade responsável é tema de debate no dia do orgasmo

08/05/2012 às 18:52h

A falta de uma ação mais enérgica na educação sexual da população tem gerado graves problemas pra saúde física e mental.
O Debate sobre o Orgasmo em Esperantina vem possibilitando uma discussão séria sobre a sexualidade. Neste ano um levantamento do município traz o tema da gravidez infanto-juvenil para o debate.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que em 2011 foram acompanhadas pela “Estratégia de Saúde da Família - ESF” 659 gestantes menores de 20 anos. Nestes primeiros meses de 2012 já são 114 gestantes nesta faixa etária. Autoridades e população no dia 09 de maio vão poder enfrentar o problema de frente em busca de uma solução para evitar o crescimento destes índices. A sexualidade responsável será o ponto norteador do debate deste ano.

80% de abusos sexuais ocorreram com crianças de 0 a 15 anos


08/05/12, 10:37


Os dados são dos primeiros quatro meses de 2012. Dos 138 exames, 108 foram realizados em crianças de 0 a 15 anos.

No próximo dia 18 de maio é lembrado pelo Dia Nacional de Luta o Abuso e a Exploração Sexual Infantil. Até o dia 27 de abril, o Serviço de Atenção às mulheres Vítimas de Violência Sexual – (Samvvis) atendeu 138 atendimentos, sendo que 108 foram feitos a crianças de zero a 15 anos, ou seja quase 80% dos casos envolvem crianças e adolescentes.  

No ano passado, foram realizados 341 atendimentos de corpo de delito que depois foram encaminhados para psicólogos, ginecologistas e assistentes sociais, em caso de estupros, destes 263 foram em crianças de até 15 anos.

Divulgação

De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), uma média de duas a três denúncias de abuso sexual são recebidas por dia. E a maioria dos acusados são pessoas conhecidas das vítimas, sendo a maioria, de acordo com o juiz Almir Adib Tajra, da 7ª Vara Criminal, familiares e vizinhos.

A psicóloga Kislley Sá Urtiga afirma que as crianças não tendem a denunciar porque infringem os sofrimentos e danos as elas por quem deveria dar proteção. 

Essas crianças tendem a apresentar diversas mudanças de comportamento. “Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa autoestima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros”, destacou a psicóloga.

Foto: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
Psicóloga Kislley Sá Urtiga

Veja entrevista com a psicóloga sobre os traumas que a violência pode provocar numa criança:

1. Por que as crianças tendem a não contar o fato?
 
Porque infringem sofrimentos e danos a criança, exercidos, geralmente, por adultos que deveriam ser, a princípio, os responsáveis pela segurança, supervisão e proteção. No entanto, falham nessas tarefas, não estabelecendo relações recíprocas e apresentando desequilíbrio nas funções relativas ao poder. 

2. É possível perceber que a criança sofre de abuso sexual? Como? Há mudança de comportamento, especifica?
 
A violência sexual corresponde aos atos de natureza sexual impostos a uma criança ou adolescente por um adulto que explora seu poder hierarquicamente superior, sob a forma de assédio verbal, invasão de limites corporais ou psicológicos com toques ou palavras e relações sexuais genitais, orais ou anais. No abuso sexual, as atividades sexuais não estão sintonizadas com o nível de desenvolvimento do adolescente, o qual é incapaz de dar o seu consentimento. 

O abusador poderá envolver a vítima em situações de estupro, incesto e exploração sexual. A violência pode desencadear uma ou mais reações específicas nas pessoas envolvidas e no contexto nas quais estão inseridas. O comportamento mais observado, são pessoas frustradas e vulneráveis, a expressar agressividade.

Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa auto-estima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros.
 
3. Que traumas essa criança pode ter após sofrer abuso sexual?
 
São atos de hostilidade e agressividade que podem influenciar na motivação, na autoimagem e na autoestima. Podendo ser associado no futuro a graves disfunções sexuais.  

4. Como tratar esse trauma?
 
Devem ser trabalhados aspectos relacionados à autoestima, autoimagem, bem-estar emocional, de acordo com o grau de severidade e de comprometimento da vítima da violência;

Atendimento psicológico familiar, com o objetivo de trabalhar as crenças, mitos, segredos familiares, autoestima dos membros da família e fortalecê-la para resolver seus conflitos e estabelecer a comunicação entre os membros;

Além das propostas citadas anteriormente, cabe aos psicólogos desenvolverem uma visão estratégica, isto é, ter ações eficazes para a valorização dos potenciais individuais.
 
5. As sequelas ficam para a vida toda? Essa criança pode se tornar um pedófilo?
 
O abuso sexual deve ser analisado em relação à sua frequência, intensidade, severidade e duração. Se a criança é submetida, desde cedo, a situações de abuso, maior será o comprometimento em relação ao seu desenvolvimento.

A pedofilia é um desvio sexual, o qual, a maioria dos crimes envolvendo atos sexuais contra crianças são realizados por pessoas que não são consideradas clinicamente pedófilas, já que não sentem atração sexual primária por crianças. Mundialmente, apenas um quarto dos abusos sexuais de crianças são praticados por pedófilos. Esses abusos sexuais são praticados por pessoas que simplesmente acharam mais fácil fazer sexo com crianças, seja enganado-as ou utilizando de intimidação ou força.

6. Qual deve ser o comportamento dos pais/responsáveis após a descoberta do crime para com a criança?

Comunicar a autoridades policiais para que investigue e tomem as medidas legais cabíveis.
 
Atendimento no Samvvis

O atendimento no Samvvis começa depois que a vítima presta queixa em alguma delegacia especializada. Com o Boletim de Ocorrência em mãos, funcionários do Samvvis acionam um médico legista, que faz o exame de corpo de delito. Em seguida, são tomadas providências, que incluem atendimento psicológico, ginecológico e de assistência social

O tratamento inclui medicamentos contra gravidez indesejada, em caso de estupro, com orientação médica e aplicação de vacina contra hepatite.

Estatísticas 2011/2012

De 0 A 15 Anos
2011- 263
2012- 108

De 16 A 21 Anos 
2011 – 43
2012 – 16

Acima De 21 Anos
2011- 33
2012- 03


Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com

http://www.cidadeverde.com/80-de-abusos-sexuais-ocorreram-com-criancas-de-0-a-15-anos-101723

domingo, 13 de maio de 2012

Só para mulheres



MENTE ABERTA - 23/03/2012 16h34 - Atualizado em 30/03/2012 14h58

A trilogia erótica da autora britânica E.L. James quebra o tabu do recato feminino e faz sucesso nos e-books

LUÍS ANTÔNIO GIRON COM DANILO VENTICINQUE
DISCRIÇÃO As leitoras de romances eróticos encontram privacidade com tablets e e-books (Foto: montagem Artnet sobre foto Shutterstock)
Os homens sempre formaram o público dominante da literatura erótica. Até pouco tempo atrás, reinava o tabu segundo o qual mulher não podia ler histórias picantes, muito menos escrevê-las. Durante o século XX, autoras como Anaïs Nin, Catherine Milliet e Cassandra Rios expandiram as fronteiras da narrativa carregada de travessuras sexuais e arrebataram milhões de leitoras. Mas o consumo do gênero ainda se dava meio às escondidas, entre as mulheres mais curiosas e ousadas. Nos últimos tempos, isso mudou. O campo de ação do erotismo feminino cresceu por causa da internet e dos blogs. Nesses espaços, fãs de séries de livros ou filmes famosos publicam textos que sensualizam as tramas originais, mas usam como base os mesmos personagens. As redes sociais difundiram a existência desses blogs e ampliaram o público das leituras picantes. Agora, por causa das mulheres, o mercado vive o renascimento dos livros eróticos, consumidos de forma quase tão rápida quanto são escritos.
Se faltavam uma autora e uma obra que coroassem a moda, ambas acabam de chegar. A trilogia Fifty shades of grey (Cinquenta matizes de cinza, sem tradução no Brasil), livro de estreia da britânica E.L. James, explodiu em vendas na internet. No início do mês, o primeiro volume atingiu a primeira colocação da lista de e-books do jornal The New York Times. Os outros dois – Fifty shades darker e Fifty shades freed – seguiram a tendência. Na semana passada, ocupavam o segundo e o terceiro lugares na lista do jornal. Juntos, os três volumes venderam 250 mil cópias digitais nos Estados Unidos. Agora, os direitos de publicação da obra em papel nos Estados Unidos foram arrematados, após um concorrido leilão, pelo poderoso selo Vintage Books, da editora Knopf Doubleday. A edição inicial, prevista para 17 de abril, terá 750 mil exemplares. No Brasil, a editora Intrínseca acaba de comprar os direitos da obra e promete lançá-la ainda neste ano. Os principais estúdios de Hollywood sonham em reviver o sucesso do filme 9 ½ semanas de amor, de 1986. Eles se reuniram na semana passada com a autora e sua agente, Valerie Hoskins, para as conversas iniciais. Fala-se em US$ 40 milhões pelo direito de filmagem.
O sucesso arrancou do anonimato E.L. James, uma discreta ex-produtora de televisão de Londres, de 48 anos, casada e mãe de dois filhos. Ela começou a carreira com um blog sobre a saga Crepúsculo, que exibia uma versão sexualmente explícita do romance entre a humana Bella e o vampiro Edward. A influência de Stephenie Meyer em Fifty shades of Grey é tão evidente que a trilogia ganhou o apelido de “Crepúsculo para adultas”. Os críticos também se referem à trilogia erótica como “pornô para mães”. “Mommy porn”, em inglês. De um ponto de vista masculino severo, a história não passa de “bad porn” – pornografia ruim, repleta dos chavões mais batidos do gênero. As mulheres são magras, lânguidas e submissas, enquanto os homens são altos, apolíneos e dominam suas presas com olhares penetrantes. É tudo mais que previsível. As mulheres adoram.
POPULARIDADE A britânica  E.L. James em  uma sessão de leitura recente. Sua trilogia virou best-seller  e será adaptada para o cinema  (Foto: heidigreen.com, reprodução, acervo UH)
A narradora heroína é a virgem Anastasia Steele, estudante universitária que, aos 22 anos, encontra o bilionário Christian Grey, de 27 (daí o trocadilho do título). Ela quer se entregar sem delongas, mas ele a obriga a assinar um documento com regras de conduta. Entre elas, viver em cárcere privado, tomar banho diariamente (ok, a autora é europeia...), fazer ginástica quatro vezes por semana e acatar uma lista de atividades sexuais que só não incluem coprofilia (vá ao dicionário, por favor) e bestialidade. Anastasia, ouvindo sua “deusa interior”, assina o documento e dá início à odisseia carnal. Numa espécie de apologia da submissão feminina temperada de perversões, Grey a transforma em mulher, ao passo que Anastasia o converte em macho dócil. O processo de domesticação do casal não tem animado a crítica americana. Há otimistas, como Lisa Shwarzbaum, da revistaEntertainment Weekly. “O livro tira proveito da portabilidade dos e-readers e tablets, que permitem a leitura discreta”, diz ela. Isso é importante: os e-books podem ser comprados até pelo celular e lidos no metrô sem que ninguém perceba do que se trata. As leitoras não têm de se expor ao julgamento dos outros.
Muitas são as especulações sobre os motivos que levam as mulheres de hoje a consumir mais erotismo que os homens. Para Heloísa Seixas, estudiosa da sexualidade na literatura, a atitude feminina se deve à internet. “As pessoas anseiam por mostrar sua intimidade em público e consumir furiosamente a intimidade dos outros”, diz ela. Segundo Nilza Rezende, autora de livros eróticos, as mulheres se interessam mais por sexo que os homens, e isso determina novos hábitos de leitura. “Elas vivem mais intensamente o sexo que os homens”, diz Nilza. “A instabilidade das relações amorosas faz com que elas tentem resolver seus dilemas na cama – e, quando não conseguem, nos livros eróticos. Elas diferem dos homens porque querem falar.” Ou ler. Outra diferença é o tipo de excitação que as leitoras buscam. “O homem considera erótico o aspecto genital, enquanto a mulher valoriza o caminho que produz a excitação e permite o sexo”, diz o sexólogo Oswaldo Rodrigues Jr. “A leitura permite fantasiar o caminho romântico para as mulheres que desejam o sexo como objetivo. Para os homens, a literatura demora muito para chegar ao objetivo, o coito.”
Reprodução (Foto: Folhapress, Bettmann/Corbis, Philippe Wojazer/Reuters, Karlheinz Schindler/dpa/Corbis e divulgação)
O romantismo pode ser um dos interesses das leitoras de Fifty shades of Grey, mas certamente não é o principal. O sucesso do livro se explica sobretudo pela comoção que provoca na libido das leitoras. Donas de casa americanas afirmam que E.L. James ajudou a esquentar suas vidas conjugais. A nova-iorquina Michele Yogel, de 33 anos, devorou a trilogia, só interrompendo a leitura para levar o filho à escola. “Não consegui parar”, disse ao jornal The New York Post. “O livro está revitalizando a vida sexual de todo mundo no Upper East Side.” Ao que tudo indica, o efeito benéfico vai se propagar para além das fronteiras do bairro chique de Nova York.

sábado, 12 de maio de 2012

Conheça ZENTAI - Novo e Diferente Fetiche


SEXTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2012








O macacão bem justo ajuda a marcar a silhueta. A face é coberta pela mesma peça, que oculta até a área dos olhos. A maior parte dos adeptos ainda é masculina, porque os homens são travados e ainda precisam quebrar tabus. Mas como se faz sexo com toda essa roupa? O objetivo do Zentai, ao contrário do que se imagina, não é o de chegar às vias de fato. O Zentai é usado como objeto erótico para apimentar a relação, a roupa se deve à sensação de se estar sem ela e, ao mesmo tempo, totalmente coberto por ela. Além disso, ainda existe a sensação de liberdade, pois a identidade da pessoa fica literalmente coberta pela roupa. Para isso, os parceiros devem descobrir outras formas de excitação e somente com uma certeza: que não se chegará aos “finalmentes” tão cedo. E através do Zentai pode ser uma fuga para que eles se libertem e experimentem novas coisas.

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                                          Vídeo: Programa Amor&Sexo