sexta-feira, 29 de abril de 2011

Latinos “calientes”? Até onde os estereótipos sobre o comportamento na cama são verdade?

Latinos “calientes”? Até onde os estereótipos sobre o comportamento na cama são verdade?
Por Natasha Romanzoti em 8.04.2011 as 3:54 e atualizado em 26.04.2011 as 16:51 RSS Feeds

Segundo uma pesquisa recente, os franceses andam se entendendo mal entre quatro paredes. O estudo, realizado pelos fabricantes do medicamento para aumentar a ereção Levitra, descobriu que 76% dos franceses às vezes sofrem com falta de resposta sexual.
As razões para isso são as mesmas dadas por qualquer casal moderno de qualquer canto do mundo: as crianças, o estresse no trabalho, as tecnologias. Porém, definitivamente mancha a reputação dos franceses de “bons amantes”, se é que ela já se justificou um dia.
E também levanta outras questões: será que os britânicos merecem a imagem de frios e formais demais? Os latinos são realmente mais apaixonados e calorosos? E os americanos, são entediantes amantes sem graça?
Esses estereótipos sem dúvida fazem diferença. Porém, a maioria deles, como o “amante francês” e o “inglês frio”, foram criados pela literatura. A ideia moderna de uma indústria editorial internacional começou por volta de meados da década de 1660 e, conforme os livros, que se tornaram fonte de conhecimento, se espalharam, os estereótipos também.
Em parte por causa de livros “obscenos”, e em parte devido aos profissionais de relações públicas franceses, a França tem a fama de ser sexualmente livre. Para não ficar atrás, os britânicos começaram a publicar seus próprios livros, como “Memórias de uma Mulher de Prazer”, mais popularmente conhecido como Fanny Hill. Tal livro fez maravilhas para criar o estereótipo dos homens britânicos como fetichistas masoquistas conflituosos.
Da mesma forma, o fato de que Leopold von Sacher-Masoch, escritor do livro sado-masoquista “Venus in Furs”, era austríaco, os homens germânicos ficaram com a mesma fama de amantes de uma mulher mais…”disciplinadora”.
O clima também estimulou os estereótipos. Uma teoria era de que os climas quentes geravam apetites mais apaixonados, enquanto climas frios levavam a vidas sexuais mais reservadas. Por exemplo, o calor e o fato de que os nativos não usavam muitas roupas fez com que marinheiros europeus acreditassem que todas as mulheres polinésias eram dispostas sexualmente.
Hoje, tornou-se um negócio inteligente, e algumas vezes uma boa política, reforçar estereótipos sexuais. Sites de pornografia, filmes eróticos, e a indústria de turismo sexual brincam com estereótipos nacionais, diferenças raciais e étnicas, etc.
Mas estereótipos são estereótipos. A realidade, claro, é muito mais mundana. Por exemplo, uma pesquisa patrocinada pela Pfizer (fabricante do Viagra, naturalmente) mostrou que, para pessoas de países do mundo inteiro, o sexo era “importante” para levar uma vida satisfatória. Isso sim é bem mais próximo da verdade.
Também houve percentuais semelhantes de satisfação sexual entre os espanhóis “sangues quentes” e as americanas “puritanas”. Se você quer algo realmente “diferente”, ou “além”, aposte nos mexicanos, que registraram o maior percentual entre os países pesquisados; 78% dos homens e 71% das mulheres disseram que estavam muito satisfeitos.
Em geral, as pessoas dos países mais pobres se dizem mais satisfeitas sexualmente do que as pessoas dos países mais ricos, o que, provavelmente, nos diz mais sobre expectativas de culturas de consumo do que habilidades na cama.
Sim, a vida sexual difere entre os países, é claro, e alguns estereótipos podem começar com um pingo de verdade. Mas a pesquisa francesa recente é a prova viva de que nem sempre podemos acreditar nos boatos. [MSN]
http://hypescience.com/latinos-%E2%80%9Ccalientes%E2%80%9D-ate-onde-os-estereotipos-sobre-o-comportamento-na-cama-sao-verdade/

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