Questão de intimidade
Quando o assunto é orgasmo feminino, conhecer a anatomia do próprio corpo é fundamental, dizem especialista
da redação
20/02/2009
Os homens quase sempre alegam que não o localizam. As mulheres se ressentem e dizem que é falta de empenho dos parceiros. Responsável pelo prazer na maioria das mulheres, o clitóris é alvo de controvérsias. Segundo sexólogos, a melhor maneira de resolver o impasse é que ambos se empenhem na tarefa de desvendar o pequeno órgão.
O clitóris não serve para nenhum outro propósito que não seja dar prazer sexual. Não há nenhuma ligação com a reprodução, a menstruação ou a urina, por exemplo. Trata-se, portanto, do único órgão existente no ser humano cuja função é exclusivamente a exploração do prazer.
A próxima lição é simples. O clitóris está escondido debaixo do capuz clitorídeo, onde unem-se os extremos superiores de ambos os lábios, logo em cima da uretra. Como um pênis em miniatura, ele é composto de uma ponta arredondada (a glande), ligada a uma parte mais larga, o corpo, do tamanho do dedo mindinho. O corpo do clitóris divide-se em dois braços, que se estendem para atrás, dentro do corpo da mulher, embaixo da pele. Os nervos controlam as contrações dos músculos clitorídeos, as paredes vaginais, a vesícula e a uretra.
Geralmente, apenas a glande do clitóris fica visível, pois os pequenos lábios, que protegem a vagina, se encontram sobre o "túnel" do mesmo e formam uma espécie de capuz. Ele também é similar ao pênis, porque tanto a glande como o corpo do órgão contêm um tecido esponjoso e eréctil, que se enche de sangue durante a excitação, fazendo com que seu tamanho seja quase duplicado. Não existe nenhuma evidência de que um clitóris maior represente uma excitação sexual mais intensa.
Enquanto as terminações nervosas do clitóris fazem com que ele seja consideravelmente sensível a qualquer tipo de toque ou pressão, a estimulação mental, nos seios e em diversas erógenas, faz com que o "botão do amor", os lábios e a área ao redor encham de sangue, assim como ocorre com o pênis quando este fica ereto. Quando a mulher continua excitada, o clitóris chega a ser menos visível, já que os tecidos do capuz clitorídeo se incham, cobrindo-o e protegendo-o do contato direto, que poderia ser intenso para muitas mulheres.
Após ter conseguido o orgasmo, ou depois que cesse o estímulo, o sangue sai da área clitorídea e o órgão volta ao seu tamanho normal. Algumas mulheres dizem que, quando chegam a estar muito excitadas mas não experimentam o orgasmo, o clitóris permanece inchado, causando irritação.
Clitóris ou vagina?
Sigmund Freud afirmou em suas obras que as mulheres "imaturas" têm orgasmos clitorídeos, enquanto que as "maduras" têm orgasmos vaginais, sugerindo que, à medida em que elas crescem, vão aprendendo a gozar nas relações, sem utilizar o método mais "fácil" do estímulo clitorídeo. Muitos especialistas, no entanto, afirmam que se pode ter qualquer tipo de orgasmo, e que, de fato, não existiria a classificação em "imaturo" ou "ruim". Por outro lado, algumas mulheres dizem que apenas são capazes de ter orgasmo mediante estímulos no clitóris. Diante do impasse, a recomendação é que as mulheres concentrem-se mais no prazer do que na forma para alcançá-lo.
Masturbação
A masturbação é saudável, normal e necessária para uma boa saúde mental e sexual. Por causa da grande quantidade de terminações nervosas ao redor do clitóris, a maioria das mulheres centra-se nesse órgão para esfregar-se, realizando pequenos movimentos circulares para chegar ao orgasmo. É bom lembrar que não há um método correto para a masturbação. Vale é que elas sintam prazer e descubram as possibilidades do próprio corpo.
Estimulação oral da vulva e do clitóris
A estimulação oral do clitóris é um bom recurso para que as mulheres alcancem o orgasmo. Nesse caso também vale experimentar diferentes posições e acessórios. Mas aí também é necessário uma boa dose de tempo, paciência e habilidade, o que exige sintonia entre os parceiros.
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