Muitos se queixam de que as mulheres não recebem bem essa notícia | |
Publicado Quarta-Feira, 2 de Maio de 2012, às 09:43 | Canal GNT |
Na conta da TV a cabo, os canais pornôs são mencionados com discrição. Homens pedindo revistas eróticas em bancas o fazem em voz baixa e, provavelmente, saem com elas em um saco opaco ou em meio a jornais ou revistas.
Talvez aconteça o mesmo com a mulher que vai à farmácia comprar camisinhas ou lubrificantes. Imagino a mesma preocupação com discrição quando estiver encomendando algum brinquedinho sexual na loja online e se certificando de guardar bem escondido em casa. Entendo tudo isto! A tal da privacidade.
Não temos que compartilhar estes assuntos com qualquer pessoa que cruze nosso caminho. Há, porém, uma dúvida: não deveríamos ser muito claros com nossos parceiros no que tange a estes temas?
É certo ver pornografia escondido do parceiro, seja na TV ou na internet? É vergonhoso contar para o parceiro que você tem um vibrador e querer usar na frente dele, ou, melhor, com ele? Assuntos muito razoáveis para uma conversa franca, não acha? Desnudar-se é mais do que tirar a roupa.
Observo que o uso de comprimidos para disfunção erétil é muito mais evidente em estatísticas de venda do que em conversas, tanto entre homens como em ambientes mistos. Mas, se usamos, por que não falamos sobre isto?
Homens pedem em voz baixa o remédio na farmácia com medo de admitir uma suposta impotência ou mesmo o simples desejo de dar um reforço, uma melhora na hora da transa. É quase uma confissão grave sendo feita ao balconista. “É para um amigo”, diz o homem na farmácia. “É para uma despedida de solteira”, diz a mulher na sexshop. É para ter vergonha?
Muitos homens se queixam de que as mulheres não recebem bem a notícia de que o parceiro vai tomar um remedinho antes da transa. Reagem alegando que se sentem menos desejadas ao saber que o parceiro quer ajuda. É tolice.
Seria o mesmo que o parceiro pedir para a mulher não tomar um relaxante vinhozinho antes da transa, pois ele poderia achar que ela “só consegue transar comigo se estiver de cara cheia”. O vinho relaxa, aquece. O comprimido tensiona, e por tensionar o que deve, relaxa a cabeça. A mulher poderia tomar como um elogio.
O comprimido que melhora a ereção pode ser um jeito de dizer: “Quero te dar o melhor de mim”. E, até provem o contrário, deve ser isso mesmo. Precisar, é fato, nem sempre se precisa. Nem da bebida e nem do remédio. Mas qualquer coisa que aprimore o diálogo silencioso dos corpos na hora amor deveria ser bem vindo.
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=187008&codDep=8
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