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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Médico asegura que el elixir contra las penas del amor será pronto realidad

Médico asegura que el elixir contra las penas del amor será pronto realidad
25 de Julio de 2007 • 15:00

MÉXICO, julio 25.- El famoso elixir del amor, que buscaron muchos enamorados durante muchos siglos para superar las penas, podrá ser próximamente una realidad gracias a la ciencia que estudia los mecanismos bioquímicos del enamoramiento y el desamor.
"En un futuro se podrán resolver por medio de la química los problemas del amor y desamor", aseguró a Efe el médico y escritor Federico Ortiz Quezada, en una entrevista sobre su último libro, "Amor y desamor".
En su obra, el autor asegura que "cuando dos personas se atraen sexualmente una cascada de neurotransmisores recorre su cerebro y su cuerpo. Tales agentes son oxitocina, fenilenetilamina, adrenalina, noradrenalina, serotonina, dopamina, vasopresina, endorfina, así como las hormonas sexuales testosterona y estrógenos".
Ortiz, de 72 años, es médico cirujano de la Universidad Nacional Autónoma de México, con posgrado en Urología en la Universidad de Cornell de Nueva York, y es autor de 34 libros sobre diversos temas, entre ellos de sexualidad y tanatología.
El especialista indicó que la ciencia ha comenzado a conocer los mecanismos biológicos del amor y del odio y que existe "toda una serie de hormonas que están relacionadas con el enamoramiento que se están investigando, las cuales contribuyen a que determinado tipo de animales sean fieles -como la vasopresina la oxitocina- que son evidentes en el caso del ratón de la pradera que tiene una gran cantidad de secreciones de estas sustancias".
"Entonces sí podría inducirse ese tipo de situaciones amorosas y se podrían arreglar en el hombre; pero todavía falta mucho", afirmó Ortiz.
Para el experto, como ejemplo de que la química puede contribuir a solucionar problemas vinculados con la sexualidad, está el uso actual de los fármacos para solucionar los problemas de disfunción eréctil y de la "misma manera muchos problemas de la menopausia, entre estos la disminución del deseo sexual, son arreglados con testosterona".
"Puede haber un elixir del enamoramiento, de la atracción, pero el amor es algo más cerebral, y apenas comenzamos a entenderlo", dijo el autor y precisó que el amor se encuentra en el nivel de la conciencia humana.
El amor es una construcción intelectual por el que desarrollamos "toda nuestra capacidad multisensorial, todos nuestros sentidos, nuestra inteligencia y nuestra ética".
Aseguró que su libro "Amor y desamor" deja claro que la sexualidad y el amor son cosas diferentes, que la primera tiene una base biológica y el segundo es intelectual, está en la conciencia. "Nosotros los hombres vivimos con una mujer y damos por hecho que ella tiene la obligación de tener relaciones sexuales cuando nosotros queramos; es un error, hay que conquistarla en cada momento porque la mujer está más orientada a la ternura, a las emociones y al respeto", aseguró el autor.
Agregó que la vida moderna con el exceso de trabajo, tanto hombres como mujeres se preocupan más por el aspecto sexual que por el desarrollo del amor, "se toma el sexo como si fuera un fast food, y se olvida que el amor debe disfrutarse como un banquete que debe ser bien elaborado".
Ortiz explicó también que por naturaleza el hombre es polígamo, pero que la cultura lo ha convertido en monógamo, y explicó que las mujeres desarrollaron el amor como un mecanismo para la protección de la especie.
Señaló que la liberación de la mujer la ha llevado a copiar lo peor de los patrones masculinos, incluso en la política, pues cuando llegan al poder actúan igual que cualquier hombre y "no están trayendo a la política la riqueza de su género".
Indicó que el mundo vive en una etapa de transición para delimitar cuales serán las formas de supervivencia de la humanidad y el tipo de relaciones entre hombres y mujeres, pero aseguró que el amor continuará siendo un vínculo esencial en la pareja humana.
"El amor es una cosa más seria que escoger una profesión", sentenció.
Fuente:EFE
http://www.terra.cl/zonamujer/index.cfm?id_cat=2007&id_reg=822985

sábado, 2 de julho de 2011

‘O amor romântico ainda é nosso máximo ideal’, diz psicanalista

12/06/2011 04:52
‘O amor romântico ainda é nosso máximo ideal’, diz psicanalista
Alberto Goldin fala ao BOM DIA sobre os relacionamentos de hoje – até a geografia interfere no sucesso ou fracasso de uma união

Reinaldo Chaves
Agência BOM DIA

Namorar faz bem e ajuda as pessoas a amadurecerem, seja pela alegria ou sofrimento. Mas no século 21, com tantos apelos comerciais e sensuais ligados ao Dia dos Namorados no Brasil, o que sobra de significados para um namoro?

Por exemplo, para quem não sabe, a comemoração surgiu no comércio paulista quando o publicitário João Dória trouxe a ideia do exterior em 1949 e o setor a aprovou rapidamente. O dia só foi escolhido por ser véspera do 13 de junho, dia de Santo Antônio, santo português com tradição de ser casamenteiro.

Depois de tantos anos e mudanças na sociedade, será que é possível dizer que o namoro virou algo careta? Um dos maiores psicanalistas em atividade no Brasil, o argentino Alberto Goldin, que é radicado no país há décadas atendendo adolescentes e adultos em psicoterapia individual, de casal e família, afirma que não há nada de careta.

Para ele, as velhas formas do amor apenas mudaram. “Sempre houve e sempre haverá diversos modelos de relacionamento. Dependendo de variáveis tais morar em metrópoles, cidades de interior, cidades universitárias. A geografia, com muita frequência, determina o modelo da relação. No amor nada se inventa, tudo se repete, só muda sua forma, não seu conteúdo. Amizades coloridas, casos, namoros, casamentos, todos têm seus seguidores e oferecem opções que vão depender do nível cultural, religioso e social dos protagonistas”, comenta.

Amor romântico /Toda a época tem suas histórias de amor e o que as une é sua sensibilidade (ou pieguice para alguns). Quem diria que um casal virgem e apaixonado faria tanto sucesso em pleno 2011? Esse é o par principal da saga “Crepúsculo”, de Stephenie Meyer.

Para Goldin, isso mostra que o amor romântico nunca sai de moda por ser o ideal que todos sonham, até os adolescentes de hoje. “O amor romântico continua sendo o máximo ideal moroso. Por não se concretizar, resulta ser o mais generoso. É o modelo típico da adolescência, ainda que hoje a sexualidade ofereça uma opção tão fácil como perigosa. O amor romântico espera, não tem pressa. O sexo em troca é imediato, resolve a tensão e, por isso, ameaça o futuro”, diz.

Quanto às questões de fidelidade e traição, para ele não há simplicidade e dependem muito do histórico do casal, além do que a fidelidade se tornou mais difícil nos tempos modernos.

“É fácil resolver isso quando os casais estão intensamente apaixonados e a fidelidade é natural e espontânea. Nas relações mais prolongadas se resolve de modo saudável por força de repressão e controle dos ciúmes, um de seus efeitos mais frequentes. As traições esporádicas, às vezes com dramáticas consequências, denunciam a precariedade do sistema. Cada relacionamento deve elaborar o melhor modo de agir para conservar o respeito pelo parceiro e respeito pelas próprias necessidades. A fidelidade perfeita e definitiva resulta ser um ideal difícil de sustentar nos dias de hoje”, aponta.

Mas afinal, para que serve um namoro hoje, doutor? A resposta é simples: cada um escolhe. Não há um objetivo geral que todos devam alcançar.

“Opera a dialética do possível. O mercado amoroso oferece intercâmbios variáveis entre juventude, beleza, poder e dinheiro. Cada pessoa, em cada momento de sua vida, tem que escolher”, diz.

Mas sobre a principal cobrança e expectativa hoje em uma relação, Goldin ressalta que todos querem sempre o mesmo: “constância e fidelidade”. Simples, mas nem sempre fácil.

Casamentos acontecem cada vez mais tarde

As últimas estatísticas sobre relacionamentos no país mostram que as pessoas estão mais interessadas em namorar por mais anos antes de casar.

As estatísticas do Registro Civil de 2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que homens e mulheres estão se casando mais tarde. Os homens agora se casam com 29 anos. As mulheres, com 26, em média. Dois anos a mais do que em 1999, penúltimo levantamento sobre o tema.

Isso ocasionou uma redução no número de casamentos no Brasil. Nos cartórios, foram registrados cerca de 935 mil casamentos no país, em 2009. Uma redução de 2,3% em relação ao ano anterior. Em sete anos, é a primeira vez que isso acontece. Segundo Adalton Bastos, gerente da pesquisa, um número menor de casamentos coletivos em 2009 pode ter contribuído para a queda na taxa de nupcialidade.

Comparando 1999 e 2009, houve também crescimento dos divórcios entre os casais sem filhos, passando de 25,6% para 37,9%, e entre os que tinham somente filhos maiores, de 12,0% para 24,4%.

Os dados também mostraram que nas últimas décadas, mesmo com o crescimento das uniões registradas nos últimos anos, o país ainda não voltou ao patamar de casamentos da década de 1970. A comparação é dada pela taxa de nupcialidade, que consiste no número de casamentos a cada mil habitantes de 15 anos ou mais. Em 1974, a taxa era de 13 casamentos por mil habitantes. Em 2009, o patamar era de 6,5 casamentos por mil habitantes. No ano anterior, de 6,7 casamentos por mil habitantes.

Outra novidade que a pesquisa mostrou é que aumentou o número de brasileiras mais velhas que os maridos. O mais comum ainda é o marido ser mais velho que a mulher. Mas isso está mudando. Cada vez mais, elas se casam com homens mais novos.
http://www.redebomdia.com.br/noticias/dia-a-dia/56754/alberto+goldin+fala+ao+bom+dia+sobre+os+relacionamentos+de+hoje

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Amor nos Tempos do Sexo

O Amor nos Tempos do Sexo
Uma reflexão sobre a resistência do amor à ditadura estética
06/04/2011
Por Heloneida Studart*
Não me interesso por reis, nem os do baralho. Mas como me interesso pelo amor e, principalmente, por histórias de amor, não pude evitar o envolvimento quando li que aconteceu o final feliz da saga amorosa do príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra e dessa senhora de meia idade, Camila Parker, sua eterna namorada.

Trinta e quatro anos de amor! Trinta e quatro anos entre dificuldades de toda ordem, imposições da família real, intrometimentos da Igreja Anglicana, casamentos com pessoas diferentes, cerimônias espetaculares (o casamento dele com Lady Diana foi um dos eventos de maior pompa que o Reino Unido já viu), filhos de outros matrimônios e o amor dos dois lá, brilhando, como uma luz extraterrena, um sol perpétuo.

E nem se pode dizer que era um desses afetos eternizados pelas afinidades intelectuais e psicológicas como foi, por exemplo, o de Sartre e Simone de Beauvoir. Nada disso. O romance do feio e desengonçado filho da rainha Elisabeth com a feiosa Camila tinha fortes raízes eróticas como mostrou o telefonema gravado de um diálogo entre os dois ("Eu queria ser um Tampax", etc).

Ele a amou toda a vida como Florentino Ariza amou Firmina Daza, em Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel Garcia Marques. Não valeu o tempo, não importaram as rugas, as pelancas. O mundo inteiro, convertido aos mitos da beleza e da juventude, torceu para que ele amasse a formosa Diana. No entanto, o príncipe desengonçado só amou a sua bruxinha, com aquela cara amassada e cheia de marcas, com aquele corpo desgracioso.

Camila Parker Bowler é uma vitória do amor sobre todos os estereótipos do nosso tempo. Juliana Paes, com seu traseiro formoso, inspiraria amor igual? E Luma de Oliveira, com suas coxas célebres? Seguramente, não. Essa inglesa feia, de 57 anos (ela é até mais velha do que o príncipe) mostrou a todas as mulheres, as que não são jovens, não são belas, nunca aplicaram silicone ou usaram botox, que uma mulher pode ser amada por ela mesma - e para sempre. A obsessão pelos corpos sarados, pelas formas perfeitas, pelo estilo feminino top model foi derrotada por esse obstinado romance.

O romantismo ganhou, o sentimento prevaleceu e as mulheres tidas como feias também podem sonhar com seu príncipe. Seja ele príncipe de verdade, ou de fantasia. Pertença à Casa de Windsor ou à casa nenhuma, com sobrenome Pereira ou Silva.

Camila Parker, quando subiu ao altar, em cerimônia discreta, deve ter se sentido a mais linda das noivas. E certamente, à noite, quando mais uma vez se despiu diante dele, o príncipe vai enxergar não o corpo flácido de uma senhora, mas o corpo esbelto, juvenil, perfeito que possuem todas as mulheres, de qualquer idade, quando são amadas.

Texto enviado pela leitora Fofuxa, do Rio de Janeiro/RJ.
* Heloneida Studart é jornalista, escritora e feminista das boas.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8214

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os homens dizem antes “eu te amo”

Os homens dizem antes “eu te amo”
06/05/2011 | 14:12 | RUTH DE AQUINO

É o que concluiu um psicólogo, Joshua Ackerman, em estudo do MIT a ser publicado na edição de junho do Journal of Personality and Social Psychology. A pesquisa foi feita com 205 homens e mulheres heterossexuais. Um grupo pequeno, eu sei. Mas a conclusão é interessante: eles seriam mais rápidos no gatilho do amor romântico.
Foi assim com você?
Mulheres costumam queixar-se de que os homens não estão a fim de compromisso. Mas, de acordo com essa pesquisa, na hora de se declarar dois terços dos homens dizem essas três palavras mágicas cerca de seis semanas antes das mulheres, em média.
Claro que sempre existe quem desconfie das motivações dessas declarações de amor muito rápidas. No caso, é uma médica, a Dra Laura Berman. O que ela diz é que “o homem oferece amor, carinho e intimidade porque está a fim de sexo. E a mulher oferece sexo porque está a fim de amor, carinho e intimidade”.
Meio clichê, porém…
Tomara que todos se encontrem no meio do caminho. E consigam o pacote todo! Porque é o mais prazeroso.
Se valer meu depoimento, os homens mais importantes da minha vida se declararam antes. Eu preferi esperar. E, com alguns homens, menos importantes, eu só queria sexo e pouca intimidade. É pecado?
http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2011/05/06/os-homens-dizem-antes-eu-te-amo/

domingo, 5 de junho de 2011

Paixão: outra face do amor

Paixão: outra face do amor

12.02.2011| 16:00

Sempre nos perguntamos como identificar um verdadeiro amor. Não é tarefa simples pois temos vários amores durante a vida e, assim como nós, eles também amadurecem e se transformam. Além disso, o amor se confunde com sentimentos como a paixão e a amizade profunda.

Mas é possível termos algumas pistas: o amor é um sentimento menos explosivo que a paixão e mais erotizado que a amizade. Ou seja, se apaixonados, queremos o outro o tempo todo, ficamos sem comer ou dormir para estar a seu lado; quando o verdadeiro amor aparece, ele se apresenta mais calmo e menos possessivo. Para o nosso amor, desejamos o melhor, mas o que ele necessita e não o que nós desejamos e achamos ser o melhor para o outro. O amor admira, compreende e liberta. Mas este amor é desejado para uma convivência de corpos e não só de almas. Se isso acontecer, só encontro de almas, então é amizade profunda.

Costumamos acreditar que o amor é aquele vivido entre duas pessoas que convivem muitíssimo bem, ‘falam a mesma língua’, têm projetos em comum e caminham romanticamente na mesma direção. Mas o amor não pode ser entendido apenas por padrões de convivência. Ele é, antes de tudo, sentimento. Portanto, podemos amar muito alguém e não conseguir ter um relacionamento saudável com esta pessoa. Podemos sim amar várias vezes, o que modifica é a qualidade dos nossos relacionamentos amorosos.

Outra pergunta comum é se é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Se é possível ter sentimentos contraditórios pela mesma pessoa, como amar e odiar, por que não iríamos amar duas pessoas ao mesmo tempo? Mas é raro acontecer, o mais comum é amarmos alguém e nos apaixonarmos por outra pessoa, pois a paixão é sentimento que antecede o amor e muitas vezes finda sem que o amor floresça.

E o que é a paixão? O imaginário, como a paixão, não se contém, não cabe em limites e regras. Quando apaixonados, desejamos ficar despertos pensando no amado, telefonando, encontrando, vivendo devaneios e fazendo retrospectivas de experiências partilhadas. Uma espécie de estado pré-orgástico onde tudo é motivo de felicidade e encantamento. É ardor amoroso, pouco durável, mas cuja queimadura permanece inesquecível.

Ana Maria Valença diz, com incrível propriedade, que a paixão é dialeticamente agonia e ou êxtase, que se consolida como uma dinâmica interior, um movimento conflitual progressivo e dominador. Acredito que em alguns momentos de nossa vida amorosa há o encontro proibido e fascinante da paixão com o amor e quem já teve a sorte de senti-lo recorda que o apaixonado torna-se capaz de viver o agora com sabor de infinito. “Ninguém vive a provisoriedade com tanto sentido de permanência. Ninguém erra com tanta convicção.”

É grande hoje a evitação do envolvimento amoroso, o descompromisso com a emoção e com a pessoa e, em troca, elegem-se experiências passageiras, nenhuma verticalização do sentimento. Mas é grande também a insatisfação, filha do vazio que resulta do não encontro. Vivemos assim uma tristeza amorosa, revelada através de doenças, somatizações, depressões e desencanto pela vida.

Zenilce Vieira Bruno
zenilcebruno@uol.com.br
Psicóloga,pedagoga e sexóloga
http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/02/12/noticiaopiniaojornal,2101575/paixao-outra-face-do-amor.shtml

domingo, 22 de maio de 2011

Livro: Paixão, amor e romance

Quarta-feira, 02 de Fevereiro de 2011
Livro: Paixão, amor e romance

Oitenta figuras públicas deixam sugestões românticas para o Dia dos Namorados no livro "PAR - Paixão, Amor, Romance". Os direitos de autor da obra revertem a favor das instituições APAV e Raríssimas.

Sob a coordenação de António Murteira da Silva e Rui Costa, este livro é ainda uma obra que oferece não só histórias românticas, bem como sugestões de escapadinhas, músicas e receitas, entre as quais, uma sobremesa sugerida pelo Faz Figura para poder surpreender a sua cara metade.

Rita Ribeiro, Maria de Belém, Núria Madruga, Domingos Paciência, Francisco Mendes, Chakall, Rui Unas, Tozé Martinho e João Rôlo são algumas das personalidades que foram interpeladas a sugerir músicas românticas, receitas para jantares especiais a dois, escapadinhas únicas em Portugal.

Tudo a partir de um mote lançado por uma história de amor. Eis «o livro ideal para oferecer a quem ama, seja a sua cara-metade, amigos ou família», promete-se em comunicado sobre esta obra de 116 páginas (13,90 euros). O livro contém ainda vouchers de desconto para diversos serviços como SPAs e restaurantes.
http://www.boasnoticias.pt/noticias_Livro-Paix%C3%A3o,-amor-e-romance_5326.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A fórmula do amor eterno

08/01/2009 - 13:49 - ATUALIZADO EM 09/01/2009 - 16:37
A fórmula do amor eterno

Os avanços da genética e das técnicas para mapear o cérebro ajudam a explicar por que certas paixões duram e outras não
MARCELA BUSCATO E MARTHA MENDONÇA. COM DANILO CASALETTI

O segredo da paixão eterna é a ativação de um circuito na área tegmentar ventral, uma região do mesencéfalo, no meio da cabeça. Certo, não soa nem um pouco romântico, mas essa descoberta de cientistas de duas universidades americanas, noticiada na semana passada, pode ajudar a entender por que alguns relacionamentos duram tanto e outros tão pouco. A área tegmentar ventral é acionada quando algo nos dá prazer. Os pesquisadores das universidades Rutgers e Stony Brook, nos Estados Unidos, detectaram em imagens computadorizadas um pequeno ponto de luz, indicador desse circuito cerebral em atividade, nas pessoas que têm relacionamentos estáveis há pelo menos duas décadas. Pode ser a prova de que não é uma ilusão a paixão que permanece tão intensa quanto no primeiro dia.

“O contexto do início ajudou muito. Jovens, belos, isolados no Xingu, nadando seminus em rios límpidos. Éramos pura sensação, todos os sentidos aguçados no meio do nada, longe da cidade e do barulho. A química foi perfeita, o desejo irrefreável, aquela coisa que sai faísca. Mas o melhor é dizer que até hoje somos assim. Respeitamos a individualidade do outro, mas sentimos muita saudade quando um trabalho nos separa. Trocamos e-mails, pegamos avião para passar um tempo mínimo com o outro. O Ri é muito generoso, o tipo de homem doador. Cada reação dele diante de coisas grandes ou pequenas é coerente, é bonita. E temos muito tesão, sem o qual nada pode seguir adiante”

Bruna Lombardi, 56 anos, e Carlos Alberto Riccelli, 61 anos, estão juntos desde 1978. Conheceram-se gravando Aritana, novela sobre uma índia do Xingu
“É difícil falar do que mais gosto em uma mulher tão linda como a que eu tenho. Dá para dizer ‘tudo’? Na primeira vez que bati o olho, pensei, impressionado, o que qualquer homem pensaria em relação a ela. Adoro os olhos, a boca, as pernas, os pés, o jeito como ela se mexe. A lista é enorme! Mas o melhor é que não é só isso. Atrás daquilo tudo havia uma mulher inteligentíssima, brilhante, apaixonada pela vida. O começo é importante, mas para que dê certo as pessoas precisam querer continuar acertando. Não existe um segredo. As pessoas são diferentes e a interação delas também. O Universo conspira, mas precisamos fazer a nossa parte”
Casais de longa data que se dizem tão apaixonados quanto no primeiro encontro – como alguns dos que contam a ÉPOCA, nestas páginas, como encaram o amor – não estariam, portanto, se iludindo, como apregoam os céticos e os de coração calejado – ou cérebro desligado. Os pesquisadores compararam o cérebro de 17 homens e mulheres que relatavam sentir uma paixão intensa pelos companheiros de décadas com os de namorados há menos de um ano juntos. Um equipamento de ressonância magnética mostrou que, ao verem fotos do parceiro, os cérebros dos apaixonados veteranos reagiram da mesma maneira que os dos namorados recentes: a tal “área tegmentar ventral” foi ativada.

“Nós ainda não temos certeza quanto aos fatores que fazem a paixão durar tanto tempo em alguns casais”, diz o psicólogo Arthur Aron, um dos coordenadores do estudo. Mas há suspeitas de que esses motivos sejam mais uma questão de “quem” em vez de “o quê”. “É preciso escolher a pessoa certa para que a paixão seja duradoura”, diz a antropóloga Helen Fisher, outra coautora do estudo e uma das mais respeitadas especialistas nas transformações cerebrais causadas pela paixão (leia a entrevista).

Os avanços da ciência nos últimos anos podem ajudar na busca pelo parceiro ideal? Ao que tudo indica, sim. As técnicas de mapeamento do cérebro já conseguem mostrar o que acontece com ele quando estamos apaixonados. E a genética está ajudando a explicar por que nos sentimos atraídos por determinadas pessoas e por que outras que teriam tudo para nos atrair se tornarão, no máximo, bons amigos. Já são vendidos testes genéticos com a promessa de unir casais que teriam literalmente nascido um para o outro. Pode ser um pouco precipitado, considerando o estágio atual das pesquisas. Mas até que ponto a ciência pode determinar por quem nos apaixonamos? Os sintomas clássicos do surgimento da paixão – o frio no estômago e as mãos suando – poderiam ser trocados por um impessoal exame de laboratório?
Para algumas pessoas, isso já é realidade. Por US$ 1.995,95, a empresa americana ScientificMatch diz encontrar o parceiro mais compatível geneticamente com seus clientes – mas apenas entre a seleta base de usuários cadastrados em seu site, porque o exame está disponível apenas em algumas regiões dos Estados Unidos. No laboratório suíço GenePartner, um serviço semelhante custa US$ 299. Casais que queiram se certificar de que seus perfis genéticos combinam têm de desembolsar US$ 399. Sete brasileiros já solicitaram os serviços do GenePartner, segundo a bioquímica Tamara Brown, diretora-técnica do laboratório. A empresa já está negociando uma parceria com um site brasileiro. “Planejamos lançar o Enamorados até fevereiro”, diz Christina de Moura Coutinho, sócia do projeto brasileiro. Os testes genéticos devem ter preços semelhantes aos do GenePartner, porque serão feitos no laboratório suíço.

“O amor é uma vibração, algo que você sente e que não tem uma explicação lógica, racional. Quando conheci a Andréia, senti que ali existia algo a mais. Sou uma pessoa muito mística e sabia que ia conseguir conquistá-la. A paixão acontece, depois ela se acalma e o amor é o que fica. Mas a Andréia e eu sempre conseguimos, mesmo depois de tanto tempo, manter a chama acesa. A maturidade e o tempo de relação nos trouxeram algo fundamental: a capacidade de passar pelos momentos bons e ruins da vida de uma maneira muito suave. Fico feliz de ter um bom motivo para voltar para casa todos os dias”

Luigi e Andréia Baricelli, ator e empresária, ambos de 37 anos, estão juntos há 15 e têm dois filhos, de 11 e 7 anos
“Quando conheci o Luigi, ele já era ator e tive um certo receio de me envolver. Mas a insistência dele acabou me conquistando. Lembro que ele queria conhecer a minha família e eu disse que não, que era muito cedo. Certo dia, cheguei em casa e o Luigi estava lá, no sofá, conversando com minha mãe e com minha avó. No dia seguinte, ele trouxe uma mochila e um par de patins e foi ficando em casa. Com sete anos de casados, passamos por uma crise. Foi difícil superar, mas eu me empenhei. Depois disso, nossa relação ficou muito melhor, mais sincera. A cada ano que passa nos damos melhor”
Encontrar o parceiro ideal, prometem essas empresas, não exige mais produzir-se, frequentar bares e festas para solteiros ou enviar bilhetinhos amorosos. Basta passar no interior da bochecha uma haste de algodão previamente encomendada e enviar de volta, pelo correio, essa amostra de saliva e células da mucosa interna da boca. A compatibilidade genética é determinada pela análise de genes chamados MHC (sigla inglesa para “complexo principal de histocompatibilidade”). Eles controlam como o sistema de defesa do organismo reconhece e combate invasores, como fungos e bactérias. Quanto mais diferentes forem esses genes entre os parceiros, maior seria a compatibilidade. É a lógica da sobrevivência da espécie: quanto maior a diferença entre os genes MHC dos parceiros, maior a chance de produzir filhos resistentes a doenças. Parafraseando Manuel Bandeira, autor dos versos “O que tu chamas tua paixão/É tão somente curiosidade”, poderíamos dizer: “O que tu chamas tua paixão/É tão somente histocompatibilidade“.

Estudos sugerem que os MHC influenciam o odor e a saliva. Isso explicaria por que os parceiros mais “compatíveis” conosco (ou seja, aqueles com genes MHC mais díspares) teriam um beijo bom e um cheiro irresistível, enquanto entre aqueles com perfil genético parecido “a química não rola”. O psicólogo Gordon Gallup, da Universidade Estadual de Nova York, concluiu que 59% dos homens e 66% das mulheres que participaram de uma pesquisa perderam o interesse no pretendente depois do primeiro beijo. Ele acredita que eles teriam percebido pela saliva ter um sistema de defesa muito parecido com o do parceiro. Já se tornou um clássico o Estudo da Camiseta Suada, realizado em 1995 pelo cientista suíço Claus Wedekind. Ele pediu a um grupo de homens que vestissem a mesma camiseta por dois dias. Depois, pediu a um grupo de mulheres que cheirassem as camisas e apontassem quais as deixaram mais atraídas sexualmente. Wedekind descobriu que elas preferiam o cheiro dos homens com mais genes MHC diferentes. Em 2005, um estudo da Universidade Federal do Paraná obteve resultados semelhantes quando mulheres avaliaram o odor de homens – mas não quando os homens cheiraram amostras de suor feminino.

Assim como essas pesquisas abrem a possibilidade de testes de DNA para a escolha do parceiro, já há estudos que levantam a hipótese de um determinismo genético também na traição. Cientistas do respeitado Instituto Karolinska, na Suécia, publicaram em setembro um estudo que assustou muitos homens. Eles estudaram 552 pares de gêmeos e suas mulheres e constataram que os homens com duas cópias de determinado gene tinham mais chances de se separar, de não estar casados oficialmente ou de ter um relacionamento em que suas parceiras não estivessem satisfeitas. O pedaço de DNA em questão ganhou logo dois apelidos – “gene do bom marido” e “gene do divórcio” (conforme o ponto de vista). Os próprios autores do estudo se apressaram a dizer que é muito cedo para falar em um exame genético que avalie a probabilidade de sucesso de um relacionamento. Afinal, inúmeros outros fatores estão relacionados ao sucesso de uma união além da simples presença ou ausência de um gene. Falta descobrir muito sobre o genoma humano, mas já se sabe que são raras as situações em que um só gene é o único responsável por determinada característica. Nossa aparência, nossa saúde e o funcionamento da nossa mente são em geral determinados por um complicado quebra-cabeça, que envolve não apenas vários genes, mas também a poderosa contribuição do ambiente em que vivemos.

“Eu sempre via o Carlos num bar que eu frequentava e gostava do que via. Ele usava um cabelo curtinho, com franjinha, tipo romano. Olhos puxados, que são meu ponto fraco. Sempre de short e tênis pretos. Difícil não reparar. Quando fomos apresentados, ele me cumprimentou abraçando minha cintura. Aí não teve mais jeito”

André Piva (à esq.), arquiteto, 39 anos, e Carlos Tufvesson, estilista, 40 anos, estão juntos há 13 anos
“Conheci o André porque fui convidado para o aniversário dele por um amigo em comum. De cara bateu uma atração. Braço forte, cara de matutão, jeito de gente do bem, traços italianos, olhos verdes. Encontrei a minha cara-metade, oportunidade que poucas pessoas têm na vida. Hoje em dia lutamos para que nossa relação possa ser legalizada”
É por esse motivo que nem as empresas que vendem os testes genéticos garantem 100% de acerto em seus testes. Elas não recomendam terminar um relacionamento só porque o exame indicou pouca compatibilidade. Há casais que são ligados por hobbies, religião ou outros interesses em comum. A combinação biológica não é necessariamente o fator preponderante. Embora esses testes tendam a se tornar mais precisos com a evolução dos conhecimentos sobre a química do amor, devem ser encarados como um simples indicador, entre vários outros.

Onde mora a paixão duradoura
Esqueça o coração. Estas são, segundo os cientistas, as áreas do cérebro ativas em quem se diz “intensamente apaixonado” após 20 anos de relação

Mesmo que encarássemos a escolha do parceiro ideal como um processo puramente “científico”, a compatibilidade entre genes MHC seria apenas um dos critérios. Do ponto de vista evolutivo, a meta de cada indivíduo é conquistar um companheiro saudável (garantia de bons genes) e com características psicológicas que revelem disposição para ajudar a criar os descendentes (o que asseguraria a sobrevivência da prole). “Como herdeiros de ancestrais que tiveram sucesso ao se reproduzir, cada um de nós carrega essas estratégias de conquista”, afirma o psicólogo americano David Buss, professor da Universidade do Texas e autor de um estudo com 9.400 pessoas, de 37 culturas, que confirmou a universalidade dos atributos buscados em um companheiro.

As características físicas, sem surpresa, parecem ser os estímulos iniciais da paixão. “Elas são bons indicadores de saúde e vigor”, afirma César Ades, pesquisador da Universidade de São Paulo e especialista em comportamento animal. As mulheres prestariam mais atenção ao rosto dos homens do que ao corpo porque a face mostra sinais de virilidade, como maxilares largos e lábios finos. Como eles são esculpidos pela ação da testosterona, um hormônio determinante nos homens, seriam sinais inequívocos de masculinidade. No caso dos homens, cintura fina e quadris largos estariam entre as características mais observadas e desejadas nas mulheres. Um estudo da Universidade do Texas apontou que a cintura (a esbelta, claro) foi a parte do corpo feminino mais citada em obras da literatura inglesa entre os séculos XVI e XVIII, da poesia chinesa do século IV ao século VI e de dois clássicos da literatura indiana entre os séculos I e III da era cristã. A falta da cintura bem marcada denunciaria gordurinhas abdominais, que, segundo alguns estudos, estariam relacionadas à infertilidade. O tamanho ideal da cintura feminina seria 70% da circunferência do quadril.

Ainda é difícil explicar como as dicas da genética e as características físicas e comportamentais consideradas atraentes se transformam em um sentimento arrebatador. Capaz de fazer o coração disparar, a mente não parar de pensar em alguém e que torna um encontro uma necessidade. Mas a ciência já sabe como o cérebro se comporta de acordo com cada emoção. Inclusive o cérebro dos gays. Usando imagens de ressonância magnética, a pesquisadora Ivanka Savic, do Instituto Karolinska, concluiu que o cérebro de mulheres homossexuais apresenta o mesmo padrão de funcionamento de homens heterossexuais. O mesmo vale para mulheres hétero e homens gays. Ao sentir o cheiro de hormônios masculinos, o hipotálamo é acionado no cérebro das mulheres e dos homens gays. Em seu estudo mais recente, Ivanka descobriu que a amígdala, uma região do cérebro associada às emoções, é ativada da mesma maneira tanto nos homens quanto nas lésbicas.
A descoberta das alterações químicas no cérebro causadas pela paixão abre uma nova possibilidade: criar no futuro drogas que possam agir sobre esses circuitos cerebrais e ajudar a aplacar a dor de um rompimento ou até, quem sabe, fazer alguém se apaixonar. A hipótese foi levantada na última semana em um artigo na revista científica Nature do bioquímico Larry Young, pesquisador de genética comportamental da Universidade Emory, nos Estados Unidos. “Drogas que manipulem os sistemas cerebrais para aumentar ou diminuir o amor podem não estar distantes”, escreve. Young lembra que medicamentos como o Viagra, usado para tratar disfunção erétil masculina, e o antidepressivo Prozac já atuam sobre algumas das substâncias também envolvidas no amor e na paixão. E se pergunta se alguém acharia ruim contar com drogas que manipulem esses sentimentos. “Afinal, o amor é insanidade”, escreve.

Os estudos que retratam o funcionamento do cérebro confirmam a aura de “sentimento que foge à razão” conferida à paixão. A antropóloga Helen Fisher, a autora do estudo com os apaixonados de longa data, diz que a paixão pode ser comparada a um vício. Ela ativa partes do cérebro que integram os “circuitos de recompensa”, aqueles que nos incentivam a conseguir o que causa prazer, sejam doces, jogos de azar ou a pessoa amada. São os mesmos circuitos acionados durante o consumo de drogas. É por isso que romper um relacionamento pode causar uma espécie de crise de abstinência análoga à provocada pela falta de droga no corpo de um adicto.

“Fizemos um teste juntos no teatro, era década de 50. Quando a vi, ela usava uma boininha azul e fumava muito. Os movimentos da Nicete sempre me impressionaram, ela é muito feminina, glamourosa. Até hoje adoro os gestos dela, o sorriso, o olhar. Ela tem um romantismo que se mantém sempre atual, uma afetividade à flor da pele, mas, ao mesmo tempo, uma seriedade e uma preocupação consciente com tudo o que a cerca. Sabemos, juntos, que o mundo não parou, e é isso que nos mantém felizes”

Nicete Bruno e Paulo Goulart, 76 (os dois), atores, estão casados há 54 anos, têm três filhos, sete netos e dois bisnetos
“Quando começamos a namorar, eu tinha 18 anos e só pensava no meu trabalho. Mas de cara achei o Paulo bonitinho. Ele era o galã da companhia de teatro. Ele me conquistou declamando um poema chamado “Único amor”. A voz dele é linda, e isso me marcou muito. Ele também dança muito bem. Adoramos dançar juntos até hoje. Meu marido sempre me passou a ideia de franqueza, confiabilidade, generosidade”
As transformações químicas causadas pela paixão em geral não duram muito, a não ser em casais especiais, como os estudados recentemente por Helen Fisher. Os cientistas estimam que essas alterações persistam por dois anos. Enzo Emanuele, da Universidade de Pavia, na Itália, mediu o nível dos hormônios relacionados à paixão no sangue de 39 casais juntos há dois anos. E confirmou que eles apresentavam uma concentração menor do que pessoas que declararam estar intensamente apaixonadas. Mas isso não significa que a relação esteja fadada a acabar. É nesse momento que ela pode se transformar em amor, um sentimento mais pleno e menos urgente do que a paixão.

No estudo de Helen Fisher, em parceiros de longa data foram ativadas as regiões do cérebro relacionadas à sensação de calma, enquanto áreas ligadas a sentimentos obsessivos e à ansiedade eram acionadas apenas nos casais recentes. Uma pesquisa da psiquiatra italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa, chegou a comparar a paixão ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), caracterizado por comportamentos repetitivos e manias. Quando comparados às demais pessoas, os níveis de serotonina, uma substância com efeito calmante, são até 40% mais baixos em quem sofre de TOC. Ou de paixão.

O amor estaria mais relacionado ao tipo de apego que há entre mãe e filho. “O amor maternal e aquele em que homem e mulher compartilham circuitos cerebrais são muito semelhantes”, afirma o neurocientista Jorge Moll Neto, coordenador da Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental da Rede D’Or de hospitais e laboratórios privados, no Rio de Janeiro. Ambos são moderados pelo hormônio oxitocina, o mesmo liberado em grandes quantidades quando as mulheres amamentam e que cria um laço tão profundo entre mães e filhos. Em uma relação entre homem e mulher, a oxitocina é liberada com o orgasmo. Essa mudança química seria a maneira que a evolução “encontrou” para manter os parceiros que procriaram focados em criar os filhos. Após essa etapa, eles estariam livres de novo para se apaixonar, amar e gerar mais descendentes.

Por enquanto, conhecer a fisiologia das emoções ainda não garante a eficácia dos testes genéticos para encontrar o companheiro ideal nem o desenvolvimento de uma poção do amor. Mas ajuda a entender que é normal a paixão esfriar. Que a dor de um rompimento vai passar assim que a química cerebral acabar. E que estaremos com o coração – e o cérebro – livre para olhar para outro homem de maxilar largo ou para outra mulher de cintura fina. É a nossa natureza.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI20951-15257,00-A+FORMULA+DO+AMOR+ETERNO.html

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vaticano: Papa diz que a sexualidade deve refletir amor divino

Vaticano: Papa diz que a sexualidade deve refletir amor divino
Cidade do Vaticano, 13 mai 2011 (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que o “verdadeiro fascínio da sexualidade” deve chegar dos horizontes abertos pelo “amor de Deus”.

O Papa falava aos participantes num encontro promovido pelo Instituto Pontifício João Paulo II para os estudos sobre matrimónio e família, fundado há 30 anos por Karol Wojtyla.

Para Bento XVI, a proposta católica sobre estes temas tem de “conjugar a teologia do corpo com a do amor, para encontrar a unidade do caminho do homem”.

“Os nossos corpos não são matéria inerte, mas falam, se soubermos ouvi-los, a linguagem do verdadeiro amor”, indicou.

A intervenção papal sublinhou que o corpo humano “ensina o valor do tempo, do longo amadurecimento no amor”.

“É nesta luz que a castidade ganha um novo sentido: não é um ‘não’ aos prazeres e à alegria da vida, mas um grande ‘sim’ ao amor como comunicação profunda entre as pessoas, que exige tempo e respeito”, como caminho”, precisou.

Bento XVI assinalou também que “a família é o lugar no qual a teologia do corpo e a teologia do amor se encontram”.

OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=85714

sábado, 30 de abril de 2011

As armadilhas do amor

As armadilhas do amor
Cinco crenças, ideias e conceitos equivocados que atrapalham os relacionamentos

Alexandre Adoni, especial para o iG São Paulo | 05/02/2011 08:38A+A-

Não ver os defeitos do ser amado, achar que "com jeitinho" tudo vai se resolver ou até mesmo imaginar que é capaz de adivinhar os desejos do outro. Quem é que nunca caiu numa dessas armadilhas em um relacionamento amoroso? O Delas foi conversar sobre o assunto com Lidia Rosenberg Aratangy, psicóloga e terapeuta de casais e família, e Sócrates Nolasco, psicanalista e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A seguir, você entende porque determinadas crenças podem atrapalhar o caminho para uma relação saudável e feliz.

A vida não é um comercial de margarina. Não querer ver os defeitos do outro é uma forma de fugir de conflitos e camuflar a realidade
> Armadilha 1: O amor é cego
Depois de tanto tempo procurando o idealizado príncipe encantado, reconhecer que o parceiro também é de "carne e osso" pode ser altamente frustrante, daí a cegueira. "O amor é cego para que não vejamos no outro o que não nos interessa", explica Sócrates Nolasco. Para Lídia Rosenberg, tal crença estaria apoiada em certo comodismo. "Os parceiros teimam em não enxergar algumas características negativas do outro, ou a encontrar desculpas para explicar as falhas", diz.

Como sair dessa? Abra bem os olhos para as qualidades do parceiro, mas também para os seus defeitos. Afinal, ao entrar em nossas vidas, o outro traz o pacote completo, com coisas boas e ruins. Além disso, para amar é preciso se surpreender mais do que prever.

> Armadilha 2: "Com jeitinho eu mudo ele"
Caímos nessa armadilha quando acreditamos ter o poder e a capacidade de mudar o outro. Tentado resolver as coisas com "jeitinho", driblando a realidade enquanto cria-se um roteiro ideal para a relação. "Isso pode gerar uma onda de manipulação e controle para que tudo saia como se estabeleceu em um script. Todavia, uma relação não tem script porque ela acontece entre dois diferentes, que constroem, dia a dia, o que o casal considera relevante e valioso para ambos", explica Nolasco.

Como sair dessa armadilha? É preciso um pouco de humildade. "Reconhecendo que o outro não é feito sob medida para agradar e que as pessoas só mudam quando a própria pessoa está incomodada com aquele comportamento", aconselha Lídia. Mas se o jeito, mania ou atitude for intolerável, melhor abrir mão da estabilidade em favor de um futuro mais feliz, quem sabe com outra pessoa compatível.

> Armadilha 3: "Adivinho seus desejos"
Armadilha muito comum quando o nível de intimidade do casal parece ser muito grande. "Adivinhar os desejos do outro é querer antecipar-se às insatisfações vividas por ele, livrá-lo delas. Como se o outro, sem seu próprio mal-estar, se tornasse um eterno devedor apaixonado", ressaltou Sócrates.

Como sair dessa armadilha? Comunicar-se mais com seu parceiro ao invés de adivinhar o que ele está pensando pode ser uma boa maneira. "É aprender a perguntar e a respeitar a resposta", diz Rosenberg. "Se cada um de fato adivinhasse sempre os desejos do outro, não haveria nada a ser descoberto e a relação morreria de tédio".

> Armadilha 4: "Agora somos um só"
Sabe aquela história de encontrar "a outra metade da laranja" para, então, sermos um só? Trata-se de mais uma crença de sucesso equivocada. "A tentativa de ser um só com o outro aparece quando fracassamos nesta empreitada com nós mesmos", analisa Nolasco. Geralmente, caímos nessa armadilha em momentos de insegurança: "Acontece quando a gente morre de medo das diferenças e tenta congelar o vínculo e o parceiro numa imobilidade incompatível com a vida", situa Lídia Rosenberg.

Como sair dessa? É preciso aprender a gerenciar inquietude que o parceiro provoca. "Se o que procuramos em uma relação é ser um só, não seremos nada", frisa o psicanalista. Na verdade, as relações existem para que sejamos muitos e diferenciados, bobagem é deixar de viver plenamente por medo dos ricos.

> Armadilha 5: "Eu amo o suficiente por nós dois"
Teoricamente, um casal é formado por dois indivíduos que se amam reciprocamente. Mas nem sempre é assim, às vezes a relação está afundando e teima-se em salvá-la "amando pelos dois". E é justamente neste momento que se cai nesta armadilha: "É quando se deixa tomar pela onipotência e pela cegueira, que leva a negar a existência do outro, com seus desejos e escolhas", diz Lídia. Nolasco frisa que isso não tem nada relacionado com amor: "Amar por dois significa não amar ninguém, pois quando se ama suporta-se a desigualdade de sentimentos, sejam eles quais forem", afirma.

Como sair dessa armadilha? É preciso recobrar o amor-próprio e levantar a cabeça. Também é preciso sempre lembrar que uma relação amorosa é movida pelos desejos e interesses de duas pessoas diferentes. O amor de um pode ser ilimitado, mas não é onipotente.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/as+armadilhas+do+amor/n1237984114808.html

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Marte e Vênus? Nada disso! Homens e mulheres amam da mesma forma

Marte e Vênus? Nada disso! Homens e mulheres amam da mesma forma
Por Natasha Romanzoti em 11.04.2011 as 23:42 e atualizado em 26.04.2011 as 16:50

O best-seller de auto-ajuda, “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus”, publicado em 1992, sugere que homens e mulheres pensam e agem de forma muito diferente em relacionamentos. Em outras palavras, era como se viessem de planetas diferentes.
Agora, novas pesquisas científicas aparecem para discordar: na verdade, todos agem de maneira muito semelhante quando estão apaixonados, seja homem ou mulher, heterossexual ou homossexual.
Os pesquisadores pediram a 24 voluntários que estavam vivendo um amor, entre 19 e 47 anos, e em relações que duravam de 4 meses a 23 anos, para observar fotos de seus parceiros, bem como fotos de amigos do mesmo sexo que seus parceiros, mas a quem eram romanticamente indiferentes.
Metade dos participantes eram do sexo feminino (6 heterossexuais e 6 homossexuais) e metade era do sexo masculino (6 heterossexuais e 6 homossexuais). Todos se declararam apaixonados e em um relacionamento sexual com seu parceiro.
Enquanto eles observavam as fotos, seus cérebros foram escaneados com ressonância magnética funcional. Todos os participantes do estudo foram solicitados a classificar seus sentimentos em relação a seus parceiros românticos, antes e após a ressonância.
Os resultados mostraram um padrão similar de atividade entre os diferentes grupos, e envolveram a ativação de ambas as áreas corticais e subcorticais, principalmente as áreas ricas em neurotransmissores dopaminérgicos (que causam o “sentir-se bem”).
Essas áreas incluíam o hipotálamo, a área tegmental ventral, o núcleo caudado e o putâmen, bem como a ínsula, o hipocampo e o córtex cingulado anterior. A atividade dopaminérgica está fortemente ligada a atividades neurotransmissoras como as mediadas por ocitocina e serotonina, importantes na regulação das relações emocionais e de ligação entre os indivíduos.
Os estudos também mostraram que o amor pode ser cego. Há uma extensa desativação de grande parte do córtex cerebral quando os amantes visualizam fotos de seus parceiros românticos. As áreas desativadas envolvem partes do cérebro críticas para o julgamento.
Os pesquisadores afirmam que o estudo foi influenciado pela literatura mundial, de Platão a Shakespeare, Dante, Rumi, Verlaine e outros, em que sentimentos muito semelhantes são expressos tanto no contexto das relações de sexo oposto quanto do mesmo sexo, e essa ambiguidade se refletiu nos resultados. [Telegraph]
http://hypescience.com/marte-e-venus-nada-disso-homens-e-mulheres-amam-da-mesma-forma/

terça-feira, 19 de abril de 2011

Você tem fome de amor?

Você tem fome de amor?
Sexóloga explica o que que está por trás da carência afetiva e mostra os caminhos da superação

05/01/2010

Por Maria Helena Matarazzo*

Fome significa ausência, falta, privação - pode ser tanto de alimento como de amor. Em termos de alimento, existem vários tipos de fome. A fome pura e simples, fome oca, por falta de ter o que comer. A fome oculta, bastante generalizada na sociedade do fast food. O que significa que as refeições são cada vez mais fast menos food, oferecem cada vez menos substâncias nutritivas. E existe ainda a fome insípida, que é causada pela monotonia - sempre arroz e feijão.

Carência, por sua vez, é fome de amor. É um estado passageiro ou crônico de subalimentação emocional. As sensações são tanto psicológicas como físicas: dor no peito e na boca do estômago, sensação de vazio, de frio. Pode haver motivos profundamente arraigados em cada um de nós para essa fome. Em geral, está ligada a falta, a perda. Perder significa ser privado de, cessar de ter. Se sofremos uma perda de um ser querido por morte, divórcio ou rejeição, a fome vai crescendo e ficamos desnutridos emocionalmente. Às vezes, chegamos a acreditar que vamos morrer de fome.

Provavelmente não morremos, porque nosso coração tem "sete vidas". Entretanto, muitas vezes essa fome crônica é capaz de gerar uma reação extremada. Para não senti-la, podemos amortecer em nós mesmos essa necessidade de amar e de sermos amados, e então ficar como um peixe frio. Se congelarmos uma parte do nosso corpo ou do nosso coração, não vamos sentir nem o bom nem o ruim. Nada. Mas não nascemos para ser icebergs, e sim para ser humanos. Somos vulneráveis tanto ao amor como à falta dele.

O coração humano só se tornaria perfeito se virasse inquebrável. Como isso nunca vai acontecer, é melhor deixá-lo pulsar - assumindo o risco de amar, de ir em busca do amor.

Reaquecer o próprio corpo, o coração, dói, mas vale a pena. Às vezes, é preciso ter ajuda de um especialista. Se congelarmos nossas emoções, nossos sentimento, nos sentiremos protegidos ("Nada me atinge, portanto não posso ser ferido"). O medo da rejeição, do abandono é tão grande que para evitar o sofrimento criamos uma dupla proteção. Só que isso é um mecanismo de defesa contra a dor. Na vida é assim: aparecem ameaças, perigos de todos os tipos e aprendemos a enfrentá-los. Só que exageramos na dose, aprendemos "bem demais". Criamos proteção exagerada. Então, o que acontece é uma over reaction, ou seja, uma reação exagerada ao contrário. Aí não vamos sentir nem a dor nem o prazer. Mas essa é uma falsa sensação de invulnerabilidade.
Não existe imunidade contra o sofrimento. Todos carregam as cicatrizes de mil ferimentos. Os da infância, os da adolescência, que às vezes ainda sangram, os da idade adulta, dos sonhos não vividos. Como fazer com que todos desapareçam?

A resposta não é se fechar, não é se bloquear, não é se trancar a sete chaves para se defender da vida. A resposta está em se fortalecer para ter a coragem de viver e esperar da vida aquilo que ela pode nos dar. No seu livro "Faça as pazes com a vida - Aprendendo a conviver com as perdas", Ana Stearns explica que uma das conquistas mais difíceis é nos liberarmos das expectativas irreais sobre o que sentimos que a vida deveria ser. Ela deveria ser mais justa em sua distribuição de dor e sofrimento. Deveria proporcionar mais oportunidades de crescimento pela via da felicidade que do sofrimento. As pessoas de quem gostamos não deveriam ter problemas nos momentos em que mais precisamos delas. O fato de termos aprendido tanto com o sofrimento deveria poupar-nos de qualquer dor no futuro. Mas cada uma dessas idéias é uma expectativa irreal.

A vida é o que é. Todos somos vulneráveis e carentes. Ana Stearns conclui dizendo que à medida que nos libertamos das expectativas irreais em relação à vida, começamos a recriar nós mesmos, nossos objetivos, nossas relações com os outros. Como nossas expectativas quanto a nós mesmos e aos outros se tornam aos poucos mais realistas, fica mais difícil nos iludirmos e mais fácil nos satisfazermos.

Não existe seguro contra o risco de amar. Há muita dor no amor e, claro, sempre existem riscos. Não podem nos impedir de pensar se não existiria um jeito melhor de viver em que a dor não viesse sempre misturada ao prazer. Mas na vida é assim: ou você pega os dois ou fica sem nada. Dor e prazer são o pão cotidiano dos homens. Talvez o mais importante seja amar e aprender.

*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de "Amar é preciso" e "Nós dois".
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7671

domingo, 6 de fevereiro de 2011

LA CAPACIDAD DE ENAMORARSE

LA CAPACIDAD DE ENAMORARSE

Flores Colombino: "La sexualidad y el amor en el otoño de la vida"
* El doctor Andrés Flores Colombino, especialista en psiquiatría, geriatría-gerontología y sexología clínica dialogó con LA REPUBLICA sobre la evolución y vivencia de la sexualidad y el amor en el adulto mayor.
TRINIDAD RODRIGUEZ

Doctor Flores Colombino, especialista en psiquiatría, geriatría-gerontología y sexología clínica.
"Toda la historia de la humanidad es una gran búsqueda de la potencia eterna para lograr la actividad sexual hasta la muerte; que la mujer la tiene naturalmente y según los hermanos Master y Johnson, la mujer puede realizar el coito, aunque no quiere decir que disfrute. En el varón se considera que hasta los 70 años puede tener relaciones sexuales". "La sexualidad del adulto mayor en este momento tiene una dimensión antropológica y biotecnológica totalmente diferente que en otras épocas, porque hay recursos farmacológicos como es el cialis, entre otros, que es un medicamento que ha logrado que la sexualidad del varón pueda ser mantenida a pesar de los años. Y también el hecho de que la mujer durante el siglo pasado haya logrado el orgasmo, gracias a la revaloración del clítoris y al hecho de la desculpabilización de la masturbación que se ha transformado en una fuente de autoconocimiento y descubrimiento de las posibilidades eróticas de cada mujer". "Antiguamente se le quitaba valor a la consideración de este tema porque es una edad no reproductiva, pero hoy en día la parte erótica es muy importante y esa es la parte que se puede vivir; tanto que le llamamos la 'edad del erotismo' porque ya que no es la edad de la reproducción, lo es del erotismo que es la otra dimensión de la sexualidad".



"LA CAPACIDAD DE ENAMORARSE SE MANTIENE HASTA LA MUERTE"

"La relación sexual en el adulto mayor en otras épocas era considerado un simple contacto físico o el enamoramiento, el afecto, 'un poquito de calor en los días de invierno'; hoy en día se considera que las relaciones sexuales entre personas, incluso de diferente edad o entre personas mayores, son actividades sexuales coitales completas y que pueden ser o no acompañadas de afecto".

"La capacidad de enamorarse se mantiene hasta la muerte. Sabemos que contribuye mucho a la estabilidad de la pareja y a un redescubrimiento de los afectos que en otras épocas se comparaban con el acostumbramiento, el hábito y hoy en día sí pueden ser manifestaciones de enamoramiento y auténtico amor".

"Esos enamoramientos algunas veces son actuados con cambios de parejas u otras veces no, porque tienen un alto grado de idealización, dan lugar a la desidealización y las personas vuelven a sentirse sensatas y equilibradas; y se dan cuenta que su enamoramiento no necesariamente tiene que llevarlos a la ruptura de la pareja para formar otra nueva". "Toda estas cosas son conocimientos actuales hay toda una bioquímica del amor que se mantiene intacta con el paso de los años. En el enamoramiento predomina la feniletilamina y en el amor la endorfina".



AMAR...

"¿Existe el amor después de la juventud, después de la adultez, en la adultez mayor, en la última edad de la vida? Recuerdo que un amigo psicogeriatra respondió a la misma pregunta con un sí rotundo. Pero agregó: 'Siempre que conserve la capacidad reparatoria'". "La capacidad de amar y la capacidad de ser amados son las dos condiciones básicas de la calidad de vida del adulto mayor. No todos poseen capacidad de amar: no la han desarrollado o la han perdido". "En mi caso simplifico la idea kleiniana afirmando que quien ama es capaz de ver a la otra persona con sus partes buenas y malas, al mismo tiempo, aceptándola tal cual es, sin pretender cambiarla. Pues la simpatía genuina implica identificación con el otro, colocándonos en el papel de buen padre y de buen hijo, eliminando los motivos de nuestro odio y reparando nuestros agravios fantaseados". "La segunda condición básica para alcanzar el amor en el adulto mayor: manejo del narcisismo y capacidad reparatoria. No es raro que muchas personas mayores hagan un repliegue narcisista y que demanden afecto y atención, renunciando a su capacidad de dar amor. El resultado es que también pierden la capacidad de recibir el amor, pues temen crearse la obligación de responder, de devolver, de reparar, y utilizan mecanismos de negación y de encasillamiento con mayor frecuencia (Zinberg y Kaufman, 1976). Pero cada uno envejece diferente, se va dejando de ser joven poco a poco. La salud mental de cada uno es fundamental y marca la diferencia, aunque la salud física y social no son menos relevantes".



¿EL MATRIMONIO MATA EL AMOR?

"El conocido aburrimiento de la larga convivencia ('el matrimonio mata el amor'), no es un destino de todos. Refiere a los problemas derivados de la sensación de asfixia, generada por el exceso de contigüidad (Frings Keyes, 1981). Pero no hay exceso cuando el amor está vivo. Todo es cuestión de encontrar la modalidad adecuada para la convivencia de acuerdo a los caracteres y a los intereses personales.

"Existen seis formas de ajuste de la pareja añosa: simbióticas, defensivas, dependientes, disociadas, románticas e integradas. Cada una encontró algún factor fundante y cohesionante: la interdependencia obligada, el blindaje paranoide, la adscripción pasiva a otro grupo familiar, la independencia mutua, el amor sentimental como eje del vínculo y la dinámica renegociación realista de la vida, integrando las tres dimensiones del tiempo: pasado rico, presente disfrutable y futuro lleno de sentido".



CARACTERÍSTICAS DEL "AMOR OTOÑAL"

"De alguna manera, el amor otoñal en cada tipo de las parejas mencionadas es por sobre todas las cosas realista: acepta las arrugas del otro, la sordera, las pequeñas mañas, las depresiones peculiares, los gustos y preferencias, así como el manejo del dinero cada vez más restrictivo, incluso las infidelidades del pasado son finalmente elaboradas cuando existieron. Según estadísticas, el 50 por ciento de las parejas que no son interrumpidas por la viudez, envejecen juntas sin problemas. La otra mitad convive en medio de un infierno pequeño, mediano o grande, con diversos grados de separación y divorcio, bajo el mismo o diferente techo".



EL AMOR INVERNAL

"Debiéramos hablar del 'amor invernal', pues si aceptamos que la vida humana nace en primavera, crece en verano, madura en otoño y desfallece en invierno, la adultez mayor correspondería al invierno y no al otoño. Tal vez fuimos influidos por el cambio semántico que los propios adultos mayores han logrado para designar a esta etapa de la vida. Ya no vejez, ya no tercera edad, sino adultez mayor. En el Uruguay, un viejo profesor de la Facultad de Medicina y Decano de la de Humanidades escribió un libro que denominó 'Vejentud, humano tesoro' (Tálice RV 1979). Vejentud es más parecida a juventud, que está glorificada". *
http://www.larepublica.com.uy/comunidad/141879-flores-colombino-la-sexualidad-y-el-amor-en-el-otono-de-la-vida