terça-feira, 19 de abril de 2011

Disfunção erétil

Disfunção erétil
Conheça as causas, as formas de diagnosticar e tratar o problema

da redação
10/11/2009

Costuma-se dizer que a impotência sexual é o grande medo dos homens. Verdades à parte, o fantasma já assusta cerca de 25 milhões de brasileiros, que são incapazes de obter ou manter uma ereção suficiente para penetração e ter uma relação sexual satisfatória. O problema pode ocorrer em homens de todas as idades, e não é uma conseqüência natural do envelhecimento. Engana-se quem pensa, então, tratar-se de uma maldição do destino.

Hoje, sabe-se que a disfunção, além de estar relacionada com problemas orgânicos e psicológicos, pode ser causada também por maus hábitos de vida, como fumo, álcool, má- alimentação e sedentarismo. Mas se depender dos laboratórios, esse mal está com os dias contados. Não faltam no mercado medicamentos para combater a disfunção erétil. Existem, no entanto, outras formas de tratamento, recomendadas de acordo com o diagnóstico. A boa notícia é que, em 90% dos casos, a impotência é solucionada.

Nas páginas que seguem, você vai saber as causas, as formas de diagnosticar, os tratamentos, e como prevenir.
De acordo com o diretor do Instituto Brasileiro para a Saúde Sexual (Ibrasexo), Alfredo Romero, alguns problemas orgânicos podem causar impotência, como a diabetes (responsável por problemas circulatórios) e distúrbios neurológicos, endocrinológicos (hormônios) e anatômicos (alterações nos tecidos do pênis). As causas psicológicas estão relacionadas com ansiedade, depressão e estresse, e são responsáveis por 70% dos casos em pacientes jovens, e 35% nos idosos

Romero ressalta que existem também os problemas causados pela pessoa, como o fumo em excesso, o álcool, a má alimentação e o sedentarismo. "Quanto ao tabagismo, estudos mostram que uma grande quantidade de nicotina no organismo impede a circulação nas artérias dos tecidos cavernosos (responsáveis pela rigidez do pênis), levando a uma deficiência de ereção", explica.

O especialista acrescenta que o álcool, em pequenas doses, pode até ser um incentivador das relações. Duas doses de qualquer destilado, vinho ou cerveja, por exemplo, funcionam como vasodilatador e são aceitáveis. Em contrapartida, o exagero pode provocar uma falha na comunicação com o cérebro; e o fígado danificado também altera a síntese hormonal, levando à dificuldade de ereção.

Pode parecer estranho, mas uma alimentação rica em gordura pode trazer reflexos depois dos 40 anos. "O pênis nada mais é do que uma grande veia, pois o sangue circula por ele 24 horas por dia. Ou seja, tudo o que houver de ruim no sangue passará pelo órgão genital masculino. O sedentarismo apresentará resultados iguais ao da má alimentação. O homem tem sua atividade sexual eminentemente hidráulica e qualquer coisa que atrapalhe a circulação causará disfunção", completa Romero.

Diagnóstico

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o paciente pode preencher questionários para determinar índices de disfunção erétil, e se submeter a avaliações psicológicas. Também são realizados exames de sangue, nos quais são avaliados dosagem hormonal, glicose, colesterol e triglicérides.

De acordo com Romero, o diagnóstico deve ir desde a avaliação da próstata e da uretra, dos hormônios, até o teste de ereção farmacoinduzido, a cavernosometria e cavernosografia (para saber a quantidade de sangue que circula no pênis e verificar toda a arquitetura dos tecidos cavernosos) .

Os distúrbios que levam à impotência masculina se dividem em leve, moderado e grave.
A Sociedade Brasileira de Urologia afirma que existem diversos tratamentos para disfunção erétil. É fundamental, no entanto, que sejam recomendados por um médico capacitado, de forma que não traga prejuízos para o paciente.

Dependendo do caso, alguns métodos podem restaurar completamente a capacidade de ter ereções, como a psicoterapia, a reposição hormonal e a restauração vascular. Existem, ainda, outros artifícios, como o implante de prótese peniana, que resolve satisfatoriamente o distúrbio, além das medicações de uso oral, auto-injeções, medicamento de uso intra-uretral e dispositivo de vácuo.

Romero explica que o tratamento com drogas vasoativas intracavernosas dura em média 3 meses, com aplicações de duas a três vezes na semana de medicamentos injetáveis no órgão genital masculino. "Eles devolverão a elasticidade e o relaxamento dos tecidos cavernosos e aumentarão o fluxo sangüíneo no pênis, não há nenhum mistério. Somado a isso o homem deve ter relação sexual para ativar o efeito e se houver problema hormonal é equilibrado", completa.

Segundo o especialista, o implante da prótese peniana, que pode ser hidráulica ou semi-rígida, normaliza pelo resto da vida sua função sexual e é o que tem maior índice de sucesso. São mais de 97% de bons resultados desde que bem indicada. A prótese hidráulica permite uma maior irrigação do órgão, ao passo que a semi-rígida proporciona rigidez. "Não existe malefício ou benefício nas duas, depende é do poder aquisitivo do paciente", afirma.

E quanto aos medicamentos orais, como Viagra, Cialis e Levitra? Para Romero, suas indicações são bem específicas e funcionam para os que têm um problema orgânico ou psicológico muito leve. São paliativos, mas contra-indicados aos que tomam medicamentos com nitratos e nitritos (geralmente vasodilatadores coronarianos).

A psicoterapia de apoio também é muito importante, pois, às vezes, a relação afetiva pode estar desgastada pelo longo período em que o problema ficou obscuro. Os casos graves merecem um diagnóstico mais elaborado, como o de um diabético.

Prevenção

"Este é o ponto principal para que caminhemos para uma redução dos casos de impotência entre os homens", acredita Romero. É importante prevenir, mantendo uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e carne branca. Além da mudança de hábitos, como a redução de agentes externos como o fumo, o álcool, o stress e o sedentarismo.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=7569

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