Todo mundo tem problemas sexuais
De impotência a frigidez, saiba o que acontece com o seu corpo na maturidade
11/09/2009
Por João Roberto Azevedo*
A função sexual continua por toda a vida. O adulto jovem utiliza seu relacionamento sexual como importante meio de expansão emocional de acordo com seus valores culturais. O casamento traz nova dimensão à função sexual, envolvendo a relação síncrona entre duas pessoas. Os filhos trazem novo estágio ao desenvolvimento sexual com o aparecimento da figura do pai e da mãe com todas as suas repercussões. Alguns problemas, no decorrer da vivência da sexualidade, podem e devem ser superados.
O climatério, para algumas mulheres, é um período que traz problemas psicológicos, pois o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres, entretanto, descobrem nesta fase uma nova liberdade.
O homem, por sua vez, não tem o problema da diminuição da fertilidade, sendo bem conhecidos casos de homens que tiveram filhos até com noventa anos de idade. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual, sendo um mito em nossa cultura o fato de a maturidade ser assexuada.
Com o avanço da idade, há uma tendência à diminuição da função sexual, havendo uma queda na freqüência das relações sexuais. Após a menopausa, a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes plenamente corrigidos com o uso de medicação apropriada.
O homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas, na grande maioria das vezes, a impotência se deve a fatores emocionais. É importante saber que o uso de determinados medicamentos, como anti-hipertensivos, tranqüilizantes, etc, pode provocar a impotência no homem. O álcool e o fumo também podem diminuir a potência sexual.
Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença formam a situação mais comum geradora de impotência. É a pessoa sabedora de ser portadora de diabetes, por exemplo, que passa a ter impotência unicamente devido a problemas emocionais. O sentir-se velho pode constituir por si só uma causa da impotência. Aqui deve ser destacada a depressão, a ansiedade e angústia.
A impotência atinge profundamente o homem, gerando baixa auto-estima e infelicidade. Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes. O idoso, em geral, apresenta componente orgânico associado ao psicológico. Já existem medicamentos para uso oral que têm eficácia comprovada são bem tolerados no tratamento da impotência.
É importante reforçar que a atividade sexual permanece na maturidade, ainda que haja uma diminuição na sua freqüência. Nessa fase, além da satisfação física, o sexo reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra. Junto ao sexo também estão valores muito importantes, que o tempo ajuda a conquistar: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
Tanto o homem como a mulher continuam a apreciar as relações sexuais pela vida afora, independentemente da idade que tenham.
As alterações que ocorrem na mulher (como a secura da vagina, por exemplo ) ou no homem ( como a diminuição no tempo de ereção), bem como a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual.
A boa adaptação é o principal fator que determina o prazer sexual. A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental.
*João Roberto D. Azevedo é médico, responsável pelo projeto Ficar Jovem Leva Tempo
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7443
Nenhum comentário:
Postar um comentário