De noite, na cama
Sexo bom ainda se faz em casa, diz especialista
Por Maria Fernanda Schardong
08/06/2010
Ele diz que está cansado, ela reclama da enxaqueca. Ele sugere o dia seguinte, ela aceita já de costas. Segundo uma pesquisa realizada pelo site americano iVillage, a rotina é a grande vilã quando o assunto é sexo entre pessoas casadas. A previsibilidade faz a brincadeira perder a graça também para as brasileiras. Segundo especialista em relacionamentos, para aproveitar as delícias que o sexo pode proporcionar, é preciso mudar de atitude, de posição, variar a hora, descobrir o melhor lugar. Mas pode manter o parceiro.
Grande parte das 2000 entrevistadas pela enquete - todas casadas -, afirmaram que o melhor sexo é com o marido. Mas a frequência está abaixo do desejável, ou seja, de duas a três vezes por mês. Não à toa, 41% delas dissseram preferir boas horas de sono ao esforço que o sexo exige. Dentre os motivos da insatisfação na cama, as mulheres dizem saber desde a duração do sexo até o dia da semana escolhido para terem relações com os parceiros.
O psicólogo da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em relacionamentos amorosos Aílton Amélio de Souza diz que, até certo ponto, a rotina pode ser sinônimo de estabilidade.“Depois de certo tempo é normal que muitas coisas na vida se tornem previsíveis, não só o sexo. A grande questão é não deixar passar do ponto. Há um limite entre o estável e a rotina, e cada um deve encontrar o seu.Tudo vai de acordo com o temperamento de cada um, com o sentimento que existe entre o casal, a confiança entre o parceiros, enfim, um conjunto de fatores que irá influenciar o sexo”, explica ele.
A exemplo das americanas, as mulheres brasileiras também parecem estar um tanto insatisfeitas com a vida sexual. Pelo menos é essa a percepção que o psicólogo e autor do livro “Relacionamento Amoroso”, da Editora Publifolha, tem em seu consultório. “O que se dizia antigamente é que elas evitavam o sexo. Entretanto, hoje em dia, as mulheres têm reclamado bastante da falta de sexo. E o conselho que eu dou é sempre o mesmo: procure por qualidade de vida, busque desafios e conhecimentos, cuide da saúde e da aparência. É tudo uma questão de atitude perante à vida. E que irá refletir de maneira positiva na cama. Mas claro, se ainda houver sentimento, admiração e confiança entre o casal”, aconselha Amélio de Souza.
Para quem já passou dos 50, a idade também pode até trazer algumas dificuldades na hora do sexo, mas muito menos do que se imagina. Embora a frequência e a vitalidade diminuam um pouco, ainda sim é possível ter um bom sexo na maturidade.
“Logicamente que fatores como a condição física e a questão hormonal estão ligadas à qualidade do sexo, mas é absolutamente normal manter boas relações sexuais depois dos 50, 60 anos. O sexo depende do interesse, da atração, admiração, confiança e também da forma como cada um o encara na vida. E se o sexo tem hora marcada e dia certo para acontecer aconselho a procura de um especialista urgentemente”, finaliza o especialista.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7876
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