A justiça sueca condenou nesta terça-feira (18) 23 mulheres e um homem por pornografia infantil. As mulheres, que têm entre 38 e 70 anos, foram condenadas ao pagamento de multas que variam de US$ 380 e US$ 2700 e cumprem suas penas em liberdade condicional. A corte do distrito de Falu considerou o caso inédito por causa do envolvimento de tantas mulheres. A pedofilia é, em geral, associada a homens.
Elas receberam via internet vídeos e imagens de sexo infantil repassados por um homem e falaram com ele sobre o conteúdo, manifestando inclusive seu interesse sexual por crianças. O homem que repassou o material pornográfico foi condenado a um ano de prisão.
O homem entrou em contato com as mulheres separadamente, via internet, e manteve um relacionamento com pelo menos metade delas. Elas não se conheciam entre si, mas tiveram a mesma reação: receberam e comentaram as imagens de meninos e meninas em situações sexuais e não denunciaram a pornografia infantil.
Cinco mulheres admitiram ter visto o conteúdo. Outras argumentaram que não estavam cientes dos conteúdos dos arquivos ou tinham se esquecido do que viram. E uma alegou que seu computador havia sido usado por outra pessoa.
Segundo a polícia sueca, o homem parecia buscar mulheres vulneráveis, que haviam sofrido perdas familiares ou estivessem estressadas. Mas nenhuma situação traumática pode servir de desculpa para aceitar em silêncio ou até incentivar a pedofilia.
É difícil discordar da decisão da justiça da Suécia. As mulheres podem não ter sido tão responsáveis quanto o homem na produção e difusão do conteúdo pornográfico. Mas são culpadas, no mínimo, de conivência com um criminoso.
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