segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Investigadores do Porto estudam disfunção erétil


Investigadores do Porto estudam disfunção erétil

Investigadores da Faculdade de Medicina do Porto vão testar se as células da medula óssea podem regenerar os vasos sanguíneos do pénis. Isto pode vir a prevenir a disfunção erétil. O projeto já valeu à equipa um prémio internacional, atribuído pela Sociedade Europeia de Medicina Sexual, no valor de 30 mil euros.

A investigação - que se debruça sobretudo nos diabéticos, grupo onde a disfunção erétil é muito comum - está a ser desenvolvida por Carla Costa, Ângela Castela e Pedro Vendeira, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em colaboração com o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).

Até agora sabe-se que os homens diabéticos têm uma probabilidade acrescida de sofrer de disfunção erétil, devido aos efeitos que a doença tem sobre os vasos sanguíneos. O que esta equipa quer estudar é a probabilidade de se utilizar as células da medula óssea para regenerar o pénis diabético, informa o comunicado enviado pela instituição ao Boas Notícias.

Para isso, os investigadores vão usar ratos de laboratório que sofrem da mesma doença e destruir-lhes a medula óssea. Depois vão transplantar células de outra medula óssea e analisar até que ponto elas conseguem regenerar o tecido dos vasos do pénis.

"Este tipo de abordagem é único nesta área", disse Carla Costa, a líder do projeto, no comunicado. “Sabemos que, nos homens diabéticos, as células da vasculatura do pénis morrem mais e mais precocemente. Quando uma célula morre, o organismo tende a repô-la”, explica Carla Costa, líder do projeto.

“Há células da medula óssea que podem ser recrutadas para áreas lesadas e diferenciarem-se para revestir a vasculatura de vários órgãos, mas não sabemos se o mesmo resulta para o pénis. É essa a hipótese que vamos testar”, concluiu.

Seguidamente os investigadores pretendem avaliar o efeito dos medicamentos usados para tratar a disfunção erétil sobre a função vascular do pénis diabético. “Suspeitamos que esses fármacos possam potenciar a regeneração vascular peniana eventualmente através do recrutamento de células da medula óssea e, se assim for, poderemos elaborar futuros estudos clínicos”, conclui Carla Costa.

Este projeto já valeu à equipa um prémio internacional, atribuído pela Sociedade Europeia de Medicina Sexual, no valor de 30 mil euros.

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes] 
http://www.boasnoticias.pt/noticias_Investigadores-do-Porto-estudam-disfun%C3%A7%C3%A3o-er%C3%A9til_8528.html

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