terça-feira, 13 de março de 2012
Da Redação
Autora do livro Masculino e Feminino: a primeira vez, Silmara Conchão, mestra em sociologia pela USP e professora do Departamento de Saúde da Coletividade e Vice-Coordenadora de Extensão da Faculdade de Medicina do ABC, em entrevista ao RD, aborda temas relacionados a práticas sexuais e afetivas dos jovens, além de tabus e moralidade hipócrita que envolvem este tema.
A pesquisa foi feita em 2008 e faz parte da tese de mestrado de Silmara, que ouviu 27 jovens entre 18 e 19 anos sobre a vida sexual deles, e, posteriormente, resultou no livro. Segundo a socióloga, por mais que a sociedade avance tecnologicamente, o tema sexo ainda é tabu, “Sabemos que as práticas sexuais na adolescência de hoje vem se modificando”. A pesquisa se propõe a conhecer este contexto.
Silmara critica o tratamento dado pela sociedade para temas relacionados à sexualidade de adolescentes e afirma, “Ainda tratamos tudo muito no campo do proibido”. O livro traz tais questões para o campo dos direitos humanos, “Falar de direitos sexuais e reprodutivos é defender que os adolescentes devem ter acesso a informações adequadas, métodos contraceptivos gratuitos e a livre expressão da sexualidade”.
A socióloga ainda critica a falta de diálogos abertos, “Percebi por meio da fala deles que temas como amor, sentimento, amizade e sexo não levados em consideração. Então a família espera que a escola faça, a escola espera que a família faça e ninguém faz”.
Silmara fala ainda sobre o papel da saúde pública e educação neste contexto, além de criticar a forma que a sociedade trata a sexualidade dos jovens. Apresenta, ainda, o que falta para uma sexualidade mais saudável e tranquila. Confira a entrevista completa. (Colaborou Nathália Blanco)
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