O número de crianças atendidas no Núcleo de Violência Sexual da unidade do Hospital Pérola Byington de S.Paulo triplicou entre os anos de 2001 e 2011. Os dados mostram ainda que no mesmo período houve um crescimento de 52% no número de atendimentos a adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. Em 2001, 352 crianças haviam sido atendidas pelo serviço. Já no ano passado, os registros com pacientes desta faixa etária atingiram a marca de 1.088 atendimentos. Entre os adolescentes, foram 198 casos em 2001 e 759 em todo o ano de 2011.
Os principais fatores que podem ter contribuído para este aumento são a mudança cultural da sociedade, que passou a denunciar este tipo de ocorrência e a postura mais atenta de pais e professores em relação a situações suspeitas.
A mudança cultural fez com que os cuidadores de crianças, como pais, professores, vizinhos, avós, ficassem mais atentos e mais aptos para identificar o problema e também para se comunicar com as crianças.
Chama a atenção na pesquisa é o de que o número de atendimentos a vítimas de abuso sexual aumentou 26,4% entre o sexo feminino e triplicou entre o sexo masculino no mesmo período. Em geral, somando todas as vítimas atendidas pelo núcleo, o aumento em dez anos foi de 37%. Entre as vítimas adultas, com mais de 18 anos, o número total caiu 40%.
O que acontece com essas crianças que sofreram abuso sexual quando se tornam adultos? O que surte mais efeito tratamento psicológico ou medicamentoso? KL Harkness psiquiatras canadenses da Universidade de Ontario observaram que um número substancial de pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) não respondiam ao tratamento psiquiatrico tradicional e as taxas de recorrência dos sintomas era alta. Os autores resolveram pesquisar se havia uma história de abuso sexual infantil grave.Participaram 203 pacientes ambulatoriais adultos com MDD ( sendo que 129 eram mulheres, idade 18-60).Esses pacientes fizeram psicoterapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental, ou tomaram medicação antidepressiva, durante 12 meses de seguimento, realizado em um centro de psiquiatria da universidade. Os pacientes foram submetidos ao teste Hamilton de Depressão.Maus tratos na infância tambem foi avaliada no final do tratamento utilizando entrevistas especificas para saber se na infância houve abuso físico, sexual e emocional. Pacientes com maus-tratos graves foram significativamente menos propensos a responder à psicoterapia interpessoal do que a terapia cognitivo-comportamental e medicação (OR = 3,61), enquanto que não houve diferenças entre esses tratamentos em pessoas sem histórico de maus-tratos (OR <1,50). Além disso, maus-tratos causarm significativamente um menor tempo para recorrência da depressão ao longo do (OR = 3,04). Esses achados foram replicados na amostra com dados de casos completos. Pacientes com história de abuso sexual na infância pode beneficiar mais da medicação antidepressiva ou terapia cognitivo-comportamental do que com a psicoterapia. No entanto, esses pacientes continuam vulneráveis à reincidência, independentemente da modalidade de tratamento.
Os principais fatores que podem ter contribuído para este aumento são a mudança cultural da sociedade, que passou a denunciar este tipo de ocorrência e a postura mais atenta de pais e professores em relação a situações suspeitas.
A mudança cultural fez com que os cuidadores de crianças, como pais, professores, vizinhos, avós, ficassem mais atentos e mais aptos para identificar o problema e também para se comunicar com as crianças.
Chama a atenção na pesquisa é o de que o número de atendimentos a vítimas de abuso sexual aumentou 26,4% entre o sexo feminino e triplicou entre o sexo masculino no mesmo período. Em geral, somando todas as vítimas atendidas pelo núcleo, o aumento em dez anos foi de 37%. Entre as vítimas adultas, com mais de 18 anos, o número total caiu 40%.
O que acontece com essas crianças que sofreram abuso sexual quando se tornam adultos? O que surte mais efeito tratamento psicológico ou medicamentoso? KL Harkness psiquiatras canadenses da Universidade de Ontario observaram que um número substancial de pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) não respondiam ao tratamento psiquiatrico tradicional e as taxas de recorrência dos sintomas era alta. Os autores resolveram pesquisar se havia uma história de abuso sexual infantil grave.Participaram 203 pacientes ambulatoriais adultos com MDD ( sendo que 129 eram mulheres, idade 18-60).Esses pacientes fizeram psicoterapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental, ou tomaram medicação antidepressiva, durante 12 meses de seguimento, realizado em um centro de psiquiatria da universidade. Os pacientes foram submetidos ao teste Hamilton de Depressão.Maus tratos na infância tambem foi avaliada no final do tratamento utilizando entrevistas especificas para saber se na infância houve abuso físico, sexual e emocional. Pacientes com maus-tratos graves foram significativamente menos propensos a responder à psicoterapia interpessoal do que a terapia cognitivo-comportamental e medicação (OR = 3,61), enquanto que não houve diferenças entre esses tratamentos em pessoas sem histórico de maus-tratos (OR <1,50). Além disso, maus-tratos causarm significativamente um menor tempo para recorrência da depressão ao longo do (OR = 3,04). Esses achados foram replicados na amostra com dados de casos completos. Pacientes com história de abuso sexual na infância pode beneficiar mais da medicação antidepressiva ou terapia cognitivo-comportamental do que com a psicoterapia. No entanto, esses pacientes continuam vulneráveis à reincidência, independentemente da modalidade de tratamento.
Fonte :: J Consult Clin Psychol. 2012 Mar 19
http://ram.uol.com.br/materia.asp?id=2096
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