Especialista do Hospital Villa-Lobos explica os principais fatores que acarretam o problema
Os números são preocupantes. Um estudo realizado pelo grupo PROSEX, da Faculdade de Medicina de São Paulo, indica que a prevalência de disfunção erétil em homens maiores acima de 18 anos é de 45,1%. Foram pesquisadas em grandes cidades, de todas as regiões brasileiras.
De acordo com o urologista do Hospital Villa-Lobos, Dr. Jorge Salim Rustom, os dados merecem atenção. “No Brasil existem poucas estatísticas de disfunção erétil, por ser um problema de saúde pública reconhecido pelo Governo e pela sociedade há poucas décadas, e o alto índice sugere que os homens precisam de mais informação”, explica.
O problema normalmente surge acompanhado de diversos fatores, e os homens ainda sentem vergonha na hora de buscar ajuda. “A disfunção erétil geralmente é uma situação multifatorial, pode ter origem orgânica, psicogênica e/ou socioeconômica. Dentre os fatores de risco podemos citar: diabetes, deslipidemia (aumento de colesterol e triglicerídeos), doenças do coração (insuficiência cardíaca, hipertensão arterial), tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, doenças da coluna, doenças da próstata, depressão, pós cirurgia abdominal e da próstata, distúrbios hormonais, uso de medicamentos e o próprio envelhecimento masculino”, informa o urologista.
De acordo com o médico do Hospital Villa-Lobos, a postura masculina começa a dar sinais de mudança, mas o número de homens que não procuram ajuda ainda é grande. “A cultura e a formação sexual do homem brasileiro é um grande obstáculo, justificando a ausência ou pouca procura de tratamento para este problema. Os homens que procuram ajuda estão em busca de uma melhor qualidade de vida e uma melhor qualidade sexual”, ressalta Dr. Jorge Rustom.
Tratamento:
O tratamento começa com uma avaliação médica para identificar todas as circunstâncias que podem causar a disfunção erétil. Nesta avaliação o médico realiza o exame físico do paciente e solicita exames complementares para investigar as possíveis causas. Após esta etapa, será proposto um plano de tratamento e monitoramento do problema.
A disfunção erétil pode ser tratada com medicações orais, orientação comportamental e psicológica, ou com cirurgia, dependendo do caso. “Geralmente o tratamento oral é o mais realizado, entretanto outras modalidades podem ser necessárias para resolver todos os fatores que levaram à disfunção erétil”, explica o especialista do Hospital Villa-Lobos.
Na adolescência :
De acordo com o especialista, a maioria dos casos de disfunção erétil na adolescência pode ser resolvida com bastante facilidade. “A adolescência é o período inicial da formação sexual do indivíduo. Apesar da quantidade de informações sobre o tema que está disposto nos meios de comunicação, a inexperiência e a exposição mais íntima fazem com que estes adolescentes desenvolvam situações temporárias de disfunção erétil e ejaculatória. Geralmente as orientações de um profissional e da família são suficientes para resolver o problema”, afirma o médico.
Doença de Peyronie:
A doença de Peyronie é uma doença sem uma causa definida, mais comum após a quinta década de vida, apresentando-se através de placas de fibrose no corpo do pênis. “Essas placas podem apresentar tamanhos variados, determinando dor peniana, desvios e deformidades que podem dificultar a penetração vaginal. Nos casos avançados, esta doença pode determinar um quadro de disfunção erétil, podendo haver a necessidade de tratamento medicamentoso ou cirúrgico”, avisa o urologista do Hospital Villa-Lobos.
http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=68192:estuda-aponta-que-451-dos-homens-acima-de-18-anos-sofrem-de-disfuncao-eretil-&catid=47:cat-saude&Itemid=328
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