Publicado em Saúde
15 de janeiro de 2013
15 de janeiro de 2013
A menopausa é um momento marcante na vida das mulheres, caracterizado pelo fim da ovulação e da menstruação, e por completar a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Além da diminuição fisiológica da função ovariana, acontecem mudanças em todo o organismo, principalmente em função das alterações hormonais que ocorrem nesta fase.
Embora ocorra com todas as mulheres, principalmente a partir dos 50 anos, a menopausa é fonte de angústias e complicações. Este estágio é comumente associado à perda de libido, ao prejuízo da memória, à sensação de calor repentina, entre outros problemas. A reposição hormonal, por exemplo, é uma solução considerada por muitas pessoas como milagrosa para todas as mulheres. Mas o que é verdade e o que é crendice?
A professora Márcia Mendonça Carneiro, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, esclarece questões frequentemente associadas ao período da menopausa, e aponta quais afirmações são verdadeiras e quais não têm fundamento científico.
Na menopausa, a mulher sente calores.
Verdade. Os chamados “fogachos” são descritos como “ondas de calor” ou como uma “sensação de calor” que duram de alguns segundos a poucos minutos. Os fogachos aparecem geralmente após a menopausa, agravando-se com o declínio crescente da função ovariana, mas podem aparecer também na pré-menopausa. Têm início repentino, aparecendo na cabeça, pescoço ou tórax. A disseminação subsequente da sensação de calor pode se dar em qualquer direção, sendo que algumas pacientes podem descrevê-la por todo o corpo. Ocorrem mais frequentemente à noite, podendo despertar a paciente e associar-se a quadros de insônia. Podem ser desencadeados por um aumento de temperatura ambiente, pela ingestão de comida ou bebida e por ansiedade ou estresse. Ocorrem de 70% a 80% das pacientes climatéricãs.
Verdade. Os chamados “fogachos” são descritos como “ondas de calor” ou como uma “sensação de calor” que duram de alguns segundos a poucos minutos. Os fogachos aparecem geralmente após a menopausa, agravando-se com o declínio crescente da função ovariana, mas podem aparecer também na pré-menopausa. Têm início repentino, aparecendo na cabeça, pescoço ou tórax. A disseminação subsequente da sensação de calor pode se dar em qualquer direção, sendo que algumas pacientes podem descrevê-la por todo o corpo. Ocorrem mais frequentemente à noite, podendo despertar a paciente e associar-se a quadros de insônia. Podem ser desencadeados por um aumento de temperatura ambiente, pela ingestão de comida ou bebida e por ansiedade ou estresse. Ocorrem de 70% a 80% das pacientes climatéricãs.
Ocorre diminuição da libido.
Verdade. A redução dos hormônios que ocorre naturalmente após a menopausa interfere na libido, porém outros fatores também podem estar envolvidos, como depressão, redução da lubrificação e elasticidade vaginal, problemas no relacionamento e o próprio estresse do dia a dia. Dessa forma, é tão fundamental examinar os aspectos biológicos e hormonais femininos quanto os de sua relação familiar e conjugal.
Verdade. A redução dos hormônios que ocorre naturalmente após a menopausa interfere na libido, porém outros fatores também podem estar envolvidos, como depressão, redução da lubrificação e elasticidade vaginal, problemas no relacionamento e o próprio estresse do dia a dia. Dessa forma, é tão fundamental examinar os aspectos biológicos e hormonais femininos quanto os de sua relação familiar e conjugal.
A mulher consegue engravidar na menopausa.
Mito. A menopausa representa o evento final do ciclo reprodutivo, sinalizando a falência do funcionamento ovariano. Assim, não havendo óvulos, não é possível engravidar na pós-menopausa. No período de transição, entretanto, alguns ciclos podem ser ovulatórios e então há a chance da mulher engravidar inadvertidamente.
Mito. A menopausa representa o evento final do ciclo reprodutivo, sinalizando a falência do funcionamento ovariano. Assim, não havendo óvulos, não é possível engravidar na pós-menopausa. No período de transição, entretanto, alguns ciclos podem ser ovulatórios e então há a chance da mulher engravidar inadvertidamente.
As terapias hormonais são indicadas para todas as mulheres.
Mito. Durante muitos anos acreditou-se que a utilização da terapia hormonal (TH) seria capaz de prevenir muitos sintomas da menopausa, incluindo a doença coronariana, fraturas osteoporóticas e o declínio observado na função cognitiva (memória) e sexual. Estudos randomizados e controlados recentes, contudo, demonstraram que o uso da TH combinada não está isento de riscos e que seus benefícios se restringem a algumas situações específicas. O uso do TH deverá ser restrito a menor duração consistente com os objetivos, benefícios e riscos envolvidos, considerando os sintomas e a interferência na qualidade de vida. Dessa forma, a avaliação deve ser individualizada.
Mito. Durante muitos anos acreditou-se que a utilização da terapia hormonal (TH) seria capaz de prevenir muitos sintomas da menopausa, incluindo a doença coronariana, fraturas osteoporóticas e o declínio observado na função cognitiva (memória) e sexual. Estudos randomizados e controlados recentes, contudo, demonstraram que o uso da TH combinada não está isento de riscos e que seus benefícios se restringem a algumas situações específicas. O uso do TH deverá ser restrito a menor duração consistente com os objetivos, benefícios e riscos envolvidos, considerando os sintomas e a interferência na qualidade de vida. Dessa forma, a avaliação deve ser individualizada.
A alteração hormonal favorece o processo de engordar.
Verdade. As necessidades calóricas diminuem com o envelhecimento assim como o gasto energético diário com atividade física. Sabe-se que as mulheres têm tendência a aumentar de peso após os 50 anos. Isso pode acontecer devido a um aumento de consumo de calorias, a uma diminuição da atividade física ou a uma redução das necessidades energéticas de cerca de 2% a cada década, durante todo o resto da vida. Após a menopausa observa-se alterações relacionadas ao metabolismo energético, composição corporal e distribuição do tecido gorduroso que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos Dessa forma, há um balanço positivo a favor do ganho de peso neste período.
Verdade. As necessidades calóricas diminuem com o envelhecimento assim como o gasto energético diário com atividade física. Sabe-se que as mulheres têm tendência a aumentar de peso após os 50 anos. Isso pode acontecer devido a um aumento de consumo de calorias, a uma diminuição da atividade física ou a uma redução das necessidades energéticas de cerca de 2% a cada década, durante todo o resto da vida. Após a menopausa observa-se alterações relacionadas ao metabolismo energético, composição corporal e distribuição do tecido gorduroso que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos Dessa forma, há um balanço positivo a favor do ganho de peso neste período.
A memória é afetada.
Mito. Os estudos disponíveis até o momento não mostraram diferenças na prevalência de distúrbios da memória ou concentração em mulheres na pós-menopausa. Queixas de perda de memória devem ser devidamente avaliadas e não simplesmente atribuídas a redução dos níveis hormonais.
Mito. Os estudos disponíveis até o momento não mostraram diferenças na prevalência de distúrbios da memória ou concentração em mulheres na pós-menopausa. Queixas de perda de memória devem ser devidamente avaliadas e não simplesmente atribuídas a redução dos níveis hormonais.
É possível retardar a menopausa.
Mito. O estoque de óvulos nos ovários é estabelecido durante a vida fetal. Uma vez que a mulher começou a menstruar, este estoque é consumido mensalmente até se esgotar por completo, não sendo possível a renovação.
Mito. O estoque de óvulos nos ovários é estabelecido durante a vida fetal. Uma vez que a mulher começou a menstruar, este estoque é consumido mensalmente até se esgotar por completo, não sendo possível a renovação.
http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=31942
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