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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Aliança que dá choque em pessoa infiel causa polêmica



As alianças que aplica choque elétrico, quando uma pessoa casada chifra o cônjuge, chegaram ao mercado causando polêmica. Por um lado, é uma garantia de que o marido ou esposa evitará ser infiel para não sofrer a pena do choque no dedo, entretanto, muitos casais estão preferindo comprar as alianças normais – que não dá choque.
A estudante de medicina, Juliana Julieta, 29 anos, noiva há 2 meses, disse que pediu ao futuro esposo um par de alianças normais. “Não quero essa aliança que dá choque, porque o que vale á confiança que um deve ter no outro, O resto é bobagem”, disse.
Saiba como funciona
Muitos noivos com data marcada para o casamento
estão preferindo comprar alianças normais
As alianças possuem sensores que ligam uma com a outra em um raio de 1 metro. Se uma mulher se amassa e se beija com outro homem, que não seja o esposo, a aliança não irá detectar o sensor da outra aliança, do esposo (porque ele não estará no ambiente – obvio) e irá disparar o choque.
Fonte:g17

Eles querem casar, elas nem tanto

Qui, 01/09/2011 - 10h07 - Amor e Sexo
Pesquisa traça perfil dos solteiros

Uma pesquisa divulgada pelo site de relacionamento Par Perfeito mostra que homens procuram relacionamentos sérios e duradouros. Difícil de acreditar? Mas é isso mesmo, meninas.
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O estudo realizado como cerca de 20 mil solteiros mostra que eles realmente querem casar, ter filhos e viver uma vida em família, abrindo mão até mesmo de sair com os amigos para beber.
A pesquisa ainda revela que os papeis e anseios de homens e mulheres estão se invertendo. Embora ambos tenham opiniões bem parecidas, as mulheres ficam um pouco atrás deles no quesito "desejo de se casar um dia". Enquanto eles acreditam que o casamento seja para sempre e quando estão em um relacionamento não fazem tanta questão de atividades individuais quanto elas - por incrível que possa parecer.
Das mulheres entrevistadas, apenas 35% das mulheres estão dispostas a abdicar do tempo para si contra 46% dos homens afirmando que abrem mão de programas mais masculinos para ficar com a amada. Os homens levam fama de durões e pouco suscetíveis ao romance, o que aparentemente parece injusto, já que sete em cada dez admitem já terem sido flechados pelo cupido no primeiro olhar.
Outro dado que pode chocar as mulheres é o peso da palavra "eu te amo" dentro do relacionamento. Na visão masculina a expressão quer dizer "Eu quero passar o resto da minha vida com você", enquanto para a maioria das mulheres, ela simplesmente demonstra um "Eu quero você na minha vida".
Esta talvez seja uma das estatísticas mais interessantes deste estudo, que foi respondido de forma anônima e sigilosa pelos usuários. Enquanto quase dois de cada três homens querem ser pais, a proporção de aspirantes a mãe é bem menor: apenas 43% responderam ter esse desejo. E as discrepâncias não param por aí. As mulheres são mais decididas e os homens mais maleáveis: 32% delas deixam claro que não desejam ter filhos sob nenhuma circunstância, enquanto apenas 16% deles dizem o mesmo.
Já se sabe também que elas tendem a ser mais exigentes na escolha por um parceiro e esse comportamento não mudou. No que diz respeito aos atributos físicos, os solteiros parecem não ser assim tão exigentes quanto se pode imaginar. Quando questionados sobre as qualidades que gostariam de encontrar em seu par perfeito, os homens colocaram a beleza física em sétimo lugar e as mulheres em décimo. Muito mais bem colocados estão as pessoas fieis, sinceras, decididas, românticas, companheiras e idealistas, nesta ordem.
Ou seja, se você estava se matando de malhar na academia com o intuito de ficar com o corpo perfeito, pois só assim encontraria o príncipe, já pode começar a reduzir o ritmo. Uma curiosidade para as mulheres que estão constantemente brigando com a balança é que mulheres um pouco acima do peso são mais buscadas do que as musculosas e isso vale também para o sexo oposto: os machões sarados perdem pontos para os normais com quilinhos extras.

O ponto mais curioso apontado durante o estudo é que o perfil dos usuários de sites de relacionamento contradiz o estereótipo de pessoas tímidas e sem vida social. Homens e mulheres afirmam usar o site para encontrar parceiros com mais objetividade, pois é possível filtrar os candidatos conforme seus gostos e características.
Por Paula Perdiz
http://vilamulher.terra.com.br/eles-querem-casar-elas-nem-tanto-3-1-30-974.html

domingo, 4 de setembro de 2011

Felizes para sempre... Será que existe amor eterno?



24/08/2011 -- 09h25

Manter uma relação duradoura e feliz não é tarefa fácil, mas, com dedicação, ela é possível
E eles viveram felizes para sempre... Para muita gente, essa frase é apenas o final de um conto de fadas. Porém, para vários casais, ela é a real tradução de um relacionamento estável e feliz. O segredo? Você descobre a seguir! 

A dona de casa Maria Andrada, de 93 anos, é casada com o comerciante aposentado Jorge Andrada, de 95. Juntos há 71 anos, eles já passaram por muitas alegrias e tristezas, e nunca se separaram. "Quando casamos, fizemos um trato: nunca dormir brigados. Se a gente discute, tem que resolver antes de ir pra cama. Acho que se dormirmos com raiva, o problema aumenta. Aí, na manhã seguinte, fica mais difícil fazer as pazes", ensina Dona Maria. 

Segundo a psicanalista Tatiana Ades, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa, o diálogo é essencial para manter as relações. "Nada melhor do que sentar e conversar, falar sobre o problema com sinceridade. Depois de discutir, o casal consegue encontrar uma saída. E mesmo que alguém ceda, será em um ambiente de respeito e consideração", afirma. 

O segredo do advogado aposentado Osvaldo Nogueira, de 82 anos, para manter o casamento há mais de seis décadas é fugir da rotina e surpreender a pessoa amada. Seja no aniversário de casamento, no dia dos namorados ou simplesmente porque deu vontade, ele adora dar flores para sua esposa Regina, professora aposentada de 81 anos. "Quando recebo o buquê, volto a me sentir jovem e querida, como na época em que namorávamos", conta.

Reprodução


Já para o médico aposentado Francisco Peixoto e sua esposa, a dona de casa Raquel Peixoto, ambos com 86 anos, o segredo do casamento que já dura 65 anos é a amizade e o respeito. "Construímos uma história juntos, que envolve filhos, netos e até bisnetos. Meu marido é meu companheiro e meu melhor amigo", diz Raquel, toda feliz. 

Para a psicanalista, um dos caminhos para o sucesso do relacionamento é evitar brigas. "Quando sentir vontade de brigar, saia do local e acalme-se. Brigar com a cabeça quente só piora a situação. Depois, mais calma, volte e converse", orienta. Outra atitude fundamental: dialogar. "Saber ouvir e poder falar são essenciais", aconselha Tatiana. Por fim, um alerta: não se acomode! "Mostre que, apesar de estarem juntos há tanto tempo, ainda existe muito a ser compartilhado. Surpreenda seu companheiro com uma viagem, flores, um jantar especial." 

Ao contrário do que muita gente pensa, o tempo nem sempre desgasta os relacionamentos. Muitas vezes, ele é capaz de solidificá-los, tornando-os estáveis e mais felizes a cada dia. E isso pode acontecer não só no casamento, mas também entre pais e filhos, avós e netos e até entre amigos. 

Fonte: Portal Vital/Unilever
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--71-20110824&tit=felizes+para+sempre+sera+que+existe+amor+eterno

Novas fórmulas de casamento ajudam a evitar o divórcio


02/09/2011 -- 10h48
Casar e continuar morando em casas separadas é uma alternativa para muitos brasileiros. Tendência reforça a ideia de respeitar os limites do outro
Reprodução
A cada cinco casamentos, um acaba em separação no Brasil, segundo o Ibope. As pessoas, mesmo divorciadas, continuam acreditando na união estável. É o que mostra o número de recasamentos no país, que teve um aumento de 66% nos últimos 10 anos. "A segunda relação tem grandes chances de dar certo, pois o casal está mais maduro e as pessoas estão optando pela união porque realmente querem. Quando o casamento não é mais uma obrigação ou imposição social, o relacionamento se torna muito mais interessante", afirma Sheila Rigler, pedagoga e diretora da agência curitibana de relacionamentos Par Ideal. 

Hoje não convivemos apenas com a união tradicional, um homem e uma mulher sob o mesmo teto na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. O casamento do século 21 tem muitas possibilidades. Com ou sem papel. Casais dividindo a cama, dividindo as contas, dividindo a casa sem dividir o quarto. Em casas separadas, porém, na mesma cidade. Ou mesmo vivendo em cidades distantes, comcontato diário garantido apenas pela tecnologia. A verdade é que relacionamentos não possuem uma receita, mas os casais estão buscando novas fórmulas para evitar divórcios, já que o sucesso da união de duas pessoas depende do que cada um busca para a sua vida. 
E quando a separação já ocorreu, a vontade de começar um novo relacionamento, depois de um divórcio, tem apresentado algumas mudanças. Dos homens cadastrados na Par Ideal, por exemplo, 55,8% são novos solteiros, ou seja, são separados, divorciados ou viúvos. Já as mulheres que estão buscando um novo parceiro representam 47,8% das inscritas na agência. "O número de casamentos entre solteiros está caindo nos últimos anos. Percebe-se um grande número de homens divorciados casando com mulheres solteiras" afirma Sheila. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o número de uniões entre homens divorciados e mulheres solteiras passou de 4,6% para 7,4%, entre 1998 e 2008.


Mas quando é uma mulher divorciada que procura um novo relacionamento, a postura está um pouco diferente. "Muitas mulheres, depois de sair de um casamento e ter uma rotina estabelecida com os filhos, preferem ficar em casa com eles, sem morar junto com o novo companheiro. Esta é uma precaução para os que acreditam que casar éfácil, mas a separação é muito dolorosa", explica Sheila Rigler. 

Respeitando os espaços 

E já que um relacionamento é feito do cotidiano, das coisas boas e ruins do dia a dia, em alguns casos, a distância proporciona desfrutar os melhores momentos da relação. Esta postura garante o espaço de cada um, a liberdade dos filhos e mantém a intimidade do casal. A atitude pode ainda evitar o desenvolvimento de alguns aspectos conflituosos na relação. Depois de um tempo alguns casais acabam aderindo ao casamento tradicional e optando por morar na mesma casa, mas para muitas mulheres com filhas, esta opção acaba sendo adiada ou até deixada de lado para preservar a liberdade em casa e não afetar o relacionamento amoroso. 

A pedagoga destaca que os homens geralmente estão em busca de alguém para ficar ao seu lado, durante as refeições, para assistir um filme e em outras atividades do dia a dia. "Eles ainda tem dificuldade para aceitar esta postura das mulheres, pois a maioria dos homens prefere o casamento da maneira tradicional e não em casas separadas", completa. 

Mas como não existem fórmulas para os relacionamentos entre duas pessoas, um casamento no qual as pessoas preferem continuar morando cada uma na sua casa, tem vantagens e desvantagens. Os principais benefícios desta modalidade de união são: encontros mais agradáveis, sem rotina, preservando a intimidade do casal, o romantismo e a atração sexual. Mas este tipo de relacionamento não é para todos, e a distância pode gerar excesso de ciúmes, insegurança e até traições.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--8-20110902-201109041-1-385366

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Prefeito sérvio oferece férias românticas a solteiros para estimular nascimentos

02/09/2011 - 08h12

Prefeito sérvio oferece férias românticas a solteiros para estimular nascimentos

O prefeito de uma pequena cidade da Sérvia está propondo uma saída nova e pouco comum para combater o problema da baixa taxa de natalidade no local: ele criou um esquema para enviar 150 homens e 150 mulheres com idades acima de 38 anos para férias pagas na costa da Grécia, na esperança de que a viagem romântica renda o nascimento de mais alguns bebês na cidade.

A Sérvia vem enfrentando o declínio de sua população nos últimos 20 anos, por conta da pobreza, das guerras dos anos 1990 e uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa.

Nas áreas rurais, como no município de Jagodina, o problema é mais grave, com moradores deixando o local cada vez mais em busca de uma vida melhor nas grandes cidades, gerando o temor de que as pequenas comunidades irão simplesmente desaparecer.

O plano do prefeito Dragan Markovic foi lançado com um jantar de apresentação em um restaurante local. Conforme os candidatos foram chegando, eram sentados em mesas numeradas e os cavalheiros recebiam rosas vermelhas para presentear as damas.

Para quebrar o gelo, Markovic fez um discurso de boas vindas. "Estamos enfrentando uma população em declínio", disse. "A cada ano, uma cidade com 25 mil pessoas desaparece na Sérvia", observou.

Ele listou uma série de incentivos que introduziu para combater o problema, incluindo passes grátis de ônibus e material de papelaria, licença-maternidade generosa e pagamentos em dinheiro para novos pais.

"Queremos 30% a mais de nascimentos na cidade do que no ano passado, então estou chamando o evento de hoje de jantar do amor", diz, antes de pedir aos homens que beijem as mulheres. Alguns obedecem.

Bailinho de escola

Conforme a noite avançava, um cantor local chegava, abrindo espaço no centro do restaurante para dança, antes de entreter os convidados com canções folclóricas tradicionais.

O evento começava a parecer um bailinho de escola, com os mais autoconfiantes se exibindo na pista, enquanto outros observavam nervosamente enquanto comiam suas saladas de tomate ou suas tortas de maçã.

Mas a resposta à iniciativa da prefeitura pareceu positiva. "Primeiro eu pensei que esse clima romântico criado pelo prefeito era um pouco forçado e artificial", afirmou Ana Zdravkovic. "Mas agora estou achando legal", contou ela.

"A noite está sendo fantástica. Todo mundo está feliz", acrescentou o dentista Predrag Jevdjic. Questionado se já está de olho em alguém, ele respondeu: "Sim, claro, mas ainda estou mantendo o segredo".

O sapateiro Slavoljub Tanaskovic se disse animado com as perspectivas. "Uma mulher veio à minha mesa e me disse que eu tinha olhos bonitos", disse ele com um sorriso. "Todos os homens ao meu lado ficaram com inveja. Sei que vou ter algo com ela na Grécia - eu posso sentir", garantiu.

'Truque barato'

A iniciativa do prefeito de Jagodina pode se mostrar efetiva, mas para a ativista de direitos humanos e comentarista Sonja Biserko, não atinge o cerne da questão sobre o problema da população sérvia.

"Esse é um truque barato para chamar a atenção da mídia", afirma. "Atrair jovens com a promessa de férias grátis não é garantia para criar uma família estável. Essa não é a receita que a sociedade deveria oferecer como mecanismo para aproximar os jovens", argumenta.

"É uma forma limitada de combater o problema de uma sociedade em envelhecimento e um país pobre o qual os jovens querem deixar. É só uma substituição para a falta de perspectivas na Sérvia", afirma.

A viagem dos solteiros de Jagodina à Grécia, neste mês, será paga com recursos da prefeitura e também com o apoio de patrocinadores privados, segundo o prefeito.

Seus 300 escolhidos estão dispostos a testar sua ideia de cupido ao estilo sérvio, aproveitando também a perspectiva de curtir um pouco de sol e mar.

Em nove meses, será possível se ter uma ideia se a iniciativa é somente uma tentativa de engenharia social vinda da cabeça de um prefeito com dinheiro em caixa e em busca da reeleição ou uma ideia altruísta para ajudar os cidadãos de Jagodina a encontrarem o amor.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Argentina: Hay 80.000 matrimonios no consumados en el país

Hay 80.000 matrimonios no consumados en el país
29/08/11
Conflictos sexuales. Las consultas médicas de los que no pueden tener sexo con penetración aumentaron cerca del 15% en la última década. En algunos casos el problema puede generar hasta demandas judiciales en la pareja.
PorVICTORIA DE MASI
La importancia de un trabajo sobre el vínculo en terapia

El día que se dieron ese beso largo no sabían que el suyo iba a ser un “matrimonio blanco”. Marisa y Julián se pusieron de novios durante el viaje de egresados, en Bariloche. Esa relación, adolescente, inaugural, duró siete años. Como sus creencias religiosas eran fuertes, postergaron el sexo hasta el casamiento. Y cuando menos lo esperaban, tenían la noche de bodas encima: “Tiré el ramo, nos subimos a una limousine y fuimos a un hotel de lujo. Nos habían regalado esa noche antes de que partiéramos de luna de miel. La deseábamos tanto...”, recuerda Marisa, de 36 años. Pero esa noche no hubo sexo y tampoco durante los cinco años que siguieron. Marisa y su marido llegaban al orgasmo masturbándose: no existía la penetración.
Los matrimonios no consumados, en los que no hay penetración vaginal por un tiempo prolongado después del casamiento, se dan más de lo que se piensa en el país. Según una estadística del Centro de Educación, Terapia e Investigación en Sexualidad (CETIS), unas 80 mil parejas argentinas están atravesadas por este problema sexual. El CETIS monitorea el tema desde hace 21 años y ya evaluaron 453 casos.
En el 64% de las historias, fue la mujer la que manifestó que no quería o no podía ser penetrada .
Algunos matrimonios guardan el “secreto” durante mucho tiempo y lo sufren, pero en silencio. Otros, van a consultar recién cuando desean tener hijos y se dan cuenta de que, sin penetración, es imposible. Pero también están los que terminan con la anulación del matrimonio , como sucedió hace poco más de una semana en Rosario luego de que la esposa planteara en la Justicia que su marido era impotente y que así no podrían tener hijos. En el fallo, el juez de Familia Ricardo Dutto aseguró que los estudios indican que la mujer tiene “su himen intacto” y que “goza de plena aptitud sexual, de lo que se infiere que su cónyuge padece impotencia coeundi”. Esto significa que está imposibilitado de realizar el coito aun cuando existen todos los elementos para tener una erección. Según el varón, que negó padecer una disfunción eréctil, “antes y después de casarse se masturbaban mutuamente y sí había sexo oral, pero no penetración”.
El conflicto de base es que “el matrimonio blanco” no sólo bloquea la sexualidad de la pareja sino también el acceso a la maternidad y paternidad. Eso precipita la visita al especialista.
Según Juan Carlos Kusnetzoff, médico sexólogo y director del Programa de Sexología del Hospital de Clínicas, tanto en su consultorio como en el hospital las consultas por este tema crecieron alrededor del 15% en la última década. “Es un tema difícil de tratar. Las parejas vienen con vergüenza, muy incómodos”, señala Kusnetzoff.
¿Cuál es el disparador del acuerdo de no penetración? “Hay causas individuales que en la mujer pueden definirse como vaginismo , que es la contracción involuntaria de los músculos de la vagina, y la dispareunia , que es el dolor en la penetración. En el hombre se manifiesta con la eyaculación precoz y la disfunción eréctil . En ambos pueden presentarse fobias sexuales”, responde León Gindín, sexólogo y titular del CETIS, y autor de un libro sobre el tema junto a Cristina Fridman.
Aunque el “problema” lo tenga uno de los integrantes, ambos validan el síntoma, se acoplan . Por eso el tratamiento, que en el 97% de los casos es efectivo, está apuntado a la dinámica de la pareja.
La ausencia de penetración en los momentos de intimidad de una pareja se vive como un pacto y los convierte en cómplices de una situación cuyo camino es el sufrimiento. Sin embargo, a pesar de que haya un acuerdo de no penetración, estos matrimonios tienen una sexualidad que incluye masturbación, juegos eróticos y caricias, lo que implica el goce. Silvina Valente, médica ginecóloga, sexóloga y miembro de la Sociedad Argentina de Sexualidad Humana (SASH), indica que en algunas parejas en las que no se da una relación sexual completa “es válida la práctica de sexo anal para evitar la penetración vaginal”.
“En un plano inconsciente, la mujer piensa al pene como un taladro que la va a lastimar. En el varón se presenta el temor a la ‘vagina dentada’, que le va a comer su pene. Para llegar a que un individuo experimente ese tipo de fobias sexuales hay que indagar en su educación, en la relación con su padre y su madre, en sus convicciones religiosas, que pueden ser extremas”, suma Elizabeth Rodríguez Floccari, psiquiatra y miembro de la (SASH). E insiste: “ La educación sexual en la escuela es una herramienta fundamental . La información debe ser clara, real y acorde a la edad. Hay mucho desconocimiento del propio cuerpo, sobre todo en las mujeres”.
En una sociedad altamente erotizada, en la que se valora a mujeres y varones de alto rendimiento sexual, hay lugar para preguntarse si los miembros de un matrimonio no consumado tienen relaciones por afuera de la pareja. La respuesta, coincidieron los especialistas, es no. Para Rodríguez Floccari, “es un acuerdo, un secreto compartido, y no es necesario satisfacer el impulso sexual en otros espacios”.

Quien no tenga pantalones

Quien no tenga pantalones
Por: Plácido R. Delgado
Fecha de publicación: 26/08/11

“Si a uno le dan palos de ciego, la única respuesta eficaz es dar palos de vidente.”
Contraofensiva, de Mario Orlando Hardy Hamlet Brenno Benedetti Farrugia

Un viejo profesor, discurriendo sobre asuntos maritales, contaba a sus alumnos que antes del himeneo, tomó uno de sus pantalones, lo dobló con cuidado, se lo dio a su futura esposa y le preguntó: Quiero que me digas ahora mismo quién va a llevar los pantalones en casa ¿Tú o yo? La novia respondió con suavidad: Tú, mi rey. Satisfecho con la respuesta, muy creído la tomó en sus brazos mientras ella lo recibía pensando: Entrégate chico, que quien llevará siempre las pantaletas en la casa soy yo.

Desde que el mundo es mundo, a la mujer se le ha achacado la culpa de muchas de nuestras desgracias. Ha sido paga peo universal frente al eyaculador precoz y hemos inventado un sinfín de vainas como excusa cuando, conocedoras de lo que nos conviene, no tomamos en cuenta sus consejos, así sea madre, hija, jefa, esposa, bruja, médica o cabaretera. Esto último porque más de uno no aprende que no es no y ha cogido su botellazo por payaso.

Dije alguna vez que no entiendo por qué llaman a las prostitutas “mujeres de la vida fácil” pues considero difícil ganarse la vida bajo ese designio. Muchos de esos ignominiosos de la “sociedad civil” buscan refugio en las mañas de esa antigua profesión huyendo de la cuaimatización doméstica. En terapias conyugales piden que sus esposas sean antítesis ofídica, sin confesar que quieren que emule a la innombrable dama, capeadora de su borrasca matrimonial. También dije que la prostitución abunda en la industria mediática donde resulta sumamente fácil ganarse la vida mercadeando la conciencia.

Muchos de estos opositores tienen conexiones con antros de juego y prostitución, amén de sus filiaciones con lupanares informativos. Hace unos años, un connotado dirigente cetevista a quien se le fue un paro patronal como el agua entre los dedos, quiso pasar inadvertido en un casino disfrazado de Juan Charrasqueado. Otra ¿Recuerdan dónde tenían Teodoro y Alberto Federico al Encandilao del Catatumbo antes de su huida? Después, en Lima hacía lo propio a espaldas de la hoy alcaldesa de Maracaibo. No sería extraño que Leocenis esté enconchado en un reducto sicalíptico, tratando de aplacar la parafilia que él exterioriza con un fotomontaje, sin atisbar que la contiene en sí mismo.

Sin embargo, la petulancia es un cascarón tan enorme como vacío. Llamar a un tapiz de jaula 6to. Poder solo produce risa, pues sugiere que nos ven como amarga pesadilla y que anhelan el punto final de la Quinta República. Solo hay tres escollos: El Líder Comandante, Pueblo y Fuerza Armada Bolivariana, trinidad de sus tormentos. Por si fuera poco suponen que ofenden a los hombres en armas de la Revolución, cambiando sus pantalones por faldas, cuando la mujer venezolana en realidad infunde su inigualable brillo a todos sus componentes al formar parte de ellos. De venir los marines, podrán contar con su protección.

Así las cosas, nuestras mujeres no deben sentirse ofendidas por la afrenta. Ofensivo hubiera sido que pusieran sus rostros montados en los cuerpos de un Teodoro, Enrique (cualquiera de los dos), Henry (cualquiera de los dos), Pablo y así por el estilo. Eso sí, sin trajes de cabareteras, pues con toda seguridad esas nobles damas protestarían por el uso indebido de sus atuendos de parte de tales inmorales.

coolthin@gmail.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hasta que Migraciones las separe

Hasta que Migraciones las separe

Hace dos años se casaron en Canadá y vivían en Venezuela. Por problemas familiares, la pareja debe instalarse en Argentina. Pero una jueza civil no reconoció el matrimonio, y Migraciones amenaza con deportar a la española. En la embajada española les dieron la libreta.
Por Soledad Vallejos


“Hágase saber a la extranjera” que es “irregular la permanencia en el país”, que está cancelada “la residencia precaria que se le hubiese otorgado” y que en treinta días hábiles podría “decretarse su expulsión y prohibirse su reingreso” a la Argentina. Eso respondió la Dirección Nacional de Migraciones cuando la española C. P. pidió que el país reconociera el matrimonio civil que ella y la ciudadana argentina Diana Cordero celebraron en Canadá hace dos años, y que en España ya les valió la libreta de familia. Tras el casamiento vivían en Venezuela (en cuya Defensoría del Pueblo nacional trabajaba Cordero), pero a fines del año pasado decidieron instalarse en Argentina, porque, explica Cordero, “mamá está mayor” y quiere estar cerca.

Desde entonces, fue “todo un desastre”, resume la argentina: al no tener residencia, su mujer no tiene documentos ni amparo legal para trabajar, y ellas no pueden acceder a ninguno de los derechos económicos garantizados para otras familias. De hecho, C. P., que en España se garantizaba una vida cómoda gracias a su trabajo en un estudio de arquitectura, en Argentina, a los 42 años, no tiene manera de acceder a un trabajo decente y estable. Ahora, la Dirección de Migraciones la intima a dejar el país, la Justicia civil nacional demora su respuesta y el Inadi acaba de aceptar una denuncia hecha por la pareja. “Aunque somos legalmente un matrimonio, no nos reconocen como familia, nos discriminan porque somos mujeres, nos discriminan por nuestra orientación sexual. Soy una ciudadana de segunda”, resume Cordero, de 53 años, mientras los días pasan, su matrimonio está en cuestión y su mujer no sabe cuál será su último día en Argentina.

La vida cotidiana para las cónyuges es cuanto menos complicada. “Sobrevivimos las dos con 350, 400 euros que gano yo con algunos trabajos de Internet”, explica Cordero. Los obstáculos aparecen cada vez que intentan hacer alguna de las cosas que, para otras parejas y familias, resultan naturales. “Ella vive como ilegal, porque no tiene papeles. Ni siquiera podemos tener una cuenta bancaria juntas, una caja de ahorro básica de cualquier banco trucho de barrio, nada. Eso hace que vivamos con muchos apremios”, enumera por señalar algunas de las cuestiones más notables y complicadas de sobrellevar, aunque no son sólo los problemas de dinero los que acarrean incertidumbre. “Todos los días tenés esa inestabilidad, sabés que ella está acá pero tiene esa espada de Damocles pendiente, y que en cualquier momento le pueden dictar la expulsión.”

La pareja, que en la Justicia Nacional en lo Civil aguarda respuesta a un pedido de reconocimiento civil hecho al tribunal 10, a cargo de María Celia García Zubillaga, cuenta también con el respaldo de la Federación Argentina LGBT (Falgbt). “Nosotros no vamos a permitir que expulse a la mujer de Diana Cordero”, aseguró María Rachid, presidenta de la Falgbt a este diario. “Vamos a poner el cuerpo para evitarlo si es necesario, no vamos a permitir que se expulse a una persona de Argentina porque no se le reconocen sus derechos”, agregó antes de recordar que “desde la Federación insistimos para que se modifique la ley de matrimonio civil cuanto antes”.

“Espero equivocarme, pero no tengo demasiadas esperanzas de que la justicia civil acceda al pedido de mis clientas”, especuló la abogada Florencia Kravetz quien, además de representar a Cordero y su esposa, patrocinó a la segunda pareja de varones en casarse en Argentina. Que el Estado se niegue a reconocer un matrimonio válido y que cuenta con el libro de familia español (la versión azul e ibérica de la libreta colorada argentina) “viola la ley de migraciones –dice Kravetz–, que indica que una de las cosas que tienen que procurar las resoluciones es tender a facilitar la reunificación familiar”. Aquí, en cambio, se está “no reconociendo y echando a uno de los miembros de la pareja porque no se contempla” una realidad política y social en la que “hay un proyecto de ley sobre modificación del matrimonio civil, y en un país donde, además, ni siquiera está técnicamente prohibido el matrimonio entre personas del mismo sexo”, como sostuvo, de hecho, la jueza Elena Liberatori en el fallo que ordenó al registro civil casar a Damián Bernath y Jorge Salazar.

No es la primera vez que el Estado argentino se niega a reconocer un matrimonio entre personas del mismo sexo que otros países avalan y protegen, aun cuando los impactos concretos de esa decisión resultan más visibles en este caso en particular (ver aparte). Cordero y su esposa pudieron vivir ambas experiencias, el reconocimiento y el inicio de la zozobra en la misma ciudad: mientras intentaban ser reconocidas como cónyuges por las autoridades argentinas, lograban inscribir su matrimonio ante el Estado español sin más trámite que recurrir al consulado de España en Buenos Aires.

La situación se repite, indica Rachid, con muchas parejas. “Muchas personas viven con la ilegalidad de todos esos problemas, de la imposibilidad de acceder a sus derechos porque no pueden mostrar documentación. En el caso de esta pareja, no se traduce sólo en que tengan dificultades legales para proteger su convivencia, sino también en que es como si estuvieran empujando a la pareja de Cordero a tomar la decisión de quedarse en la ilegalidad, si no quiere romper su matrimonio. Eso tiene consecuencias en el acceso a la salud, a la Justicia, al trabajo.”

“Nosotras estamos casadas –insiste Cordero–, el Estado tiene la obligación de reconocer nuestro vínculo y darle a ella la residencia como matrimonio que somos. No es justo que ella tenga que pedir otra cosa. Si en lugar de estar acá, tuviéramos que ir a vivir a España, esto no pasaría.”

Dentro de dos meses, Cordero y C. P. celebrarán el segundo aniversario de su casamiento en Ottawa. El romance había sido tan fulminante que en un año a ambas les había cambiado la vida: C. P. dejó Sevilla y se trasladó a Caracas, donde Cordero se había radicado en 2005 para trabajar como funcionaria del estado venezolano. Ella era, allí, defensora especial en el área de Salud, de la Defensoría del Pueblo “en la República Bolivariana de Venezuela”, donde podía conjugar su formación en psicología, sexología y periodismo, además de su militancia feminista. En el fondo, cree que aun cuando quería que sucediera, no esperaba que el Estado argentino reconociera de inmediato su matrimonio. De hecho, no pierde las esperanzas de que la Dirección de Migraciones reconsidere el caso: el límite legal para recurrir la decisión vencía el viernes, pero para pedir una revisión de la resolución es preciso abonar un cargo de 300 pesos que C. P., al presentarse para el trámite, ni tenía ni sabía que precisaba. Ahora, su último plazo para pedir que las autoridades migratorias le permitan vivir en Argentina con los derechos de una mujer casada con una ciudadana es hoy.

domingo, 21 de agosto de 2011

China tries to stop women marrying for money, rather than love

China tries to stop women marrying for money, rather than love
With divorce rates soaring, and widespread worries about a new culture of hyper-materialism, the Chinese government is now trying to stop women marrying for money.

China wants women to marry for love, not money. Mode Images Limited / Alamy
By Malcolm Moore, Shanghai4:00PM BST 21 Aug 2011
In China's booming cities, prospective husbands are now routinely vetted about whether they own a house, and preferably also a car, before a match can be agreed. Tying the knot without a house as part of the deal is jokingly called a "naked marriage" and widely thought to be a risky choice.
"I would choose a luxury house over a boyfriend that always makes me happy without hesitation," said one 24-year-old contestant on If You Are the One, one of China's most popular television dating shows. "And my boyfriend has to have a monthly salary of 200,000 yuan (£18,900)," she demanded.
In a bid to temper the rising expectations of Chinese women, China's Supreme Court has now ruled that from now on, the person who buys the family home, or the parents who advance them the money, will get to keep it after divorce.
"Hopefully this will help educate younger people, especially younger women, to be more independent, and to think of marriage in the right way rather than worshipping money so much," said Hu Jiachu, a lawyer in Hunan province.
The ruling should also help relieve some of the burden on young Chinese men, many of whom fret about the difficulty of buying even a small apartment. China's huge property bubble has driven property prices in Shanghai up to £5,000 per square metre when annual salaries average just £6,000.
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"There are more and more girls who want to marry rich men and improve their financial position. It has been a really notable increase," said Wang Zhiguo, a consultant at Baihe, a Beijing-based matchmaking website.
"Most pretty girls now try to trade on their beauty. It is an unhealthy trend and the government is now trying to restrict it," he added.
"Having said that, money has always been an important concern when it comes to marriage. In the 1950s and 1960s, women chased after the top Communist cadres because they were guaranteed a good life. In the 1980s, when the economy opened, businessmen became sought-after.
Chinese people have always been materialistic, but today's hot commodity is property." According to the latest statistics, there were 2.68 million divorces in China last year and divorces have multiplied at almost the same speed as China's economy has grown: by seven per cent a year for the past five years.
In particular, more than a third of all marriages in Beijing, Shanghai and Guangzhou now end in divorce, and the fastest-growing segment of society is those aged 25 to 34. Almost half of all divorces see a court squabble over the family assets.
The growing popularity of divorce runs contrary to traditional Chinese culture, and newly-weds used to be warned on their wedding day that their marriage had to last "until your hair turns white". Just eight years ago, couples still needed written permission from employers or their neighbourhood committee to end a marriage.
"With 5,000 divorces a day, it is an appalling number for Chinese people. Our families are the basic unit of society that maintains stability. The government has had to change the marriage law to keep society stable. Usually the courts now rule, in the first instance, that couples cannot divorce. They have to come back after six months if they insist on one," said Mr Hu.
Chang Xueli, 26, a graphic designer in Beijing is one of the few Chinese women willing to risk a "naked marriage", despite the initial misgivings of her parents. "My husband is from quite a poor family, and I am from quite a well-off family," she said. "My parents tried to set me up with someone with a house, because they wanted the best for me, but I did not have any feelings for them.
"I used to think I had to have both a man I loved and a house to get married. But then I realised sometimes you need to make a choice," she said. "Now I guess the dream is for both a husband and a wife to own a house."

Papéis invertidos: agora eles querem casar e ter filhos

18/08/2011 -- 10h01
Papéis invertidos: agora eles querem casar e ter filhos
Estudo com quase 20 mil solteiros descobre o que eles realmente buscam em um relacionamento afetivo


O que os homens realmente querem é casar, ter filhos e viver uma vida em família, abrindo mão até mesmo de sair com os amigos para beber. Difícil de acreditar? Pois é o que mostra o mais abrangente estudo já realizado no Brasil com 18.862 solteiros que utilizam o ParPerfeito (www.parperfeito.com.br), maior site de relacionamento do país. De acordo com a pesquisa, os papeis e anseios de homens e mulheres estão se invertendo.

Embora ambos tenham opiniões bem parecidas, as mulheres ficam levemente atrás deles no desejo de se casar um dia. Eles acreditam que o casamento seja para sempre e quando estão em um relacionamento não fazem tanta questão de atividades individuais quanto elas – por incrível que possa parecer. São apenas 35% das mulheres dispostas a abdicar do tempo para si contra 46% dos homens afirmando que abrem mão de programas mais masculinos para ficar com a amada.

Os homens levam fama de durões e pouco suscetíveis ao romance aparentemente injustamente, afinal sete em cada dez admitem já terem sido flechados pelo cupido no primeiro olhar. Além disso, na visão masculina a expressão "Eu te amo" quer dizer "Eu quero passar o resto da minha vida com você", enquanto para a maioria das mulheres, ela simplesmente demonstra que "Eu quero você na minha vida".






Maternidade x paternidade

Esta talvez seja uma das estatísticas mais interessantes deste estudo, que foi respondido de forma anônima e sigilosa pelos usuários. Enquanto quase dois de cada três homens querem ser pais, a proporção de aspirantes a mãe é bem menor: apenas 43% responderam ter esse desejo. E as discrepâncias não param por aí. As mulheres são mais decididas e os homens mais maleáveis: 32% delas deixam claro que não desejam ter filhos sob nenhuma circunstância, enquanto apenas 16% deles dizem o mesmo.

Já se sabe que elas tendem a ser mais exigentes na busca por um parceiro e esse comportamento não mudou. Enquanto apenas 11% deles se oporiam a namorar uma mulher desempregada, o índice de solteiras irredutíveis nesse assunto é bem mais alto: mais da metade não se relacionaria com quem não estivesse trabalhando no momento.

Preferência por 'gordinhos'

No que diz respeito aos atributos físicos, os solteiros parecem não ser assim tão exigentes quanto se pode imaginar. Quando questionados sobre as qualidades que gostariam de encontrar em seu par perfeito, os homens colocaram a beleza física em sétimo lugar e as mulheres em décimo. Muito mais bem colocados estão as pessoas fieis, sinceras, decididas, românticas, companheiras e idealistas, nesta ordem.

Ou seja, quem pensa que malhar alucinadamente é a solução para sair da solidão, pode ir baixando os halteres. Mulheres um pouco acima do peso são mais buscadas do que as musculosas e isso vale também para o sexo oposto: os machões sarados perdem pontos para os normais com quilinhos extras.

O curioso é que o perfil dos usuários de sites de relacionamento contradiz o estereótipo de pessoas tímidas e sem vida social. Homens e mulheres afirmam utilizar o site para encontrar parceiros com mais objetividade, afinal existe a possibilidade de filtrar os candidatos conforme seus gostos e características. Além disso, a grande maioria tem uma vida social ativa e movimentada e sai pelo menos de 1 a 2 vezes por semana.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--57-20110818-201108211-1-385366

sábado, 20 de agosto de 2011

Acusado de impotência sexual, argentino sugere provar ao vivo

Acusado de impotência sexual, argentino sugere provar ao vivo
19 de agosto de 2011 • 17h54 • atualizado às 18h57
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Um tribunal da cidade argentina de Rosário concedeu a uma mulher a anulação de seu casamento porque seu marido sofre de impotência sexual, algo que o homem negou e, inclusive, sugeriu ter relações sexuais na frente dos juízes a fim de provar seu desempenho, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

A mulher, de 30 anos, apresentou um exame ginecológico que comprovava que era virgem e pedia a anulação da união porque não podia ter relações sexuais com seu marido, segundo fontes judiciais citadas pelos meios de comunicação.

Em resposta ao pedido de sua mulher, o homem, de 40 anos que não teve a identidade revelada, apresentou um pedido que solicita aos magistrados que lhe dessem a oportunidade de provar que não é impotente, e se ofereceu para ter relações sexuais diante dos juízes com outra mulher.

As autoridades decidiram rejeitar a "oferta", divulgada nesta sexta-feira pela imprensa local. "É a primeira vez que escuto algo assim. Parece-me completamente inadequado e de mau gosto. Não é uma maneira de demonstrar perfeitamente se é potente ou impotente. Não é uma forma de se comportar perante um tribunal", afirmou a advogada Verónica Colombo, especialista em direito de família.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5304820-EI8140,00-Acusado+de+impotencia+sexual+argentino+sugere+provar+ao+vivo.html

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Casamento e homofobia: as torções do direito e os mastros da democracia

Casamento e homofobia: as torções do direito e os mastros da democracia

por Pádua Fernandes

O que irrompe quando juristas que costumam manter uma linha de argumentação racional, mesmo em seus erros, dão nós na razão e embaraçam-se nos fios torcidos? Que sentimentos entram em jogo sob o disfarce, no direito, da teoria constitucional?
Trata-se do instituto jurídico do casamento civil; ele deve permanecer um privilégio de certos casais ou não? Esses privilégios, muitas vezes de origem religiosa, vedaram a legitimação jurídica de uniões inter-raciais, de pessoas de religiões diversas, de castas diferentes – e de mesmo sexo.
Em países teocráticos, esse instituto simplesmente não existe. Porém, nos países que desenvolveram essa importante conquista para a pluralidade, o casamento civil, os argumentos para mantê-lo como privilégio de casais de sexo diferente encontram dificuldade de esconder sua origem em preconceitos religiosos – e, portanto, contrários ao espírito do direito de uma sociedade em que Estado e religião estão separados.
Qualquer direito que se assuma como religioso assume, só por essa razão, um caráter excludente, o que o torna dificilmente compatível com a democracia. É democrático que as pessoas tenham o direito de adotar uma religião; o Estado é que não deve fazê-lo.
A importância histórica dos Estados Unidos da América para o constitucionalismo é inegável. No entanto, Eve Kosofsky Sedgwick, em Epistemologia do Armário, bem pôde indicar, entre as diversas incongruências dos discursos sobre o gênero, a incoerência do Judiciário daquele país, a Suprema Corte inclusive, que legitima a vedação do acesso de homossexuais a certos empregos. Um professor de geografia do oitavo ano em Maryland, Joe Acanfora, havia sido afastado de suas funções docentes quando se descobriu que era homossexual. Inconformado, o professor chegou a ir à tevê e, com isso, foi definitivamente excluído. O tribunal considerou legal a demissão sob o argumento de ele ter divulgado sua própria sexualidade – o que atrapalharia o processo pedagógico!
O professor apelou. O tribunal superior, no entanto, ratificou a decisão com outro argumento: Acanfora não havia mencionado, no pedido de emprego, que havia sido membro de uma organização sexual na universidade. Se tivesse dado a informação, não teria sido contratado… A demissão, pois, era perfeitamente legal. A Suprema Corte, por sua vez, rejeitou a demanda de Acanfora, que perdeu o caso sob o argumento de que divulgou sua sexualidade e, depois, sob o argumento de que a ocultou. Tratava-se de “uma revelação simultaneamente obrigatória e proibida”, escreveu Sedgwick. Não havia como ganhar a causa.
A autora afirmou, porém, que os tribunais distinguiram entre a homossexualidade do professor, e a maneira inadequada com que teria divulgado sua “condição”; a homossexualidade, por si só, não teria sido o motivo da demissão. Creio que ela está equivocada nesse ponto: a escola não o teria contratado se soubesse que ele era homossexual e essa discriminação, fundada tão só em sua sexualidade, em vez de ter sido considerada inconstitucional, foi julgada legítima. Se não faz diferença, juridicamente, ocultar ou revelar certa condição, é porque ela constitui o problema, e não o seu ocultamento ou revelação.
Creio, pois, correta a National Education Association que, em declaração de 30 de setembro de 2009 sobre proibição de discriminação no emprego, citou o caso de Acanfora como exemplo de discriminação por motivo da sexualidade. Nos EUA, “legislação apropriada é extremamente necessária, não legislação que crie ‘direitos especiais’, e sim que crie ‘direitos iguais’ para que empregados LGBT fiquem livres de discriminação.”
Trata-se mesmo do nó da questão: como um ordenamento jurídico que apresente, em seus princípios gerais, o da igualdade, pode ser usado para legitimar a discriminação de homossexuais? Tortuosidades argumentativas e hermenêuticas costumam aparecer – afinal, como conciliar aquele princípio de origem iluminista com os preconceitos inspirados em livro religioso milenar? Há quem o faça, mas não são os ortodoxos.
O caráter abstrato desse princípio permite-lhe ser historicamente moldável e abrigar causas que não foram pensadas em 1789, mas que hoje são prementes, como o da união entre pessoas de mesmo sexo; como escrevi em meu livro Para que servem os direitos humanos?, trata-se da capacidade histórica dos direitos humanos de se transformarem sem a necessidade de alterações jurídicas formais.
Mais um exemplo de tortuosidade jurídica: o casamento deixou de ser um privilégio heterossexual em Portugal (assim como na Espanha, outro país católico). O jurista Carlos Pamplona Côrte-Real, em parecer de 2007, lucidamente apontou os extravios metodológicos de certos constitucionalistas lusitanos (entre eles, Canotilho e Jorge Miranda) que consideravam constitucional a proibição do código civil português de que homossexuais casassem. Para legitimar a vedação no código, inexistente no texto constitucional, eles interpretavam a Constituição de acordo com a legislação civil, invertendo a hierarquia das normas: a Constituição é que deveria, segundo as noções básicas, comezinhas da teoria do direito, servir de parâmetro normativo. Canotilho e Vital Moreira chegam ao extremo de dizer que o direito ao casamento seria “neutro” em relação ao recorte hetero ou homossexual. Pamplona Côrte-Real, muito cortês, não faz a indagação, mas seria de perguntar se aqueles constitucionalistas veria algum problema jurídico, em termos de direitos humanos, se o legislador vedasse o casamento entre pessoas de sexo diferente…
O parecer ataca o apriorismo na argumentação desses juristas ao tomarem o modelo do matrimônio católico como pressuposto do casamento civil, e vincula as inconsistências resultantes a um preconceito homofóbico.
Com efeito, esse tipo de repulsa é evidente nos argumentos de que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo abriria portas para poligâmicos, incestuosos etc. Algo de semelhante pode ser lido no parágrafo 24 da Metafísica dos Costumes de Kant, em que o filósofo alemão compara a união entre seres humanos do mesmo sexo com a zoofilia sem apresentar razões para essa analogia, no mínimo esdrúxula para seres racionais. De fato, não era necessário para o leitor da época, apresentá-las: eram os preconceitos religiosos que irrompiam no discurso jurídico-moral kantiano e faziam-no comparar pessoas que amavam outras do mesmo sexo com seres irracionais, negando-lhes a dignidade humana.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil adotou linha de pensamento parecida em curiosa intervenção nas ações que o Supremo Tribunal Federal julgou sobre a extensão da união civil aos casais homossexuais (escrevi sobre essas ações julgadas pelo STF aqui e aqui. É interessante notar que a CNBB, nesse julgamento, foi a única entidade que comungou do entendimento de uma associação filo-nazista, que também se manifestou, nos autos e na sustentação oral, contrária ao reconhecimento jurídico das uniões entre homossexuais). Argumentos como esses já foram usados para a proibição do casamento entre pessoas de raças diferentes, como bem lembram, entre outros, os juristas Luís Duarte d’Almeida e William Eskridge Jr.
Este último jurista, estadunidense, realizou importantes pesquisas sobre o ativismo judicial dos movimentos sociais nos EUA, analisando as derrotas e vitórias desses movimentos no Judiciário. Em livro recente, lembrou que um clássico do pensamento jurídico, Jeremy Bentham (1748-1832), escreveu contra a perseguição de homossexuais em textos que ficaram inéditos (o filósofo temeu que o público não os aceitasse) até a segunda metade do século XX.
É realmente interessante lembrar de Bentham – um adversário do Iluminismo – neste debate. O filósofo utilitarista considerava que estávamos sob o império de dois princípios: a dor e o prazer. Útil seria toda lei que aumentasse o prazer e diminuísse a dor. Com esse fundamento, ele criticava toda lei que impusesse o ascetismo, bem como as leis de “antipatia”, isto é, as que se fundamentassem na repulsa a um grupo.
Leis de antipatia? Trata-se exatamente da questão da homofobia. E também do ascetismo, quando se defende que os homossexuais não precisam ser eliminados, mas não devem realizar-se afetivamente. Contudo, o que pode trazer de maléfico para os casais de sexo diferente que os outros casais também possam legalmente casar-se? Cito Bentham:
Permanecem, portanto, duas fontes, e não mais do que duas, das quais a soma de felicidade tomada em todas suas formas pode aumentar: uma é a diminuição do montante de dores; a outra é a remoção dos obstáculos que o erro e o preconceito opuseram ao aumento do estoque de prazeres que toda pessoa (homem ou mulher) tem em seu próprio poder.
Ele, em nome do princípio da utilidade, condenou a perseguição aos homossexuais (fora um iluminista, poderia tê-lo feito com base na dignidade), pois ela aumenta o montante de dor na sociedade, com a perseguição a essas pessoas – que não causam, com seu comportamento, dor ao restante da sociedade. Bentham recordou dos variados exemplos clássicos de amor viril (Virgílio, Suetônio, Alexandre o Grande…) e escreveu que não se pode condenar esse amor com base nas palavras de Jesus, pois o “advogado da adúltera” jamais o censurara, no que teria sido muito diferente do ascetismo legiferante de Moisés e de Paulo.
Com base no pensamento utilitarista, poderíamos até mesmo argumentar, em favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que, além de aumentar o prazer entre essas pessoas, ele tem como efeito diminuir a dor entre os heterossexuais, que deixarão de ser enganados por homossexuais que pretendem esconder sua orientação sexual em uniões de conveniência.
De fato, estamos em um campo em que os princípios da dignidade e o da utilidade convergem. Adversários de ambos, claro, defenderão outras posições. Exemplo recentíssimo, no Brasil, foi o de uma casa de legisladores municipais, antes conhecida somente pelos numerosos casos de corrupção que envolveram seus membros e por sua morosidade legislativa. Na atual legislatura, marcou-se também pela descoberta do patrocínio de vários de seus membros pelas empresas imobiliárias, interessadas em desfigurar o plano diretor, bem como em verticalizar e poluir ainda mais a cidade.
Essa casa, atuando como improvável pilar da moralidade nacional, resolveu em agosto de 2011 criar o “dia do orgulho hétero”, que ainda não foi sancionado ou vetado pelo prefeito. O apóstolo da medida justificou-se, afirmando em artigo na Folha de S. Paulo querer discutir os supostos privilégios dos homossexuais na sociedade brasileira. Escreveu: “Vejo nas novelas e na imprensa um tratamento especial dos gays.” De fato, o tratamento é especial, porém negativo: os únicos casais que não podem se beijar são os de pessoas do mesmo sexo.
Em seu arrazoado, menciona algo inexistente, num falso paralelismo com a homofobia: a “heterofobia”. Heterossexuais não são demitidos, espancados ou mortos pelo simples fato de sua orientação sexual – isso ocorre com os homossexuais. É ridículo tentar negar esse dado óbvio da realidade, mas alguns fazem do ridículo sua missão. O autor do projeto aprovado chegou ao ponto de criticar, em frase cujo óbvio símbolo fálico sugere a conveniência de consultar o psicanalista, “os intocáveis que hasteiam a bandeira gay e que quebram o mastro da bandeira da democracia.” (Grifo meu.)
No tocante ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, poder-se-ia, com alguma lucidez, falar em “direitos especiais”? Obviamente que não, mas de acesso aos mesmos direitos. Por esse motivo, parece-me infundada a posição de certos autores que acusaram o Supremo Tribunal Federal brasileiro de legislar quando reconheceu que pessoas do mesmo sexo também vivem em uniões estáveis. Afinal, não ocorreu a criação de um direito novo, nem de um “direito gay” específico, e sim apenas a extensão de um direito já existente a um grupo que era excluído, o que contrariava o princípio da igualdade previsto na Constituição e nos tratados internacionais de direitos humanos. Tal é a força normativa do princípio, que pouco importa que o parágrafo terceiro do artigo 226 do texto constitucional fale do reconhecimento como entidade familiar da união estável entre homem e mulher. Ademais, como se sabe, a hermenêutica dos direitos humanos segue o princípio de ampliar esses direitos, e não de restringi-los.
Por essa razão, e pela capacidade dos direitos humanos de se transformarem segundo o momento histórico, também não é relevante, para aplicar o princípio hoje, que os constituintes não tenham desejado esse alcance. Nos debates da Assembleia Nacional Constituinte, houve grande discussão sobre a proibição de discriminação por orientação sexual, prevista em emenda de José Genoíno. O relator da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, o então senador José Paulo Bisol, diante de acusações, defendeu aquela proibição em termos francamente homofóbicos:
Quanto ao problema da família, o nobre Constituinte estranhou a expressão “união estável”, como se ela incluísse a possibilidade de uniões entre homossexuais. Nobre Constituinte, não estou preocupado com as uniões dos homossexuais. Se eles querem fazer, que as façam! Desde que isto não se converta num escândalo social, é um direito deles. A palavra “casamento” também não evita, em si mesma essa expressão. Porque eles falam em casamento! Tenho lido nos jornais e até ouvi um Constituinte, aqui, falar: “Estamos permitindo casamento de homossexuais?” Meu Deus, não se trata disso! Apenas se trata de dizer que os homossexuais são seres humanos! E aqui disseram até que é uma questão de nascimento. Não vou a tanto. Acho que é mais um problema cultural e de formação. Mas, não entro em discussão. O que eu quero dizer é que os homossexuais não me perturbam. Acho que eles são pessoas humanas. E creio que ninguém tem o direito de não empregar um homem competente por ser ele um homossexual! É isto.
O “nobre” era o deputado José Mendonça de Morais, que, além de pregar a homofobia, foi um dos defensores da censura na Assembleia. Quanto a Bisol, há o que se dizer a seu favor, pois chegava ao ponto de considerar homossexuais “pessoas humanas” (no que superava diversos constituintes), embora com “problema”. De fato, tinham um problema, do qual esses constituintes faziam parte: a homofobia.
A emenda acabou rejeitada porque, de acordo com o discurso dominante, o princípio da igualdade e da proibição da discriminação já contemplaria, em seu conteúdo, a vedação à discriminação por orientação sexual. Esse argumento, embora assumido pelos homofóbicos, é-lhes contraproducente: se era verdade que não se precisava, para evitar a discriminação, mencionar explicitamente a orientação sexual no que se tornou o artigo 5º, por que cobrar hoje, para que os homossexuais não sejam discriminados no direito ao casamento, que a previsão constitucional da união estável seja explícita a respeito?
O uso seletivo do princípio da igualdade por esses hermeneutas corresponde a mais um exemplo de hipócrita torção constitucional, para que o princípio seja eficaz apenas para não mencionar grupos discriminados, e não para igualar direitos.
Por conseguinte, a adequação e pertinência da bandeira do casamento igualitário, assumida na Argentina, parecem-me inegáveis – e a resistência que sofre decorre do preconceito de que pessoas que amam dessa forma possam ter sua dignidade (e sua existência) igualmente reconhecida e respeitada. Não faz sentido algum afirmar que não se é contra os homossexuais, mas que se é contrário a que eles casem. Imaginem quão antimusical seria o maestro que dissesse nada ter contra violoncelistas, desde que eles não tocassem publicamente.
A lei argentina, como era esperado, não veio sem resistências. Alberto Arias, velho chefe de registro civil da cidade de Concordia (e único advogado canônico de toda a província, segundo ele mesmo ressaltou), declarou que preferiria casar Alfredo Astiz (conhecido como “anjo loiro da morte” da ditadura argentina, um “pobre homem” segundo o funcionário) a casais do mesmo sexo. Simples demonstração de velhos sentimentos contrários aos direitos humanos? Talvez, porém a comparação é reveladora: parece denotar que, na oposição à lei do matrimônio igualitário e no apoio ao genocida, encontra-se em certos corações mais pios a mesma lógica: a do extermínio.
A lei do matrimônio igualitário segue outro espírito. É significativo que ela sirva para uma das peças de propaganda eleitoral da presidenta da Argentina, que afirma que ninguém perdeu direito algum com aquela medida; pelo contrário, houve um ganho de direitos àqueles que estavam desprovidos. No Brasil, na campanha de 2010, nenhum dos três candidatos à presidência da república com mais votos ousou defender legislação igual. E apenas um dos representantes do povo no Congresso Nacional, deputado Jean Wyllis, assumiu-se publicamente homossexual. Sua plataforma de atuação fundamenta-se nos direitos humanos: a liberdade de culto na defesa das religiões de origem africana, o direito à educação, direitos dos indígenas… Nada mais coerente: é no âmbito dessa categoria jurídica que se põe a luta contra a homofobia.
Professor da Uninove, em São Paulo. Organizou diversas antologias e é autor, entre outros, do volume de poesia Cinco lugares da fúria (2008) e de Para que servem os direitos humanos? (2009).

Pádua Fernandes
http://www.amalgama.blog.br/08/2011/casamento-e-homofobia/

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Piñera assina projeto de união civil entre homossexuais no Chile

09/08/2011 - 14h00
Piñera assina projeto de união civil entre homossexuais no Chile
Em Santiago (Chile)

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O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou nesta terça-feira um projeto de lei que autoriza a união civil de casais homossexuais, cumprindo uma promessa de campanha que beneficiará mais de dois milhões de pessoas no país.

"Este projeto trata de maneira igual casais homo e heterossexuais, uma vez que nos dois tipos de união é possível o amor, o afeto e o respeito", afirmou Piñera ao assinar o documento, que agora será analisado pelo Parlamento.

"Quando a lei for aprovada, duas pessoas adultas e solteiras que mantenham uma relação afetiva poderão ter a união reconhecida, celebrando um acordo de vida em casal", acrescentou o presidente.

A iniciativa era uma promessa da campanha de Piñera e vem à tona sete anos depois de o Chile aprovar a lei do divórcio, que enfrentou uma feroz oposição da influente Igreja Católica no país.

A proposta do Governo estabelece a assinatura de uma espécie de contrato que regula a situação patrimonial e de herança do casal. O acordo deve ser oficializado por meio de uma escritura pública no Registro Civil.

Os contratantes terão direito a receber pensão em caso de morte de um deles e de serem inscritos como dependentes nos planos de saúde. Entre o casal será formada uma comunidade de bens.

A iniciativa é rejeitada pelos dirigentes da ala conservadora da coalizão de direita que está no poder e que se negaram a participar nesta terça-feira da assinatura do projeto de lei.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/08/09/pinera-assina-projeto-de-uniao-civil-entre-homossexuais-no-chile.jhtm

Ex-seminarista e transexual farão casamento inédito em Cuba

11/08/2011 - 12h27 / Atualizada 11/08/2011 - 16h33
Ex-seminarista e transexual farão casamento inédito em Cuba
Um ex-seminarista e uma transexual vão se casar em Cuba neste sábado, em uma união inédita na ilha. Em Cuba, os casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo são proibidos, mas as autoridades vão permitir a união, já que a noiva, a transexual Wendy Iriepa, conseguiu ser reconhecida oficialmente como mulher em sua nova carteira de identidade. Ela passou por uma operação de troca de sexo em 2007.
Wendy e Ignacio Estrada são um casal atípico em Cuba. O amor entre os dois superou entraves burocráticos e também visões de mundo. Ignácio é um católico conservador e chegou a estudar em um seminário para se tornar padre. Wendy trabalhava em um centro de educação sexual, que ajuda gays e lésbicas em Cuba.
Além disso, também houve dificuldades políticas. Wendy perdeu seu emprego no centro --que é dirigido pela filha do presidente Raúl Castro-- por estar casando com Ignacio, que faz oposição ao governo.
O casamento foi marcado para o dia 13 de agosto, que coincide com o aniversário de Fidel Castro. A madrinha será Yoani Sanchez, a famosa blogueira de oposição ao regime cubano.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/08/11/ex-seminarista-e-transexual-farao-casamento-inedito-em-cuba.jhtm

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pesquisa aponta fim de romantismo em 14 meses após o casamento

Pesquisa aponta fim de romantismo em 14 meses após o casamento
Estudo britânico confirma que, depois de trocarem alianças, os pombinhos não são mais os mesmos
Por: Redação

No namoro, o casal vive em clima de romance, troca carícias e faz declarações de amor. Mas as coisas mudam de figura quando os apaixonados decidem se casar e os desentendimentos passam a ser constantes. Segundo um estudo, encomendado pela empresa do Reino Unido Better-Bathrooms, o romantismo tem um prazo de validade de 14 meses após a lua de mel.

A pesquisa apontou que esse é o momento em que as mulheres deixam de se arrumar, como faziam no namoro, usam menos maquiagem e andam pela casa com aquelas roupas que, antes do casamento, jamais ousariam vestir. Os homens, por sua vez, dão uma folga à lâmina de barbear e usam o banheiro de porta aberta, com a tampa do vaso sanitário virada para cima, é claro.

Nesse período, os dois mil casais entrevistados afirmaram que deixaram de falar “eu te amo” com o mesmo vigor que diziam na época do namoro. Mas, de acordo com o jornal Daily Mail, apesar das mudanças, a maioria se mostrou feliz, já que essa intimidade tornava o relacionamento ainda mais agradável.
http://www.maisrevistamulher.com.br/artigos/ver/60/pesquisa-aponta-fim-de-romantismo-em-14-meses-apos-o-casamento

domingo, 7 de agosto de 2011

ESPEREI O CASAMENTO

ESPEREI O CASAMENTO
Confissões de mulheres que só fizeram sexo depois de trocar as alianças.Por Mariana Galante
Fonte: Revista Bárbara/ed.1

"Eu achava que sabia tudo sobre sexo pelo que ouvia falar e via em livros e que estava preparada para casar, ter e dar prazer. Mas na lua-de-mel tomei um baita susto quando vi o pênis do meu marido ereto, ao vivo e a cores, aquela
coisa grande, e só me lembro de querer fugir!” Ok, não há como não ver graça numa situação,
digamos... “dramática”, como essa. Soa antiquado, fora de moda, de outro planeta, ainda mais quando estamos acostumadas a topar com garotas de 14 anos
gravidíssimas por aí. Mas cá entre nós: só mesmo quem passa o aperto – da educação que teve, das escolhas que fez, da imposição que recebeu – para saber o quanto é
difícil dançar conforme a música (dos outros).

Vanessa Martins, a autora do depoimento acima, é sócia de uma rede de farmácias na cidade de União da Vitória, no Paraná, e hoje tem 40 anos. Casou-se virgem aos 19 com um homem seis anos mais velho depois de
um ano de namoro e um ano de noivado. Vanessa tomou essa decisão por medo de desagradar à família: a cidade era pequena, todos se conheciam e as meninas ditas “de família” deveriam se casar cedo e virgens para evitar os comentários maldosos. “Hoje, se tivesse uma filha mulher, jamais exigiria que ela se casasse aos 19 anos, e virgem”.

Para ela, o fato de morar em uma cidade pequena foi decisivo e acredita que, se tivesse crescido em uma capital, com mais opções, liberdade e independência, teria feito o exato oposto do que fez. “Se pudesse voltar no
tempo, eu teria feito muito sexo e com muitos namorados antes de casar. Que devassa eu seria!”.

Desejos não realizados
A psicóloga mineira Luciana Bichuetti acredita que, quando a mulher é obrigada a adotar comportamentos que não estão de acordo com seus desejos, aspirações e necessidades internas, perde a oportunidade de
experimentar de forma plena suas vivências. “Nosso amadurecimento emocional é fruto das experiências pelas quais passamos do nascimento até a morte. Se a pessoa não pode escolher o caminho a seguir e apenas adaptase ao que lhe é imposto pela família ou sociedade, podem surgir sentimentos de inadequação ou difi culdades para lidar com as próprias emoções”, diz a psicóloga.

A noite de núpcias de Vanessa, além de assustadora, foi frustrante. “Levei dois dias para conseguir deixar o meu marido me penetrar porque eu me contraía e tudo doía muito. Sofri um bocado para perder a virgindade por medo e desconhecimento do meu próprio corpo. Pensava: ‘Eu casei, agora tenho que ficar na minha e aguentar’. Para minha sorte, meu marido era mais experiente, muito calmo e carinhoso. Ah, mas nem pensar no tal de orgasmo, isso levou muitos anos para acontecer...”

Não há regras: seria irresponsável afi rmar que há sempre as mesmas vantagens e desvantagens nesta escolha, afinal, o que funciona para uma pode não funcionar para outra. “Um dos fatores mais importantes no
êxito conjugal é o senso de compromisso de ambos diante da nova vida que assumem juntos. O sucesso da união vai depender da sua forma de comunicação, sua capacidade de tomar decisões juntos e lidar com os conflitos que certamente surgirão”, afirma Bichuetti.

Uma questão de escolha
Ao contrário de Vanessa, Patrícia Gaspar não se arrepende de ter se casado virgem. A união da publicitária de 30 anos aconteceu em 2006 com um homem também sem experiência. Ela já havia tido outros namorados, mas
combinou com seu noivo de esperarem para descobrir o sexo juntos. “Me mantive virgem durante 27 anos por pura opção. Via amigas serem enganadas, usadas e abandonadas por namorados que se diziam apaixonados no início e que depois de um tempo simplesmente alegavam que a relação tinha perdido a graça. Outras ficaram grávidas e apagaram muitos planos para poder criar os filhos. Eu não queria isso para mim”.

Para Patrícia, não fazer sexo antes do casamento é esquivar-se de uma possível decepção. “Não que casar virgem seja garantia de que tudo será perfeito na relação, mas tudo na vida tem seu tempo e adiantar as coisas é
um belo jeito de fazer com que elas deem errado”. Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, não aponta transformações evidentes imediatas nessa passagem da vida sem relações para um
comportamento sexualmente ativo, mas destaca que “em cada grupo cultural, os fatores emocionais precisam ser considerados, pois uma menina pode ter se desenvolvido compreendendo que, quando deixasse de ser virgem, seria um momento de assumir responsabilidades. As consequências ou reações emocionais dependem de idade, de grupo social e cultural”.

Patrícia, que sempre conversou abertamente sobre isso com o marido, sabe que eles são diferentes para os padrões atuais da nossa cultura. “Hoje, percebemos juntos o quanto somos diferentes dos jovens da nossa geração e ele, como homem, certamente tem mais dificuldade em falar sobre o assunto com amigos, até porque um rapaz que aos 23 anos ainda era virgem é motivo de piada. Eu nunca tive esse problema: conversava com amigas mais próximas da faculdade, elas achavam o máximo e até davam dicas para a lua-de-mel. Porém, sabemos que o mundo em que vivemos vende sexo 24 horas por dia e que resistir é quase impossível”.


O preço de acreditar
A representante comercial Márcia Costa, 40 anos, e a modista Neiva Manvailer, de 45, compartilham da mesma opinião de Patrícia: não se arrependem. Moradora de Penápolis, interior de São Paulo, e filha de pastor, Neiva nunca recebeu nenhuma instrução direta de seus pais nesse sentido, mas se casou virgem por acreditar que ajudaria a ter um casamento longo. “Não me casar virgem me traria um grande conflito interno entre aquilo que aceitei como certo e o que eu estaria fazendo ao contrário. Não sei se meu marido me amaria”.


Dr. Oswaldo vai no X da questão: “Uma menina ou adolescente que pretende casar-se virgem não sabe o que está fazendo, nem as consequências de seu ato, pois não tem como ponderar. Seu cérebro
ainda está amadurecendo... Para muitos adultos, este amadurecimento nem chega a se realizar. Para isso existem as regras externas, a moral, a ética. Quem desenvolveu regras internas coerentes com o mundo externo tem um cérebro maduro, capaz de administrar situações a partir de necessidades pessoais e em acordo com o mundo externo. Os que não têm esta condição
precisam do mundo externo para lhes guiar”.

Quando tinha 21 anos, Márcia queria que sua mãe se orgulhasse dela e tinha o sonho de poder entregar a alguém especial aquilo que considerava o seu maior tesouro. Também queria conquistar o respeito do marido. “Se a mulher se mantém virgem, ganha a admiração do parceiro, porque ele sabe que não é uma qualquer. Não que as mulheres que não se casam virgens não mereçam esse respeito, mas para o homem é preocupante saber
que a mulher já saiu com vários”.

A psicóloga Luciana Bichuetti explica esse culto à virgindade feminina: “A sexualidade da mulher muitas vezes foi considerada como sagrada e valiosa por causa de sua associação com a maternidade. Desde o início da civilização, os homens cultuaram a mulher por essa possibilidade de gerar uma nova vida”.

Historicamente, o homem saber que uma criança é realmente sua é determinação de poder. Controlar a sexualidade da mulher permite reconhecer a paternidade. Segundo o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, “uma mulher sempre sabe que ela é a mãe. Um homem somente saberá se tiver sob controle os comportamentos sexuais da mulher e esta é a razão histórica de considerar a sexualidade da mulher tão valiosa”.

Com a técnica de enfermagem Cristiane de Mendonça, paulistana de 44 anos, a história não foi nada agradável. “Me casei virgem aos 17 anos e hoje eu faria tudo diferente. Tive uma educação muito rígida, tinha que
namorar em casa e com a família do lado. Caí na ilusão
de que me casar cedo seria uma solução. Não desejo isso para meus filhos de jeito nenhum! É fundamental conhecer bem a pessoa com quem se vai casar”.

Cristiane lamenta não ter convivido mais tempo com o marido antes de juntar as escovas. Entre namoro e noivado foram dois anos, mas era o pai dela quem ditava as regras. “Depois de casada, já com três filhos, é
que eu fui saber que naquela época ele namorava uma outra menina ao mesmo tempo e que tentou transar comigo antes do casamento só para me testar. Fiquei tão decepcionada que só mantive o relacionamento por causa
das crianças, mas essa já é uma outra história”.

Perder a virgindade depois do casamento pode significar ter de lidar com muitas coisas novas de uma única vez sem estar preparada para tanto. Porém, há quem tenha encontrado equilíbrio e satisfação pessoal na exclusividade de parceiro. Se há uma certeza resoluta em tudo na vida é: a unanimidade não existe. Para a psicóloga, “somente vivendo os acontecimentos pertinentes a cada fase de sua vida, uma pessoa poderá
sentir-se real, plena e aprender com as experiências, integrando-as no seu processo de desenvolvimento”.
http://itodas.uol.com.br/amor-e-sexo/esperei-o-casamento-6884.html

Confissões de mulheres que só fizeram sexo depois de trocar as alianças

Confissões de mulheres que só fizeram sexo depois de trocar as alianças
Por Mariana Galante
Fonte: Revista Bárbara/ed.1

"Eu achava que sabia tudo sobre sexo pelo que ouvia falar e via em livros e que estava preparada para casar, ter e dar prazer. Mas na lua-de-mel tomei um baita susto quando vi o pênis do meu marido ereto, ao vivo e a cores, aquela
coisa grande, e só me lembro de querer fugir!” Ok, não há como não ver graça numa situação,
digamos... “dramática”, como essa. Soa antiquado, fora de moda, de outro planeta, ainda mais quando estamos acostumadas a topar com garotas de 14 anos
gravidíssimas por aí. Mas cá entre nós: só mesmo quem passa o aperto – da educação que teve, das escolhas que fez, da imposição que recebeu – para saber o quanto é
difícil dançar conforme a música (dos outros).

Vanessa Martins, a autora do depoimento acima, é sócia de uma rede de farmácias na cidade de União da Vitória, no Paraná, e hoje tem 40 anos. Casou-se virgem aos 19 com um homem seis anos mais velho depois de
um ano de namoro e um ano de noivado. Vanessa tomou essa decisão por medo de desagradar à família: a cidade era pequena, todos se conheciam e as meninas ditas “de família” deveriam se casar cedo e virgens para evitar os comentários maldosos. “Hoje, se tivesse uma filha mulher, jamais exigiria que ela se casasse aos 19 anos, e virgem”.

Para ela, o fato de morar em uma cidade pequena foi decisivo e acredita que, se tivesse crescido em uma capital, com mais opções, liberdade e independência, teria feito o exato oposto do que fez. “Se pudesse voltar no
tempo, eu teria feito muito sexo e com muitos namorados antes de casar. Que devassa eu seria!”.

Desejos não realizados
A psicóloga mineira Luciana Bichuetti acredita que, quando a mulher é obrigada a adotar comportamentos que não estão de acordo com seus desejos, aspirações e necessidades internas, perde a oportunidade de
experimentar de forma plena suas vivências. “Nosso amadurecimento emocional é fruto das experiências pelas quais passamos do nascimento até a morte. Se a pessoa não pode escolher o caminho a seguir e apenas adaptase ao que lhe é imposto pela família ou sociedade, podem surgir sentimentos de inadequação ou difi culdades para lidar com as próprias emoções”, diz a psicóloga.

A noite de núpcias de Vanessa, além de assustadora, foi frustrante. “Levei dois dias para conseguir deixar o meu marido me penetrar porque eu me contraía e tudo doía muito. Sofri um bocado para perder a virgindade por medo e desconhecimento do meu próprio corpo. Pensava: ‘Eu casei, agora tenho que ficar na minha e aguentar’. Para minha sorte, meu marido era mais experiente, muito calmo e carinhoso. Ah, mas nem pensar no tal de orgasmo, isso levou muitos anos para acontecer...”

Não há regras: seria irresponsável afi rmar que há sempre as mesmas vantagens e desvantagens nesta escolha, afinal, o que funciona para uma pode não funcionar para outra. “Um dos fatores mais importantes no
êxito conjugal é o senso de compromisso de ambos diante da nova vida que assumem juntos. O sucesso da união vai depender da sua forma de comunicação, sua capacidade de tomar decisões juntos e lidar com os conflitos que certamente surgirão”, afirma Bichuetti.

Uma questão de escolha
Ao contrário de Vanessa, Patrícia Gaspar não se arrepende de ter se casado virgem. A união da publicitária de 30 anos aconteceu em 2006 com um homem também sem experiência. Ela já havia tido outros namorados, mas
combinou com seu noivo de esperarem para descobrir o sexo juntos. “Me mantive virgem durante 27 anos por pura opção. Via amigas serem enganadas, usadas e abandonadas por namorados que se diziam apaixonados no início e que depois de um tempo simplesmente alegavam que a relação tinha perdido a graça. Outras ficaram grávidas e apagaram muitos planos para poder criar os filhos. Eu não queria isso para mim”.

Para Patrícia, não fazer sexo antes do casamento é esquivar-se de uma possível decepção. “Não que casar virgem seja garantia de que tudo será perfeito na relação, mas tudo na vida tem seu tempo e adiantar as coisas é
um belo jeito de fazer com que elas deem errado”. Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, não aponta transformações evidentes imediatas nessa passagem da vida sem relações para um
comportamento sexualmente ativo, mas destaca que “em cada grupo cultural, os fatores emocionais precisam ser considerados, pois uma menina pode ter se desenvolvido compreendendo que, quando deixasse de ser virgem, seria um momento de assumir responsabilidades. As consequências ou reações emocionais dependem de idade, de grupo social e cultural”.

Patrícia, que sempre conversou abertamente sobre isso com o marido, sabe que eles são diferentes para os padrões atuais da nossa cultura. “Hoje, percebemos juntos o quanto somos diferentes dos jovens da nossa geração e ele, como homem, certamente tem mais dificuldade em falar sobre o assunto com amigos, até porque um rapaz que aos 23 anos ainda era virgem é motivo de piada. Eu nunca tive esse problema: conversava com amigas mais próximas da faculdade, elas achavam o máximo e até davam dicas para a lua-de-mel. Porém, sabemos que o mundo em que vivemos vende sexo 24 horas por dia e que resistir é quase impossível”.


O preço de acreditar
A representante comercial Márcia Costa, 40 anos, e a modista Neiva Manvailer, de 45, compartilham da mesma opinião de Patrícia: não se arrependem. Moradora de Penápolis, interior de São Paulo, e filha de pastor, Neiva nunca recebeu nenhuma instrução direta de seus pais nesse sentido, mas se casou virgem por acreditar que ajudaria a ter um casamento longo. “Não me casar virgem me traria um grande conflito interno entre aquilo que aceitei como certo e o que eu estaria fazendo ao contrário. Não sei se meu marido me amaria”.


Dr. Oswaldo vai no X da questão: “Uma menina ou adolescente que pretende casar-se virgem não sabe o que está fazendo, nem as consequências de seu ato, pois não tem como ponderar. Seu cérebro
ainda está amadurecendo... Para muitos adultos, este amadurecimento nem chega a se realizar. Para isso existem as regras externas, a moral, a ética. Quem desenvolveu regras internas coerentes com o mundo externo tem um cérebro maduro, capaz de administrar situações a partir de necessidades pessoais e em acordo com o mundo externo. Os que não têm esta condição
precisam do mundo externo para lhes guiar”.

Quando tinha 21 anos, Márcia queria que sua mãe se orgulhasse dela e tinha o sonho de poder entregar a alguém especial aquilo que considerava o seu maior tesouro. Também queria conquistar o respeito do marido. “Se a mulher se mantém virgem, ganha a admiração do parceiro, porque ele sabe que não é uma qualquer. Não que as mulheres que não se casam virgens não mereçam esse respeito, mas para o homem é preocupante saber
que a mulher já saiu com vários”.

A psicóloga Luciana Bichuetti explica esse culto à virgindade feminina: “A sexualidade da mulher muitas vezes foi considerada como sagrada e valiosa por causa de sua associação com a maternidade. Desde o início da civilização, os homens cultuaram a mulher por essa possibilidade de gerar uma nova vida”.

Historicamente, o homem saber que uma criança é realmente sua é determinação de poder. Controlar a sexualidade da mulher permite reconhecer a paternidade. Segundo o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, “uma mulher sempre sabe que ela é a mãe. Um homem somente saberá se tiver sob controle os comportamentos sexuais da mulher e esta é a razão histórica de considerar a sexualidade da mulher tão valiosa”.

Com a técnica de enfermagem Cristiane de Mendonça, paulistana de 44 anos, a história não foi nada agradável. “Me casei virgem aos 17 anos e hoje eu faria tudo diferente. Tive uma educação muito rígida, tinha que
namorar em casa e com a família do lado. Caí na ilusão
de que me casar cedo seria uma solução. Não desejo isso para meus filhos de jeito nenhum! É fundamental conhecer bem a pessoa com quem se vai casar”.

Cristiane lamenta não ter convivido mais tempo com o marido antes de juntar as escovas. Entre namoro e noivado foram dois anos, mas era o pai dela quem ditava as regras. “Depois de casada, já com três filhos, é
que eu fui saber que naquela época ele namorava uma outra menina ao mesmo tempo e que tentou transar comigo antes do casamento só para me testar. Fiquei tão decepcionada que só mantive o relacionamento por causa
das crianças, mas essa já é uma outra história”.

Perder a virgindade depois do casamento pode significar ter de lidar com muitas coisas novas de uma única vez sem estar preparada para tanto. Porém, há quem tenha encontrado equilíbrio e satisfação pessoal na exclusividade de parceiro. Se há uma certeza resoluta em tudo na vida é: a unanimidade não existe. Para a psicóloga, “somente vivendo os acontecimentos pertinentes a cada fase de sua vida, uma pessoa poderá
sentir-se real, plena e aprender com as experiências, integrando-as no seu processo de desenvolvimento”.
http://itodas.uol.com.br/amor-e-sexo/esperei-o-casamento-6884.html