segunda-feira, 11 de abril de 2011

Entenda relação da boca com o sexo

08/04/2011 -- 15h10
Entenda relação da boca com o sexo
As principais razões pelas quais uma pessoa se incomoda com a boca da outra são os cheiros e gostos; excitação é influenciada a partir do gostar

A boca é um meio muito importante no relacionamento afetivo e sexual. Ela produz um dos mecanismos mais importantes do contato afetivo e erótico: o beijo, responsável por uma série de mensagens neurológicas e químicas que transmitem sensações táteis, excitação sexual e percepções de proximidade, motivação e euforia. Muitas pessoas compreendem que o primeiro beijo decide o futuro do relacionamento e que um beijo ''ruim'' descarta o(a) candidato(a).

O beijo facilita a produção de ocitocina, controlando a produção de cortisol. Portanto, beijar é bom para combater estresse. Apesar disso, algumas pessoas o consideram não higiênico devido a suas características psicopatológicas, mesmo que não se desenvolvam a ponto de ser necessária uma intervenção psiquiátrica.

A boca convive com muitas bactérias e vírus, é verdade. Mas preocupar-se com isso em pessoas saudáveis é algo psicopatológico e que limita muitos casais nas atividades afetivo-erótico-sexuais.

As principais razões pelas quais uma pessoa se incomoda com a boca da outra são os cheiros e gostos. Gostar é algo muito importante no que se refere à excitação sexual.

Gostar ou não gostar de cheiros da boca pode impedir um relacionamento sexual. Então, na história de vida anterior ao sexo genital, se o cheiro/gosto da boca normal (com cheiros de boca) houver sido associada a emoções negativas, a preferência por uma boca com cheiro de ''hortelã'' pode ter sido desenvolvida e daí para frente o cheiro natural da boca e saliva nunca serão aceitas. Então, reclamar do mau hálito diz respeito a preferências estabelecidas anteriormente que não diziam respeito à excitação sexual.

Claro que outras doenças sexualmente transmissíveis podem ocorrer quando a boca é usada em beijos comuns (boca-boca) além do sexo oro-genital: herpes, gonorréia, clamídia e sífilis. O sexo oral no pênis, denominado felação, preocupa mais quando se menciona a possibilidade de transmissão de HIV, em especial com a ejaculação dentro da boca.

As maiores chances de contaminação ocorrem quando a boca apresenta lesões na mucosa e cáries. O oposto não encontra respaldo em pesquisas quantitativas, mas é percebida como uma possibilidade preocupante. Portanto, é mais possível que uma pessoa que receba ejaculação na boca possa ser contaminada com HIV do que o homem que ejacule ser contaminado.

Oswaldo M. Rodrigues Junior - psicólogo e terapeuta sexual (São Paulo)

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