segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Conheça a opinião de homens, mulheres e terapeutas quando a questão é
transar ou não transar na primeira noite
Fonte: Rosana F. – iTodas
Quando o encontro é bom, é difícil controlar o impulso sexual de já
dormir com ele na primeira noite. Mas pode? O sexo no primeiro encontro gera
opiniões conflituosas. Há quem diga que após a noite de prazer ele te julgará
uma mulher fácil e não irá propor vê-la novamente. Outros defendem que este
pensamento é arcaico em novos tempos de emancipação feminina. E com você? Já
aconteceu? Conheça a opinião de homens, mulheres e terapeutas quando a questão
é transar ou não transar na primeira noite.
"O sexo adquiriu novas proporções e começou a desempenhar um papel
importante na qualidade de vida. No entanto, o conceito de que mulher que faz
sexo no primeiro encontro não é uma parceira adequada para um compromisso sério
ainda é visto nos dias atuais", ressalta Giovanna Lucchesi, psicóloga do
Instituto Paulista de Sexualidade.
Para a designer Mara C., 32, a decisão de transar ou não na primeira
saída varia de situação para situação, ou melhor, de homem pra homem. "Eu
tento acertar, mas às vezes me engano. Já aconteceu com caras que eu achava
serem super moderninhos e acabou que eles não me ligaram no dia seguinte. E já
rolou com outros a quem julgava mais caretas e com quem acabei tendo um
relacionamento sério", conta Mara, que atualmente namora um cara com quem
só foi pra cama no quarto encontro. "Depois de quebrar a cara algumas
vezes, preferi não arriscar", declara. Mara tem certos cuidados na
primeira vez que vai para cama com um novo rapaz. "Procuro sentir qual é a
dele para não assustá-lo. Tem certas coisas que só podemos fazer depois de
pegar intimidade", diz, listando, por exemplo, usar palavras de baixo
calão e fazer sexo selvagem.
Segundo Giovanna Lucchesi, as pessoas constroem suas concepções através
do contato com o mundo. "O que leva o homem a pensar de diferentes formas
a respeito da mulher que faz sexo no primeiro encontro é, sem dúvida, o
aprendizado que ele teve em casa, na escola e nos meios sociais. Estes são os
agentes controladores que fornecem para o indivíduo regras, normas e formas de
pensar que contribuem para o repertório e para a atuação deste homem nas suas
relações", afirma.
Muitos fatores podem encurtar o caminho entre a mesa do restaurante e a
cama do motel. Um deles é o histórico do casal. Maria Helena A., 36, conhecia o
par há mais de dez anos quando saiu com ele pela primeira vez. "Do
primeiro beijo à primeira transa não se passaram mais do que duas horas. A
gente já tinha toda a intimidade e confiança que o ato exige", garante
ela, que engatou um namoro e, em seguida, juntou as escovas. "A primeira
vez foi tão boa que não paramos até hoje. Em seis meses, estávamos casados.
Quando se tem certeza do que se quer, não há necessidade de esperar, seja pra
transar, namorar, casar ou ter o primeiro filho", diz ela, que anda
treinando para aumentar a família.
O diretor de cinema e vídeo Leo Sassen, 40, gosta quando o sexo flui
naturalmente - na primeira ou na décima noite. "Tem vezes que a cama na
primeira noite é natural, flui. Já me aconteceu algumas vezes, sendo que, com
uma delas, namorei por muitos anos e fomos super felizes. Se a noite rolou
legal, foi especial e teve química, por que não ir para a cama?",
questiona. Léo acha que as mulheres estão cada vez mais liberais e transar na
primeira noite tem acontecido com mais freqüência. "Quando a mulher chega
aos 30 anos, a cabeça está mais aberta. As mais novas ficam inseguras",
teoriza.
Para o diretor de cinema, a mulher que transa na primeira noite mostra
que não tem preconceitos. Mas vem cá: os homem não vão ter preconceitos com
ela? "Tá certo que eu não faço parte da maioria machista dos homens. Tenho
amigos que gostam de ‘arrastar as mulheres pelos cabelos' e acham que mulher
que vai para a cama na primeira noite é vagabunda. Ainda bem que não é meu
caso", brinca o diretor, lembrando que as mulheres também são machistas e
conservadoras e ficam com medo de serem tachadas de fáceis.
Há mulheres que se sentem tranquilas e se permitem transar sem
preocupações a respeito dos possíveis pensamentos que seu parceiro possa vir a
ter. "Outras, permeadas pelo discurso social que ainda existe, temem serem
rotuladas", destaca Lucchesi, lembrando que há quem prefira ter contato
sexual após uma maior intimidade com o parceiro. A psicóloga ressalta que não
existe uma regra clara do que se deve ou não fazer no primeiro encontro.
"Mas é interessante que a mulher se sinta confortável com qualquer atitude
que venha ter em relação ao sexo", finaliza.
Fonte: Rosana F. - iTodas
Nenhum comentário:
Postar um comentário