(AFP) –
HAVANA — A sexóloga cubana Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro, anunciou que seu país estuda o combate à prostituição aplicando a "experiência sueca" de penalizar o cliente, não as trabalhadoras sexuais, segundo entrevista divulgada em sua conta no Twitter, @CastroEspinM.
"A Suécia realiza realmente um trabalho admirável, e nós, em Cuba, através do Cenesex (Centro Nacional de Educação Sexual), a Federação de Mulheres Cubanas e outras organizações, nos mostramos favoráveis a repetir a experiência feita no país", disse Mariela que retornou de uma viagem à Europa, tendo visitado, na Holanda, o famoso Bairro Vermelho de Amsterdã.
Mariela também informou que o VI Congresso Cubano de Educação, Orientação e Terapia Sexual, programado para o período de 23 a 26 de janeiro do ano que vem, vai tratar da questão da prostituição, que será abordada, também, na primeira Conferência Nacional do Partido Comunista, nesse mesmo mês.
A prostituição praticamente desapareceu da Ilha depois da vitória da revolução, em 1959 (existiam, então, 100.000 prostitutas, segundo cifras oficiais), mas a atividade renasceu com a crise econômica dos anos 1990 e a abertura ao turismo internacional.
As leis cubanas não penalizam o exercício da prostituição, mas as atividades relacionadas, como o proxenetismo.
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