segunda-feira, 23 de maio de 2011

Juventude inquieta e de sexualidade ambígua

'Amores Imaginários' estreia esta quinta-feira
Juventude inquieta e de sexualidade ambígua
São jovens, cheios de sonhos e ideais, lindos e modernos. São filosóficos, opinativos, interventivos. Num filme de sexualidade ambígua, universo que abarca toda a beleza e simpatia pelo outro, independentemente do sexo, o jogo de sedução enreda o espectador até ao final.
19 Maio 2011Nº de votos (0) Comentários (0)
Por:Sofia Canelas de Castro




Porque, como se diz logo no arranque de ‘Amores Imaginários', "a única verdade para além da razão é o amor".
O filme é a segunda obra (prima!) de Xavier Dolan, jovem cineasta de 23 anos que assinou aos 16 o seu primeiro argumento que viria a filmar aos 20. À data, ‘J'ai tué ma Mère' (‘Matei a Minha Mãe') logo maravilhou Cannes.
E, nesta segunda volta, mais um galardão ‘Regards Jeunes' (Novo Talento) no mesmo festival para este canadiano de Montréal.
Gay assumido, Dolan é também actor dos seus filmes e neste é o vértice masculino de uma dupla de amigos que se debate pelo amor de Nicholas (Niels Schneider), um ‘anjo' que não se sabe se é hetero ou homosexual.
Francis (Dolan) e Maria (Monia Chokri) são os melhores amigos e ambos se encantam por Nicholas, rapaz de caracóis loiros e porte angelical, dúbio na sua sexualidade e cheio de afecto, independentemente do género.
O ‘anjo' por eles se enamora também, sem especificar a qual se rende...se é que se renderá a algum. Os dois amigos camuflam os sentimentos para não estragarem a amizade que os une mas o amor...será mais forte?
Pelo meio, o filme cruza-se com depoimentos de outros jovens, fora da trama, uma espécie de consultório de psicanalista cheio de sabor a verdade onde se expõem de forma sarcástica e realista, as inquietações da juventude. Face à sexualidade, às relações, à amizade...a tudo o que conta quando se tem 20 anos.
Libidinoso e ultra-sedutor, ‘Amores Imaginários' é uma ficção com tom documental e artístico que cruza influências da Nouvelle Vague, com o tom ao ‘blazé' de Gus Van Saint ou o colorido arrojado de Pedro Almodôvar. Fresco e jovial, a trama de Dolan é uma lufada de ar fresco.
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