sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Compartilhe suas fantasias

Como driblar a timidez na cama e abrir o jogo com o parceiro
PorIlana Ramos
18/08/2011
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Atire a primeira pedra quem nunca sonhou em fazer algo na cama que sai completamente do padrão do casal. Sexo a três, em local público, com alguém famoso. São inúmeras as fantasias que inundam a imaginação de todos os casais, mas muitos deles não chegam a colocar suas ideias sexuais em prática. Uma fantasia raramente depende de apenas uma pessoa para se realizar, então, como compartilhar com o parceiro e fazer aquela loucura só pra sair da rotina?
Sonhar é bom, não importa o conteúdo. Idealizar uma nova situação onde é possível provocar e ser provocado sexualmente pode ser muito excitante. A psicóloga e terapeuta sexual Márcia Sant'Ana Aragão explica que "a fantasia sexual é um desejo acerca do ambiente ou situação sexual que aumenta a sensação de excitação. Ela não precisa ser executada e, na maioria das vezes, fica somente no campo do imaginário. É saudável para o indivíduo e para o casal, pois serve como combustível para a relação. A pessoa precisa se alimentar de sentimentos excitantes com frequência para ter uma vida sexual saudável".
Não existe nenhuma regra para a imaginação e, por isso, não há padrão para as fantasias de homens e mulheres. "A fantasia sexual é muito pessoal e com certeza vai variar entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, existem padrões de fantasias que são básicos. No homem: transar com duas mulheres ao mesmo tempo sexo grupal. Nas mulheres: fazer sexo em um lugar romântico ser dominada pelo parceiro sexual. Os desejos ou fantasias sexuais são pessoais e reservados. Fatores como idade ou condição social não irão interferir ou modificá-los. O que acontece é que muitas pessoas não se permitem pensar sobre isso e aí colocam as barreiras sociais como 'não tenho idade', 'estou velha demais', 'sou uma mulher (ou homem) casada', 'o que o meu parceiro vai pensar se eu falar sobre o assunto' etc.", avalia Márcia.
Para que uma relação afetiva seja positiva e agradável para os dois, o casal deve sentir liberdade para conversar entre si e não há possibilidade de se compartilhar as fantasias sexuais se não houver intimidade. "Compartilhar a fantasia não precisa e nem deve ser uma obrigação. Para que isso ocorra de uma maneira natural, a pessoa tem que estar bem consigo (sem preconceito, sem vergonha) para se sentir confortável e falar sobre o assunto com o parceiro. Deve-se ter intimidade. Na hora de ouvir uma proposta, também não há obrigação de acatar, mas deve-se estar aberta para escutar. Se for algo que incomode, não deve ser executado e o parceiro deve saber que você não se sente confortável para executar “esta” fantasia. Explique os motivos".
Apesar dos preconceitos que as pessoas podem impor contra elas mesmas, compartilhar os devaneios eróticos com o parceiro pode ser muito positivo. Márcia diz que "tudo que está ligado a sexo vem envolto de preconceitos e de tabus. Não fomos educados a conversar aberta e livremente sobre a vida sexual. Mas ao compartilhar as fantasias, o casal se torna mais cúmplice, mais parceiro. O que se faz entre quatro paredes, com o consentimento dos dois e sem causar danos físicos e mentais, é permitido. Compartilhar a fantasia sexual vai fazer com que o casal saia da rotina e entre no oceano de possibilidades eróticas. Compartilhar fantasias não significa que vai ter que gostar de todas. Se não gostar, basta não executar mais. Com certeza a fantasia pode apimentar a relação".
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8403

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