sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dos pés à cabeça - As áreas que envolvem o prazer estão espalhadas pelo corpo todo

Dos pés à cabeça - As áreas que envolvem o prazer estão espalhadas pelo corpo todo
PorIlana Ramos 19/05/2011
Palavras sussurradas ao pé do ouvido, toques, cheiros e até pensamentos. Existem muitas formas de se sentir prazer e atingir o orgasmo. Orgasmo? Bem, imagine uma sensação deliciosa que se espalha pelo corpo inteiro, da pontinha do pé até o último fio de cabelo. Se você quer entender melhor essa sensação máxima de prazer, leia esse artigo até o fim e, quem sabe, você descobrirá seu ponto G.
A história do orgasmo feminino começa no momento do nascimento. De acordo com o ginecologista e terapeuta sexual, secretário geral da Sociedade Brasileira de Sexologia e professor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ Amaury Mendes Junior, a ligação entre o bebê e a mãe explica a eterna busca pelo prazer vivida pela mulher. “O ato de mamar, coisa saudavelmente erótica, expõe o bebê desde o começo à sexualidade e ao prazer, onde nada mais importa exceto o seio da mãe. O neném é uma continuidade do peito da mãe. Isso cria um vinculo muito forte de proteção, amor, carinho. Quando ela começa a crescer, procura outros prazeres, na fralda, na chupeta e, mais tarde, em alguém. Orgasmo é uma imersão nas sensações”, explica o médico.
Então, por que o orgasmo foi tratado como tabu pela sociedade por tanto tempo? Segundo Amaury, “o prazer é uma coisa perigosa. Para o homem, a capacidade de a mulher sentir prazer tão facilmente é uma ameaça e, por isso, a sociedade cimentou o clitóris, como se o orgasmo fosse uma coisa negativa. Menina pura não goza, menina pura não se toca. A mulher acaba relegando seu prazer para segundo plano, em favor do prazer do homem”.
Por que dizer que o prazer feminino é mais poderoso que o masculino? Simples: porque é diferente. Segundo a sexóloga Márcia Atik, “o orgasmo masculino é pontual e falocêntrico. O estímulo para desencadear o prazer da mulher pode ser apenas sensorial e isso abrange o corpo todo”. E Amaury completa dizendo que “o clitóris é deflagrador do orgasmo, como se fosse interruptor. Pode não funcionar ou funcionar e passar luz pra casa toda. O orgasmo feminino pode começar pelo bico do seio, pelo ânus, pela voz. A mulher precisa ser deflagrada, estimulada, convencida e gostar do cara. Ela precisa ter consciência da sexualidade dela para sentir prazer, se tocar, quebrar barreiras, se conhecer”.
Com o passar dos anos, a necessidade da mulher se conhecer e descobrir seus pontos de prazer aumenta cada vez mais, uma vez que o orgasmo pode ficar mais difícil de ser atingido. “A mulher pode ter orgasmo a vida inteira, mas conforme ela envelhece, acontecem certas mudanças fisiológicas que podem dificultar o prazer. A lubrificação diminui, então ela precisa de um tempo maior de estímulo, e os orgasmos são mais curtos. Além disso, ela tem menos disposição entre um ato e outro, o que diminui a frequência dos orgasmos”, esclarece o ginecologista. Para Márcia Atik, “a capacidade de sentir não muda com o envelhecimento, mas o envolvimento com seus desejos e sua sexualidade sim, muito mais por uma força externa social que não libera a pessoa mais velha para vivenciar sua sexualidade com plenitude”.
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