Jornalista simula próprio estupro para se livrar de trauma
Redação Portal IMPRENSA | 06/07/2011 10:47
Para se livrar do estresse pós-trauma que viveu ao presenciar atrocidades cometidas contra mulheres no Haiti, após o terremoto que assolou o país em 2010, a jornalista Mac McClelland decidiu simular o próprio estupro, conta uma reportagem da revista Época.
A repórter quis sentir na pele o trauma da violência sexual
Mac tem experiência na cobertura de guerras e zonas de conflito. Ela já publicou reportagens sobre o Congo e escreveu um livro sobre Burma, mas depois de voltar do Haiti, em 2010, e conhecer a história de uma mulher que foi violentada e mutilada por uma gangue, a repórter sentiu-se profundamente abalada.
A lembrança do desespero da mulher haitiana fez com que Mac desencadeasse uma reação em seu próprio corpo. Ela demonstrava transtorno de estresse pós-traumático e apresentava sintomas como crises de choro, ânsia de vômito e pesadelos com estupro.
Depois de consultar a terapeuta Meredith Broome, com quem se tratava para superar o trauma, Mac decidiu que se exporia a uma situação de estupro. Segundo a reportagem da Época, Meredith disse que, por vezes, caminhar ao encontro ao medo, traz mais calma do que tentar viver como se nada tivesse acontecido.
Ela combinou com seu ex-namorado, Isaac, a circunstância de violência controlada. Depois da experiência, escreveu um artigo com o relato para revista Good. "Depois que ele saiu de cima de mim, ele me levantou no colo. Eu me quebrei em mil pedaços contra o seu peito, soluçando tanto como se minhas costelas estivessem soltas", narra Mac, sobre sua experiência. "Em poucos meses, eu me sentiria pronta para voltar ao Haiti. (.) Depois de alguns meses, eu faria reportagens sobre a República Democrática do Congo, onde todas as entrevistas seriam sobre violência sexual ou assassinato, mas eu trabalharia bem".
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