13-02-2012 10:17
Sociedade
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Luanda – O representante da Organização Mundial da Saúde em Angola, Rui Gama, afirmou hoje, segunda-feira, em Luanda, existir ainda, no país, um grande tabu por parte de muitas famílias em manter diálogo sobre sexo e saúde reprodutiva com os seus filhos.
Em declarações à Angop sobre a importância do planeamento familiar na juventude, a fonte disse que grande parte das adolescentes não discute aspectos sexuais da saúde reprodutiva a nível das suas casas, por falta de abertura e amizade com os seus pais.
"A maioria das jovens vão aprender com as amigas e com os amigos na rua de forma errónea, surgindo então consequentemente as gravidezes precoces e indesejáveis", disse.
Rui Gama avançou ainda que continua a existir um fraco envolvimento do homem associado a limitada capacidade de negociação com a mulher relativamente ao parceiro, sendo infelizmente uma situação que continua a prevalecer na região africana, em zonas rurais.
Segundo o representante, quanto maior for o nível pobreza, mais aumenta a vulnerabilidade da mulher, onde consequentemente regista-se um grande número de sexo comercializado.
“Por isso, surgem consequências como patologias associadas ao Vih/Sida e outras doenças sexualmente transmissíveis”, notou.
Por outro lado, continua haver um limitado acesso aos cuidados primários de saúde, muitas vezes com pouco pessoal qualificado, e redução ao serviço de saúde reprodutiva e planeamento familiar.
Apontou também como um problema sério a disponibilidade de transfusão de sangue seguro no país, o que tem preocupado bastante o sector da saúde.
De acordo o responsável, o sucesso do cumprimento do objectivo do milénio passa pelo melhoramento dos aspectos acima focados.
Fez saber que 20 países, dos 46 que fazem parte da região africana da OMS, conseguiram realizar alguns progressos incluindo Angola.
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2012/1/7/Dialogo-sobre-sexualidade-continua-ser-tabu-nas-familias,f2f78236-b3e5-4b3e-882b-e326320c1d2d.html
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