Uma incisiva análise à cobertura mediática feita por alguma imprensa cor-de-rosa ao caso “Paco Bandeira” que critica, em particular, a revista “Caras” por ter privilegiado a “defesa” da figura alvo de suspeita, descurando as vítimas de mais um caso revelador do flagelo da violência doméstica. O texto é do blogue “Crime, digo eu”.
JORNALISMO DE SARGETA
JORNALISMO DE SARGETA
Acusado de agressões à sua segunda mulher, Maria Roseta, e de maus tratos à filha mais nova, Constança, de 12 anos, o cantor Paco Bandeira decidiu exprimir toda a sua indignação. «Creio, obviamente, que vou ser absolvido», afirma peremptoriamente na capa da revista “Caras”.
Esta é a segunda vez que o cantor de “Oh Elvas! Oh Elvas!” se vê envolvido numa situação do género. Em 1996 e após a morte por suicídio da sua primeira mulher, Maria Fernanda, Paco Bandeira viu-se confrontado com a hipótese de ter sido ele a desferir o tiro fatal, até porque o revólver utilizado era seu. A investigação policial concluiu, no entanto, tratar-se de suicídio. Paco chegou mesmo a processar o cunhado, residente em Elvas, que lançou várias suspeições sobre o cantor. A “Caras” privilegia a defesa da figura alvo de suspeita, descurando as vítimas, afinal, aquelas que sofrem. Um exemplo de mau jornalismo, de sarjeta cor-de-rosa.
Crime brutal
Naturalmente, não mereceu parangonas na “Caras”, até por que não é uma figura do jet set (sê-lo-á Paco Bandeira?): no Cacém, uma mulher levou quatro tiros do marido, um construtor civil, por se ter recusado a ter relações sexuais. A violência doméstica é um dos crimes em alta em Portugal e que deveria ser criminalizada de uma forma mais dura. No segredo das quatro paredes dos lares, muitos crimes vão sendo cometidos impunemente, sobre mulheres e os filhos (no caso dos homens também há relatos…) e impõe-se que a PSP e a GNR (as polícias de proximidade com os cidadãos) comecem a elaborar informações mais detalhadas sobre os vários casos que lhes vão sendo denunciados.
in Crime, digo eu
Esta é a segunda vez que o cantor de “Oh Elvas! Oh Elvas!” se vê envolvido numa situação do género. Em 1996 e após a morte por suicídio da sua primeira mulher, Maria Fernanda, Paco Bandeira viu-se confrontado com a hipótese de ter sido ele a desferir o tiro fatal, até porque o revólver utilizado era seu. A investigação policial concluiu, no entanto, tratar-se de suicídio. Paco chegou mesmo a processar o cunhado, residente em Elvas, que lançou várias suspeições sobre o cantor. A “Caras” privilegia a defesa da figura alvo de suspeita, descurando as vítimas, afinal, aquelas que sofrem. Um exemplo de mau jornalismo, de sarjeta cor-de-rosa.
Crime brutal
Naturalmente, não mereceu parangonas na “Caras”, até por que não é uma figura do jet set (sê-lo-á Paco Bandeira?): no Cacém, uma mulher levou quatro tiros do marido, um construtor civil, por se ter recusado a ter relações sexuais. A violência doméstica é um dos crimes em alta em Portugal e que deveria ser criminalizada de uma forma mais dura. No segredo das quatro paredes dos lares, muitos crimes vão sendo cometidos impunemente, sobre mulheres e os filhos (no caso dos homens também há relatos…) e impõe-se que a PSP e a GNR (as polícias de proximidade com os cidadãos) comecem a elaborar informações mais detalhadas sobre os vários casos que lhes vão sendo denunciados.
in Crime, digo eu
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