PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post
Nesta quinta-feira a Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública para discutir o projeto de lei que busca a autorização para que os psicólogos proponham tratamentos para a homossexualidade.
- (Foto: Divulgação)
O Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, do deputado João Campos (PSDB-GO), quer suprimir dois pontos da resolução da CFP, de 1999 que orientam os profissionais da área a não usar a mídia para reforçar preconceitos contra homossexuais e nem propor tratamento para curá-los.
Segundo o autor do projeto, as orientações restringem o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação. Para ele, a matéria deve ser submetida às pessoas que desejam buscar ajudaatravés da pscicologia em virtude de dúvidas sobre orientação sexual.
"Entendo que a matéria não pode ser vista apenas sob a égide de uma única classe profissional, pois alcança a sociedade de uma forma geral. O tema requer um estudo e uma análise aprofundada, levando em consideração os aspectos científicos e também sociais que o envolvem", disse Campos.
O projeto causou críticas de entidades ligadas a movimentos contra a homofobia e ao Conselho Federal de Psicologia (CFP).
"O motivo da audiência, em si, já é um contrassenso, pois tenta interferir na decisão de um conselho profissional legalmente instituído", afirma o presidente do CFP, Humberto Verona, segundo a publicação EM.
Verona afirma que, segundo o conselho da Organização Mundial da Saúde (OMS) e todos os órgãos competentes, o homossexualismo não é doença, desvio ou qualquer tipo de perversão.
O psicólogo Luciano Garrido, que também foi convidado para a audiência, rebate as críticas dizendo que o conselho está aparelhado em favor de causas políticas, como o movimento pró-LGBT.
Há influência muito grande desses setores e as pessoas do conselho usam seus poderes normativos para impor normas, em vez de promover o debate intelectual."
Garrido afirma também que os defensores da mudança não visam tratar o homossexualismo como doença, mas justifica que a psicologia não se limita a questões de saúde e doença.
"Não considero a homossexualidade uma anomalia ou patologia, mas a psicologia não se resume a questões de saúde e doença. Não se pode reduzí-la a isso."
Entre os apoiantes de João Campos, estão os psicólogos ligados a movimentos religiosos, incluindo a conhecida “psicóloga cristã” Marisa Lobo, que foi recentemente alvo do conselho por associar psicologia e religião nas redes sociais.
http://portugues.christianpost.com/news/audiencia-publica-debate-proposta-de-cura-dos-gays-11816/
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