12/06/2012 - 08:46
Com os devidos cuidados, fazem bem à saúde.
Junho é o mês dos namorados e, portanto, oportunidade de orientar os casais para que tenham um namoro saudável, isto é, sem consequências negativas para a saúde. É importante que os casais estejam informados sobre temas como tipos de relacionamentos, sexualidade, prevenção, gravidez na adolescência, DST/HIV/AIDS, drogas e violência, entre outros assuntos.
As principais situações de risco enfrentadas pelos jovens nos relacionamentos são:
-Gravidez na adolescência: depois da primeira ovulação, uma garota já corre o risco de engravidar numa relação sexual ou em um namoro mais íntimo em que o garoto ejacule próximo à entrada da vagina, no seu período fértil. Existem jovens utilizando métodos anticonceptivos hormonais por conta própria, sem nenhuma orientação dos profissionais de saúde. É fundamental o trabalho de orientação nas escolas sobre o uso dos métodos anticoncepcionais e o diálogo dos pais. O único método que previne a gravidez e as DST é o uso correto da camisinha.
-Violência no Namoro: a violência nas relações juvenis já está sendo considerado um problema social. Entre os fatores mais referenciados está a presença de violência na família de origem, isto é a violência interparental como um fator de relevância associado à violência no namoro. É importante a discussão sobre a prevenção da violência nas relações amorosas (conhecimento acerca dos efeitos prejudiciais da violência nas relações íntimas, capacidade de resolução de conflitos e a redução de fatores de risco).
-Bebida alcoólica: no relacionamento a dois se utilizada em excesso pode gerar muitos problemas como: brigas, acidentes, violência doméstica, entre outros. O álcool em excesso prejudica as relações humanas e modifica as emoções. Uma pessoa que tem o comportamento inibido, mas irritável, sob o efeito de altas doses de álcool pode se tornar agressiva e até violenta. A bebida alcoólica favorece ao não uso da camisinha nas relações sexuais.
NAMORAR E FICAR: QUAIS AS DIFERENÇAS?
Na atualidade, frequentemente o namoro vem sendo precedido de uma forma de comportamento denominada "FICAR". É uma forma de relacionamento que se tornou bastante comum e que tem vários significados. Segundo entrevistas feitas junto aos jovens, o “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”. O preocupante é até aonde vai o “ficar”. Uns jovens afirmaram que é só beijar. Outros afirmaram que o limite depende da garota. Ai é onde mora o perigo, pois muitos acham que nada de mais íntimo vai ocorrer no “ficar” e não se preocupam com a prevenção da gravidez e das DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Uma fonte de dúvidas entre os adolescentes é o momento certo de passar do "ficar" para o namorar. Acho importante que temas como “ficar” e “namorar” sejam discutidos, principalmente, as situações de risco que os jovens podem se envolver. O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce.
No namoro, quer seja precedido pelo "ficar" ou não, já existe certo compromisso maior entre as partes, já se tem certo grau de fidelidade que não é esperado do "ficar". O namoro é um período onde se testam, além dos papéis, a capacidade afetiva e até erótica de cada um.
OS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE
O namorar e o ficar têm suas vantagens, mas é consenso que manter um relacionamento melhora a vida em vários aspectos, principalmente na saúde. O contato afetivo com alguém envolve uma “explosão” de hormônios causadores das sensações de prazer e felicidade. Além disso, amar e ser amado nos faz mudar a rotina para melhor. Ficamos mais preocupados em manter uma boa aparência, comemos melhor, e tendemos a ver o mundo de uma maneira mais positiva. Quando você tem vínculo com quem te completa, há um estímulo que faz você se relacionar melhor com o mundo. Isso diminui a ansiedade e o risco de depressão. Essa “química da paixão” é responsável pelos sintomas tão comuns aos apaixonados: taquicardia, suor e aquela sensação de calor no rosto quando se vê, ouve ou sente o cheiro de quem se gosta. Tudo devidamente coordenado pelo sistema nervoso, responsável pela liberação de diversas substâncias como adrenalina e noradrenalina, serotonina e ocitocina.
Estudos científicos mostram que as pessoas romanticamente felizes tendem a fumar e beber menos, a dirigir de forma mais segura, têm menos problemas para dormir, têm melhor saúde mental, menos sobrepeso e obesidade e até reduzem o risco de acidente vascular cerebral.
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