sexta-feira, 1 de junho de 2012 7:00
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
A população masculina de São Caetano conta, a partir de amanhã, com o primeiro serviço público da região direcionado à saúde do homem. O serviço funcionará em ala que estava desativada no Hospital São Caetano, localizado à Rua Espírito Santo, 277, bairro Santo Antônio. A inauguração está marcada para as 10h30.
No Núcleo de Atenção à Saúde do Homem serão atendidos desde garotos até idosos. Os casos de problemas urológicos, infertilidade, infecção urinária, distúrbios sexuais (ejaculação precoce e impotência), fimose e câncer de próstata, entre outras patologias, agora poderão ser absorvidos pelo serviço de forma unificada. Antes, a população já contava com a assistência, mas de forma pulverizada em outros endereços.
"O que devemos destacar é que agora poderemos realizar os testes urodinâmicos. Nossa referência antiga era o Hospital Estadual Serraria, (em Diadema), mas lá são feitos apenas dois por semana", explicou a assessora especial de Coordenação da Ação Social, Regina Maura Zetone. O exame avalia o funcionamento da bexiga, uretra e próstata, além de ser utilizado para verificar indicação de cirurgias.
O exame, muitas vezes feito com ajuda de um cateter, geralmente causa constrangimento ao homem. Um dos objetivos principais do serviço é oferecer ao paciente a ajuda de profissionais treinados e especializados para lidar com esse tipo de situação. Além de exames e consultas ambulatoriais com urologistas e outros especialistas, serão feitas cirurgias de pequeno e médio porte, ou aquelas que necessitem de anestesia local.
Ao todo, cerca de 15 profissionais da Saúde, entre médicos e enfermeiros, vão trabalhar no local, que possui cerca de 150 metros quadrados. Para agendar consultas, o munícipe precisa receber encaminhamento da rede de atenção básica. A expectativa da Prefeitura é conseguir atender até 1.000 usuários por mês.
Eles vivem menos e procuram ajuda tarde
A preocupação e o cuidado regular com a saúde geralmente não é característica dos homens. Ao contrário das mulheres, é comum que o público masculino - especialmente os mais velhos - ignore sinais do corpo que possam evidenciar o surgimento de alguma doença. A cada três pessoas adultas que morrem, duas são homens.
De acordo com o Ministério da Saúde, quando comparado com as mulheres, o tempo de vida deles é até 7,6 anos menor. As doenças isquêmicas do coração, como o infarto do miocárdio, seguida das moléstias cardiovasculares (como o Acidente Vascular Cerebral), outras doenças cardíacas, pneumonia, cirrose e diabetes estão entre as principais causas de mortes do sexo masculino. Estudos comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças, especialmente as enfermidades graves e crônicas.
Foi para ampliar o acesso deles aos serviços de saúde que o governo federal criou, em 2009, a Política Nacional de Saúde do Homem, alinhada à Política Nacional de Atenção Básica e integrante do Programa Mais Saúde. A iniciativa foca os homens que têm entre 20 a 59 anos.
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