10/12/2011 21:03
JUSSARA SOARESPesquisa mostra que aqui é a capital da infidelidade, onde a população está mais diposta a pular a cercajussara.soares@diariosp.com.br
JUSSARA SOARESPesquisa mostra que aqui é a capital da infidelidade, onde a população está mais diposta a pular a cercajussara.soares@diariosp.com.br
Maior cidade do Brasil e da América do Sul, São Paulo, onde tudo é gigante pela própria natureza, já pode reivindicar mais um título para sua coleção de exageros notáveis: o de capital mundial da traição. Da pulada de cerca, da escapada, da fugidinha. Ou seja lá como você chame a infidelidade matrimonial. Uma pesquisa do site Ohhtel Brasil, voltado para casados dispostos a ter um encontro extraconjugal, mostra que os paulistanos estão mais dispostos a cair em tentação do que moradores de outras cidades do mundo.
Em apenas 150 dias, desde que o site foi lançado, no dia 11 de julho, 100 mil pessoas se inscreveram no serviço de busca on-line de amante. O número é muito maior do que o de Nova York, com 64 mil usuários; Los Angeles, 87 mil; e Buenos Aires, 57 mil. Do total de inscritos, 66% são homens, que pagam R$ 60 por mês para se comunicar com 20 possíveis candidatas a amantes. E 34% são mulheres, que podem usar o serviço gratuitamente.
A falência do casamento não foi decretada com o surgimento da internet. “Ela só aumentou a facilidade para fins sexuais, com o uso de websites, chats, Messenger (MSN), Skype, chamadas face to face”, observa o psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Junior, do Instituto Paulista de Sexologia.
Foi pelo MSN que a empresária Carla (nome fictício), de 29 anos, reencontrou um colega da pós-graduação, ambos casados. A conversa pela internet os aproximou e eles passaram a se encontrar. Com o casamento de nove anos em crise, o caso extraconjugal durou dois anos. “Foi muito tempo para perceber que eu não precisava implorar por atração. Havia alguém que estava atraído por mim”, conta Carla, que se encontrava em motéis com o amante, no horário de trabalho.
A advogada Iara, de 30 anos, foi buscar num colega de curso o romance que não tinha com o homem com quem estava casada há cinco anos. “O cara tem de falar todo dia que você está linda, cheirosa. Tem de elogiar sempre. Os outros caras falam. No casamento ou no namoro, a conquista tem de ser diária”, defende.
“No discurso sobre a traição, homens e mulheres são diferentes. Homens falam da natureza, essência, vocação, genética ou crises. Já as mulheres falam de culpas do marido, falta do desejo, carinho, cumplicidade e intimidade”, destaca a antropóloga Miriam Goldenberg, autora do livro “Por que Homens e Mulheres Traem?”
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