segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vaticano publica normas para casos de pedofilia

Vaticano publica normas para casos de pedofilia
Carta da Congregação para a Doutrina da Fé chega hoje a todas as Conferências Episcopais
D.R.
Cidade do Vaticano, 16 mai 2011 (Ecclesia) – O Vaticano publica hoje normas reguladoras para casos de abusos sexuais a menores cometidos por clérigos, no seguimento dos episódios que abalaram a Igreja Católica um pouco por todo o mundo.

O documento, que vai ser enviado a todas as Conferências Episcopais a partir de hoje, é da responsabilidade da Congregação para a Doutrina da Fé, anunciou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Em maio de 2010, no início da sua visita a Portugal, Bento XVI já havia sublinhado que “o perdão não substitui a justiça”, considerando ainda que o envolvimento eclesial em casos de abusos sexuais contra crianças deveria fazer a Igreja reconhecer a "terrível verdade" de que “a maior perseguição não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado da Igreja”.

Depois disso, em novembro último, foi o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada, quem tomou a palavra, destacando a importância de lidar com estes casos de forma “coordenada e eficaz”.

Num encontro entre 150 cardeais de todo o mundo e o Papa, o prelado norte-americano antecipou uma “atualização da legislação canónica relativa ao delito de abuso sexual sobre menos” e destacou a “mais ampla responsabilidade dos bispos na tutela dos fiéis que lhes são confiados”.

Aludiu depois ao exemplo de “escuta e acolhimento das vítimas” por parte de Bento XVI e falou da “colaboração com as autoridades civis”.

No final da reunião ficou o compromisso para uma “proteção mais eficaz de crianças e jovens”, bem como “uma atenta seleção e formação dos futuros sacerdotes e religiosos”.

Recorde-se que depois de chegarem a conhecimento público os diversos casos de abusos sexuais, perpetrados nos últimos anos por membros da hierarquia católica, Bento XVI garantiu “tolerância zero” contra a pedofilia.

Foram também várias as ocasiões em que o Papa pediu o perdão das vítimas, chegando mesmo a reunir-se com algumas delas, em países onde os casos tiveram origem, como Estados Unidos ou Reino Unido.

JCP
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=85673

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