30/10/2007 01:21:00
Ejaculação precoce: um problema emocional
Segundo médicos, disfunção já atinge três em cada 10 brasileiros
Rio - Ansiedade, estresse e insegurança são alguns dos fatores que fazem da ejaculação precoce — disfunção sexual que atinge três em cada 10 brasileiros — um problema mais psicológico do que físico ou orgânico. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que promove esta semana o 31º Congresso Brasileiro de Urologia, 99% dos casos de ejaculação precoce são de natureza puramente emocional.
“O melhor tratamento para a ejaculação precoce ainda é a psicoterapia, que se propõe a ensinar o paciente a controlar a ansiedade. Mas há casos também em que antidepressivos são utilizados para retardar a ejaculação. Esse artifício não causa dependência, mas provoca alguns efeitos colaterais, como sonolência e boca seca”, afirma o presidente da SBU, Sidney Glina.
De acordo com a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), ainda não há um remédio criado para controlar a ejaculação precoce. Mas laboratórios dos EUA já estudam, em caráter experimental, um medicamento cuja principal substância ativa, a dapoxetina, aumenta de três a quatro vezes o tempo de uma relação sexual.
“A previsão é que o paciente tome o remédio pelo menos uma hora antes do início da relação. O medicamento ainda não foi liberado, mas espera-se que ele venha a aumentar o tempo de satisfação do casal”, observa Carmita, acrescentando que, para efeitos de estudo clínico, o ejaculador precoce é aquele que chega ao ápice da relação em menos de dois minutos. “Mas, para efeito de atendimento ambulatorial, a ejaculação é precoce quando não traz satisfação para nenhum dos parceiros”, complementa.
Enquanto a dapoxetina não chega ao mercado, os portadores de ejaculação precoce podem recorrer à terapia sexual, que consiste em ensinar o paciente a controlar a própria ansiedade. No Rio, algumas unidades da rede pública de Saúde, como o Hospital dos Servidores do Estado (HSE) e o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), já oferecem atendimento gratuito.
http://odia.terra.com.br/ciencia/htm/ejaculacao_precoce_um_problema_emocional_131581.asp
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