Sexo não faz falta
Entenda a diferença entre sexo e sexualidade
PorMaria Fernanda Schardong
24/07/2009
Elas ficam viúvas ou separam e não buscam novos parceiros. Eles, por problemas que podem ir desde uma disfunção erétil, também se recolhem. Viver sem sexo, pode. E há homens e mulheres à nossa volta que confirmam essa premissa. Abrir mão da sexualidade, não. Sexóloga explica as diferenças entre os termos e garante: mesmo em idades mais avançadas, vale a pena investir nas relações afetivas, que podem envolver - ou não -, o sexo propriamente dito.
Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Ana Cristina Canosa, a repressão sexual é a grande vilã da história. Principalmente para quem beira os 60 anos, hoje, sexo ainda é um tema cercado de tabus.
“É preciso distinguir sexo e sexualidade. Sexo é um conjunto de características genéticas, anatômicas e hormonais que distinguem o macho XY da fêmea XX. É também a palavra para designar a relação genital entre pessoas, incluindo ou não a penetração. Já a sexualidade, inclui a orientação sexual, o desejo, o erotismo, a sedução, o comportamento verbal ou não-verbal que uma pessoa tem a partir do sentir-se homem ou mulher”, esclarece a sexóloga.
Viver sem sexo, mas sem perder a sexualidade é possível, sim. Na opinião de Canosa, a sexualidade é primordial para a vida humana, uma vez que esta auxilia a formar a personalidade de um indivíduo. “Você pode não fazer sexo, mas ser um homem e uma mulher melhor a cada dia, ser alegre, cheio de vida e atrativa ao outro. Se você tem uma boa relação com o ser homem ou o ser mulher, provavelmente poderá viver sem sexo sem se amargurar, quando ele por algum motivo lhe faltar”, diz Canosa.
Seja por uma experiência negativa do passado ou pela diminuição do desejo sexual, muitas vezes viver com ou sem o sexo é apenas uma questão de opção. “Por diversos motivos, o sexo pode tornar-se uma escolha. Ninguém precisa fazer sexo genital, mas precisa saber que essa é uma escolha, uma condição da pessoa, e não uma imposição social, um impedimento psíquico por vergonha, culpa ou medo”, esclarece a terapeuta sexual.
Segundo a terapeuta, o que vale mesmo é cultivar o afeto e esbanjar autoestima. “É tão bom ver homens e mulheres na maturidade que cuidam do seu corpo e de sua aparência. E que aceitam o envelhecimento e se adaptam a ele. Uma mulher que sorri, se diverte, enfim, que gosta de estabelecer vínculos afetivos, assim como os homens também”, finaliza.
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