Oswaldo Rodrigues Jr.; Eduardo Pagani; Maurício Torselli; Daniela Genaro
Instituto Paulista de Sexualidade – GEPIPS – Grupro de Estudos e Pesquisas do InPaSex
Instituto H. Ellis - São Paulo - SP[caption id="attachment_75" align="alignright" width="300" caption="Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr."][/caption]
PUC/SP; USP; UNIMARCO;
A queixa de dificuldades ou falta de controle ejaculatório não é a mais comum em consutórios especializados em tratamento de problemas sexuais.
Nos últimos 4000 homens que buscaram o Instituto H. Ellis até 1996, queixando-se de problemas sexuais, apenas 305 (7,6%) não tinham outro problema sexual que não fosse a rapidez descontrolada para ejacular, terminando o sexo
mais rapidamente do que desejavam estes homens. Foram geralmente homens casados ou com parcerias sexuais fixas (89,7%); com idade média de pouco mais de 37 anos (entre 18 e 76 anos); a ejaculação acontecia logo antes
da penetração em 20,2% destes homens. Em 46,5% a ejaculação acontecia durante a penetração vaginal. Demorar até cinco minutos antes de ejacular acontecia em 28,7% dos homens e 4,7% queixava-se e demorava mais de 5 minutos antes de ejacular depois de penetrar.
Uma importante causa para a busca de tratamento para o problema sexual foi a diminuição do prazer sexual sentida por esses homens (69,1%). Este ponto deve diferenciar estes homens dos outros que tem o mesmo comportamento sexual e não buscam ajuda. Com a diminuição do prazer sexual o homem procura de tratar-se.
A falta de controle ejaculatório primário ocorreu em 74,5% dos pacientes. A média de idade para o grupo primário foi de 36,7 anos e para o secundário de 40,7 anos. O tempo de disfunção até procurar ajuda pela primeira vez foi de 17 anos para o grupo primário e 4 anos para o secundário.
Muitos homens já haviam procurado tratamentos anteriores. Foram 97 em 305 ejaculadores precoces. Os tratamentos mostraram-se ineficazes: psicoterapia comum - 23,7%; antidepressivos - 18,6%; anestésicos aplicados ao pênis - 6,2%; neurotomia - 8,2%; associações destes tratamentos - 11,3%;
Um fato muito importante pode ser percebido através do MMPI: não existem diferenças entre as pessoas comuns e um homem com ejaculação precoce.
O homem com ejaculação precoce procura tratamento se estiver com uma parceira sexual fixa, demora muito para se tratar, faz tentativas frustradas e inadequadas de tratamento e não se encaixa nas psicopatologias.
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