- Rodrigues Jr., O.M.; Carrieri, C. M.; Borelli, S.; Blake, M.; Margotto, A.; Pizarro, C.M.
Com a preocupação de conhecer como os homens leigos entendem a impotência, um questionário foi desenvolvido, incluindo várias formas possíveis de se descrever a disfunção eretiva e as contradições e falsas concepções divulgadas pela mídia. Constituído de 23 afirmações sobre o que seria impotência e 6 questões sobre informações do questionado e sobre fontes de informações sexuais, o questionário foi entregue a 58 homens, com a idade de 30,83 anos (19 a 60 anos) e com segundo grau de escolaridade (48%), fazendo leituras de revistas e jornais com frequência (39%), com 61% referindo ter recebido educação sexual, sendo que obtiveram as primeiras informações sexuais com a idade de 13 anos (7 a 14 anos). Estas as assertivas mais consideradas como definições de impotência sexual:
- é não conseguir ter ereção no sexo (58,62%);
- acontece em todas as idades (55,17%);
- é ter problemas de cabeça (psicológicos) (48,27%);
- por trauma de infância (41,37%);
- é por problemas de veias e artérias (39,65%);
- é por problemas nervosos (39,65%);
- é ter problemas físicos de nascença (37,93%);
- é não conseguir satisfazer a parceira (37,93%);
- é por doenças sexuais (34,48%);
- é gozar muito rápido antes de penetrar (31,03%);
- é por falta de amor (31,03%);
- por trauma das primeiras relações sexuais (29,31%);
- é não conseguir ficar com o membro duro até o final da relação (29,31%);
- é não poder fazer sexo, mesmo por escolha ou crenças religiosas (27,58%);
- é ter problemas mentais (loucura) (25,86%);
- é por homossexualismo (25,86%);
Embora sejam situações associadas verdadeiramente com a disfunção erétil, a frequência relativamente baixa de reconhecimento destas circunstâncias mostra o homem bastante inseguro quanto à sexualidade e desempenho sexual em nossa cultura. Este fato aponta para a fragilidade da identidade masculina que o homem vive e pode, facilmente, permitir a ocorrência de impotência psicogênica.
Estas definições e causações para a disfunção eretiva pelo homem mediano aponta para o nível de informações que recebe seja pela transmissão cultural, seja pela mídia, sobre a impotência.
Aponta-se para a responsabilidade dos profissionais e cientistas da impotenciologia na divulgação adequada de fatos e fontes corretos sobre a impotência, posto que as cognições sobre impotência perceptíveis nos homens brasileiros trazem incoerências e inadequações.
http://oswrod1.wordpress.com/2011/06/04/
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