domingo, 14 de agosto de 2011

Alergia a esperma é mais comum do que se imagina

12/08/2011 -- 09h44
Alergia a esperma é mais comum do que se imagina

Problema é causado por hipersensibilidade a uma proteína do sêmen, mas pode ser tratado
Pode parecer estranho, mas é verdade. Muitas mulheres têm hipersensibilidade ao esperma de seus companheiros e o problema é mais comum do que se imagina. Segundo a Associação de Alergia e Asma, da Alemanha, a reação afeta 1% das mulheres. No Brasil, embora a notificação de casos também seja baixa, os médicos acreditam que o número real deve ser bem maior, uma vez que as mulheres têm dificuldade de falar sobre qualquer mal-estar ligado ao sexo e não procuram um médico para solucionar o que consideram uma simples alergia.

O agente causador dessa alergia seria uma das proteínas do esperma. Exposta a ela, a vagina desenvolve uma hipersensibilidade.

Segundo o diretor da divisão de alergia do Hospital Presbiteriano de Nova Iorque, David Resnick, o problema pode aparecer em diferentes fases da vida da mulher, da primeira relação sexual até mesmo após um período de abstinência – como uma gravidez ou um pós-parto.

De acordo com Resnick, em aproximadamente uma hora após o ato sexual uma mulher alérgica pode desenvolver urticária, inchaço nos olhos, diarreia e mesmo dificuldades para respirar. Sensação de ardor e inchaço nas relações sexuais podem indicar uma alergia.

A boa notícia é que o problema pode ser controlado. Primeiro, detecta-se o grau de intolerância em um teste de sensibilidade da paciente à proteína. Depois, com uma pequena amostra do sêmen, é preparada uma vacina, em gotas, para a mulher. Até iniciar o tratamento, recomenda-se o uso de camisinha, que evita as doenças sexualmente transmissíveis e impede que o fator agressor atinja a vagina.

Tratamento bem sucedido

Recentemente o jornal inglês Daily Mail noticiou o caso da britânica Rachael Sadler, que tem alergia ao esperma do marido, Mark, e que finalmente realizou o sonho de ser mãe.

Após nove anos de tentativas, ela deu à luz duas meninas. Os tratamentos de fertilização, incluíram tentativas nos EUA e no México e consumiram o equivalente a R$ 185 mil. Eles tentaram de tudo e chegaram a viajar mais de 25 mil quilômetros em busca de alternativas.

A publicação não informou qual a profissão da mulher, mas registrou que Mark, 40 de idade, é bem sucedido designer de peças para automóveis. Eles se conheceram em 1997 e casaram cinco anos depois, em março de 2002.

"Nunca aceitei que não poderia ser mãe. Estava determinada a fazer o que fosse preciso para ter um bebê. Agora que consegui minhas lindas filhas eu me sinto completa", disse Rachael, 35 de idade, após tratar a alergia e, com a fertilização in vitro, dar à luz Rebecca e Hazel na cidade de Coventry (Inglaterra). (Com informações do IG Delas, Revista Claudia e Espaço Vital)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--42-20110812-201108141-1-385366

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