Seis dicas para alcançar o prazer pleno
Celebrada domingo (31), a data coloca a sexualidade em debate
Nara Assunção
O grau máximo de excitação. Uma sensação de voluptuosidade, de viver o máximo de felicidade... As definições do orgasmo são as mais diferentes possíveis. Há quem o diga que é comparável à sensação de comer chocolate. O momento, porém, ainda é cercado de questionamentos e para muitos é sinônimo de desafio. Afinal, como ter esta experiência?
Neste domingo (31) comemora-se o Dia Mundial deste momento. A data foi criada por sexshops inglesas que detectaram no mesmo ano que 80% das mulheres daquele país nunca alcançaram o orgasmo. As brasileiras, porém, não ficam muito atrás. De acordo com pesquisa do Projeto de Sexualidade da USP (ProSex), 50% das brasileiras têm problemas com a ausência de desejo, falta de orgasmo, dificuldade de excitação ou dor durante a penetração – algumas delas têm mais de uma queixa. Além disso, ainda de acordo com o estudo, cerca de 12 milhões de homens sofrem de alguma disfunção sexual de conseguir atingir o prazer.
O principal segredo para quem está na busca por esta experiência, segundo a terapeuta sexual Sylvia Marzano, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática, é relaxar e quando necessário procurar ajuda. “Ansiedade é inimiga do orgasmo”, ressalta.
A terapeuta explica que o orgasmo é individual e a receita está na pessoa, em sua entrega e cumplicidade. Para conquistar prazer é preciso se doar para a imaginação e estimular o corpo sem medo. “Pode-se dizer que a arte do orgasmo é um aprendizado. Enquanto dizem que diminui com a idade, eu acredito que fica mais prazeroso com a maturidade, quanto mais o indivíduo busca aprimorar suas sensações”.
Confira as seis dicas, por ordem de importância*
1 Conhecer o próprio corpo
Toda a extensão do nosso corpo pode ser fonte de prazer, portanto se não o conhecermos, não conseguiremos comunicar à parceria quais são os nossos pontos mais prazerosos. Como fazer isso? Explorando individualmente a si próprio. A masturbação é um auto-erotismo que precisa ser desmitificado. Há um grande erro em se pensar que pessoas com relacionamentos fixos não devem praticar. A atividade, porém, ajuda no conhecimento do corpo e aquecimento, tanto individualmente como na hora do relacionamento sexual, até como uma maneira de erotização do momento.
2 Estar por inteiro na relação
É importante sabermos que os fatores externos ao momento interferem no desempenho do corpo e das sensações. Não devemos ter grande expectativas de um orgasmo se tudo não estiver em ordem, com equilíbrio entre pensamentos, sentimentos e o físico.
3 Comunicação com a parceira
Essa é uma premissa muito importante para todos os relacionamentos. Não podemos esperar que o outro imagine o que nos agrada. Devemos abrir para a parceira como gostaríamos de ser tocados, acariciados, beijados, sem medo de que o outro pense que não o estamos apreciando.
4 Conhecer o corpo do outro
Devemos conhecer como funciona o corpo do homem e da mulher, quais são as mudanças que ocorrem no desejo, na excitação e no orgasmo. Quando a mulher está preparada para a penetração? Que nem sempre homem e mulher precisam ter orgasmos juntos.
5 Respeitar o aquecimento dos corpos
Tanto o homem quanto a mulher necessitam de uma fase de aquecimento apropriada. O nome preliminar está na ponta da língua de muitos casais, que pensam que isso é apenas beijinhos e pronto! Porém, quanto mais elaborada essa fase, maior será o desejo, a excitação, e, por conseqüência, o orgasmo. Não ter pressa deveria ser o grande lema. Afinal, o orgasmo dura só alguns segundos!
6 Não ter uma expectativa de alta performance
Os parceiros costumam ir para a relação se imaginando super-atletas e que precisam demonstrar um ao outro um total conhecimento de todas as posições e técnicas de transas, o que podem fazer com que a expectativa seja tão grande de sucesso, que acabam interferindo das reações fisiológicas do relacionamento. É muito bom experimentar várias formas de prazer e posições, desde que isso não seja colocado como uma cobrança.
* Dicas da terapeuta Sylvia Faria Marzano, diretora do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática - ISEXP (www.isexp.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário