sábado, 27 de agosto de 2011

Educação sexual na infância garante reprodução saudável

Educação sexual na infância garante reprodução saudável
Natacha Roberto - HojePartilhar Tamanho da letra Enviar Imprimir
Exames pré-parto são cruciais
A educação sexual e os exames ginecológicos são cruciais para que a mulher tenha um órgão genital funcional e um ciclo reprodutivo saudável. Esta tese é do médico ginecologista brasileiro Elliano Pellini, que a defendeu na quinta-feira, em Luanda, no primeiro curso sobre “Ginecologia Endócrina e Sexualidade Feminina”, na Clínica Girassol.
Elliano Pellini assegura que os exames pós-parto permitem ao terapeuta sexual descobrir anomalias nos órgãos genitais e prevenir doenças no futuro. “O bom exame no pós-parto permite ao pediatra observar se os órgãos genitais são naturais, através do sangramento que a criança faz logo à nascença”, sustentou o especialista.
As mulheres devem consultar os médicos em todas as etapas da infância e isso é benéfico para o bom desempenho dos órgãos.
“As famílias devem estar atentas quando surge na adolescente o ciclo menstrual e nos casos em que há dor dirigirem-se ao consultório do ginecologista para um tratamento preventivo”, reforçou.
O palestrante acentuou que os casos mais comuns de disfunção sexual feminina são a ausência de lubrificação, falta de interesse, membrana vaginal fechada, falta de orgasmos e vaginismo – contracções musculares dolorosas.
O ginecologista brasileiro garante que as novas tecnologias permitem à mulher resolver os inúmeros problemas que podem surgir na idade adulta, como a reconstituição da vagina e do tubo genital, entre outros. “Existem casos de mulheres com vagina sem útero e com defeitos na formação dos órgãos que apenas os descobrem quando tentam uma vida sexual e na fase adulta”, explicou. Na opinião do ginecologista, é importante que a adolescente analise o seu corpo e observe se existe alguma anomalia na formação genital.
O presidente da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Angola, Paulo Campos, informou que a acção de formação dirigida aos ginecologistas visa aumentar a capacidade formativa dos profissionais e o seu nível de actuação nas respectivas áreas.


Paulo Campos considera crucial que os profissionais tenham conhecimentos sobre o funcionamento dos órgãos da mulher, desde a cabeça aos órgãos de reprodução e toda a sua vida fisiológica.
“A compreensão dos fenómenos da sexualidade feminina está obscurecida e debates como estes ajudam os ginecologistas a resolver os problemas que muitas mulheres apresentam ao longo da idade reprodutiva”, esclareceu.
Actualmente, a Associação de Ginecologistas, Obstetras e Pediatras de Angola tem 90 filiados.

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