sábado, 27 de agosto de 2011

Delegada diz que estudantes que faziam orgia no MS consideravam prática normal

publicado em 26/08/2011 às 17h57:
Delegada diz que estudantes que faziam orgia no MS consideravam prática normal

Ela afirmou que eles ganhavam até camisinha na escola e no posto de saúde
Do R7, com MS Record.
Depois de ouvir os 20 integrantes, que tem entre 12 e 16 anos, do chamado Congresso do Bulimento, que se reuniam em horário de aula para praticar orgias sexuais em Campo Grande (MS), as delegadas que investigam o caso disseram que os jovens achavam normal praticar sexo, mas sabiam estar errados ao ingerir bebidas alcoólicas.

O caso está sendo investigado por duas delegacias, uma que protege os menores e outra que apura atos criminosos. Oito menores respoderão por abuso de vulneráveis por terem feito sexo com menores de 14 anos. Alguns pais também serão indiciados por saberem das festas e não terem feito nada. Eles poderão responder por abandono de incapaz, abandono intelectual, maus tratos e corrupção de menores.

A delegada Aline Lopes disse que as festas aconteciam há, no mínimo, cinco meses. Em depoimentos, muitos alegaram que tinham aula de sexologia na escola e eram entregues camisinhas.

- Tivemos que esclarecer para os adolescentes que é crime fazer sexo com menor de doze anos porque para eles era normal. A única coisa que eles tinham conhecimento e tentaram esconder é o fato de terem ingerido bebidas alcoólicas durante as festas.

A delegada Regina Rodrigues disse que além de investigar a direção do colégio, os pais e alunos, também será investigado como eles conseguiram comprar as bebidas. Ela disse que muitos pais alegaram que achavam que os filhos estavam na escola e não tinham conhecimento das festas, mas que a responsabilidade de acompanhar o desempenho escolar dos alunos também é da família.

O grupo mantinha até uma comunidade em um site de relacionamento que fazia apologia ao sexo. A denúncia partiu da mãe de uma menina de 12 anos que chegou a participar do "Congresso do Bulimento", como eram chamadas as orgias.
A participação de adultos nas orgias e o uso de drogas não foram confirmados.

O grupo confeccionava até camisetas. Marcava os encontros pelas redes sociais, por telefone e até dentro da escola.
O diretor da instituição de ensino, que tinha conhecimento da existência dos encontros do grupo, poderá ser responsabilizado.

A polícia também descobriu como teria surgido o grupo. Tudo começou com a criação de um grupo de funk dentro da escola onde os adolescentes estudam. Com o passar do tempo, o objetivo inicial - que era dançar - ficou em segundo plano. A escola até dissolveu o grupo de dança.

Esses mesmos adolescentes continuavam marcando encontros na casa de um deles. Encontros sexuais regados a bebidas alcoólicas. Os meninos e meninas disseram à polícia que não sabiam que manter relações sexuais com menores de 14 anos é crime. Segundo informações policiais, eles teriam ficado até indignados.


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