segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A busca do prazer feminino

A busca do prazer feminino
A sexualidade feminina é complexa e necessita de mais atenção
Por: Redação

O desejo sexual feminino nunca foi tão focado por especialistas e por rodas de discussão entre amigas. A vida sexual das mulheres, ligada ao uso da pílula anticoncepcional, é o assunto da pesquisa do IBOPE realizada pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Quinhentas mulheres foram avaliadas, em uma faixa etária de 15 a 45 anos, tomando como base cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. Os resultados da pesquisa foram divulgados pelo projeto R.O.S.A. (Resultados e OpiniõesSobre Saúde e Anticoncepcional)

Um das conclusões em que se chegou foi: uma em cada três brasileiras acha que pílula influencia de maneira positiva na satisfação sexual. “Além da liberdade da contracepção, as pílulas mais modernas têm efeitos na autoestima da mulher, melhorando pele, cabelo e aparência em geral”, afirma Dr. Gerson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da FEBRASGO. Para o especialista, é uma série de fatores, que combinados, tornam-se algo “decisivo para a mulher satisfeita com o sexo.”

Outro ponto foi a ligação entre anticoncepcionais e libido. De acordo com 11% das avaliadas, a pílula afeta o desejo sexual de forma satisfatória. Gerson explica que “as combinações de hormônios existentes nas pílulas anticoncepcionais influenciam a libido feminina, algo que é desconhecido pelas mulheres brasileiras”. Segundo o ginecologista, as pacientes só saberão desses efeitos caso questionem seus médicos. E os benefícios se estendem.

A sexualidade feminina é muito mais complexa do que a do homem e vai além da atração física. Embora as mulheres estejam se tornando cada vez mais independentes, e donas de todos os aspectos que norteiam suas vidas, especialmente, no que diz respeito aos relacionamentos amorosos, “o desejo sexual (feminino) é complexo e envolve outras questões psicológicas, físicas, culturais e sociais”, afirma Dr. Gerson Lopes.

O sexo é mais prazeroso quando acontece sem tensão, e o anticoncepcional é capaz de proporcionar essa sensação, uma vez que inibe o risco de uma gravidez não planejada. “As mulheres começaram a ter uma vida sexual mais ativa após a invenção da pílula, aumentando o número de relações sexuais”, enfatiza Dr. Gerson. E completa com a afirmação de que “não ter medo de engravidar facilitou a vida sexual da mulher.”

Para que a relação se realize de maneira completa, o parceiro também tem que ficar atento às necessidades de sua companheira. O homem tem que ser participativo. A mulher precisa restabelecer a intimidade, um dos principais motivos de reclamação delas ao falar de frustração na hora da relação sexual. Mas a lista não para por aí, entre as queixas encontram-se os problemas hormonais, falta de estímulo, disfunção do parceiro, desconforto durante o ato sexual e histórico de frustração. O prazer feminino não está limitado ao orgasmo, à satisfação momentânea. A comunicação é um bom caminho a ser percorrido para solucionar questões.

O relacionamento diário, também, possui grande relevância na libido porque a mulher não tolera habituação. Ter relações sempre no mesmo local, nos mesmos dias e na mesma posição faz com que a mulher perca a excitação. Uma sexualidade segura e prazerosa está ligada ao conceito de saúde, pois uma contracepção efetiva abre as portas para o prazer sexual.
http://www.maisrevistamulher.com.br/artigos/ver/29/a-busca-do-prazer-feminino

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