Dia do orgasmo
Sexóloga dá dicas de posições para comemorar o dia com todo o vigor
PorIlana Ramos
01/08/2011
No seu calendário existe mais uma data do ano que deve ser envolvida em caneta vermelha para se lembrar todo ano de comemorar: é o Dia do Orgasmo. Comemorado no último domingo, o dia 31 de julho ficou marcado como o Dia Mundial do Orgasmo devido a uma campanha de sex shops inglesas, que descobriram que boa parte da população tinha problemas para atingir o clímax nas relações sexuais. Em homenagem à data, preparamos um artigo que vai tirar todas as suas dúvidas sobre esse assunto tão... quente.
Engana-se quem pensa que o orgasmo é exclusividade de pessoas jovens ou com vida sexual hiperativa. Segundo a Terapeuta Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX) Juliana Bonetti Simão, qualquer um pode atingir o clímax. “Mas é preciso praticar a autoestimulação e descobrir seus pontos mais sensíveis. É preciso aprender sobre sua própria sexualidade, e isto só é possível se explorando, se conhecendo. Outra questão é a de que muitas pessoas não conseguem chegar ao clímax porque não conseguem relaxar o corpo e afastar pensamentos repetitivos. Para ter orgasmo é preciso brecar os pensamentos racionais pois, assim, o corpo pode fazer os movimentos que desejar sem o controle do consciente. Os pensamentos racionais podem boicotar possíveis fantasias que são extremamente necessárias para produzir uma excitação suficiente que resultará no orgasmo”, diz.
Durante a relação sexual, o orgasmo de um depende da interação dos dois. “A melhor maneira para garantir orgasmo e satisfação na relação sexual é a boa comunicação entre os parceiros. Dizer de que maneira deseja ser tocada (o) é construir uma intimidade que garante o prazer independentemente da obtenção do clímax, e assim o orgasmo acaba sendo consequência do envolvimento sensual entre duas pessoas ou do encontro afetivo entre os pares. Vale lembrar que há muito mais numa relação sexual do que o orgasmo”, defende.
E a posição na cama também pode dar uma forcinha. “Existem posições que facilitam a obtenção do clímax, como aquelas em que a mulher consegue estimular seu clitóris enquanto é penetrada. Ou, uma posição indicada é quando a mulher deita-se sobre o parceiro, as pernas estão abertas e as do parceiro juntas, e ela suporta o próprio peso nos cotovelos e nas mãos. Nesta posição existe o controle da penetração pela mulher. É importante lembrar que as mulheres, em sua maioria, não dependem da posição e sim do estímulo do clitóris. Mas, para as mulheres que têm orgasmo vaginal, qualquer posição com penetração prazerosa, é um facilitador”, diz acreditar Juliana.
E, afinal de contas, existe mesmo o tal do Ponto G? Para Juliana, ele é real e possível de se descobrir se a mulher estiver muito excitada. “Estando assim, a mulher pode não só descobrir o ponto G como também outros pontos sensíveis que produzem extrema satisfação. Muitas mulheres relatam ter descoberto acidentalmente, às vezes depois de muito tempo com o mesmo parceiro. Num primeiro momento, para encontrá-lo vale a pena experimentar diferentes ângulos de penetração com o dedo ou com o pênis. Uma posição interessante para tentar estimular esse ponto é o homem entrando por trás, com a mulher apoiada nas mãos e nos joelhos ou deitada de bruços. Assim, o homem se move numa posição mais vertical, fazendo uma penetração um pouco menos profunda para estimular o ponto G que se localiza, em geral, apenas a poucos centímetros da entrada da vagina, na parede anterior. Em tese, as posições mais indicadas são aquelas em que a mulher consegue controlar a profundidade da penetração”, revela.
Mesmo aquelas que já passaram dos 50 anos de idade, ainda podem atingir o clímax – se não pararem de se autoestimular. “O que acontece com o passar dos anos com as mulheres é o possível enfraquecimento do músculo pubococcígeo (ou PC). O PC atua como sustentação a todos os órgãos sexuais e reprodutivos, além da uretra e do reto. A contração desse músculo aumenta o prazer e facilita a obtenção do orgasmo. Os médicos recomendam que as mulheres fortaleçam essa musculatura a partir dos exercícios de Kegel (exercícios de contração), antes e depois do nascimento do bebê. Esses exercícios fortalecem o PC, melhorando a elasticidade para um melhor desempenho durante o parto. A força do PC diminui com a idade, por isso muitas mulheres lá pelos 50, 60 anos começam a ter dificuldades em reter a urina. No entanto, se essa mulher sempre teve o hábito de se masturbar, de se autoestimular, de fantasiar e de se conhecer sexualmente, sua capacidade qualitativa em ter orgasmos aumenta. É mais válido obter satisfação sexual de qualidade do que satisfação sexual em termos quantitativos”, conclui Juliana.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8371
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